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12.03.2018

Não há brinquedos de menina ou de menino cá em casa!

Hoje a Isabel pediu ao Pai Natal um equipamento do Benfica para poder jogar à bola. Ou (mais) um robot. Ou um microfone. A Luísa brinca com tudo o que lhe puserem à frente. Hoje quis vestir um tutu em cima das calças de ganga. Têm alguns carros, bolas, bebés. Há plástico e madeira. Livros de princesas, de animais, de tudo e mais alguma coisa. E eu achava que até lhes dava acesso a tudo, mas, quando me explicaram que aquele brinquedo ali atrás desenvolvia a percepção espacial, que era algo mais explorado e incentivado nos rapazes, apercebi-me de que, afinal, ainda tenho, temos, muito a fazer. 

Pus-me a ver um documentário (aqui) sobre o tema e é incrível como, apesar das descobertas mais recentes apontarem para cérebros idênticos, continuamos a perpetuar estereótipos parvos. As miúdas, de 7 anos, tinham menos auto-estima que os rapazes. Os rapazes tinham dificuldade em expressar sentimentos, além da raiva. As miúdas eram “bonitas” e os rapazes “espertos”. Ambos achavam que os homens eram melhores do que as mulheres. Ambos atribuíam as profissões de maquilhador(a) e dançarino/a a mulheres. Mecânico teria de ser um homem. A surpresa deles quando lhes apareceram à frente profissionais de género inesperado (e o giro que foi a interação entre todos).



Aos 4 anos, sei que a Isabel já tem as suas percepções de género, impostas pela sociedade, mas ainda não tem este discurso. Ainda. No entanto, não quero limitá-las. Corrijo algumas coisas que ouço dizerem. Que não há brinquedos de menina. Que o rosa não é uma cor de menina. Digo-lhe que é bonita, sim, mas também lhe digo que é curiosa, esperta e tento elogiar ou descrever o que faz e não só o que é. Isto é um processo, também para mim. Nem tudo está enraizado. Nem tudo é espontâneo. Mas é o que (me) faz mais sentido. E não, não tem de ser tudo acético. Nem tudo tem de ser posto em causa. Não é preciso mandar queimar as histórias da princesa à espera do príncipe, que a salva. Mas podemos (todos) abrir mais o leque. Pensar mais um bocadinho. E sentir, com o coração e com o corpo todo, que o mundo é grande e que o podemos dar, inteirinho, aos nossos filhos. 

Estes blocos de construção, que estimulam a percepção espacial, noção equilíbrio, etc, dos miúdos são da Hape e estão à venda cá em Portugal, por exemplo, na Maria do Mar



Próximo documentário que vou ver: The Mask You Live In (sobre o conceito de masculinidade e a forma como o "faz-te homem", "porta-te como um homem" e tudo aquilo que é expectável de um homem, está a fazer aos meninos, homens e à sociedade)

Apoquenta-vos este assunto? Querem partilhar coisas giras que tenham lido ou visto?

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12.02.2018

Dão comigo em louca.

Vocês levam-me à loucura. Quando vos quero vestir e se põem a correr nuas pela casa fora. Quando decidem amarrar o burro de seguida. Quando disputam a mesma porcaria de plástico sem qualquer interesse. Quando querem o copo da mesma cor. Quando não querem ver a mesma coisa na televisão. Quando querem vir dançar no meu colo ao mesmo tempo. Quando se batem, se arranham, se imitam. Quando nenhuma quer tomar banho (juro que pensei que fosse acontecer apenas na adolescência...). Quando querem, ambas, apertar o botão, ligar a luz, abrir a porta. 

Mas depois.
Depois dão comigo em louca de amor. Quando se defendem. Quando se abraçam, de saudades, umas horas depois de estarem separadas. Quando pedem desculpa. Quando guardam uma bolacha para a outra. Quando riem juntas. Quando dão as mãos no carro, lá atrás, e me chamam para ver (sabem pouco...). Quando festejam as habilidades ou conquistas uma da outra. Quando se olham com olhos de encrenca. Ou de amor.

Quando hoje a Luísa acordou, de manhã, e a primeira coisa foi perguntar pela irmã. Ou quando, à tarde, chorou com saudades dela.

É para sempre. 

Primeiro passeio na rua


Em Dublin, este ano, a aprontar 

Em Dublin, só a serem fofinhas

Aquele queixinho significa raivinha de amor. E folhas por todo o lado.

Quando partilhar é fixe. Desde que seja só um bocadinho.

Aniversário da Isabel - 3 anos.

Páscoa 2017

Esta nem precisa de legenda.

No parque, em Santarém

Oinnnnnnn

Primeiro dia em casa

Passeio por Coimbra, depois de visitar o Portugal dos Pequeninos

Primeira semana em casa, a adorar "a menina"

Coisas boas.

No passeio pelo parque.



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11.27.2018

Posso casar todos os anos?

Ainda tenho o dia bem guardado na memória. Passou rápido mas foi muito bem saboreado. Senti que, como éramos poucos, conseguia ir estando um bocadinho com cada. A par da cerimónia, que foi o momento mais intenso do dia, cheio de frases de amor, promessas e choro, houve momentos cheios de gargalhadas e em que nos divertimos, brindámos e tirámos o pé do chão.

E o Tiago estava em cada um deles. O Tiago é o DJ Worp, caso se pensem casar ou saibam de alguém que esteja à procura de DJ numa festa ou num evento. Ele é mesmo muito bom. Tinha amigas durante o cocktail a pedirem-me o contacto porque a música que estava a pôr era mesmo boa. E houve vários momentos em que ele fez a diferença, além do cocktail e da festa (para a qual tínhamos dado uma playlist pequena, apenas indicativa dos possíveis moods): 

- eu entrei ao som de uma música linda - Into My arms, um cover do Nick Cave
- depois, no jantar, cantei, de surpresa, Somewhere Only We Know, dos Keane, uma música especial para ambos, já que marca a altura em que começámos a namorar e em que o David me levou a um concerto no Porto, a nossa primeira escapadinha a dois; 
- dancei com o meu pai By Your Side, da Shade, uma música que ouvíamos vezes sem fim no carro, ainda com cassete e, também, a Mafiosa (sim, sim, isso)
- dançámos, com as miúdas, uma música de que elas gostassem (acho que foi o Você Partiu Meu Coração ou algo do género) e depois dançámos mais umas horas com os amigos e a família, avó Rosel incluída - deu Show! Houve de tudo: anos 90, 2000, pop, pop rock... por aí fora.

A festa foi muito gira! Ainda por cima, o David, que era, dos dois, quem não fazia questão de cantar, adorou o dia! Há lá melhor sensação? Gostava de repetir. <3

As fotografias da Inês (Yellow Savages) e da Joana (The Love Project) não têm som mas deixam que se perceba a ramboiada que para ali ia :)





























Fotos:
Inês - Yellow Savages


Mais posts do casamento aqui.


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11.25.2018

Custa mais ter o primeiro filho ou ir ao segundo?

Eu já não sei se foi o tempo que amenizou, mas não me lembro de ter sido complicado ter a primeira filha. Apesar de todos os pesares: de não termos uma rede de apoio próxima ou permanente; da amamentação ter sido um processo doloroso; de ter voltado a trabalhar aos 3 meses a tempo inteiro; de ter ido para a creche com 5 meses (graças à boa vontade da avó Béu, da tia Rosel, da tia Raquel, etc etc, que conseguiram ficar com ela e se foram revezando - calhou em tempo de férias); da gestão difícil de quem ia buscar, nos dias mais complicados de trabalho; de um dia ter chorado muito no caminho para a creche, num dia em que ia muito atrasada; de sentir culpa por achar que não lhe dávamos a atenção que ela precisava (ou de uma semana, grávida da Luísa, em que chegava tão tarde a casa e estava tão pouco tempo com ela, que me chamava durante a noite e que só acalmava coladinha a ela, de tantas saudades que tinha). 

Apesar de tudo isto, acho que não foi assim tão difícil habituarmo-nos à mudança que ter um filho acarreta. Em termos comparativos, acho que custou mais passar para o segundo filho. Acho que a Isabel passou a pedir mais atenção e que nem sempre foi fácil gerir o colo para ambas. Ficar sozinha com as duas em casa assustou-me durante algum tempo. Arriscar-me a sair sozinha com as duas era quase um cenário de guerra durante alguns meses: lembro-me da mais velha a meio do desfralde e a mais nova na mama, em plena casa de banho de um supermercado. A gestão das birras das duas. Como meter as duas no carro no meio da chuva, os sacos e o lixo. Acho que veio acrescentar um nível de dificuldade às nossas vidas. E de cansaço. Foram mais noites sem dormir. Custou até conseguirmos equilibrar a balança. E eu estive em casa durante 1 ano e tal, quase dois. E mesmo assim, foi um bocado difícil.

Perguntei à Catarina Raminhos, do 7 da tarde, na viagem de comboio que fizemos a Coimbra hoje, e ela disse-me que lhes custou mais a passagem da vida de casal à vida de casal com uma filha, do que passar de uma para duas. Também lhe custou passar da primeira, com apenas dois anos, para a segunda: "é sempre difícil".

Resolvi perguntar também à Maria Ana Ferro, do Mãe Já Vai, para quem o primeiro filho "foi um choque". "Passar de uma vida de casada e livre para ter nas mãos um bebé - não muito fácil - a meu/nosso cargo, foi muito duro. Daí o medo de ir ao segundo. Mas apesar de todas as dificuldades em equilibrar o bem estar do primeiro com as exigências de um recém nascido, a experiência ajuda e torna tudo, ainda que muito exigente, mais fácil. Perceber que os nossos instintos na maior parte das vezes estão certos. O terceiro filho para mim foi a confirmação de muitas coisas. Se por um lado ter dois ainda pequenos retirou alguma da paz que um recém nascido merece, por outro deu-me paz interior para não ter medos e acreditar 100% em mim. Logisticamente complicou. O carro, as roupas, o espaço. Mas a leveza que se ganha com a experiência que os filhos nos dão e também com a idade supera o pequeno caos que se instala. Relativizar e gerir andam sempre de mãos dadas com três filhos."

Ambas têm três filhos. Eu às vezes tenho vontade de ir ao terceiro filho. Tenho uma ideia romântica da maternidade, saudades de ter um bebé no meu colo e sentir aquele amor avassalador por mais uma pessoa, vê-lo crescer e vê-lo fazer-me rir, sorrir e chorar, de alegria. Imaginar mais um ser maravilhoso no mundo, tal como as irmãs, deixa-me balançada. As relações entre eles, para a vida. O mágico que pode ser uma família grande. Mas depois tenho, por um lado, o David, que não tem esse sonho e que é mais pragmático, e por outro, vontade de conseguir, finalmente, encontrar alguma serenidade, de conseguir vê-las "criadas" e de conseguir ir tendo mais espaço para mim e para o casal. Às vezes acho que a decisão tem fundo egoísta, noutras acho apenas racional. 


Isabel com 4 dias, já em casa.

O que vos custou mais? Do primeiro para o segundo? Do segundo para o terceiro? Do zero para o primeiro? 

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11.21.2018

Quando foi a última vez que te sentiste sexy?

Alterei o título para a segunda pessoa do singular porque quis evitar a dúvida "sexys" ou "sexy" no plural mas afinal fico à espera que me digam como é, que não quero morrer burra (no entanto estou preguiçosa e ir aos googles da vida agora não me apetece). 

Quando foi a última vez que se sentiram sensuais? (viram como me esquivei?)

Bem sei que nem toda nos sentiremos sensuais com as mesmas coisas. E até haverá quem raramente se sinta (eu!). Acho que isto não releva necessariamente falta de auto-estima (tenho estima por mim noutras coisas), mas, no meu caso, é apenas uma dificuldade em me sentir com sexappel, provocadora, ou sei lá que mais. Eu sou das que, por exemplo, se esbardalha a rir se tentar fazer um striptease para o marido (tentei, o quê, uma vez?). Mas, sei lá, acho que isso também tem piada: esse jeito desengonçado, de quem não sabe o que está a fazer. Ui, então se me pedirem para fazer um olhar sensual (já pediram numa sessão fotográfica, tinha eu uns 18 anos? ahah), não sei o que isso é. Consigo olhar para mim ao espelho e, apesar do acne e dos defeitos que tenho, achar-me bonita - algumas vezes. Vejo uns olhos bonitos, expressivos, um nariz redondo, com graça, e gosto de mim. Agora daí a sentir-me sexy... vai uma longa, longa, distância. Acho que poderia estar com o corpo mais bem feito do mundo e super fit que não me iria sentir, de qualquer forma. 

Espero, no entanto, que, mesmo com os pijamas largos e com bonecos, o mê-hóme me ache sexy. Que ache isso sexy. Que ache sexy a minha falta de asas de anjo da Victoria Secret e lingerie provocadora. Que goste que eu me sinta "eu".

Isso trabalha-se? Ou nasce-se? 

Digo-vos quando me senti sexy, talvez a última vez. 

Nesta sessão. Há dois anos e picos.



Mentira. Acho que não me senti sexy durante as fotografias - não me lembro - só quando as vi. Não sei se é da maquilhagem, se da postura, da cor do vestido, mas talvez seja sobretudo do decote pronunciado - raríssimo por estas bandas. Talvez também ajudasse o tamanho das mamas, de quem está a amamentar ali nos primeiros meses (já que eu não fui brindada com tamanho considerável), às quais o RAP chamou "implante dos pobres". Lá se foram os implantes entretanto (snif snif).

Posso sempre repetir a sessão ou... não, se calhar não interessa. 

Isto é muito provavelmente um não-assunto, mas gostava de saber: vocês sentem-se sexy? [lá está] Ou seria importante sentirem-se? Trabalham isso?





Fotos: The Love Project
Maquilhagem: Rita Amorim (Kabuki)


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11.12.2018

Estive 3 horas a achar que tinha ganhado um BMW e afinal não.

Aconteceu há uns 6 anos. Numa feira havia um passatempo para ganhar um BMW. Um stand, um BMW e uma tombola onde, depois de escrever uma frase inspirada, deixaríamos a nossa sorte. Eu e a minha mãe participámos, com frases diferentes. Não me lembro do que escrevi, mas devo ter usado os meus floreados, ou feito umas rimas, não faço ideia. Deixei lá a minha participação e a minha mãe a dela. Passados uns tempos, recebo um telefonema, que foi mais ou menos assim [perdoem-me, mas entretanto tive duas filhas, duas amnésias e mais uns quantos neurónios cometeram suicídio]:

"- Muito boa tarde.
- Boa tarde.
- Daqui fala xxx, da xxxx, do passatempo BMW xxxx xxxx xxxx
(eu já com o coração a acelerar)
- Sim...
- Era para anunciar que foi a vencedora.
(zumbido, não ouvi mais nada)
- Não acredito! Não estou a acreditar! Oh meu Deus!!!
- Acredite! Parabéns! É realmente um prémio fantástico. Até queria ser o meu filho a dar-lhe a notícia, de tão entusiasmado que estava.
- Estou muito, muito feliz!
- Que bom! Também ficamos por si. A frase estava fantástica [deve ter usado outro adjectivo, não faço ideia da riqueza de sinónimos do senhor].
- Então e agora? Como faço para levantar o carro?
- Agora marca o fim-de-semana no Hotel XXX em Cascais e vem cá levantar antes que tratamos de tudo.
- Ah! Exacto! Venci a noite no hotel, claro! 
- Sim, sim, é fantástico mesmo. [lá está, não sei se foi isto]"

Nisto, uma pessoa telefona aos pais, ao irmão, ao David, comenta no trabalho, diz à amiga, uma grande festa. Afinal não calha só aos outros, que maravilha, Já a fazer planos, vender o meu pequenino, ou mais tarde este, Meu Deus, que carrão, nunca na vida. Isto há pessoas com sorte. Fantástico. Fantástico. E as palavras do senhor a ecoar.

Três horas mais tarde, liga-me o meu irmão que conhecia não sei quem que era familiar de não sei quem e caiu-me tudo. Afinal eu não tinha ganhado um BMW. Um BMW nunca esteve a concurso. Mas sim a tal noite num hotel de 5 estrelas para o qual iríamos de BMW. [nem eu nem a minha mãe percebemos ou lemos as letrinhas pequeninas, sei lá].

Pausa para uma lágrima. 
Pausa para outra.

Não chorei, é figurativo. Mas foi um choque.

Não ter um carrão não era problema. O problema foi ter tido um e afinal não. É aquele chupa-chupa que se dá a uma criança e "Ah! Afinal não podes, enganei-me".

Tem graça por ter sido verdade.



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A que brincam elas? - NOVIDADES

Com dois pais que não se levam muito a sério e que embarcam em teatros e danças malucas, acho que já perceberam que não há regras nem limites. Brincamos a tudo cá por casa. Há espaço para livros e puzzles, folhas brancas e brinquedos com luzes, música alta e jogos divertidos. Não há nada mais gratificante do que ouvir aquelas gargalhadas e perceber que estão a crescer, não há nada melhor do que vê-las a aprender enquanto brincam. Há brinquedos que juntam o melhor dos dois mundos: que as fazem rir e que lhes ensinam coisas novas, como o Beat Bo e o Movi da Fisher-Price. Ficam de sugestão já para o Natal. 

Vídeo novo :) 



Post em parceria com a Fisher Price


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11.06.2018

Adeus fralda para todo o sempre?


As mães ficam muito felizes ao verem que os seus filhos ultrapassam uma etapa, que estão cada vez mais autónomos e cada vez mais espertos, mas… também é verdade que, a cada nova fase, ficamos com uma sensação agridoce por vê-los deixarem de ser bebés, os nossos bebés, não é? Custa mais ainda quando a probabilidade de serem o último bebé cá de casa é grande - para não dizer enorme. Adeus fraldas para todo o sempre? 

E este ar de marota?

A Luísa já não usa fralda durante o dia. É uma alegria vê-la ganhar mais esta capacidade; uma gracinha quando nos pede para ficar sozinha na casa de banho; e até mesmo quando nem nos chama para a limparmos. Confesso que ainda não estou a 100% confiante quanto a esta parte, ainda gosto de lá ir examinar e ajudar, mas com as Kandoo e agora com as Aquas, que são 99% água, sem qualquer perfume e biodegradáveis – e que ela pode descartar pela sanita -, é mais fácil confiar. O rabinho fica limpo e hidratado e ela assim não se zanga connosco porque não temos de ir “fazer por cima”.

A Luísa tem praticamente dois anos e meio (ou 29 meses e 6 dias, para quem ainda conta os meses – mas PORQUÊ?!!!) e “só” agora teve o click. Já ia algumas vezes à sanita em maio e junho pela graça, mas quando experimentávamos colocá-la de cuecas, achava que tinha fralda e fazia na fralda. Só corria bem quando andava nua em casa, no verão. Se calhava vestir-lhe umas calças ou cuecas, pumbas, chichi. Até que, há duas semanas, andou sem fralda em casa – e estava vestida - e não houve nem um descuido. Não precisámos sequer de a ir lembrando, ela ia sozinha. Decidimos arriscar e lá foi ela para a escola só com cuecas. Está a correr muito bem! Já arriscámos mesmo viagens mais longas de carro, supermercado, restaurante ou teatro e tudo nos trinques – já se distraiu em casa e na escola, mas faz tudo parte do processo. É preciso é ter calma, não pressionar e muito mostrar desapontamento.

Ainda não está preparada para ficar sem cueca-fralda de noite ou até mesmo durante a sesta, que a fralda ainda vem composta – se for como a Isabel, só aos 3 anos. No caso da irmã, por volta dos três, começámos a pô-la na sanita ali por volta da meia-noite (ia a dormir) e a levá-la à casa de banho logo às 6h30/07h. Desta vez, acho que vou esperar mesmo por ver fraldas enxutas, logo vejo. Já ouvi pessoas que decidem tirar-lhes logo as fraldas de vez, mudar a cama de noite ou levá-los ao WC, mas esta é a forma como acho melhor para a nossa família neste momento: aguardar.
Se os vossos filhos tiverem a idade da Luísa e ainda não estiverem nesta fase, lembrem-se: os miúdos são todos diferentes, têm ritmos diferentes e, às vezes, mais vale esperar por eles do que nos regermos pelas expectativas dos outros e causar-lhes stress (a eles e a nós também).

Dicas para incentivar:
- dar o exemplo, mostrar (de um irmão, primo, ou até mesmo o nosso, caso não tenham problemas com isso – nós não temos) e/ou comprar um livro sobre o assunto (nós lemos à Isabel o As Princesas também fazem Cocó, mas há mais)
- comprar cuecas com os bonecos que eles mais gostem
- comprar um banquinho para facilitar a subida até à sanita (também há redutores, mas por cá não foram muito bem aceites; elas ajeitam-se na sanita “normal”)
- perguntar sempre antes de sair dos sítios se quer fazer para evitar stresses na rua ou em sítios sem casa de banho próxima
- há quem ande com bacio no carro, e uns sacos que se adaptam; há ainda uns redutores desdobráveis para levar para todo o lado, o que pode ser mais higiénico
- ensinar-lhes o ritual todo logo desde início: a levantar a tampa, a puxar a camisola bem para cima, a limparem-se, a puxar ao autoclismo, a vestirem-se e a lavar as mãos
- fazer uma festa quando são bem sucedidos [e normalizar e mostrar compreensão quando não conseguem]

Boa sorte para esta fase, que pode ter tanto de gira como de stressante J














*post escrito em parceria com a Kandoo


Tudo o que já escrevemos sobre desfralde aqui.


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