8.20.2015

A duas





 









As fotos são CV Love.


Também têm este superpoder?

Ando a dar o meu melhor para não andar sempre tão em cima da Irene quando vamos ao parque infantil. Ela tem direito à liberdade e se não souber o que é cair, também não sabe bem como estar em segurança. Claro que não a deixo fazer coisas muito "estúpidas", mas avalio o risco e o quanto ela está feliz por fazer algo sozinha, por eu confiar. 

Ora, isto tem resultado nuns bons tralhos! O mais estranho é que têm sido menos dolorosos do que quando eu andava em cima dela. Desta vez já caiu no chão de cimento (mas o rabo de cavalo amparou a batida da cabeça para trás), ja caiu de costas de um passarinho daqueles que têm uma mola no chão de pedrinhas, etc, etc. Calma Celininha (sogra), ela está bem. Tenho que a deixar aventurar-se! ;)

Está tão aventureira. Vamos sempre quase ao mesmo jardim desde que ela nasceu e é giro ver como mudam os interesses e a aptidões. Já tenta subir o escorrega pelo lado contrário e já quer descer sozinha! Algo que a Isabel já faz desde a segunda semana de vida, mas a Irene a nível deste tipo de coisas é mais prudente, vá! Ou tem uma mãe mais maricas!

Bom, o que tenho reparado e é nisto que quero falar-vos: vocês também têm o superpoder de os ver a cair em câmera lenta? Vejo tudo a acontecer tão devagar. Nunca na minha vida tive esta capacidade de ver as coisas a acontecer em câmera lenta. Que giro (e aflitivo, porque apesar de ser mais lento, não dá para fazer grande coisa a nãos er que estejamos em cima deles ou sempre a chateá-los com "cuidado, Zé Miguel!"). 

Acho mesmo que terá que ver com uma coisa animal (claro, visto que é o que somos ) e de caça. Quando estamos mesmo focados numa coisa, conseguimos percepcioná-la mais rápido e, portanto, mexe-se devagar. 

Temos todas isto, não temos? Ou vou tentar ganhar dinheiro com isto? ;)

8.18.2015

Toda a Verdade: o pé cresce na gravidez?

Era o que me diziam. Fui pesquisar, na altura, e há mesmo um estudo, publicado numa revista científica americana prestigiada, que o comprova. O pé pode aumentar em comprimento entre dois a 10 milímetros. Neguei-o com todas as minhas forças, não quis acreditar. "Como assim, o meu pé nr. 41, forma larga, ainda vai aumentar?!" "Mas aumenta e depois vai ao sítio, passados uns meses, como a barriga, não é?!" "Não?!" "E será que aumenta por cada gravidez?" 

Isto acontece porque o arco do pé (não sei se há por aí médicas podologistas com uma nomenclatura mais profissional) pode achatar.

Felizmente, pertenço às sortudas (30%) a quem o pé não cresceu. E, além disso, também nunca tive as pernas ou os pés inchados. Pronto, lá foi reposta alguma justiça. Já me bastou ter tido alcunhas e gozarem comigo na escola por causa do tamanho dos meus pés.


Vocês: aumentaram do vosso 36 para o 37 ou quê?



A Irene disse uma asneira!!

Claro que não "calhou". Não acordou a dizer aquele nome para a parte de cima do mastro do barco, mas numa utilização brejeira. Não acordou e disse "Olá, ca*****!". Confesso que, mesmo assim, seria engraçado durante uns 2 minutos. 

Isto nunca tinha acontecido, mas tinha de ser com aquela palavra! Estava na cozinha, já não me lembro do que estava a fazer, mas sei que disse "Pronto, 'tá bem, sendo assim... caguei!". 

E oiço a mini pessoa a dizer: "CA-GUEI!".

A minha reacção foi: "AHHHHHHHHHHHH!!!".

Ela: "AHHHHHHHH! CA-GUEI, CA-GUEI!".

Não dei valor depois, disse mais umas quantas vezes e já se esqueceu. Excepto quando contei esta história à avó e ela a seguir riu-se e voltou a imitar. 

Pronto. Acabou-se a linguagem livre cá em casa. Já andávamos a ter cuidado, claro, mas agora ainda pior!


Afinal arranjei coragem!

Tinha dito que não o conseguiria fazer tão cedo. Andei uns 15 meses à espera que ela ficasse com cabelo comprido para lhe fazer totós e rabos de cavalo. Adoro vê-la com o cabelo apanhado. Mas... vou ganhar coragem para lhe cortar o cabelo pelos ombros. Está com um tamanho muito estranho. Muito comprido atrás e curto à frente, parece este senhor. Vou tentar com que fique mais homogéneo. E além disso, pode ser que fique mais forte.

Agora, faço-lhe franja?

Confesso que não queria nada. Mas a verdade é que eu usei franja muitos anos e adoro ver as imagens, acho que ficava bem gira. E deve ser mais confortável, não sei. Ou será que transpira mais na testa? A minha mãe diz para fazer. A sogra também.

Ai... que nerbos! :)

Sim, eu sei. É cabelo, volta a crescer. Mas... mas...

E sítios em Lisboa que recomendem para lhe cortar o cabelo ou qualquer cabeleireiro corta? Alguns métodos infalíveis para eles não terem medo/ para se distraírem? Agradecida.


Oceanário: dicas.

Aproveitei-me de vocês. Pedi-vos dicas (aqui) para a nossa visita ao Oceanário e obrigada por toda a vossa ajuda. Temos uma avó cheia de vontade de passear com a neta e quase que não há nada que me deixe mais feliz que ter alguém a juntar a família toda e fazermos planos diferentes. Foi tudo muito rápido. Falou-se disso de manhã e à tarde lá decidimos ir. 

Acho que nunca tinhamos feito uma viagem tão longa de carro com a Irene (de Benfica ao Parque das Nações). Eu sei, é estranho. Chegamos lá, estacionámos no parque do Oceanário (que, segundo a senhora ao telefone, não tem nada que ver com o Oceanário, a não ser no nome), e fomos para lá. O avô e o pai puseram-se na fila enquanto a avó, a neta e eu andámos a passear. Mais tarde, claro, tarde demais, viemos a saber que havia uma fila prioritária. Ao menos, pensei eu, informei-me dos descontos ao telefone (mais uma actividade com preços... ahm.. surpreendentes).

Depois da fila, lá fomos para a exposição.  Estava muita gente. Muitos estrangeiros (Agosto, "dah"), muito barulho... Nem eu nem o pai da Irene gostamos muito de confusão. Isto, para não falar, de algumas zonas com MUITO calor. Era impossível deixar a Irene andar sozinha por ali, por causa das zonas escuras e porque, muito possivelmente, ninguém a iria ver. Não havia espaços livres no chão. O carrinho também não é uma hipótese que ela não gosta muito de andar presa. O pai tomou as rédeas da situação (e ainda bem por causa das minhas costas), o que me deixa sempre muito derretida porque adoro vê-los a interagir. Adoro. Não cresci com o meu pai muito presente (pais divorciados) e vê-los aos dois juntos derrete-me toda também por causa disso. 

A Irene adorou os pinguins (os kekés), até trouxe um deles para casa no fim (miminho dos avós), adorou a foca (que era uma lontra, mas decidimos não complicar), os peixes (esteve o Oceanário todo a mostrar como faz o peixe, quase que ficou com dois bíceps na boca de tanto a exercitar).

Antes de entrarmos ficamos a saber que a visita tinha umas duas horas. Duas horas mais a quase uma hora que estivemos lá fora à espera de entrar, fizemos as contas e dava birra. Vimos tudo muito rápido. Borrifamo-nos um bocadinho grande para os aquários mais pequenos e creio que ficamos quase mais tempo depois no café do que lá dentro. Acho que tivemos azar. Muita gente. Demasiada gente.

Se serviu para o que era? Claro. A Irene viu os kekés e as focas e estivemos todos juntos. 

Claro que, mais uma vez, à semelhança do Jardim Zoológico, o melhor de tudo, para a Irene, foi a água. 

Fotografias tirada pelo papá. 


Agora é a minha vez de partilhar coisas que aprendi com esta visita para facilitar as vossas: 

  • Comprem os bilhetes online, que assim não lidam com as filas e têm 10% de desconto;
  • Utilizem cartões de desconto como FNAC, ACP, Lisboa Viva, etc, que vale a pena;
  • Há uma fila prioritária do lado direito como quem vai da fonte;
  • Tentem adivinhar quando vai menos gente para estarem mais descansados;
  • Se o vosso filhote não for de carrinho, talvez considerar um sling para não ficarem com as costas num 8;
  • Não ir de saltos (estes sapatos, por acaso, não doem minimamente, daí ter ido com eles);
  • Não levar o bebé de saltos também;
  • As casas de banho que visitei eram uma tristeza, se forem cocós com isso, é melhor fazerem xixis em casa ou, então, tentarem por uma fralda a vocês também. 



Recomendo a visita com as dicas ali acima tidas em conta e tudo depende do dinheiro que tenham para este tipo de coisas. Acho que nos teríamos divertido muito muito na mesma se fossemos só "passear ali". 

Tirei mais fotografias mas foi com a analógica, depois mostro mais e melhor, digo eu. 
Aqui está o Keké fofinho de presente dos avós.


Próxima paragem (e estou muuuito entusiasmada): Quinta Pedagógica dos Olivais. Ideia da avó. :)

8.17.2015

Preciso da vossa experiência!

Meninas (e outros cuscos por aí), estamos a considerar ir logo à tarde ao Oceanário com a Irene (ela tem 16 meses), que dicas têm para nos dar? Vamos em família com um par de avós! 

Truques e dicas? Será que é cedo? Há filas? Bilhetes mais baratos algures? Coisas que não podemos deixar de ver? Vou traumatizá-la e nunca mais vai comer peixe?



8.16.2015

Às mães com ciúmes do pai dos filhos

Recebemos este email de uma leitora:



"Olá Joanas!
 
Sou vossa seguidora assídua e gosto muito de vos ler, consigo reconhecer-me em muitos dos vossos posts. Também sou mãe de uma menina, a Maria Inês com 22 meses. Emigramos para Angola e deixei de trabalhar para tomar conta dela, era muito pequena e não havia berçários e sinceramente não confiava em ninguém para deixar a minha menina tão pequenina, coração de mãe sofre com estas coisas :) O tempo passou e agora já entrou para a creche e felizmente está tudo a correr bem.
Bom, estou a escrever-vos porque queria saber se vocês sentem o mesmo em relação à ligação de Pai e Filha. Passo a explicar. Todos já ouvimos dizer que "as meninas são mais ligadas aos pais", que "as meninas são sempre do papá" etc e sinceramente eu adoro que a minha filha tenha uma ligação forte com o pai, adoro vê-los brincar, adoro ver os olhos dela a brilhar quando o pai chega e a forma como se aninha nele para dormir. Mas às vezes custa-me que quando estamos os 3 eu seja "quase" esquecida porque a Maria Inês só tem olhos para o pai... não quer que eu a deite, é pai para tudo... e o meu coração tem dias que fica tão pequenino. Eu não queria fazer tudo sozinha, nem queria que tivesse só olhos para mim, apenas queria que quando estamos os 3 fosse mais equilibrado, porque quando estamos as duas sozinhas é meiga, brinca, conversa e quando o pai chega o mundo para. 
Será uma fase? Vocês também passam por isto? 
 
Beijinhos"

Nota introdutória: Tenho sempre um bocado receio de responder a estes emails que entram no domínio da Psicologia porque não tenho formação nessa área, mas vou responder-lhe com a minha opinião e com a minha experiência.


É normal sentir o coração pequenino, afinal de contas, passa o dia a cuidar da sua filha, a dar-lhe tudo, ela é a coisa mais importante da sua vida e gostaria que, de certa forma, ela tivesse olhos para si, quando estão os três juntos. Perfeitamente normal esse sentimento. Também já o tive uma vez, apesar de estar em condições totalmente diferente das suas, estando a Isabel na creche e passando o tempo de forma bastante equilibrada com o pai e com a mãe. Houve uma fase em que ela estava muito "papá", "papá", "papá" e eu, apesar de saber que ela me adorava, tive de engolir um bocadinho a seco quando ela queria saltar do meu colo para o dele.

Mas depois fiquei a pensar na sorte que tenho em ter uma filha que acalma também no colo do pai, durante a noite, que chama pelo pai, que quer brincar com o pai... que confia nele cegamente, tal como confia em mim. Somos uma equipa. Uma família. Eu sempre me lembro de ver no meu pai um ídolo, um amigo, um companheiro para a vida. É isso que eu quero também para a minha filha. 

Fiquei a pensar também na minha sorte, em que posso partilhar as tarefas com o pai e descansar mais um bocadinho (há crianças que só querem a mãe durante a noite, por exemplo, e aqui qualquer um dos dois é bem-vindo no quarto dela). Adoro que ela tenha esse laço, esse vínculo, essa cumplicidade tão fortes com o pai.

Mas acho que ter um bocadinho de ciúme é normal. Quem nunca ficou triste por não ter presenciado "a primeira vez" de algo no filho ou um momento especial? Ui! Quando a Isabel não quis vir ao meu colo na creche e quis ficar no colo da educadora! Fiquei piursa, naquele momento. Chorei no carro. Depois passou, porque vi que o que estava ali a acontecer era o melhor para ela. Que bom estar a criar esse vínculo forte com a educadora!

Se esse ciúme for exacerbado, já não. Não vamos ser substituídas, eles não vão deixar de nos amar. Se acharmos que esse ciúme, seja do pai, da avó, da educadora, já está a passar das marcas (uma coisa é amor, outra coisa é demasiada insegurança e posse), está na hora de desabafar com alguém ou pedir ajuda. Raiva e possessão desmesurada não é (só) amor. Acho eu.

Não fique triste. A sua filha ama-a e sabe bem que a mãe também a ama. Sabe que estará lá sempre que precisar de si. Sabe-o tão bem que nem sente necessidade de estar sempre a chamar por si. E sente a falta do pai quando ele não está que depois quer recuperar o tempo perdido. Desfrutem desse amor.

E, acredite, não está sozinha. Quer ver nos comentários a este post? :)





PS. Todos os dias recebemos emails. Não conseguimos responder a todos. Esperamos que compreendam. Já temos o blogue, já temos o Facebook, nem sempre dá para "apagar todos os fogos". Mas lemos tudo e agradecemo-vos o vosso apoio, a confiança em nós, as propostas, as sugestões. Obrigada!

E agora há férias das férias?!

É tudo muito bonito. Que é. Intenso. Apaixonante. Estar de férias com os nossos filhos, fugir à rotina, beijá-los muito, dar-lhes colo, fazê-los rir, vê-los crescer, vê-los vibrar com a água, vê-los mergulhar, sem medos, vê-los a delirar com a areia, fazerem amigos. Ir passear, correr com eles, correr atrás deles, vê-los explorar tudo, conhecer sítios novos, vê-los meterem-se com as pessoas, vê-los apaixonados por nós. Quererem-nos. Sempre. Para sempre.

Mas... é impressão minha ou ficamos muito cansados? Não marchavam bem umas férias das férias?

Fica a questão, de barriga cheia, claro! :)



Ela que nem se atreva!

Claro que temos imenso tempo para nos prepararmos para responder à pergunta "de onde vêm os bebés" (eu já decidi que vou dizer que vêm do Carrefour de Telheiras, acho que é mais fácil para todos), mas há outras perguntas que, quando ela as fizer (se é que as vai fazer), vou ficar de todas as cores, mais ou menos.

Ela que se atreva a fazer estas perguntas quando souber falar decentemente (e não à Jorge Jesus, como agora).



O pipi do pai é esquisito, não é?

- É filha, é um bocadinho esquisito. Os pipis das senhoras têm vergonha e estão escondidos. Os dos meninos têm a mania que são bons e ficam de fora. 

- Os pipis dos meninos estão a tentar imitar aqueles arranjos foleiros de guardanapos de tecido que parecem cisnes. Vá, agora vai lá lavar as janelas da sala.



Por que é que as mães das minhas amigas têm as mamas mais acima que as tuas?

- Porque elas são mais altas. Vá, agora vai lá brincar com as facas de cozinha.



Também quero as pernas cheias de pêlo como as tuas e as do pai, para parecer um animal, pode ser?

- Pode. 



Se temos de andar vestidos para não ver os pipis e pilinhas uns dos outros, por que é que o pai, no outro dia, à noite, estava a ver pilinhas e pipis na televisão?

- O pai não sabe onde deixou a pilinha dele e então estava a ver se alguém na televisão tinha encontrado por aí. Olha, queres dar uma surpresa ao pai? Vai buscar aquilo ali que diz lixívia, mete com cuidado num copo e diz para ele beber de penalty.



Se o cocó é comida e há gente a morrer à fome, por que é que não comem o cocó deles?

- Olha, estão-me a chamar! Tenho de ir!

- Mas só estamos cá as duas, mãe.

- Então vou buscar alguém que temos pouca gente para fazer uma festa. Queres uma festa? Uma com mais sucesso que o "Sol da Caparica"? A não ser o dia de Xutos e de Agir que esgotou? Vá.



Por que é que a mãe tem bigode?

- Para, quando está sol, não apanhar um escaldão no lábio de cima. Funciona como toldo.



Quem é aquela amiga do pai que foi com ele buscar-me à escola?

- ?????????????? Olha, vai ali buscar o telemóvel do teu pai só para a mãe ver uma coisa. É um jogo.



Tens a barriga grande, vou ter um irmão?

- É provável, pergunta à amiga do teu pai.



Sabem o que é ser mulher, não sabem? Acabei de inventar esta situação da "amiga" na minha cabeça e estou toda irritada sozinha e sem motivo hahahahah. 


As fotos mais giras das nossas férias

Com a avó. A minha foto preferida destas férias.





















Nas suas patetices.
(Os babete lindo é da Baby Bá.)

A provar a bela da bolacha americana.


Neste dia houve praia até ao pôr do sol. Maravilhoso!
Não podia faltar o que mais fizemos: comer, comer, comer.

Para quem não espreitou ainda, há aqui mais. E aqui. Ah! E no meu instagram, aqui.

Duas semanas que passaram a correr. Puff.

8.15.2015

Isto aconteceu mesmo! Wtf...

Na altura nem me caiu bem a ficha porque estava cheia de sono, mas quanto mais penso nisso mais... incrédula fico!

A Irene tem feito só a sesta da tarde agora (que crescida), costuma dormir perto de três horas depois do meio-dia e eu aproveito para dormir um bocadinho também. Ontem, meia hora depois de me deitar, uma hora depois dela adormecer, ela acordou e não consegui voltar a adormecê-la. Eu estava podre. Não conseguia estar acordada. Com daquelas dores de cabeça de quem foi acordado a meio do sono pesado. Horrível. Pensei: "nunca fui dormir com ela acordada, é hoje, borrifei-me para tudo isto!". Claro que não usei a palavra borrifei na minha cabeça. Estou só a ser mais bem educada que vim a saber que o meu padrasto lê o meu blog (what?). Olá João! 

Bom, ela começava a chorar imenso sempre que eu saia da sala, mesmo explicando que a mãe ia fazer ó-ó. Pedi ao Frederico para vir connosco para o quarto em que me fingi de morta (como se já tivesse adormecido), até ela apanhar uma seca tão grande ao ponto de querer ela ir para a sala. 

"Mamãaaaa, Mamãaaaa"

"A Mamãaa está a dormir, filha"

"Mamãaaaa, Mamãaaaa"

E o que acontece?

A minha filhota, com o seu mini tronquinho nu, encostou as maminhas ao meu ombro e cabeça. A mãe está a dormir e, portanto, faltava-lhe a maminha para dormir melhor.  A minha filha quis dar-me de mamar. Duas vezes!

Pronto. Já estou a ficar toda comovida. 

Ela preocupou-se comigo e achou que podia ajudar. Que amor. 

Não é a minha mama, a minha já não está NADA assim ;)



Gasta-me as moedas todas!

Foi a loucura. Já tinha andado num carrossel lindo em Cascais, daqueles mesmo clássicos, de cavalinhos. Mas eu ia ao lado e não tinha, a acompanhar, as músicas dos Caricas, que ela venera. Este era daqueles todos chibantes (expressão que a minha mãe usa e que deve ser de Moçambique), cheio de luzes e música bem alta e deixámo-la ir sozinha.
Adorou! Até os olhos brilhavam. A mão acenava entusiasticamente e ouvimos-lhe uns gritinhos eufóricos.

No segundo dia que por ali pássamos, ia eu sozinha com ela, e não consegui evitar. Assim que viu o carrossel começou a esbracejar, possuída e feliz, a dançar com os seus movimentos de breakdance que põem toda a gente à volta a rir. Tenho de conseguir filmar!!! Lá foi dar uma voltinha. À conta da voltinha demorou muito mais do que o habitual a adormecer, que aquilo é super estimulante.

No terceiro dia, consegui negar e já estava à espera de uma birra, mas não. Pacífico.

No quarto dia, para a despedida, já levava a máquina preparada para captar aquele sorriso lindo e aqueles olhões bem abertos. Ao som do "Panda Style" lá ia ela a carregar no botão e a manejar o volante.

E pronto, numa semana. Três vezes. Gastou-me as moedas todas.








O que fizemos num dia de vento

Ficar em casa estava fora de questão. A Isabel não gosta de estar fechada. Está sempre a caminho da porta da rua e a calçar-se e a meter a mala dos brinquedos da praia nas costas. A tentar, pelo menos.

Resolvemos ir conhecer o centro histórico de Tavira, entrámos numas lojinhas e almoçámos por lá. No meio da ponte a Isabel começou a dançar ao seu estilo. Acho que na sequência de fotos conseguem perceber!











A dançar!











A dançar no meio da rua. Tão bom!

Numa mercearia maravilhosa, onde comprámos flor de sal.

8.14.2015

O lado menos blogger das coisas.

Hoje de manhã escrevi-vos este post em que contei "à la blogger" e com fotografias a condizer como foi um passeio que dei com um dos meus melhores amigos no outro dia. Somos conhecidas por sermos um blog diferente, menos lavadinho (ai que porcas que somos), menos organizado, menos a fazer pendant (ou pandã em português, que horror!). 

As fotografias que pus foram as melhores. Pelo que contei pareceu ser tudo perfeito, mas é uma maneira de olhar para as coisas. Claro que gostamos de vos inspirar coisas boas, felicidade, etc. Mas, acima de tudo, adoramos mostrar-vos o lado mais cru das coisas, para que todas nos sintamos normais e juntas. 

Dantes as mães estavam rodeadas de mães e de avós e de tias com filhos. Agora estamos todas isoladas e o que mais nos une é a internet com blogs e grupos, a não ser que haja para aí uma seita qualquer da qual eu não faça parte. Irrito-me já! Já! 

Bom, o lado menos blogger das coisas? 

A maior parte das fotografias não me favoreceu minimamente. Fiquei com o "braço em forma de bacalhau" como a Joana uma vez escreveu num post dela, fiquei com a magnífica papada, barriga de pós parto (apesar da miúda já ter quase 17 meses)










E apesar do passeio ter sido perfeito, foi "perfeito". A Irene, a caminho do jardim, voltou a esfolar um dos joelhos e esfolou o outro. Ficou birrenta. Estava muito sol até chegarmos ao auditório em si, até lá ela levou com algum sol e ficou algo quente. Por ter ficado tão "cocó" tive de andar muito com ela ao colo. Chegámos à relva, tirei alguns brinquedos mas não ficava contente com nada. Depois reparei que estava era toda comichosa com a relva. Depois queria andar e aquilo era super inclinado e tinha alguns buracos e uma espécie de riacho. Tive de ir andar com ela, para a distrair e para ver se se habituava à relva. Nada. Sempre a birrar. Sempre a pedir maminha. Já devia estar com algum sono. O Miguel e eu, que nos encontrámos para pôr a conversa em dia, nem conversar conseguimos. Já estava a ficar enervada também. E ainda tínhamos de andar aquilo tudo para trás, mais a viagem de carro que, quando ela está naquele estado, é horrível. 

Fomos. Ela foi encontrando cães pelo caminho e foi-se distraindo. A viagem podia ter sido pior, mas fui-lhe dando coisas para ela se ir calando. 

Se foi um passeio óptimo? Foi, mas este é o lado menos blogger das coisas.