2.14.2016

Vamos fechar o blogue.

Foi bom enquanto durou e decidimos terminar da melhor forma, enquanto estamos no auge.

Já podemos falecer, agora que estamos entre os 20 melhores blogues de maternidade eleitos pela Sapo. :) Aqui. Coincidência ou não, somos o 1º a ser mencionado. Deixem-nos babar um bocadinho, vá. Obrigada, obrigada!

Não, não vamos nada acabar! Acharam mesmo? Ficaram com palpitações e suores frios? ;) Já deviam saber que podíamos trabalhar no Correio da Manhã com títulos sensacionalistas. Somos um bocadinho attention whores? Somos. Por nós, o blogue, que nos dá mais prazer que uma caixa de litro de Haagen-Dazs, só vai acabar quando as miúdas tiverem pêlos púbicos ou acharmos que já não faz sentido. Agora? Estamos a delirar com cada conquista, com cada email que recebemos, com cada mensagem de incentivo. Além de nos fazer bem ao ego, sentimos um quentinho no peito quando nos cai uma mensagem a dizer que ajudámos alguém a ultrapassar um dia mau, a superar um problema, que fizemos alguém rir... Impagável.

Já devem ter percebido que fazemos isto do coração e com o coração. Que nos divertimos. Que temos aprendido convosco. Tem sido uma viagem e pêras esta coisa de comunicar a maternidade. Senti-nos próximas de outras mães e menos aliens. 

Tem valido muito a pena. Obrigada a todos os que nos seguem, aos que gostam, aos que nos dão na cabeça, aos que dizem que somos feias e gordas, às marcas que vêem em nós potencial, à editora que nos tem aturado depois de apostar em nós para um livro, a todos, a todos sem excepção. 

A mãe é que sabe.



Ao meu namorado.

Amor,

Ainda me lembro das promessas que te fiz ao ouvido, quando a cama era só nossa. Das viagens que fizemos de carro, ao som da nossa música, bem alta, em que cantávamos como se estivéssemos num Karaoke manhoso. Dos fins-de-semana de pijama, a ver séries atrás de séries, a preguiçar no sofá e a encomendar pizza. Dos banhos demorados, a dois, de espuma ou no chuveiro, horas a fio. Dos ataques de cócegas e das guerras de almofadas. Das viagens que fizemos juntos, a esforçarmo-nos por falar a língua local e a acabarmos por chorar a rir, quando pediste "pollo" e, em vez de polvo, chegou galinha ao teu prato. Dos hotéis, das fotografias e do tempo, que passava devagarinho. De sermos adultos, mas meio adolescentes, sem horários, sem pressas. Das poucas discussões que tínhamos, porque o dinheiro não era grande problema, porque dormíamos as horas que queríamos, porque saíamos quando nos apetecia, porque não nos esquecíamos de nada e, mesmo quando acontecia, nunca era grave. 

Mas, meu amor, agora sim, a nossa vida faz sentido. As promessas que fazemos são inquebráveis. As viagens que fazemos, ao som do Panda e os Caricas, que cantamos a três, são tão mais divertidas! Os fins-de-semana, que passam em 5 minutos, são tão cheios e tão vivos! Já viste como em dois dias fazemos tantas, mas tantas coisas? Os ataques de cócegas são agora injustos, com um ser pequenino que não consegue ripostar. As grandes viagens são poucas ou nenhumas, mas, por mais piroso que seja, a viagem interior que temos feito leva-nos tão mais longe! Ninguém pede "pollo" em vez de "pulpo", mas há uma mini-pessoa que faz gracinhas, num português difícil de entender, e todos se riem. Temos horários, temos pressa, temos sono, temos menos dinheiro, temos mais discussões, mas temos tanto, tanto em troca, numa vida cheia de amor e de desafios. Crescemos, crescemos ao lado dos nossos filhos. E lado a lado.

Meu querido,

Seremos eternos namorados. Faremos promessas. Andaremos de mãos dadas. Diremos disparates. Mas... teremos sempre alguém para quem fomos e somos exemplo. Alguém que olha para nós com olhos enormes de admiração. Somos PAIS. Exemplo, orgulho, amor.

Meu namorado,

Amo-te ainda mais agora, que passamos por tantos desafios e vejo em ti o MELHOR PAI DO MUNDO. Obrigada.
Feliz Dia dos Namorados.



2.13.2016

Farta do costume.

Costumamos ir à casa dos avós em Oeiras, mas hoje apeteceu-me variar. Não que não gostemos de estar lá em casa até porque a Irene já tem a sua rotina e gosta de brincar com os dados do poker, os foleiros (nome carinhoso que dei à colecção de cinzeiros de Vista Alegre da minha mãe), a bola de pilates lá em cima, etc. 
Porém, para se construírem memórias, é preciso irem variando os sítios e lá fui eu à procura de um sítio giro em Oeiras para se lanchar. Há alguns, é verdade, mas na aplicação que uso só havia as pastelarias tradicionais ou esta. Pareceu-me a minha onda e era. Uma loja que tem azulejos de talho, mas que foi pensada para ser o mais acolhedora possível. Tem livros, tem uma estante, os bolos estão espalhados pela loja como se fosse um lanche de amigos e realmente pudéssemos servir-nos à vontade. Havia mesmo livros e giros. Assim que a Irene chegou, a senhora foi toda empolgada buscar-lhe um muito giro. A Irene borrifou para ele porque a avó estava a usar baton ou porque a torrada chegou à mesa ou porque...

É o Chá com Livros em Oeiras. Comi dois scones maravilhosos, a minha mãe comeu uma tarte de amêndoa (uma fatia, que não é lambona), o João já não me lembro e trouxe glacé para casa para o Frederico, um cheesecake americano e mais uma fatia da tarde de amêndoa. Bebemos um chá maravilhoso que tinha mais de 14 componentes. 

Infelizmente o meu irmão Pedro não pode ir porque se lesionou no treino de futebol, mas depois fomos lá a casa dar-lhe um beijinho. Para a próxima a ver se passeamos mais. Querem dar-nos sugestões de sítios assim "fora" para ir em Oeiras com a família no próximo lanche? Gente que seja dona de cafés e pastelarias que queiram oferecer-nos um lanchinho, estejam à vontade que nunca digo que não a esse tipo de manifestação pública de afectos (não custa atirar para ver se cola). 

A Irene está a usar um casaco de rapaz que comprei na Zara. Senti-me toda rebelde e moderna ao comprar-lhe algo na secção de rapaz. Ai que malandra que sou.