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7.25.2018

Babywearing: imprescindível na nossa vida!

É uma das perguntas que mais me fazem: que mochila recomendas?

Tenho pena de não recomendar há quatro anos: teria sido bom sinal, sinal de que tinha usado muito quando a Isabel era bebézinha. Usei um sling emprestado, usei um marsúpio sem qualquer ergonomia (onde ela ficava com as pernas todas penduradas) e só descobri o mundo das mochilas ergonómicas e dos panos já a Isabel tinha um ano e tal. Veio a tempo, claro: usamos até hoje e, em casa com a Luísa, foi o meu kit de sobrevivência.

Primeiro usámos um Ergobaby, depois uma Boba4G. São ambas boas tanto para as nossas costas como para a criança. E a Boba dá até aos 20kgs (4 anos +-) - sendo que a Isabel ainda não tem sequer esse peso. Levamos em passeios pela cidade, no campo, para a praia, em viagens - essencialíssimo - e usei até para conseguir fazer alguma coisa em casa. Não me ajeitei muito bem com pano elástico, mas adoro cruzar-me com alguém na rua a usar, sou desajeitada e dou-me melhor com mochilas mesmo. São baratas? Não, não são. Mas tendo em conta a utilidade, acho dinheiro muito bem empregue. E... já vi várias à venda em segunda mão até. Peçam emprestado, se tiverem amigas com uma. Peçam como presente de vários amigos próximos, como prenda de nascimento. 

Aqui todos usam: mãe, pai e até avó e avô já usaram. <3

Há alguns grupos de Babywearing e até lojas especializadas e com imensa oferta: vão lá, experimentem várias, aconselhem-se com quem sabe. :)

Ergobaby 360 na nossa viagem a Barcelona
Boba4G no nosso passeio por Aveiro

Em Aveiro

Em Barcelona, às costas do pai

Na praia da Fuzeta, com o avô


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Amamentação: vamos fazer o desmame.

Amamentar a Luísa foi das melhores experiências da minha vida. Nunca encarei a amamentação apenas e só como forma de alimentar as minhas filhas, sou do team que acha que amamentar é apego, é amor e é conforto para o bebé (não é a única forma, claro). Já muito escrevi sobre este tema, senti-me muito feliz quando soube que ajudei muitas mulheres a conseguirem fazê-lo, a procurarem ajuda, desmistifiquei algumas questões e passei-vos, acima de tudo, a minha experiência e sensibilidade sobre o assunto. Acredito que seja o melhor para o bebé e até para a mãe. Mas acho também que tem de ser algo desejado e tem de ser uma dança a dois. Sou das que acha que não compensa se a mãe não gostar da experiência e não julgo quem não o faz. Nem sempre percebi, mas sempre fiz um esforço consciente para não o expressar: se não gosto que metam o bedelho nas minhas escolhas, também não tenho o direito de fazê-lo aos outros. Acho que sou assim um bocadinho com tudo na vida e tenho bem presente a máxima que a minha mãe usava muito: "se não tens nada de bom para dizer a alguém, cala-te". "Nada de bom" no sentido de "nada construtivo", acho.

O que faço com amigas próximas que estão com dificuldades e querem amamentar (é nessas que concentro esforços) é ajudá-las a encontrarem ajuda especializada, perguntar a quem sabe e passar-lhes informação, responder-lhes com o que li, aprendi ou vivi e estar lá para todas as decisões que tomem. A amamentação é um tema que me apaixona, talvez por ter sido amamentada até aos dois anos e tal e por ter essas imagens fotográficas na minha cabeça toda a vida. Talvez por ter tido uma experiência difícil com a Isabel (e ter durado até aos 9 meses apenas). Talvez por ter tido uma experiência maravilhosa com a Luísa (nem sempre, mas com as dificuldades a serem ultrapassadas).

Amamentar durante a noite já não estava a ser bom para mim e parei de o fazer há cerca de dois meses. Contei-vos aqui como fiz o desmame nocturno. No nosso caso, foi fácil, ela estava preparada, reforcei só os momentos de conexão com ela (só as duas, durante o dia), para que não fosse um corte abrupto. Rapidamente percebeu que maminha, a partir dali, era só de manhã. Passou a ser só por volta das 6h30, acordava, mamava e voltava a dormir. 

Até que comecei a ter cada vez mais presente a minha vontade de desmamar. É uma coisa meio esquizofrénica porque aqui e agora, quando vos escrevo, sinto saudades. Quando a estou a amamentar não sinto grande vontade de o fazer (não que não goste, mas não tiro especial proveito e não me apetece quase nunca) e sinto que já está pronta. Durante o dia, ela não pede - acho que só pediu uma vez e eu disse, com calma e compreensão, "amanhã de manhã, amor". Aceitou. 

Combinei com o David que vamos aproveitar as férias para o fazer (ou pelo menos tentar - sim, que eu sou menina para voltar atrás se achar que está a ser violento). Esta semana já aproveitei para ir dizendo que a mãe está cansada e que as maminhas precisam de fazer mais óó (foi a desculpa que arranjei para ela não mamar à noite e ela aceitou). Eles vão mais cedo para o Algarve os 3, vai estar 4 dias sem maminha e depois tentarei arranjar alguma coisa para fazer com ela, nem que tenhamos mesmo de nos levantar às 6h30 e ir dar uma volta, tomar o pequeno-almoço no jardim, eu lá me lembrarei de substituir esse momento por outro qualquer. Vou aproveitar que vou estar duas semanas só para elas (e em que devo fazer um detox de internet, como vos falei aqui) para facilitar todo o processo.

Depois conto como correu. Para já, segurança na minha decisão e afastar culpas, remorsos e medos. Foram dois anos e 3 meses maravilhosos. Ela é uma criança muito amada e feliz. Vamos continuar a ser uma da outra, de muitas formas possíveis e para sempre.

Atenção: cada criança e cada mãe têm contextos únicos, timings e sensibilidades diferentes, não tomem decisões baseadas nas minhas, ponderem bem e peçam ajuda de especialistas para alguma dúvida. O desmame deve ser feito, de preferência, de forma gentil e não tem sequer que ocorrer por pressão dos outros, deve ser uma decisão pessoal, da mãe e/ou do bebé (de preferência de ambos). Não tem de obedecer a nenhuma ou data lançada por outros - é até mãe e filho quererem. 

Fotografia que eu adoro: Isabel Saldanha

No último verão


 www.instagram.com/joanapaixaobras 
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Vou fazer um detox... de internet.

Uma blogger dizer que está a pensar seriamente em fazer um detox de internet deve ser mais ou menos o mesmo que um dono de um restaurante vegan incluir no menu carne de vaca. Já ando com esta ideia a pairar há algum tempo e cheira-me que vai ser desta.

Tenho vontade de aproveitar pelo menos a primeira semana de férias em família tal e qual como os meus pais faziam connosco: sem internet, sem redes sociais, sem telemóveis na mão a mostrar tudo. A Isabel Saldanha dizia uma coisa que me pareceu interessantíssima (como aliás tudo o que ela diz e escreve, sou fã!), que era mais ou menos isto: as crianças já não têm espaços vazios no seu percurso, sem registos, para que possam criar, por elas, as suas próprias memórias. Estamos constantemente a mostrar-lhes como elas eram, o que fizeram, a cada segundo, sem que possam usar a imaginação para recriar esses momentos.

Mais do que isso, eu quero aproveitar estas férias apenas para viver e estar, olhar o mar, olhar para elas e olhar para dentro. Nos momentos em que estou a fazer scroll para ver o que os outros andam a fazer, quero ler uma ou duas revistas (tenho a Tribo para ler, por exemplo), um livro (algum recente que recomendem?) e ainda vou tentar fazer Yoga.

Para isso, vou deixar alguns posts preparados e agendados, mas não planeio vir aprovar e responder a comentários.

Tirarei fotografias às minhas filhas, claro, mas isso já os meus pais faziam há 25 anos e eu adoro fazê-lo. Mas estava a pensar mesmo em desativar os dados. Partilho convosco e volto às redes uma semana depois. Nessa semana off, espero que os amigos e família telefonem se houver uma novidade mais especial e o resto vou sempre a tempo mais tarde, certo?

Para isto correr bem, era fixe que o David também alinhasse para não haver cá grandes tentações e estarmos na mesma onda. Acho que até para as miúdas ia ser muito fixe.

Conseguiriam?


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Encomendei a comida das garotas para as férias.

Foi um dos meus maiores descansos nas férias no ano passado: levar comida já feita para as garotas. E, sendo essa comida saudável e de origem biológica, melhor. Este ano vamos repetir a dose: já estive a escolher as refeições que vou levar. Saber que a maioria dos pratos que as miúdas vão comer são variados e nutritivos e que basta aquecê-los é quase tão bom quanto ir para um resort com pulseirinha no pulso (ahah). 
No ano passado levámos só sopas da Bebé Gourmet, este ano levo algumas sopas e alguns segundos. As miúdas vêm quase sempre estoiradas da praia (nós gostamos muito de ficar até tarde), muitas vezes já vêm a adormecer no carro, e é fixe ter logo ali à mão as refeições delas, despachá-las e depois poder jantar à vontade, depois de já estarem a dormir, com calma. Ao almoço comem o que comermos (e às vezes  sandes de atum com tomate e alface comem), ao jantar comem bem. Só para terem uma melhor noção das ementas disponíveis, escolhi estas: arroz de bacalhau, frango com maçã, molho de coco e arroz thai, perca na massa com coentros, hambúrguer de feijão com cenoura e arroz alegre, filete de pescada assada com puré de batata, sopa de espinafres e grão, sopa de cenoura com hortelã e sopa de alho francês e batata doce. Não levo para todos os dias, até porque devemos ir jantar fora uma vez, mas a nossa primeira semana fica mais relaxada desta forma. Aconselho vivamente!



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Já não faço topless

A propósito do post da Joana Gama sobre a nudez das crianças na praia, contei-lhe que antes de ser mãe fazia topless e agora já não fazia. Pus-me a pensar se teve a ver com o facto de ser mãe ou com o facto de ser mãe e ter as mamas descaídas ou se teria a ver com o facto de me reconhecerem em bastantes sítios (no outro dia o David foi sozinho à Decathlon e uma senhora foi falar-lhe; o sábado numa feira em Loures fomos abordados; etc, etc). Eu pensava que tinha mais a ver com o facto de não ter as mamas que tinha antes de ser mãe e amamentar, mas acho que a sensação de alguma de vocês poder vir ter comigo estando eu sem top na praia me deixa desconfortável.

Sempre fiz topless. Não fazia sempre, nem todos os dias, nem em todas as praias e, caso os meus pais estivessem com amigos, punha a parte de cima, por pudor, mas caso fosse sozinha ou só com os meus pais ou com o David ou com amigas fazia. Caso fosse jogar raquetes ou fazer caminhadas punha, mas se estivesse na toalha era certo e sabido. Eu sou das que não adora marcas de bikini e a sensação de nadar sem parte de cima é incrível. E se calhar até tenho um lado mais naturalista e tudo. :) Nunca me fez confusão alguma ver alguma mulher a fazer topless, não me causa nenhum desconforto.

Tenho pena de não me sentir já confortável e de nem conseguir identificar bem a razão. Se calhar quando arranjar umas novas volto a conseguir (ahah).

E vocês? Alguém já fez ou fazia? É um tabu? Qual a vossa relação com o vosso corpo e com este assunto?


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7.22.2018

A Mãe é Que Sabe Casar: Já tenho os Convites!!! (#01)

Foi com uma enorme emoção que fui levantar os nossos convites de casamento. É a primeira coisa que materializa este sonho e estão LINDOS! O cuidado com que até a embalagem foi feita deixou-me... sem palavras!

A Joana da Molde Design Weddings não só é super profissional, rápida a perceber o que queremos, como é muito atenta aos detalhes. E o atelier é uma EuroDisney para quem gosta do mundo de papelaria: mil e uma washi tapes, fitas, pompons, tipos de papéis, uma delícia abrir cada gavetinha.
Ficou mesmo mesmo como queríamos: simples, com os verdes que vão estar presentes na decoração do nosso casamento e reduzidos ao essencial. Por razões óbvias não vos posso mostrar os convites ipsis verbis, mas ficam com a frente e com um lamiré.

Se estão neste processo de começar a escolher os fornecedores ou têm algum familiar ou amigo prestes a embarcar nesta loucura do casamento - recomendo a Molde, num abrir e piscar de olhos (agora até acho que lhe vou encomendar o topo do bolo e mais umas coisitas, vejam a página no FB ou então no insta.












Podem ler mais sobre o casamento aqui:







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7.19.2018

Arrependi-me de não ter chamado a Polícia

Hoje tive medo. Um medo que facilmente fez com que começasse a gaguejar, a chorar e que me fez chamar a polícia. 

Estava parada num semáforo, as filhas atrás, estava a dar música e estávamos a cantar. Deixei descair o carro, tanto que bati no de trás. 

Saio do carro e primeira coisa que faço é pedir desculpa. Assumi logo ali o meu erro. Pedi mais uma vez quando o senhor me começou a levantar a voz descontrolado e pedi uma terceira quando se dirigiu a mim com braços em riste dedos apontados e um olhar mau, duro. Tive medo. Justifiquei que tinha duas filhas pequenas, apontei a mão para elas, e que me distraí. Continua a gritar a dizer que as filhas não são para aqui chamadas, que também tem filhos e netos, e eu peço-lhe que pare de falar assim. Com aquele peito e dedos indicadores na minha direção. Aos berros. Começo a ficar com mais medo, enervada, a pensar que me vai bater. Vejo vários carros a passarem e penso que se me começar a bater alguém me virá acudir. Olho para o lado e vejo a Isabel a chorar. Abro a porta e digo-lhe que está tudo bem para não se preocupar. Mas aí fico leoa e começo a dizer que se o senhor não parasse, chamava a polícia. Que não falava comigo assim. Disse-me para chamar em tom de desafio. Claro que chamo. Começou a imitar-me e a gozar com a minha gaguez. Por essa altura, estou eu na net à procura do número e chega um pai de uma colega da Isabel. Em boa hora. Chama ele a polícia. Acalmo-me mais e consigo fazer as miúdas sorrirem e fingir que está tudo bem. Expliquei-lhes tudo e que vinha aí a polícia para nos proteger. Demoraram muito, muito, muito. Liguei de novo e tínhamos 15 acidentes à nossa frente. A Isabel com sede, a Luisa a ficar cansada. O meu pai entretanto chegou e levou as meninas. O meu querido pai conseguiu falar com aquele traste. Protegeu-me em todas aquelas palavras. E disse-lhe que os acidentes também acontecem a pessoas boas.

Falei e voltei a falar. Que não pode tratar assim as pessoas, que lhe pedi desculpa desde o primeiro minuto, que os acidentes acontecem, que ele não pode ameaçar ninguém com gestos nem amedrontar ninguém. Em que mundo vivemos? 

Vivemos num mundo em que o José para o carro para me ajudar, em que um pai atravessa a cidade para me vir acalmar. É nesse mundo que eu quero viver. 

Vou tentar esquecer-me disto tudo. E espero que este homem tenha aprendido alguma coisa com isto. No final, disse-lhe “eu pedi-lhe desculpa desde o primeiro minuto, eu estava disposta a assumir tudo e assinar declaração, a vida continuava mas depois do que o senhor fez, o que fez à frente das minhas filhas, merecia que eu o denunciasse, que fizesse participação.” 

Mas arrependo-me de não ter feito. O cansaço, as miúdas a precisarem de jantar e de banhos e de mãe fez-me querer encerrar isto. Mas ele devia ter ser repreendido. Por mim, por vocês, por todos.


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7.15.2018

Mãe de dois: vai melhorar, juro!

Mãe de dois,

se ainda não consegues tomar banho de manhã e levas o mais com uma espécie de fato de treino à escola
se ainda não consegues ficar à noite sozinha com os dois sem ter vontade de chorar
se não sabes bem como compensar o mais velho que ainda é bebé e precisa de ti e tem feito mais birras do que o costume
se chegas ao fim do dia a achar que não vais aguentar, que vais pirar

Mãe de dois,
vai melhorar. Juro.

Não melhora sempre nem para sempre. Tudo mudou (e se calhar até vais sentir que muda mais do que com o primeiro filho - eu achei). Vai haver sempre muita energia para gastar, ficam doentes à vez e às vezes ao mesmo tempo, há ciúmes e despiques e lutas, há comparações que tentas não fazer mas são inevitáveis, há sentimentos de culpa que tentas afastar, há desafios ao longo dos meses e dos anos, mas vai ficar mais fácil. Aqueles dias (meses?) iniciais podem ter tanto de incrível como de insano, conseguimos um estado de calma e de certeza ao mesmo tempo que temos ataques de nervos e ansiedade, há um novo bebé para conhecer e há um filho que sempre cá esteve e que quer continuar a estar no centro, sem perceber que podem estar ambos, e esquecemo-nos muitas vezes que também nós temos de estar no centro. Às vezes os outros à nossa volta não percebem o nosso desespero, outras vezes fingimos que não precisamos de nada e que está tudo bem. Às vezes está efectivamente tudo bem, mas neste processo há muitas variáveis, muitos altos e baixos. Mesmo que o nosso coração nunca tenha estado tão cheio, às vezes há duas crianças a chorar ao mesmo tempo e nós estamos muito cansadas. 
Melhora porque aprendemos a relativizar, a perceber que podemos não estar a 100% para cada um mas que estaremos muito e será suficiente, passamos a conhecê-los, a percebê-los melhor, e mais tarde, eles passam a expressar-se e a dizer o que sentem e nós sentimo-nos mais capazes. 

Mães de dois, vai melhorar. Juro.













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