12.28.2016

Viemos passear, apesar do ranho e da tosse!



Estivemos até à última de segunda a pensar se valeria a pena correr o risco de tirar as miúdas de casa. Mas a nossa vontade de passear com elas, longe da roupa por lavar e da louça a empilhar, de estar com elas e só para elas, foi mais forte. O ranho e a tosse continuam, mas quem nos garante que não teriam também em casa? Viemos. Ainda bem. Está a ser maravilhoso! (E por acaso até acho que reduziram, já que dormiram ambas a noite inteira – finalmente, que descanso!)

Já sabem que eu sou das que dava um dedinho para andar sempre a passear, a conhecer sítios novos e a dormir em hotéis: sim, tenho uma pancadinha por hotéis. Quem diz hotéis, diz pousadas, quem diz pousadas diz caravanas, quem diz caravanas NÃO diz tendas. Já dei para esse peditório. (Mentira, hei-de fazê-lo mais algumas vezes, mas só porque acho que as minhas filhas vão adorar). Gosto mesmo é de uma caminha confortável, lençóis branquinhos macios. Das primeiras coisas que faço quando chego a um hotel é ir experimentar a cama. Depois ver a vista. E depois a banheira, para me imaginar logo a tomar um banhinho com espuma. (Sim, é pouco ecológico, mas uma vez não são vezes). 

Viemos até Coimbra e ficámos no Vila Galé,  porque ficámos bem impressionados com o de Évora, porque tem piscina interior e é bem localizado. Gostámos muito de termos ficado numa suite júnior com porta de correr a separar quartos, para podermos ver filmes enquanto as miúdas dormiam. Vimos meio filme em cada noite, um balanço positivo para o normal (zzzzzzz). Experimentámos o restaurante (alambazei-me com um risotto divinal de camarão) e gostei particularmente do facto do menu para criança não ter aquele ar de comida de plástico que se vê por aí (ainda me hão de explicar esse fenómeno)... Tinha verdes e a comida era saborosa! A sopa então devia estar supimpa porque a Isabel (pisca e ligeiramente anti-sopa) comeu até à última gota. Usei a palavra supimpa? Usei. Ah! Joana Gama, isto sim é um adjectivo. (Para perceberem melhor esta boca, leiam o que a engraçadinha andou a escrever aqui a gozar comigo). 

Em Coimbra, o primeiro sítio a que fomos foi à Universidade, ver as vistas e visitar a biblioteca joanina (maravilhosa). O resto, conto-vos amanhã, onde vos darei 3 dicas para quando visitarem esta cidade linda! E mostrar mais fotos aqui das miúdas giras.




















Coisinhas que podem ter achado giras:
O meu casaco - Joana Tomaz

Gorro da Isabel - Baby Bonnet
Sapatos e Botas Isabel - Trutué 
Carrinho Luísa - BébéConfort
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12.27.2016

O pai é que sabe!

Se me perguntassem que tipo de fotografias andaria a tirar numa segunda à noite, nunca vos diria que seria a uma frigideira com dois olhos de codorniz. Porém, foi dos momentos mais giros do "fim-de-semana natalício". Como a Irene me rouba sempre ovo do pequeno almoço e brinca imenso com um ovo que lhe ofereci, o pai lembrou-se de mandar vir ovos de codorniz (ovos bem pequeninos) nas compras para a Irene se passar com os ovos bebés. E aconteceu. Adorou. 

Ficaram os "ovos do continente" porque a miúda é ratolas e sabia que só para o ano conseguiria dizer "condorniz" (nem eu consigo) e adorou. 

 
Pusemos uns implantes no pinguim e ficou a pinguim mamã. Até porque realmente é mais ou menos assim que a mamã tem as tetas. 


 
Sim, têm azeite demais. O pai é generoso na questão das gorduras, mas eu não ia estragar o momento com esse pormenor :)

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Já vomito de tanta betalhada...

Já vos contei como foi o dia 24 aqui. No dia 25 fomos à casa da minha mãe, do João e do tio Pedro. Havia milhares de prendas para a Irene e ela deixou bem claro que as preferidas foram um estojo de maquilhagem (até porque me tinha pedido para a pintar quando saímos de casa) e uma caixa gigante de Lego (era só a caixa vazia - brincadeira). 

Abetalhei-a toda (a minha mãe gosta de coisas pipis) e tínhamos as duas roupas a combinar e lá fomos. Só quando fui gozada por uma leitora no instagram a dizer qualquer coisa como "ai que bem... nunca pensei" é que reparei na betalhada inerente. Até a própria Joana disse que nem a Isabel estava assim. Pronto. Aí quis ter um revólver à mão e rebentar com a mioleira porque até dentro de casa a mulher põe uma touca à bebé (pff, how beta can you go!).  Quando põem toucas às bebés, penso sempre que terão uma doença qualquer contagiosa. Parecem hospedeiras pequeninas. Depois admira-se que a Isabel tenha começado a falar mais tarde que a Irene, não conseguia ouvir nada com tanta touca, tanta mantinha para a cabeça... (vamos ignorar que a Irene ainda hoje precisa de ajuda para subir escadas, Joana, vá!). 

Bom. Se calhar já não posso dizer estas coisas. Abetalhei mais do que a Joana. É certo que ia passar o 25 a Oeiras, mas não precisava de exagerar. Vá lá que a miúda a meio do Natal tirou as carneiras e equilibrou um pouco as coisas. 

Se não fosse o meu ar evidente de quem nasceu na Damaia de Baixo em 1986, vocês poderiam pensar que este era um post da outra Joana. Ai não, esperem, deixem-me só escrever qualquer coisa amorosa e lamechas e com adjectivos caros (gente que vai para escolas finas é assim): 

A minha filha. Tão pequena e tão minha. Gigante no meu coração, pequena no universo. Que grandes aventuras te reservará este planeta, minha princesa flor. Te guardarei sempre junto ao meu peito onde o meu calor te apoiará nesta caminhada que é a vida, que é o sol do amor de flores e terrinas de Vista Alegre. Inexoravelmente (faltava o adjectivo). Tu. E eu. Santarém é vida. 

Joana Gama, resolvi vir aqui só dizer-te que inexoravelmente é um advérbio de modo. Não tens de agradecer. E sim, fizeste-me rir. Muito. Parvalhona. JPB










Coisinhas que podem ter achado giras:
Camisola ou túnica (vi no post da Joana que talvez fosse isso): Laçarote - Sweet Collection

Gancho (Joana, queres ajudar aqui? Se calhar depois de leres isto não queres haha) 

Ajudo, sim, mesmo que não mereças. 
Laço - Mademoiselle's Bow
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Os putos estão a dormir? Ainda não fizeram tudo na sanita? Então leiam mais isto: 

- "O nosso Natal é com pais separados juntos" - o Natal da Joana Paixão Brás



12.26.2016

O nosso Natal é com pais separados juntos

Tenho um enorme orgulho nos meus pais. Nos meus tios. Na minha família. O nosso Natal é com pais separados. Os meus pais juntam-se sempre por estas alturas (tios idem), mesmo que separados, por saberem o quão importante isso é para nós. Para os filhos, para os netos. Para todos. Descomplicar. Amar. Simples assim...
{obrigada}



Foi o avô quem lhe cortou a franja e eu tive arritmias ;)



Nenhuma criança ficou magoada no decorrer desta sessão :)













A avó Rosel a dar-lhe arroz doce como se fosse sopa (fechei os olhos para não ter um colapso)

A rir a sério porque a minha mãe estava a fazer-se de emplastro







Coisinhas que podem ter achado giras:
Túnica e fofo miúdas giras - Laçarote - Sweet Collection
Merceditas Victoria -  Pegada Doce

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Quando é que me esqueci de que ela é pequenina?

Não sei se foi por estar cansada, com o desafio de estar pela primeira vez tantos dias sozinha com as duas, ainda por cima adoentadas e mais carentes (falei sobre isso aqui). Não sei se foi da quadra natalícia, que mexe muito comigo e me deixa um bocadinho triste (falei sobre isso aqui). 

Dei comigo à procura de uma resposta que me fizesse sofrer um bocadinho menos e que me fizesse voltar a olhar para a Isabel com o respeito que lhe tinha quando ela era bebé. Dei comigo a perceber que a ando a tratar com demasiada rigidez e autoridade (não confundir com coerência e disciplina, porque isso acho que é preciso), com brutidade, até, como se ela fosse um adulto a precisar de um abanão e de um puxão de orelhas (e eu acho que nem os adultos devem ser tratados assim...). Dei comigo a ter a certeza de que estou a exigir demasiado dela, a mandá-la calar, a pedir-lhe que pare de fazer birra, vezes sem conta.  

Eu não estou a ser a mãe que quero ser. Nem a mãe que ela precisa que eu seja.  

E, para que possa afastar a culpa de mim, e com ela levar a mágoa e a tristeza de não estar a ser quem quero ser, nem a construir a relação que quero com a minha filha, tive de fazer alguma introspecção e procurei fotografias dela quando ela era bebé. Tentei perceber onde e quando deixei de vê-la como uma bebé e passei a vê-la como alguém que tem perfeita noção do que está a fazer. Quando comecei a vê-la como manipuladora. Quando comecei a gritar com ela, a achá-la chata e até a ter raiva dela (ou de comportamentos dela).

Não tenho ainda respostas para tudo, mas fez-me bem chorar, descomprimir e voltar a apaixonar-me pela minha filha. Andava numa fase de algum desencanto, mesmo que com o coração a transbordar de amor e a ficar surpreendida com a inteligência e sentido de humor dela (o injusto que isto é, quando ela, mesmo com a minha gritaria, me adora a todos os instantes e me desculpa na hora).

Talvez tenha sido quando se começou a expressar melhor, a falar melhor. Talvez tenha sido quando começou a franzir o sobrolho e a dizer frases completas e bem estruturadas, a queixar-se, a zangar-se. Quando começou a fazer birras a sério, a bater e a dizer que não quer, que não gosta. Ela reproduz tudo o que vê, é muito autónoma e está naquela fase em que quer fazer tudo sozinha e diz mil vezes que é crescida e isso fez-me vê-la como alguém realmente muito desenvolvido e crescido. 

Ela nem três anos tem. É a minha bebé, a minha filhota. Está a processar tudo a mil à hora, não tem o cérebro desenvolvido o suficiente para conseguir articular a frustração. Está a conhecer os limites, a testá-los. Ela não nos quer mal, não nos quer chatear. Ela é uma querida. E eu amo aquelas pestanas, aquela gargalhada, aqueles olhinhos de bambi ternurentos. E, no fundo, aquela teimosia ainda lhe vai dar muito jeito no futuro. Espero que saiba valer a sua vontade, debater e argumentar, pela vida fora. Acaba por ser esse o treino agora. 

Via-a tão pequenina naquelas fotografias e no meu colo e vejo-a agora, tão desafiante e tão minha. Quero-a assim, aceito-a assim. E quero ajudar a fazer dela uma miúda e uma mulher segura, carinhosa, feliz.




(Isabel com 6-8meses) <3

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12.25.2016

Está de volta! Está de volta!

Tão bom o Natal voltar a ser entusiasmante. Lembro-me perfeitamente quando o Natal passou a ser uma coisa mais séria e sem magia. Eu já tinha crescido e já nem me ficava bem perguntar quando é que era para abrir as prendas. Continuava a jantar na mesa à parte com a minha prima e irmão (não cabíamos todos na grande - e ainda bem que assim podíamos falar do que nos apetecesse), mas já era diferente. Já era expectável que desse uma ajuda na cozinha e que não estivesse apenas a "fazer tempo" até receber qualquer coisa que tinha andado a pedir durante meses. 

Não é que tenha deixado de ser giro, mas foi quando o meu irmão cresceu que deixou de ter tanta graça. Já não acreditava que eu era o Pai Natal e, por isso, já nem desculpa para me mascarar tinha. Geralmente dizíamos que a "mana ia para a casa do pai" e lá aparecia vestida de pai Natal com uma barba improvisada por mim e cheia de algodão, o gorro puxado o máximo até baixo possível e umas calças de fato de treino vermelhas e uma camisola também. Tentava não ir muito além de um "Oh Oh Oh" porque tinha medo que ele me descobrisse. Achou estranho que o Pai Natal tivesse um swatch parecido com o da irmã, mas acho que nesse dia até passou. 

A abertura das prendas era às 22h, se não estou em erro. Pareceu que todos os Natais foram acontecendo mais rápido e mais rápido (mas nem por isso pelos melhores motivos, não sei). As minhas prendas, em princípio, até já sabia quais eram porque teria sido eu a escolhê-las ou algo do género. Já não havia surpresas. Um pijama para aquele, umas camisolas da Ericeira para o mano, livros de história para o padrasto, coisas de mulher para a mãe e para a prima, serviço de loiça para a tia...

Irene em frente à árvore de Natal
Juro que não pedi para fazer pose de "tenho xixi".


Agora, o Natal voltou. Ainda estamos em modo part-time. Não achei que fizesse sentido fazer jantar e esperar até à meia noite pelas prendas com uma miúda de 3 anos com uma família tão pequena e, então, no dia 24 (ontem, quando estou a escrever este texto) fizemos um lanchinho cá em casa com os sogros. À última da hora indaguei onde estaria o meu pai, madrasta e o irmão Tiago e convidei-os a passarem por cá. Ainda bem. Ficou um 24 muito mais composto e fiquei com o coração muito mais cheio, como antigamente. Falou-se alto, riu-se muito, deram-se prendas, houve surpresas, comida a mais, música de Natal a tocar, foi mágico. Por mim, fechava já a loja, mas sei que hoje, 25, no lanche em casa da minha mãe, a história vai repetir-se e é um privilégio ter dois Natais com tanta magia.

Há "males que vêm por bem" e já nem me lembro do mal que levou a que houvesse tanta família para a Irene conhecer e que me trouxe duas das minhas pessoas preferidas: o João (meu padrasto) e a Bibi (minha madrasta). 

Natal em família
Pai, Bibi, Tiago, Frederico, Celina, Virgílio e Irene. 

Coisinhas que podem ter achado giras: 

Vestido da Irene - Boboli 
Lacinho - Lost Colours
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12.22.2016

O que me deixa triste no Natal.

Eu sou das que sente uma dualidade enorme de sensações nesta quadra.

Adoro a ideia de ter a família à mesa reunida a comer coisinhas boas e a dizer disparates, a discutir e a vociferar, quando os ânimos aquecem (sim, somos tipo família italiana).

Fico triste com o facto de já não estarem cá pessoas de quem eu gostava muito e que tanta falta nos fazem.

Adoro os enfeites, as luzinhas, os cânticos, as canções pirosas e as menos pirosas.

Fico cansada pelos que têm de fazer uma ginástica mental enorme para resolver como se distribuem pelas famílias, pais separados, sogros separados, famílias afastadas e decisões que vão melindrar sempre alguém.

Adoro o espírito de união, de entreajuda, o facto de nos preocuparmos uns com os outros, de pensarmos em formas de surpreender, mesmo que com coisas simples, quem mais gostamos e por aí fora.

Fico chateada com o consumismo desenfreado, com a loucura das compras.

Adoro olhar para o ar surpreendido da Isabel, que já vive esta quadra toda entusiasmada e a cantar a música do pinheirinho vezes sem conta (aqui). Diz todos os dias: "Feliz Natal".

Fico sem chão quando penso em todas as crianças que não têm família, em todas as pessoas que estão numa cama sozinhas, em todos os que passam o Natal no meio de hospitais.

Adoro o presépio e tudo o que ele representa.

Fico nostálgica e cheia de saudades da magia que o Natal tinha para mim em criança, de ir apanhar musgo em Montejunto para o presépio; de acreditar no Pai Natal, apesar de achar estranho o facto de ele conseguir subir até ao 6º andar numa corda; de acordar dia 25 de manhã e ir ver o presente que ele nos tinha deixado; de dançar com o meu tio Jorge, sempre tão animado (que saudades do meu tio (!), que dizia que eu era a sobrinha preferida dele - a única); de ir ao cinema com os meus pais e irmão no dia 25.

Ai Natal, Natal... és tão bonito mas tão difícil de gerir dentro de mim.






Fotografias  I Heart You Photography

Da entrevista (aqui) que dei ao Save the Date


Se ainda tiverem um tempinho, podem ler estes textos:
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12.21.2016

Como ser pontual de manhã.

Lembro-me perfeitamente da nossa primeira consulta no Centro de Saúde. Foi no dia em que me desceu o leite (se bem me lembro terá sido no 5º ou 6º dia depois da miúda nascer - depois vim a saber que já havia quem tivesse começado a dizer "que eu não ia ter leite" e blá blá blá... ). 

Estava com umas mamas tão grandes que quase que estava mais satisfeita por ter aquilo ao pescoço do que por ser mãe, digamos. Foi um stress enorme porque além de ser tudo um stress enorme para mim naquela altura, ainda por cima tinha que chegar a horas a uma consulta. Sendo que tinha de tratar de mim (mal conseguia), tratar da Irene, dar-lhe mama, fazer a mala com tudo o que era preciso (sabia lá eu) e... "se tiver de dar a mama em público"... e.. se...! Estava louca. 

A enfermeira do CS disse "conte com, pelo menos, mais meia hora por filho". Obviamente que enchi mais um bocadinho o meu penso do pós-parto com essa, "por filho", ahah. Como se. Como se. 

Hoje em dia é tudo muito mais fácil. Claro que temos uma situação familiar, se calhar, mais relaxada a nível de horários. Eu, por amamentar, tenho direito a duas horas por dia a menos no meu horário e o Frederico é freelancer. Acorda-se quando a Irene acordar (varia entre 6,7 e 8) e depois a diferença está no tempo que passamos juntos a tomar o pequeno almoço. Quanto mais à vontade estivermos, mais tempo estamos juntos à mesa. 

Preparo o meu pequeno-almoço e o dela, enquanto o Frederico prepara o seu (ele é muito lentinho de manhã, ahah). Enquanto a Irene vai comendo, nós também vamos e falando sobre o dia, a noite, brincando com a Irene ou simplesmente a rirmo-nos das parvoíces dela. 

Dependendo das horas e do dia da semana, há um que se levanta primeiro para tomar banho enquanto o outro lhe faz companhia. Como eu tenho ido treinar 4 vezes por semana, o mais normal é equipar-me para o ginásio e sair ou imediatamente a seguir a eles 8h45 ou, então, quando se atrasam, saio primeiro.

Aqui o truque mais valioso é: 

- Assim que a Irene acorda, visto-a logo, nem ainda saímos do quarto. Fica despachada. 

O segundo truque mais interessante é: 

- Alternar a companhia durante a tarefa mais lenta da miúda. 

O terceiro truque é: 

- Fazer disto uma rotina e assim não há grandes birras pelo meio porque já vai em modo automático. 


Sou só mãe há 2 anos e meio e por isso há aí gente com mais dicas e muito valiosas que, se não se importarem de acrescentar por comentário, ficamos aqui com uma lista gira e até faço novo post! 



Irene a tomar o pequeno-almoço
A Minnie a ver a Irene a por demasiada manteiga numa tosta e surpreendida por eu a ter vestido com uma camisola a condizer com o laço. 

Irene com brinquedo de criança
A Irene a dizer que o Lémure (sei lá) tem as unhas pintas de preto (e só me lembrei do Ronaldo). 

Brinquedo de criança
Não, não foi a Irene. Fui eu a tentar criar um momento divertido, mas como ninguém se está a rir, parece que falhei. 

Ida para a escola
O momento antes de saírem de casa. Algo que me enche de orgulho porque, finalmente, depois de uma catrefada de tempo, a Irene parou de dizer 20 mil vezes a chorar enquanto saía de casa "a mãe depois vai buscar a Necas ao colo". 


Os putos estão a dormir? Ainda não fizeram tudo na sanita? Então leiam mais isto: 


  • Sobre amamentação (ajuda e ocasional desespero) aqui.
  • Porque é que não quero ter mais nenhum filho aqui.
  • Jogos giros sem objectos para fazer com eles aqui


Coisinhas que podem ter achado giras: 

Camisola da Vertbaudet

Bonequinhos da Science4you

O lacinho não me lembro de onde é! Joana, queres ajudar?
(Sim, é Lost Colours)
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Vocês, mães, são mesmo espectaculares!

Ontem desabafei sobre o caos do meu dia, do nosso dia, aqui. Choveram comentários, aqui e no Facebook, que me alentaram. Não tinha grandes dúvidas de que se há qualquer coisa que nos une, a par de metermos criancinhas no mundo, é uma generosidade que nos faz abraçar, mesmo que virtualmente, outras mães. Pelas partilhas do texto, percebi que fiz também isso. E vocês retribuiram. Sou-vos tão grata! Foi esta sensação de não nos sentirmos tão sozinhas nesta missão de criar os nossos filhos, de não sentirmos que somos umas falhadas, que acontece a todas, que nos limpa as lágrimas, nos dá um abanão e nos põe a andar para a frente. É o que nos faz varrer da cabeça ideias erradas a nosso respeito, permite-nos ganhar novo fôlego e acreditar. Em nós e nos nossos filhos. Eles não estão estragados, faz parte, nós não estamos estragadas, estamos apenas cansadas, faz parte.

Obrigada, a todas, pela empatia.


A photo posted by Joana Paixão Brás (@joanapaixaobras) on



Não se admirem se não houver posts meus nos próximos dias. Tal como no nosso trabalho, quando eles estão doentes, faltamos. Eles primeiro.

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12.20.2016

Se estivesse em teste de maternidade hoje, chumbava!

Se isto funcionasse assim, com notas a atribuir, com escala de zero a vinte, eu hoje teria chumbado. Foi um "dia não" para aquilo que são os meus limites do razoável nesta coisa de ser mãe. Não fui capaz de pôr para trás das costas, não fui capaz de respirar fundo o suficiente, não suportei as birras, gritei, chateei-me, fiz birra e não peguei na Isabel ao colo quando ela mo pediu, mesmo podendo. Quis mostrar-lhe que estava zangada, como se isso fosse resolver o que quer que fosse. Só que ela estava adoentada. A irmã também (ainda sem perceber bem com o quê, ranho e tosse). Não consegui gerir ter duas filhas em casa mais carentes, dar almoço, pô-las a fazer a sesta, dar mama, dar colo, brincar, fazer jantar, não deixar a lareira apagar, ir limpar o rabo a uma enquanto a outra fazia uma birra de morte. Deixei queimar o jantar, a Luísa caiu do sofá(!!!) - valeram-nos umas almofadas que estavam no chão - a Isabel tanto dava beijos à Luísa, como lhe dava estalos. Quando a minha mãe me perguntou se precisava de mais alguma coisa em casa, além de pão, respondi "uma pistola". Para mim não é fácil e eu não me aguentei nas canetas. 

Quando ouvirem por aí outras super mães ou avós dizerem que os filhos são uma delícia, que se portam muito bem, que não admitem birras, que com elas eles "não fazem farinha"; quando virem por aí fotos de miúdos todos aperaltadinhos, sorridentes, com uma auréola a sobrevoar as cabeças, quartos brancos imaculados, e tudo saído de capa de revista, não acreditem. Por detrás daquilo tudo, há - quase de certeza - uns gritos, uns choros e uns nervos. Pelo menos, é no que acredito para me sentir um bocadinho menos mal quando a coisa descamba. E por aqui descamba muitas vezes, mais do que as que gostaria. Hoje descambou. Amanhã se verá. 
Ter consciência disto, pensar no que poderei melhorar amanhã para minorar o filme de terror em que somos todos obrigados a entrar, faz-me bem. Hoje chumbava mas, felizmente, não é assim que se mede os nossos papéis, vocações, relações. 

Coisa mais boa. Ela e a irmã. Mesmo quando dão comigo em louca.


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