2.18.2016

VOLTEI A DORMIR, CARAMBA!!!

Já está!!!!!!!

Já anda a acontecer há alguns dias, mas não queria dizer nada para não "amaldiçoar" a minha sorte! Não têm noção do que andei a "sofrer" nestes últimos dois anos com as noites da Irene... Ai, esqueçam.. têm, têm! Se andam por aqui é porque têm mesmo uma noção de tudo aquilo que passamos. Era horrível, sentia que estava aprisionada em mim própria sentindo-me impotente e menos presente, mas agora... ANDO LOUCA! CHEIA DE ENERGIA! mentira, adormeço à mesma depois de a deitar no sofá ou até com ela na cama. 

Sinto-me mais feliz, mais sorridente, mais esperta (aquilo do nosso cérebro desaparecer depois do parto é um pouco verdade, mas recuperamos um bocadinho quando passamos a dormir melhor) e com mais vontade de espalhar amor pela família toda. Notam o meu entusiasmo? Notam? Até a minha rosácea com melhores noites de sono já  me está a deixar ser um bocadinho mais bonita e com menos ar do Estebes do Herman. 

Como é que isto aconteceu? Em conversa com a Constança (cujo livro já tinha falado aqui)... Aliás, não foi assim! Eu escrevi um post a dizer que parte do segredo para sermos mais felizes é "deixar ir", algumas questões, desprendermo-nos da "vida passada" e aceitarmos o que há. Era um texto sobre o sono. A Constança (minha bff no Facebook) perguntou se precisava de alguma coisa e... BORRIFEI para tudo o que tinha escrito. Pensei: "Aceitar???' Não!!! Quero é que durmamos as duas muita bem!". Só para que se perceba aqui o "as duas" sou eu e a Irene e não eu e a Constança, acho que não faço muito o género dela.

Fui ter com a Constança ao Centro do Bebé no final de um dia de trabalho. Foi óptimo porque era à saída do metro,  nem tive que me mexer muito. 



E sim, a Marinel aceita marcações (o cabeleireiro no final da fotografia). Fui, adorei o espaço (todo naquela cor verde de água que nós adoramos e decorado de maneira muito rústica e cozy - mesmo tudo aquilo que a Constança sempre me transmitiu no livro dela) e esperei pela Constança. 

Entrei no gabinete e senti uma química especial (não aquela de que falei há pouco). Senti uma espécie de vontade genuína de ouvir e de ajudar. Coisa que não costumo sentir nos médicos que visito para as minhas consultas de rotina, sabem? Olham para nós mas parece que nem sempre nos vêem. A Constança viu-me e tive de me controlar porque ia começar a desbobinar a minha vida toda sem ninguém me ter perguntado nada sobre isso. Já conheceram pessoas assim que só dá vontade de fazer queixinhas da nossa vida toda? Foi o caso, mas dei o meu melhor para não ser chata. 

Falámos sobre a Irene. A Irene acordava imensas vezes durante a noite (sim, reparem no tempo verbal, ACORDAVA!) e eu não sabia o que poderia estar a fazer "mal". Já tinha falado com uma especialista de sono muito querida e ela já me tinha dado imensas dicas de horários, posturas, etc (e ajudou-me muito) e, por isso, a meu ver, tirando "o desmame" que nunca estive disposta a fazer de maneira artificial (assim, querendo só eu), não havia nada que estivesse a fazer de errado. E, realmente, não havia. 

Ao falar com a Constança percebi que nós não fazemos nada de errado, mas é exactamente esse receio que nos amaldiçoa. Lembro-me sempre de um exemplo, que não sei onde li/vi ou quem me contou (na volta, ainda foi no livro da Constança), de uma dupla de mãe e filha no hospital que não se estava a conseguir entender com a amamentação e imensa gente estava lá a mandar o seu bitaite, a opinar... Quando toda a gente saiu e ambas se concentraram uma na outra... a magia, o natural aconteceu. Estamos poluídas de teorias, inseguranças, novidades, tretas, bitaites... 

A Irene acordava imensas vezes durante a noite e eu também. Ela acordava, chamava por mim e dizia "mamã, maminha!", eu ia, dava a maminha com todo o gosto, mas de manhã sentia os "juros". E acho que ela também. Menos descansada. 

A Constança ajudou-me a que a Irene passasse a dormir melhor e sem nos tirar a maminha. Querem saber o resto? Conto-vos mais logo à noite, pode ser? ;)

Dar prioridade às grávidas

Ontem assisti a uma discussão sobre o que é legítimo e o que não é. O que é do bom senso e o que nem devia sequer estar a ser discutido.
Eu não sou a grávida que precisa de prioridade sempre. Mas confesso que lá para as 38 semanas uma ida ao supermercado já não era pêra doce. Doíam-me os rins se passava muito tempo em pé. E o pipi. "E por que não encomendavas pela internet?" Pois, pergunta legítima. Acho que sempre tive aquela mania de mostrar que era uma grávida super activa e que estava bem e fiz questão de trabalhar até ao fim. Às vezes davam-me prioridade e eu agradecia e não aproveitava. Outras vezes sim, dependia de como me sentia. Não sou a grávida que usa logo o lugar de estacionamento das grávidas às 5 semanas. Penso "se calhar, vem agora aí alguém a seguir com 32 semanas que precisa mais. Ou com 5 semanas que precisa mais". O tempo de gravidez não é, para mim, o único factor a ter em conta. Cada gravidez é diferente.
Agora, a verdade é que já me chateei uma vez quando pedi, delicadamente, prioridade (acho que deve ter sido a segunda vez) e a rapariga da frente, acompanhada pela mãe, de seus 56 anos, me disse que ali não havia caixas prioritárias. Eu tinha na minha mão dois pacotes de leite e pão e não me estava a sentir lá grande coisa. Fiquei com cara de cu, bufei e disse-lhe "ora muito obrigada pela gentileza". Nem a rapariga da caixa se pronunciou. Alguma coisa deve ter ficado a levitar sobre aquelas cabeças, espero. Ou então não, que há pessoas demasiado umbiguistas.
A verdade é que não está na lei esta coisa da prioridade para as grávidas em locais privados. Há um Artigo 9. algures, mas para organismos públicos, que define isto como prioridades no atendimento (copiei de um grupo do FB) :
"1 - Deve ser dada prioridade ao atendimento dos idosos, doentes, grávidas, pessoas com deficiência ou acompanhadas de crianças de colo e outros casos específicos com necessidades de atendimento prioritário.
2 - Os portadores de convocatórias têm prioridade no atendimento junto do respectivo serviço público que as emitiu."
Por isso, nos sítios públicos impera apenas o bom senso, de quem lá trabalha, de quem está nas filas, das grávidas, das mães e pais com filhos de colo. Sim, porque também já vi famílias com filhos bem crescidos, 4, 5 anos - e calminhos - a "tirarem lugar" a outros casos prioritários. Não me caiu bem, mas não me armo em Zorro a impor o meu sentido de justiça.
Regra geral, sempre me senti bem mimada e bem tratada perante o meu estado de graça. E até com a filhota ao colo, quase sempre me perguntaram se queria passar. Umas vezes passei, outras não. Avaliava a situação.
E vocês? Como lidam com isto? São umas lambonas das prioridades? Aproveitam tudo a que têm direito? Como é?

2.17.2016

A Irene foi ao cinema pela primeira vez!

E recomendo! Quando a Renata (uma amiga) me convidou para irmos, pensei: "bebés e cinema?". A verdade é que é mesmo para bebés, fomos à sessão para a idade deles (claro) e estava tudo feito à medida, obviamente: 

Desenhos animados com histórias curtas, duas sessões de 15 minutos com intervalo pelo meio e com uma área de puffs para os pais se sentarem no chão e também para os bebés andarem por lá a gatinhar e a trepar (claro que não iam pensar que os miúdos fossem ficar quietos durante tanto tempo e numa cadeira, não é?). 

Foram desenhos animados muito queridos e culturalmente muito diversificados, acho que vimos desenhos russos, ingleses, até coreanos... E sabem que mais? Foi de graça. 

Informem-se sobre o festival Play porque vale a pena e vai até dia 21 (estou a ver ali no cartaz em baixo, na fotografia).