8.15.2015

Isto aconteceu mesmo! Wtf...

Na altura nem me caiu bem a ficha porque estava cheia de sono, mas quanto mais penso nisso mais... incrédula fico!

A Irene tem feito só a sesta da tarde agora (que crescida), costuma dormir perto de três horas depois do meio-dia e eu aproveito para dormir um bocadinho também. Ontem, meia hora depois de me deitar, uma hora depois dela adormecer, ela acordou e não consegui voltar a adormecê-la. Eu estava podre. Não conseguia estar acordada. Com daquelas dores de cabeça de quem foi acordado a meio do sono pesado. Horrível. Pensei: "nunca fui dormir com ela acordada, é hoje, borrifei-me para tudo isto!". Claro que não usei a palavra borrifei na minha cabeça. Estou só a ser mais bem educada que vim a saber que o meu padrasto lê o meu blog (what?). Olá João! 

Bom, ela começava a chorar imenso sempre que eu saia da sala, mesmo explicando que a mãe ia fazer ó-ó. Pedi ao Frederico para vir connosco para o quarto em que me fingi de morta (como se já tivesse adormecido), até ela apanhar uma seca tão grande ao ponto de querer ela ir para a sala. 

"Mamãaaaa, Mamãaaaa"

"A Mamãaa está a dormir, filha"

"Mamãaaaa, Mamãaaaa"

E o que acontece?

A minha filhota, com o seu mini tronquinho nu, encostou as maminhas ao meu ombro e cabeça. A mãe está a dormir e, portanto, faltava-lhe a maminha para dormir melhor.  A minha filha quis dar-me de mamar. Duas vezes!

Pronto. Já estou a ficar toda comovida. 

Ela preocupou-se comigo e achou que podia ajudar. Que amor. 

Não é a minha mama, a minha já não está NADA assim ;)



Gasta-me as moedas todas!

Foi a loucura. Já tinha andado num carrossel lindo em Cascais, daqueles mesmo clássicos, de cavalinhos. Mas eu ia ao lado e não tinha, a acompanhar, as músicas dos Caricas, que ela venera. Este era daqueles todos chibantes (expressão que a minha mãe usa e que deve ser de Moçambique), cheio de luzes e música bem alta e deixámo-la ir sozinha.
Adorou! Até os olhos brilhavam. A mão acenava entusiasticamente e ouvimos-lhe uns gritinhos eufóricos.

No segundo dia que por ali pássamos, ia eu sozinha com ela, e não consegui evitar. Assim que viu o carrossel começou a esbracejar, possuída e feliz, a dançar com os seus movimentos de breakdance que põem toda a gente à volta a rir. Tenho de conseguir filmar!!! Lá foi dar uma voltinha. À conta da voltinha demorou muito mais do que o habitual a adormecer, que aquilo é super estimulante.

No terceiro dia, consegui negar e já estava à espera de uma birra, mas não. Pacífico.

No quarto dia, para a despedida, já levava a máquina preparada para captar aquele sorriso lindo e aqueles olhões bem abertos. Ao som do "Panda Style" lá ia ela a carregar no botão e a manejar o volante.

E pronto, numa semana. Três vezes. Gastou-me as moedas todas.








O que fizemos num dia de vento

Ficar em casa estava fora de questão. A Isabel não gosta de estar fechada. Está sempre a caminho da porta da rua e a calçar-se e a meter a mala dos brinquedos da praia nas costas. A tentar, pelo menos.

Resolvemos ir conhecer o centro histórico de Tavira, entrámos numas lojinhas e almoçámos por lá. No meio da ponte a Isabel começou a dançar ao seu estilo. Acho que na sequência de fotos conseguem perceber!











A dançar!











A dançar no meio da rua. Tão bom!

Numa mercearia maravilhosa, onde comprámos flor de sal.

8.14.2015

O lado menos blogger das coisas.

Hoje de manhã escrevi-vos este post em que contei "à la blogger" e com fotografias a condizer como foi um passeio que dei com um dos meus melhores amigos no outro dia. Somos conhecidas por sermos um blog diferente, menos lavadinho (ai que porcas que somos), menos organizado, menos a fazer pendant (ou pandã em português, que horror!). 

As fotografias que pus foram as melhores. Pelo que contei pareceu ser tudo perfeito, mas é uma maneira de olhar para as coisas. Claro que gostamos de vos inspirar coisas boas, felicidade, etc. Mas, acima de tudo, adoramos mostrar-vos o lado mais cru das coisas, para que todas nos sintamos normais e juntas. 

Dantes as mães estavam rodeadas de mães e de avós e de tias com filhos. Agora estamos todas isoladas e o que mais nos une é a internet com blogs e grupos, a não ser que haja para aí uma seita qualquer da qual eu não faça parte. Irrito-me já! Já! 

Bom, o lado menos blogger das coisas? 

A maior parte das fotografias não me favoreceu minimamente. Fiquei com o "braço em forma de bacalhau" como a Joana uma vez escreveu num post dela, fiquei com a magnífica papada, barriga de pós parto (apesar da miúda já ter quase 17 meses)










E apesar do passeio ter sido perfeito, foi "perfeito". A Irene, a caminho do jardim, voltou a esfolar um dos joelhos e esfolou o outro. Ficou birrenta. Estava muito sol até chegarmos ao auditório em si, até lá ela levou com algum sol e ficou algo quente. Por ter ficado tão "cocó" tive de andar muito com ela ao colo. Chegámos à relva, tirei alguns brinquedos mas não ficava contente com nada. Depois reparei que estava era toda comichosa com a relva. Depois queria andar e aquilo era super inclinado e tinha alguns buracos e uma espécie de riacho. Tive de ir andar com ela, para a distrair e para ver se se habituava à relva. Nada. Sempre a birrar. Sempre a pedir maminha. Já devia estar com algum sono. O Miguel e eu, que nos encontrámos para pôr a conversa em dia, nem conversar conseguimos. Já estava a ficar enervada também. E ainda tínhamos de andar aquilo tudo para trás, mais a viagem de carro que, quando ela está naquele estado, é horrível. 

Fomos. Ela foi encontrando cães pelo caminho e foi-se distraindo. A viagem podia ter sido pior, mas fui-lhe dando coisas para ela se ir calando. 

Se foi um passeio óptimo? Foi, mas este é o lado menos blogger das coisas. 

Esta sou eu.

Esta sou eu. Que disparate, esta não sou eu, eu sou mais do que isto. Este é o meu corpo, é mais por aqui. Nem sempre fui assim. Não vou ficar para sempre assim. Já estive mais magra. Já estive mais gorda. Já tive menos banhas, já tive mais. Já tive mais peso, já tive menos. Se gostava de estar mais elegante? Gostava. Se podia estar mais musculada, com menos massa gorda, mais saudável? Podia. 

Mas resolvi tentar gostar de mim assim. Com peso "acima" do ideal, segundo os índices de massa corporal, com alguma celulite, com algumas estrias, com flacidez, com falhas no cabelo, com umas madeixas terríveis, com escoliose, sem cintura, com dentes assim e assado, com mamas pequenas e descaídas, com braços em forma de bacalhau, com unhas que encravam, com manchas na cara e borbulhas, que as imagens não revelam, por estarem longe demais.

Tenho de aprender a gostar. Sou eu. Com pouco tempo para ir ao ginásio, com vontade de aproveitar todo o (pouco) tempo que tenho com a minha filha. Sou eu, com preguiça, assumo. Se não fosse mãe, provavelmente arranjaria outras desculpas.

Olhei para estas fotografias e fiz um exercício: tentei valorizar as coisas boas em vez de só olhar para o que está mal. Vi o meu lado parvo e gozão, claramente, na primeira fotografia. Mas vi muito mais do que isso. Vi que aquilo que o meu espelho mostra diariamente está subvalorizado. Vi que a minha auto-censura diária tem de acabar. A minha exigência com o meu corpo, com o meu aspecto, tem de parar. Estou bem assim. Tenho de aprender a gostar de mim.

Muitos anos de pouca auto-estima, de recusa em vestir calções e saias, de chegar a chorar com uns calções vestidos, num provador... anos e anos de uma voz demasiado crítica, são difíceis de combater. Estou a fazer um esforço. Por mim, pela minha filha também. Quero ensiná-la a gostar dela.

Gostem de vocês. Aprendam a gostar. A imagem de nós próprias está longe de ser aquilo que os outros vêem. Não sei se viram este vídeo da Dove, mas têm de ver. É lindo.


Sim, achei oportuno levar os óculos para o mar, mas é só porque nem reparei que os tinha postos. Afeiçoei-me a eles são Polaroid Eyewear, giros, não são? Vá, olhem lá para eles, só um bocadinho que já estou com vergonha de me estarem a ver de bikini nesta foto há demasiado tempo. 
 


Juro que não estava a fazer xixi aqui. Juro. :)

Tenho tanto jeito para isto das poses que parece que estava a cheirar o sovaco. Mas não, estava supostamente a rodopiar.

O lado à blogger das coisas.

Logo à noite publico o oposto deste post, para verem o lado menos "blogger" das coisas. Acho que pode ser giro. ;)

Este foi um passeio que demos no outro dia com um dos meus melhores amigos. Ele gosta de fotografia, eu tinha uma máquina fotográfica muito velha e, por isso, aproveitámos. Fomos para o auditório Keil do Amaral no Monsanto. 

Estava um dia lindíssimo. A vista era maravilhosa. Aproveitei para me descalçar e fingir que era o jardim da minha casa. 

Foi bom sentir tanta coisa logo de manhã. Andámos, brincámos no jardim. Conhecemos a Kira cuja dona, vim a saber num outro post sobre este passeio, é nossa leitora!


É claro que as coisas foram assim, mas não foram bem assim. Logo à noite conto a coisa mais à "a Mãe é que sabe" ;)



























8.13.2015

Férias no campo.


Nestas férias quisemos, além da praia, descanso. Pouco barulho. Pouca confusão. Pensámos em ficar em casa na primeira semana e ir ao jardim, à praia, passear por Lisboa, ir comer um gelado a Cascais, mas depois achámos que o chip não ia mudar totalmente. Que estaríamos perto de tudo o que é a nossa rotina. Que ainda me ia pôr a lavar a roupa e a passar a ferro.

Então lembrámo-nos de um amigo que tem uma casa em Viseu e à cara podre perguntámos-lhe se estaria disponível. Foi mais ou menos isto. E lá fomos. Adorámos. Portugal não se resume mesmo só ao Algarve. Nem só a praia (apesar de eu não dispensar praia no verão). Há tanto por descobrir.

Só teria mudado uma coisa: primeiro teria vindo para a praia e depois então, para descansar, teria ido para o campo.














Mais alguém que goste de férias no campo?

Enganei-me nos saldos

Realmente... Agora que vos ia mostrar o que tinha comprado ontem na Zippy do Continente reparei que me enganei em mais de metade das coisas. Nos tamanhos? Não. No que eram as coisas que comprei.

Primeiro, deixem-me só dizer que nunca tinha comprado roupas num supermercado até ter a Irene e estou muito muito satisfeita. Além de gostar muito das roupas da Zippy (nem tudo, claro), adoro que seja a "caminho" do resto das compras e, acima de tudo, que possa andar com ela no carrinho das compras, já que não temos usado o carrinho dela por ela gostar tanto de andar. 

Bom, onde é que me enganei? Isto, para vocês, é o quê?

a) um vestido

b) uma blusa

c) um berbequim


É uma blusa!! Boa! Pois, eu achei que era um vestido. O que vale é que comprei o tamanho acima da Irene (costumo fazer isto) e dá para vestido. Só descobri quando fui buscar as imagens agora ao site.


E isto, é o quê?

a) a parte de cima dum pijama

b) uma longsleeve catita

c) um penduricalho esquisito


Eu sabia lá que era um pijama. Pelo menos encontrei umas calças a condizer também no site. Ninguém usa "estes conjuntos" a não ser que seja para dormir, certo? CERTO?

Ou, se calhar, são duas peças separadas, mas o tecido realmente é igual aos dos pijamas. 

A ver se, da próxima vez, não compro o que acho ser uma saia e venho para casa com um par de botins... GRRR.


Opa... que saudades!

Foi no primeiro dia de 2015 que a Isabel começou a dar uns passinhos agarrada. Tinha 9 meses e meio. Ali, com a ajuda do carrinho dos brinquedos. Encontrei estas fotos e achei um piadão. A tudo: do style da miúda, supé fashion, à expressão de felicidade. 




Depois vi a fotografia em que finalmente ela mostrou o primeiro dentinho (sim, o primeiro foi 9 meses). Uma delícia. Ela estava a sorrir depois de tantos dias internada no hospital. Dias terríveis. Para quem chegou há pouco tempo ao blogue, a Isabel teve uma pneunonia e passámos a semana do Natal no hospital. Depois disso, todos os sorrisos dela nos aqueciam o coração, que passou a viver mais apertado. Com medo. Medo de que se repetisse. Medo de a ver sofrer mais uma vez, medo de a voltar a ouvir respirar mal, a ser picada uma e mais uma vez. Passei a descobrir aquela sensação de impotência, de que não controlamos tudo.


É este o sorriso que me faz viver. É para que ele se mantenha que eu vivo.

E bolas! Um texto que tinha tudo para ser light, já me pôs aqui em lágrimas.