Ontem, não podíamos ter deixado de aproveitar o facto do pai não ter ido trabalhar à tarde como costume para sugerir irmos ao jardim com ele. A Irene fez questão de escolher o chapéu menos feminino - o que acho muita graça - e lá fomos rumo ao jardim do costume. A ideia até era ir à praia, mas o vento desincentivou-me.
Esteve uns bons 20 minutos a ser empurrada pelo pai nos baloiços mal chegou. Isto enquanto ia dizendo algumas piadas mas principalmente referindo os presentes (algo que ela faz agora e que me deixa de coração cheio): "mamã, papá, Necas, bebé".
Pois. Não, não estou grávida. Apesar de ter emagrecido mais de 10 kgs, a minha barriga insiste em me lixar a silhueta. Até já tive uma ou duas anónimas a darem-me os parabéns. Coisa que me deixa feliz de saber que há mesmo imensa gente que não sabe o que é barriguinha de gordura e o que é ter de a disfarçar durante uma vida inteira ;)
A Irene menciona sempre "o bebé" depois de "Necas". Já pensei que pudesse ser um amigo imaginário (apesar de achar que poderá ser cedo), mas quando pergunto quem é o bebé, ela diz que é a Necas, o que me deixa mais descansada.
Estava sol. Um sol que me preocupou por possivelmente me estar a derreter a base que tinha na focinheira, mas o que importava? Estávamos ali os dois a olhar para "o bebé e para a Irene". É relativamente frustrante quando ela fica mais virada só para brincar com as pedrinhas, mas é o que o Frederico diz "isto é para ela, ela é que decide o que quer fazer".
Depois fomos para casa, hora do banho, hora de a por como eu mais gosto: cheirosinha. Sem cheiros adicionais de perfumes, nem nada. Cheiro a banhinho e a roupa lavada. Continuei de máquina em riste porque não aproveitar este sol de fim-de-tarde que desenha umas sombras giras é crime.
Sou apaixonada por este pijama. Acho que já largamos definitivamente os polares (até porque já não lhe servem).
Ela é louca por este garfo azul. Acho que aqui já devia ter alguma fome e estava a fazer olhinhos marotos ao gato já que se diz que há quem os coma...
Adoro as posições deles. Mal sabem que um dia um PT chato lhes vai exigir isto num ginásio qualquer.
Esta deixou-me também "comovida" (entre aspas que não sou a Joana Paixão Brás e não me comovo com tudo o que me aparece à frente, tipo um bloco de papel cavalinho). A Irene tinha as mãos frias e o pai perguntou se podia aquecê-las. Ela levantou-se prontamente e foi. Adoro ter uma máquina à mão.
Amo a minha família. Com estes planos simples, estes pormenores, sinto que ganho força para tudo.
(abimbalhei muito?)