11.29.2016

Não têm tempo para treinar? Tomem lá!

Lembram-se de vos ter perguntado se queriam um treino para fazer em casa? Nem toda a gente tem tempo para ir ao ginásio ou "disponibilidade" para ter um PT - é um facto. Tenho a sorte de ter #omelhorptdomundo para me treinar e pedi-lhe para vos dar umas dicas. Porém, ele é péssimo a tirar fotografias, pelos vistos. 

Vamos a isto? 

Agachamentos

Garantir que a anca vai para trás (usar um banco atrás como referência), que o peso do corpo fica nos calcanhares, joelhos e o peito "para fora" (coluna lombar em posição neutra).



Quando sobem, façam a extensão total da anca e dos joelhos apertem os glúteos e encaixem os joelhos.


Y

Esta é fazer o "Y". Polegares a apontar para cima.


Atenção aos pés. Se não aguentarem com as pernas no ar, esta é uma óptima opção.




Flexões

Flexões com joelhos no chão. Esta é a posição inicial. Podem encaixar os braços, esticá-los.


Tentar que os cotovelos estejam o mais perto possível do corpo. Desçam até dar "beijinhos à esquimó" no chão.

Tentar que os cotovelos estejam o mais perto possível do corpo.
Lunges

Tentem ter uma referência no chão. Mantenham a mesma perna à frente durante as repetições tendo sempre o pé a apontar para a frente. O pé de trás sempre com o calcanhar para cima. 


Baixar a perna o máximo possível sem tocar com o joelho no colchão. Ter o joelho à frente orientado para fora.

Baixar a perna o máximo possível sem tocar com o joelho no colchão. Ter o joelho à frente orientado para fora. 


Isto é o "para fora".

Isto está errado:o joelho está para dentro.
Jumping Jacks 



Estas calças estão longe de me favorecer, senhores... 

Façam o circuito numa fase inicial 1 a 2 vezes podendo depois aumentar o número de voltas (3 a 4 vezes)

Agachamento - 15 repetições
Y - 20segundos
Flexões - 10
Lunges - 10+10
Jumping Jacks - 60 segundos

Pronto. Fica a ideia. Lamento a qualidade das fotografias, mas o rapaz é tão #omelhorPTdomundo que não conseguiu abstrair-se do facto de ter de me corrigir durante o treino. 

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11.28.2016

Uh la la!

Foi este o modelito que escolhi para o jantar de gala em Paris, no evento Efluents5, com bloggers de maternidade dos mais diversos países, a convite da Parole de Mamans e com o apoio da agência Selectour Afat. Provavelmente a morrer de dores nos pés mas a fingir que estou super confortável e que até sei andar de saltos altos e a tentar não parecer uma tronguinha. Como não vou levar máquina para o evento, achei boa ideia aproveitar a oportunidade de me sentir uma princesa e de ter registo da Joana Sepulveda Bandeira do Love Lab para mais tarde recordar (quando o meu ego não andar bom de saúde, pumbas!). A Rita Amorim pôs-me jeitosa e eu ADOREI fazer de conta. O cenário do Vila Galé de Paço de Arcos ajudou e muito.








Depois tenho mais pormenores para vos mostrar, clutch, brinquinhos... fica para outro post! <3
Ah! E a giraça das fotos é a Patrícia do Crónicas da Maternidade!

Vestido - Chic by Choice
Fotografia - Love Lab 
 
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11.27.2016

Trabalhos de casa...

Ainda estou na fase de adorar quando temos trabalhos de casa para fazer em conjunto. Sempre não tenho que pensar na actividade que fazemos domingo de manhã (gosto sempre de fazer qualquer coisa com ela, além de tomarmos banho juntas que tenho adorado e ela também). 

Fizemos a bola de Natal da escola e a mãe acalmou-se e deixou que a filha fizesse tudo sozinha (não me custou nada, estou a brincar). 

Tenho uma menina crescida em casa. :) 


 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 



 

 

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As tintas são do Ikea, as canetas de soprar são da Tiger, o babygrow é da Primark, os ganchos são da Claire's, a gata foi apanhada na rua, a Irene foi feita em casa.

11.25.2016

Até que idade podem dizer piu-piu?

Já que temos a Diana Lopes (terapeuta da fala) à distância de um e-mail, decidimos fazer-lhe algumas perguntas. Vejam lá alguma vos dá jeito! Obrigada, Diana :)





O que se deve fazer com os miúdos que comunicam por gestos para estimular a linguagem? 

Muitas crianças usam gestos para conseguirem o que querem. A  linguagem gestual pode ser uma ponte, mas deve ser superada. Se os pais/cuidadores entregam sempre à criança o objecto simplesmente apontado, a criança habitua-se e não aprende a usar a fala quando quer alguma coisa, sabe que basta apontar para adquirir o objecto pretendido. Isso, por vezes, leva à substituição da linguagem oral pela gestual. Embora a criança ainda não fale (ou mesmo quando fala) os pais/cuidadores devem explicar o que é aquilo e promover a oralidade incentivando-a a falar. Por isso, no momento em que a criança aponta para a água, é indicado que os pais perguntem "queres o quê?" esperando que a criança faça o pedido, incentivando-a a falar. Caso não o faço devemos dar o feedback: "Queres água? Então diz, eu quero água por favor". 




Até que idade podem dizer piu-piu?

Pouco depois dos 12 meses, surgem as primeiras palavras apesar de cada criança ter o seu ritmo de desenvolvimento! Geralmente são monossílabos ou repetições de silabas, por exemplo, “ó-ó” para cama/dormir ou “mã” para mãe, correspondendo sempre a pessoas ou objectos significativos para o bebé. No entanto, uma vez dita a primeira palavra, o vocabulário da criança multiplica-se rapidamente, à medida que começa a experimentar novas palavras e a juntar novos sons.

Aos 18 meses, o vocabulário do bebé pode incluir entre quarenta a cinquenta palavras, ou até mais, conseguindo compreender cerca de duzentas palavras. Por esta altura, já é capaz de compreender frases e ordens simples, iniciando a produção de holófrases (por exemplo, diz “áua” para transmitir a ideia de “quero água”) e é capaz de nomear objectos familiares. Por volta dos 2 anos, usará cerca de duzentas a trezentas palavras, em que 50% dos sons são claros e inteligíveis, e compreenderá cerca de mil palavras. Este desenvolvimento da linguagem da nascença até ao momento, permite ao bebé compreender ordens mais complexas, dizer o seu nome e construir frases com duas a três palavras. Desta forma, aos 18 meses já não é suposto usarmos um discurso infantil com a criança, será uma boa altura para começarmos a dizer que "o pássaro faz piu piu" em vez de "olha ali um piu piu".

As "coisas" devem ser sempre tratadas pelo nome, desde muito cedo. 




A Irene trata-se pela terceira pessoa e eu a ela, é grave? Devo fazer por alterar asap?

A Irene já tem 2 anos e 7 meses, sei que está dentro do que é esperado para a idade.

A Irene trata-se na terceira pessoa em todas as situações?  Na creche, como se refere a si própria, a Irene ou eu? Se se referir a ela na terceira pessoa em todas as situações, devemos começar a usar o "eu". Uma das consequências de se tratar sempre na terceira pessoa é o não reconhecimento  do significado do "eu".

Com os 3 anos, surgem capacidades gramaticais, como por exemplo, o uso de plurais e preposições, assim como a aplicação de questões no seu discurso (“a chamada idade dos porquês”). O vocabulário da criança é variado, permitindo-lhe compreender frases simples. Porém, na sua expressão as frases ainda são telegráficas respeitando a estrutura básica (Sujeito-Verbo-Objecto), por exemplo (“Irene quer leite”). É também nesta faixa etária, que surge a manipulação dos sons da língua através de jogos com rimas e de segmentação silábica, que será a base para a aquisição da capacidade de leitura, posteriormente. 

É uma boa altura para deixarem de se tratar na terceira pessoa dando o Feedback correcto à Irene.




O sono e o desenvolvimento da linguagem?

Não existem estudos concretos que confirmem que o sono seja benéfico ou prejudicial para o desenvolvimento da linguagem. Contudo, pela experiência e pelo que observamos sabemos que o sono tem um papel fundamental em todas as fases de desenvolvimento da criança. Uma noite de sono mal dormida pode ter como consequência uma diminuição na atenção e na concentração também porque a criança fica mais birrenta. Assim, se não estamos concentrados/ birrentos a aquisição de novas informações (palavras novas, por exemplo) é prejudicada.




Contacto ocasional com os avós que insistem em falar abebezado é de corrigir os avós ou não tem influência? 

Acabei por já falar um bocadinho desta questão do falar "abeberando" na questão "até que idade devemos dizer piu-piu".

Este acaba por ser um assunto sensível para os avós.

Quando dou algumas orientações aos pais, mais cedo ou mais tarde, acabo sempre por ouvir "mas Diana, eu faço isso mas quando ele está com os avós, é para esquecer. Os avós deixam-no fazer tudo o que ele quer, como quer (......)".

Os avós têm um papel muito importante na vida das crianças e no seu desenvolvimento. A relação de afecto, carinho e cumplicidade com os avós marcam a vida de uma criança para sempre. Os avós contam histórias, mimam, dedicam muito tempo aos netos e a grandes maioria das vezes acabam por ter mais paciência para os netos do que tinham com os filhos. 

As crianças aprendem a falar pelos estímulos que recebem das pessoas que os cercam, ou seja, a criança só aprende a falar ouvindo alguém que fale com ela. Por este motivo, é muito importante darmos padrões correctos de fala às crianças, mesmo que sejam bebés. ~

Acaba quase por ser uma regra, quando as crianças começam a falar acabam sempre por pronunciar uma ou outra palavra de forma incorrecta mas a família cheia de felicidade de ouvir o rebento a falar tem a tendência de imitar a forma como a criança fala porque acha bonito, engraçado. Contudo, mesmo no meio das palavras "engraçadinhas" que são pronunciadas pela criança de forma incorrecta, o adulto deve sempre dar o feedback correctivo.

Da mesma forma que ninguém dá um alimento estragado a um bebé, não devemos também dar um exemplo de fala errado, visto que a criança imita o adulto. 

Por isso, avós, dar muitos mimos, muito carinho, brincar muito mas usar sempre um discurso pouco infantil com a criança. 



A linguagem e as emoções. A ajuda nas birras. 

A criança tem uma expressão verbal limitada, e é através do comportamento que frequentemente expressa o seu mal-estar. As manifestações do comportamento podem tomar várias formas e, em diferentes crianças comportamentos idênticos, podem ter diferentes significados. Vejamos, como exemplo, as vulgares "birras", comuns em crianças pré-escolares, e que vão normalmente tornando-se menos frequentes com o crescimento, quando a criança passa a ser mais competente a usar a palavra para exprimir o seu pensamento e emoções. Quando falamos em "birra", referirmo-nos habitualmente a um estado de agitação em que a criança chora e berra, normalmente a seguir a uma frustração. O facto de não se conseguir expressar, fazer os outros entender o que quer, leva a um estado de frustração. 


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Eu sou o Marcelo só que ninguém sabe (#04)

Nem sempre temos a história antes de dormir. Às vezes a história é enquanto está sentada na sanita ou à hora de jantar ou, então, nem sequer há história porque "está muito tarde". Este livro é muito importante para nós, para a família. Quando a Irene ficou em casa connosco, foi-nos acompanhando ao longo do dia e a maior parte das refeições. Temos um carinho especial por ele. Lembro-me do dia em que o comprei, etc. É daqueles livros que, mais tarde, quando doar os livros a alguma associação ou amiga, irei guardar dentro do armário. 

Além dos desenhos serem amorosos e de dar para adaptar para várias idades, o pai até já criou histórias extra as que lá estão. Tanto que o livro é diferente quando é contado pelo pai e quando é contado pela mãe (o pai é bem melhor nisto). 

Com este livro começou a aprender o aqui e ali (o acolá... dispensamos um pouco), "em cima", "em baixo", "contente", "triste", as cores... Está tudo aqui. Depende só de quem lê. 



Só para verem quanto gostamos deste livro, limpo logo com um paninho húmido quando fica um bocadinho sujo de sopa! Aconselho... Vivamente. Não o meu, no meu não tocam. Ai, no da Irene ;)

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"Não quero a mãe!"

Doeu-me. Muito. Na alma. Nunca a tinha ouvido expressar tal coisa. "Não quero a mãe". Assim. Com um olhar duro. Assim que cheguei à sala dela, na escola, para a ir buscar. Chorei por dentro. Fingi que não. O meu lado mais optimista procurou o humor. "Olha, isto é para me preparar para a parvoíce da adolescência, quando gritar do quarto que me odeia", pensei para os meus botões. Não correu para mim, não ficou feliz de me ver. Não foi a primeira vez, mas desta vez disse-o. Fiquei ferida. Mesmo tentando desdramatizar, mesmo sabendo que me adora mais do que ninguém. "Vá, Isabelinha, vamos para casa, amor." "Não quero ir para casa". Okay, não é novidade. Nunca quer ir para casa, adora a escola e quer ficar sempre mais um bocadinho. Mas ultimamente demoramos uma eternidade a sair. A Luísa cansa-se, choraminga por levar com uma enxurrada de mãos e apertos e festinhas dos colegas da sala, e nem perguntando se quer ir ao pão ou à loja da fruta a convenço. É difícil. Depois de lhe dar tempo, é tempo de ir. Corre pela escola, foge, não quer ir ao colo, não quer entrar no carro, não quer ir na cadeira. Eu, que até lhe consigo dar a volta tantas e tantas vezes, não tenho conseguido. Todos os dias, sempre que sou eu a ir buscá-la, é um número de circo para a levar para casa. Já sei que há birra certa no carro.

Mas desta vez foi diferente. Pior, muito pior. Eu estava a pensar em tudo o que poderia estar a fazer de errado. Perguntei-me baixinho, por entre o choro alto da Isabel, que interrompia para dizer que queria ir à Susana (a educadora), o que estaria a fazer de mal. Quis saber o porquê daquela repulsa. Não era suposto, depois de tantas horas separadas, ela querer ver-me, estar comigo, brincar comigo? Não querem todas as mães ser recebidas com um enorme abraço? Serão ciúmes? Estarei a dar-lhe pouca atenção? Por que razão se contorce toda e chora como se não houvesse amanhã, aos soluços, quando tento prendê-la na cadeira? Por que razão não colabora? Acabo por aleijá-la, às vezes, ao prendê-la à força e, depois de tanto tempo aos berros, às vezes acabo por perder a calma e dizer-lhe que estou zangada e triste, levantando a voz. Já lhe pedi que se calasse também. Já gritei por cima. É extenuante.

Viu-me chorar. Chorei muito e não escondi. Quando saímos do carro quis ir ao meu colo e deu-me abraços. Muitos. Perguntei-lhe o porquê, e ela, de nariz vermelhinho de tanto chorar, deu-me um beijo e fez um som querido. Foi o pedido de desculpas à maneira dela.

E agora? Vai ser sempre assim? Faz estes números comigo por se sentir à vontade? Por saber que o meu amor é inesgotável? Por saber que não fujo? Mas... até quando? O que se está a passar?

Tento, nos meus momentos de tristeza e de ira, lembrar-me de que ela é um bebé, para fugir à tentação de a tratar como uma adulta e exigir-lhe sensatez e controlo, quando até eu o perco. Já me apeteceu esbofeteá-la. E ontem, o meu lado mais irascível estava a apoderar-se de mim e eu só queria que parasse, até porque aquilo me estava a assustar e à Luísa também. Parecia um animal ferido, a gemer. Quase lhe ouvi os uivos.

Não sei o que lhe acontece nesses momentos. Só sei que tenho de ajudá-la. Alguém me consegue ajudar a ajudá-la?



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11.24.2016

Somos uma família de 7.

JG: Fomos passar o fim-de-semana juntos. Confesso que, apesar de estar entusiasmada por ver a Joana, o David, a Isabel e a Luisinha que nem por isso me apetecia muita criançada.

JPB: Ai, filha. Nem sei como arranjaste homem sempre com essa disposição! Você é mãe, tem um blog de maternidade e vem para aqui dizer que não lhe apetece muita criançada? Isso é o mesmo que eu dizer que me quero casar, mas que não quero cá cerimónia, que o que interessa é estarmos juntos. Por favor!!

JG: Vá, agora vamos falar do nosso fim-de-semana em família no Vila Galé Évora. Vai-se a ver se foi só bom estarmos todos juntos! A Luisinha é mesmo uma bebé de sonho (apesar de estar sempre embrulhada em coisas de croché, 'tadinha) e a Isabel é um mimo. A Irene e a Isabel ficaram apaixonadas uma pela outra.

JPB: Até demasiado que houve chochinho. Foi muito giro vê-las a correr juntas, a brincar às escondidas, a partilharem os bonecos, a roubarem cereais... 

JG: Nunca a tinha visto a interagir com uma miúda exactamente da idade dela e fiquei toda comovida com o clima de best friends forever. Começamos logo a pensar nas próximas férias que vamos fazer juntas e que isto, por nós, se tornaria num hábito.

JPB: 'Miga, por mim, até se me oferecerem uma estadia na minha própria casa eu fico entusiasmada. Só a palavra estadia me faz descer o leite! 

JG: Não sentiste que somos uma família de 7? Os homens ficaram a ver o Benfas (odeio esta expressão) juntos, eu peguei na Luisinha enquanto acabavas de comer (que nunca mais acabavas, Jesus!) o Frederico brincou às escondidas com a Isabel e com a Luisinha... ?

JPB: Não houve cá tablets, nem brinquedos de luzinhas e sons... Entretiveram-se apenas com elas próprias, ali uns bebés para darem colo e um puzzle de madeira. Senti que houve mesmo oportunidade para vivermos esta experiência com os pés assente no presente, ou deverei dizer com o "coração" no presente? 

JG: Isto não é um post só teu! Não tornes isto tudo lamechas, sff, senão saio já! Sim, sempre que as adormecemos sentimos que aproveitamos cada minuto sem elas ficarem ali tipo veados encadeados com os vídeos de abrir ovos no youtube e dos fingers. Criamos memórias, brincamos a sério.

JPB: E do que vi, porque não pude estar tão disponível por causa da Luisinha, vi-te a ti e ao Frederico a voltarem a ser crianças.... corriam e riam e... 

JG: Sim, nós próprios acabamos por nos desligar mais do telemóveis... acho que foi mesmo uma "lição". Contemplei a Irene em vez de só a ver. 

JPB: E foi maravilhoso não ter que estar a pensar na quantidade enorme de coisas que tens de fazer em casa... Os senhores do hotel que me desculpem o estado em que viram as minhas coisas, mas não podia querer saber menos! 

JG: Já disse que gosto muito de vocês? 

JPB: Obrigada.

JG: Que má onda! Ah! Obrigada Imaginarium por esta experiência, por nos terem dado esta oportunidade para voltarmos a brincar, para nos desligarmos dos tablets e telemóveis, acho que fizemos aquilo que tanto se fala agora do mindfulness. Desligamo-nos dos aparelhos e ligamo-nos mais uns aos outros. 

JPB: Foi um fim-de-semana cheio de amor, tal como eu gosto. E vocês que nos estão a ler cheias de inveja do nosso fim-de-semana, fiquem a saber que durante o mês de Dezembro (de 1 a 20), na compra de brinquedos da Imaginarium, recebem uma experiência REAL para gozarem com todos os sentidos.

JG: Que pode ser desde uma escapadela em famíla, aventura ou atelier artístico. Ou seja, momentos para criar memórias e não simples "passares de tempo". 

JPB: Quem é que está a ser lamechas agora? Olha, pões aqui tu as fotografias que eu tenho de ir dar maminha?

JG: Espero que seja à Luísa e não ao David, senão dizeres isso aqui fica um bocadinho esquisito.

JPB: Já volto! Também gostamos de vocês, vá! 

JG: Awwwwwwwwwwww! Só por isso não ponho fotos em que se note que o teu cabelo já teve melhores dias!




















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11.23.2016

Somos como a Cristina Ferreira.

Também temos as nossas biografias. Não lançamos foi um livro com isso, mas ainda vamos a tempo.

Fotografia do nosso fim-de-semana no Vila Galé Évora.
Joana Gama. A mãe que queimou as pestanas de tanto ler livros mas também porque apagou uma vela demasiado perto. A mãe que acha bimbas as coisas queridas, mas por não ter jeito nenhum para combinar roupas. A mãe que demorou meia hora para perceber que o frasco se abria no sentido contrário (é burrinha, sim), talvez tenha sido por parte do cérebro ter ido no parto e a outra ter sido queimada por estar um ano e meio em casa com a Irene. Para já não quer mais filhos porque está a gostar de ter tempo para ir ao ginásio e daqueles 10 minutos no sofá à noite antes de começar a babar aquilo tudo. 


Joana Paixão Brás. A mãe calma e da paz. É tão tranquila que a Isabel chora em mute ou chorava. Agora a cantilena é outra. Agora é a Luísa, a irmã da Isabel que é muito calminha até porque tem sempre a mama da mãe na boca. Apesar da Joana já ter feito o desmame dos folhos da Isabel, já conseguiu repor o seu vício com a Luísa que só falta um pedaço de salsicha para parecer um folhado. Depois de ser produtora de televisão, de momento dedica-se à produção de miúdas em Santarém. Muitas apostas são feitas pelo concelho de que virá aí um terceiro. E é bem capaz. Sempre tem mais festas de aniversário para planear e fotografias amorosas para editar. 

Mais diferentes, só se uma de nós fosse um pinguim.

Ao meu irmão

Às vezes acho que devíamos estar mais. Abraçar mais, beijar mais, rir mais. Estamos demasiado afastados, apesar de à distância de uma chamada. Nunca gostámos muito de falar pelo telemóvel. Preferimos almoços ou esparramarmo-nos no sofá da sala, apesar de o fazermos poucas vezes. Eu fui mãe e vim morar (mais) longe, tu tens um restaurante e todos sabemos a dedicação que isso implica. Ambos sabemos que estamos no coração um do outro.

Mas eu não me quero desapegar de ti, mano. Não quero deixar de recordar os momentos em que nos dávamos como gato e rato, o teu espanhol até teres ido para a primária ou a forma como dizias "vitaminas" (menimeni), as batatas fritas que ficavam no prato porque odiavas, a vez em que partimos a televisão lá de casa com as nossas ginásticas acrobáticas ou a vez em que mandaste uma vassoura do sexto andar, que partiu um vidro de um carro, novo por sinal. A vez em que nos mascarámos, eu de índio e tu de cowboy. As vezes, aliás, que não havia dinheiro para comprar outras. Houve uma vez em que trocámos. A falta de paciência que eu tinha para te ajudar a fazer os trabalhos de casa. Aquela vez em que te esqueceste de avisar que tinhas um trabalho de colagens para a escola, para o dia seguinte, e ficámos a fazê-lo noite dentro (e ainda estraguei as calças emprestadas pela Priscila com cola!). As férias na Caparica na casa dos primos e, mais tarde, no Algarve. Sempre acompanhámos os pais em férias, mesmo já adultos, porque sempre adorámos estar em família. Continuo a adorar. 

Nem acredito que aquele miúdo que às vezes me dava umas valentes marretadas se tornou num homem maravilhoso de 28 anos e num tio "Fequico" cheio de paciência. 

Amo-te, querido mano. Nem consigo imaginar a minha vida sem te ter tido. 

Parabéns, Frederico. Para sempre "Tita", mesmo que não gostes. Foi assim que te baptizei por ser gaga e por ser tão difícil dizer o teu nome. Parabéns, meu Tita.

Sabes aquele dentinho preto que tinhas, depois de teres caído? Dá-me um jeitão agora com a Isabel - identifica-se contigo, por ter o dente partido! ;)

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Escrever para não esquecer

Às vezes tenho medo de me esquecer. Já percebi, pela minha experiência de dois anos e tal da Isabel, que a maternidade teve momentos em que meti a quinta e acelerei e teve outros em que, apesar de termos ido em terceira, não me consigo lembrar com a nitidez com que gostaria. Digo muitas vezes, em conversa com o David, que devíamos apontar. Coisas pequenas, frases mal ditas, expressões divertidas, momentos ternurentos, palavras inventadas. Coisas como "ontem, ao adormecer a Luísa ao colo com shhhhh ela veio atrás de mim a adormecer o macaco com shhhhhh." Ou "eu sabo tudo, mãe." Ou "o mata de moscas". Ou, ainda esta semana: "mana, parece mesmo uma bola. E é!". Ou quando no carro, depois do pai lhe perguntar como se chamava o bebé dela, ter respondido "É o Silva!". Coisas nossas, pequeninas, sem interesse suficiente para as vir escarrapachar aqui no blogue. Não quero esquecer-me delas. Apesar de saber que este sentimento avassalador de descoberta, de amor, de paixão desmedida não se apagará, já não me lembro do cheiro exacto da Isabel quando era bebé e valem-me os vídeos para que me recorde do som baixinho da voz (que delicada era ela a chorar!). Os dois anos são uma fase que tem tanto de desafiante como de apaixonante e sinto que ela cresce de dia para dia. E com ela os medos do lobo mau (que pesadelo terrível que teve no outro dia, coitadinha), e com ela as frases tão bem construídas, e com ela uma paixão pela irmã que se sente a quilómetros. Uma satisfação gigante ao fazê-la rir. 

Escrever para não esquecer, é o que tenho de fazer. Aqui ou num caderninho.

Fotografia do evento da Igor

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