A viagem a Paris terminou ontem.
Trazia memórias maravilhosas, fotografias mentais com uma luz inconfundível, momentos a duas, gargalhadas, conversas super interessantes e pessoas que conheci que me marcaram pela energia, simpatia, sentido de entreajuda, uma cama de hotel que dava para os quatro e mais dois cães e uma musiquinha boa daquela língua tão bonita e melodiosa na cabeça.
Mas trazia também saudades da Isabel na bagagem.
Hoje fui deitar-me com ela às 7h e picos, porque quis que acordasse comigo ao lado. Sentiu ali alguém, deu-me uma festinha na cara, percebeu que não tinha barba e fez um som de alívio e felicidade, uma cantiga melosa e doce, abraçando-me. Passados uns minutos, aninhada a mim, a suspirar e fazer uns sons impossíveis de descrever, enquanto dormia, disse "mãe". Um "mãe" de quem me esperava com mais ansiedade do que quem espera pelo Pai Natal. Fiquei automaticamente com os olhos cheios de lágrimas, a sentir que, por mais que me sinta bem a viajar, o meu lugar é aqui, junto dela.
Por mais que digam que eles não sentem, eu sei que ela sente. Aprende a viver sem, tal como eu vou aprendendo, devagarinho, a deixá-la. Eu sou das que já advogou que me fazia falta, sou das que fez uma viagem quando ela tinha 9 meses (e depois se arrependeu), sou das que já a deixou ir para os avós dois dias de cada vez, sou das que acha que lhes faz bem, mas sou das que acha que com quem elas estão melhor (ou com quem gostam mais de estar) é connosco.
Vou gerindo tudo da forma que vou sentindo ser o melhor para todos. Talvez este verão já consiga deixá-la mais dias com os avós, quem sabe? Logo se vê! A verdade é que eles são todos diferentes, uns adaptam-se melhor que outros, uns gostam mais de andar agarrados às mães, outros adoram saltar de casa em casa... e, da mesma forma, há pais mais ou menos despreendidos (e não há mal nenhum nisso). Mas eu recordo-me de ter muitas saudades dos meus pais quando eles viajaram pela primeira vez sem nós. Ou de me sentir muito triste numa casa de uns amigos da minha mãe, numas férias, apesar de estar habituada a ficar em casa das avós. Fez-me bem? Sei lá! Não sei se é daí que vem a autonomia, a independência, mas parece-me que não necessariamente. No entanto, acho que é importante que elas vão criando laços fortes com outras pessoas que não os pais e acho que é importante termos (eu e o David - vocês saberão de vós) momentos sem elas. A seu tempo. Ao nosso ritmo.
Mas trazia também saudades da Isabel na bagagem.
Hoje fui deitar-me com ela às 7h e picos, porque quis que acordasse comigo ao lado. Sentiu ali alguém, deu-me uma festinha na cara, percebeu que não tinha barba e fez um som de alívio e felicidade, uma cantiga melosa e doce, abraçando-me. Passados uns minutos, aninhada a mim, a suspirar e fazer uns sons impossíveis de descrever, enquanto dormia, disse "mãe". Um "mãe" de quem me esperava com mais ansiedade do que quem espera pelo Pai Natal. Fiquei automaticamente com os olhos cheios de lágrimas, a sentir que, por mais que me sinta bem a viajar, o meu lugar é aqui, junto dela.
Por mais que digam que eles não sentem, eu sei que ela sente. Aprende a viver sem, tal como eu vou aprendendo, devagarinho, a deixá-la. Eu sou das que já advogou que me fazia falta, sou das que fez uma viagem quando ela tinha 9 meses (e depois se arrependeu), sou das que já a deixou ir para os avós dois dias de cada vez, sou das que acha que lhes faz bem, mas sou das que acha que com quem elas estão melhor (ou com quem gostam mais de estar) é connosco.
Vou gerindo tudo da forma que vou sentindo ser o melhor para todos. Talvez este verão já consiga deixá-la mais dias com os avós, quem sabe? Logo se vê! A verdade é que eles são todos diferentes, uns adaptam-se melhor que outros, uns gostam mais de andar agarrados às mães, outros adoram saltar de casa em casa... e, da mesma forma, há pais mais ou menos despreendidos (e não há mal nenhum nisso). Mas eu recordo-me de ter muitas saudades dos meus pais quando eles viajaram pela primeira vez sem nós. Ou de me sentir muito triste numa casa de uns amigos da minha mãe, numas férias, apesar de estar habituada a ficar em casa das avós. Fez-me bem? Sei lá! Não sei se é daí que vem a autonomia, a independência, mas parece-me que não necessariamente. No entanto, acho que é importante que elas vão criando laços fortes com outras pessoas que não os pais e acho que é importante termos (eu e o David - vocês saberão de vós) momentos sem elas. A seu tempo. Ao nosso ritmo.
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