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3.31.2017

Calem-se!!!

(uau um post que não é sobre a festa de aniversário) 

Adoro sentir que aprendi qualquer coisa e que, ao mesmo tempo, pratiquei o bem. Não sou daquelas pessoas que me sinta gratificada a doar coisas a instituições, apesar de já ter feito voluntariado numa casa de acolhimento de emergência (só para que não fiquem a pensar que sou um monstro - foram só dois dias, mas a fingir que foi durante anos). Sinto-me muito mais compelida a ajudar pessoas que tenham passado ou passem por situações pelas quais já tenha passado. É o clássico do "sentir-me mais identificada". 

Tenho sentido muita vontade de ajudar mães a todos os níveis (menos financeiro que isso, filhas, vá, não há capacidade para estes lados) e, ao mesmo tempo, tenho sentido que é benéfico se me acalmar um pouco. Facilmente as coisas que eu digo podem ser vistas como intrusivas ou podem ser a minha perspectiva das coisas e quando não se conhece a história de alguém por completo, as boas intenções podem surtir um mau efeito e isso está longe da minha vontade. 

O lovelab agora é The Love Project

Aprendi muito com a amamentação e essa foi uma das coisas. Comecei por julgar e muito as mães que não amamentaram porque não quiseram, as que que não conseguiram, porque supostamente "se eu consegui toda a gente consegue", as que não se informam, as que... "De repente", apercebi-me de que todas nós temos histórias que nos compõem e que isto da maternidade vai buscar tudo o que há de mais intenso em nós: amor, abandono, desespero, vontade, sonho, esperança, incapacidade, segurança... É impossível sermos perfeitas nesta natureza tão falível e cuja aprendizagem se faz esfolando-nos também. 

Aquela mulher não é a mulher que não amamenta. Aquela mulher tem um nome e tem história e o não amamentar foi o resultado de uma existência que não conheço e que não me compete julgar (apesar dos meus julgamentos também serem consequência de uma existência que vocês não conhecem). 

Não acredito que a palavra seja compreensão, mas talvez respeito. Respeito pela existência dos outros, pelos seus condicionalismos e pelas suas formas de verem o mundo. Tenho vindo a aprender. É um processo (que nunca terá fim, desconfio). 

Um casal amigo contou-me que estava a dar leite artificial. Sugeri uma conselheira de amamentação. Agora é com eles, não tenho nada que ver com isso. 

Uma rapariga no ginásio, grávida, disse-me "é amanhã". Dei o meu melhor para não dizer tudo o que senti e pensava, sugeri que falasse com o médico para perguntar se podia ficar mais tempo "no forno" se era essa a vontade da mãe (e, vim a saber que falou e vai ficar mais uma semaninha - gosto de pensar que tive algo que ver com isso). 

Muitas mães explicam de forma não correcta os problemas de amamentação que fizeram com que a experiência acabasse. Digo onde podem ir buscar mais informação num segundo filho e que podem falar comigo sempre que precisarem e saio de cena. 

Ok. Isto não é ficar calada, mas também não acho que devamos fingir que não vemos algo onde possamos fazer a diferença. Comparativamente com tudo o que me apraz dizer nessas alturas, eu sinto que é quase um silêncio absoluto o que me sai. 

É pensar que quando falo não é por mim, mas que é pelo outro. É "ajudar" e não interferir. Estou a aprender. 

Faço novamente aqui um pedido de desculpas a todas as mães (até amigas) que julguei alto e bom som, outras em silêncio e que fui demasiado intrusiva e desrespeitadora. Não havia más intenções, havia um descontrolo e falta de reconhecimento do outro. 


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3.23.2017

Agora sim, ter duas filhas é bom.

Agora sim, ter duas filhas é bom. Para mim, não foi logo bom. Aliás, foi logo bom para logo deixar de ser. Uma semana depois da Luísa ter nascido e dos primeiros dias em casa, onde não notámos grande mudança no comportamento da Isabel, começaram as primeiras dificuldades. Sentia-me incapaz. Chorávamos muito. Eu e a Isabel. No segundo mês de vida da Luísa chorávamos as três. Precisava bastante de ajuda, a todo o momento, para conseguir atender a todos os pedidos delas. Foi um desafio e tanto, afinal estamos a falar de uma bebé de dois anos e três meses, que ainda precisa e MUITO de uma mãe presente. Além disso, ela tinha aproveitado - e bem - a mãe muito disponível (antes da irmã nascer estive 3 meses sem trabalhar e só para ela) e deve ter sido um contraste bastante grande. Mesmo com toda a ginástica e com todo o colo, ela sentiu a grande mudança. Se a isso juntarmos os terrible two e a threenager em formação, a confusão instala-se. E eu nem sempre dei conta. Da casa, delas, muito menos de mim.

Quase 10 meses se passaram e posso dizer-vos que está tudo muito melhor. Acima de tudo, eu lido melhor com a situação e isso reflecte-se também muito nelas. Nela, na Isabel, que a Luísa é uma bebé muito calma e (ainda) fácil de gerir. A primeira grande mudança que fiz foi em mim. Consultei a Eugénia, de que já tanto ouviram falar aqui, amiga da Joana Gama e psicóloga, e fez toda a diferença. Comecei a olhar para tudo de outra forma, a fazer exercícios simples e a treinar o cérebro para escolher aquilo que eu quero sentir.
Já consigo ficar sozinha com as duas à noite sem que o meu coração bata ansiosamente. Já consigo dar-lhes banho, jantar, brincar, lavar dentes, mudar fraldas, contar histórias, dar mimos e adormecê-las sozinha, com prazer e, às vezes, no meio de birras, sem me passar da cabeça ou querer desaparecer. Sem querer apressar as coisas. Todas sabemos o que é isso da "hora do fim do mundo", o final de tarde. Soma-se cansaço a tarefas fisicamente mais desgastantes e rotineiras e, às vezes, a sobreestímulos e nem sempre é fácil "domar as feras". Mas agora já faço isso com uma perna às costas, quase sempre. Não choro - nem por dentro - há dois meses e meio.

Coisas que tenho feito:
  • Sei que quando vou buscar a Isabel lhe tenho de dar atenção por alguns minutos. Sem telemóveis, sem compras por arrumar, sem desculpas. 
  • Depois, quando ainda não tenho tudo pronto para o jantar, peço-lhe ajuda. Dou-lhe, por exemplo, uma faca de barrar manteiga para as mãos para cortar algo simples e fácil (banana aos pedaços por exemplo), envolvo-a na preparação da salada, o que seja. Eles gostam de se sentir parte do processo.
  • Quando tenho comida de forno (o que faço muitas vezes, porque é o mais fácil), ponho no forno enquanto lhes dou o banho.
  • Como a Luísa faz BLW (leiam aqui mais), é relativamente fácil dar-lhes jantar, porque ambas comem sozinhas e eu aproveito logo para comer. Às vezes petisco só e espero pelo pai para jantarmos juntos, outras vezes - quando me sinto mais cansada - como mesmo a sério e fico logo despachada.
  • Deixo a arrumação da cozinha para depois.
  • Adormeço-as ao mesmo tempo, na cama da Isabel.
  • Levo a Luísa para a cama dela.
  • Às vezes fico a dormir logo e a arrumação da cozinha fica para a manhã do dia seguinte, onde já peço ajuda à Isabel para arrumar alguma louça e organizar os talheres, enquanto faço as torradas dela ou a papa está ao lume.
Mas, acima de tudo, estou confiante, encho-me de calma, respiro fundo e ando a saber muito, mas muito melhor, como lidar com as birras da Isabelinha. Aliás, até acho que tem feito menos, tem se dado melhor com a irmã (adora-a profundamente e o quando se vêem as duas de manhã é uma coisa de ir às lágrimas de emoção) e temos aproveitado muito melhor todos os momentos.

Agora sim, ter duas filhas é maravilhoso. Nunca deixou de o ser, mas agora sim, posso dizer que me sinto realizada.

Claro que outras dificuldades virão, claro que encontrarei outras batalhas, mas pelo menos esta parece estar ganha. E é tão bom ser mãe de duas. 
















Fotografias na festinha em casa dos avós do Alentejo 

Coroas de flores - Mademoiselle's Bow
Camisa Isabel - JasmimGirls
Vestdido e fofo (verão passado) - Mimichic

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3.21.2017

Então e já dorme no quartinho dela?

Não, não dorme. Dorme no quarto dos pais e estamos todos bem com isso. Não temos pressa.

Não foi bem assim que respondi na consulta, mas devia ter sido (a resposta à minha resposta foi algo como "já devia ter sido"). Não sei porquê amedrontei-me, como se estivesse a fazer alguma coisa errada, talvez porque são muitos os anos de formatação e de "tem de". 

Já vos tinha dito aqui que a Isabel foi para o quartinho dela com 3 meses e, apesar de me parecer na altura benéfico para todos, porque de facto durante uns tempos dormimos melhor porque ela acordava menos para mamar ou com os roncos do pai (eu não disse isto, ele não ronca... não...), depois acabou por ser mais chato para mim, que tinha de me levantar para lhe ir dar de mamar no cadeirão, despertava bastante e depois custava-me voltar a adormecer. Ficava com o braço dormente a tentar readormecê-la, curvada sobre a caminha, às vezes depois de estar imenso tempo com ela ao colo. O David também lá ia, íamo-nos revezando. Uma noite estatelei-me no chão no percurso até ao outro quarto, não sei o que me aconteceu mas até hoje acho que adormeci no caminho. Não me lembro sequer de me ter levantado.

Agora? Agora temos uma filha mais velha que ainda acorda uma ou duas vezes por noite (a não ser que nos sinta por perto), temos uma bebé de 9 meses que, depois de dormir a noite toda durante 6 meses, agora acorda algumas vezes e que pede mama, por isso - e sabendo que se acordam uma à outra - queremos minimizar estragos e queremos, acima de tudo, DORMIR. Por isso, metade da noite a Luísa dorme na cama dela, no nosso quarto, o tempo restante na nossa cama, ora com o pai, ora comigo, ora com ambos, quando não estamos cá e lá. Parece o jogo das cadeiras, mas não nos importamos. Já assumimos que faz parte e, felizmente, apesar de acordarmos durante a noite, não temos grandes dificuldades em a readormecer e em readormecermos.

Até quando? Não sei, mas não temos pressa. Um, dois anos? É a velha história "não há de ir para a faculdade e dormir ainda na cama dos pais". Quando acharmos que vamos todos, em conjunto, beneficiar da mudança de quarto, assim o faremos. Para já, está bem assim. 





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3.16.2017

Temos que ser nós!

Temos que ser nós a reconhecer-nos primeiro. Temos que ser nós a olhar para dentro, a olhar para trás, a olhar para os lados e para a frente e a reconhecer o caminho que fizemos, fazemos e que nos falta fazer. 

Depender do outro para nos avaliarmos é um risco e cansativo - falo por conhecimento próprio e, por isso, hoje, estou de parabéns. 

Depois de toda a viagem atribulada que tem sido grande parte da minha vida lidando com a ansiedade, hoje quase que me esqueci disso. Hoje, fui ao Ikea com a Irene comprar algumas coisas (que achamos sempre que são muito necessárias, mas porque não queremos pensar muito nisso...) e, quando dei por mim, a hora de "saída" já tinha passado. Às 7 já é mais do que suposto ela estar à mesa para jantar (são as nossas horas cá em casa, cada família terá as suas). Às 7 ainda estávamos na caixa. Sem pressas. Ainda a agradecer a todos os santinhos por haver uma fralda na mochila visto que a miúda ainda só quer fazer o número 2 na fralda, apesar de andar de cuecas todo o dia e não haver nenhuma casa de banho minimamente perto e prática no andar de baixo e já com as compras feitas, enfim. 

Era tarde, mas e então? O meu cérebro pensou: vamo-nos divertir, "um dia não são dias". Isto, para quem é "normal" é algo perfeitamente usual de acontecer, mas para quem via o mundo e o tempo como eu via, não. É uma aventura que nos parece perigosa e que nos faz sentir com fracas possibilidades de sobrevivência, por muito estúpido que pareça e percebo que pareça e ainda bem que vos parece.

Fomos jantar lá acima. A Irene comeu umas almôndegas, umas colheres de sopa, uma pêra e eu comi um hambúrguer e algumas colheres de sopa. Foi um jantar fora de mãe e filha, sendo que havia tudo o que ela precisava para se sentir incluída. Cadeira alta, babete, talheres, pratos, .... 

Acabou por perguntar se também íamos descansar por lá (na escola dela não falam em "dormir") e até achei uma ideia gira. Provavelmente acusar-nos-iam de um crime qualquer, mas quase que valeria a pena. :)

Não dei pelas horas. Comemos com calma. Com calma ao ponto de por todos os pensos que tínhamos comprado para feridas nos dedos dela para fingir que eram anéis. Ao ponto dela, a caminho do elevador, ir metendo conversa com toda a gente e fazendo caretas e sem eu sentir mais nada do que gratidão. Não senti o coração acelerado, não me senti aflita, não me senti num beco e, mais importante que tudo isso: não passei nada de negativo para a Irene. 

Compensa ter dado atenção a mim própria. Ter reconhecido parte de mim que precisava de reconstrução e de ter mudado a minha vida toda. 

Estou grata por o tempo passar de forma mais normal. Grata por mim e pela minha família. 

Mais sobre a minha ansiedade aqui

Agora o LoveLab chama-se The LoveProject, cusquem que vão adorar! 


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3.14.2017

A mãe que hoje sou.

A mãe que hoje sou é uma. 
A mãe que eu achava que ia ser é outra. 
A mãe que eu serei daqui para a frente outra será.

Todas nós já enchemos, pelo menos uma vez na vida, o peito e dissemos, do alto da nossa segurança, que não iríamos ser como "aqueles pais". "Filho meu não fará aquilo" ou "eu não serei assim". Depois, na prática, muitas coisas mudam. Antes ainda de os conhecermos, o quarto deles ganha forma, compra-se o berço, monta-se a estante e erguem-se, também, muitas teorias de como iremos reagir, educar e orientar. 

Depois, quando eles nascem e a nossa vida muda, caem também por terra muitos dos preconceitos que criámos. Passamos a entender outras escolhas, passamos a compreender que há excepções à regra e que se calhar, daquela vez, naquele restaurante, estávamos perante uma excepção ou daquela vez, no supermercado, aquele pai falou mais alto para o miúdo, excepcionalmente. Descobrimos que, afinal, também nós gritamos. Mesmo que excepcionalmente. E que isso é humano. 

Seja porque tentámos outras opções e todas elas falharam e queremos testar também essa (mesmo que não nos faça muito sentido, mas já estamos por tudo), seja porque nem sempre conseguimos ser a melhor versão de nós próprios e também erramos, os pais que somos afastam-se - às vezes até demais - daquilo que delineámos.

A mãe que eu achava que ia ser é diferente da que hoje sou. Achei que fosse ser mais paciente, achei que nunca iria mandar a minha filha parar de chorar (e já o fiz, várias vezes até), achei que - vejam só o optimismo [e puro desconhecimento das fases de crescimento de uma criança] - a minha filha não faria birras. 

A mãe que hoje sou é uma mãe com mais experiência, mas com muito por aprender. 
A mãe que serei daqui para a frente será uma mãe mais confiante, mas cheia de dúvidas. Porque já percebi que estes pólos vivem lado a lado, sempre, pela vida fora. 
A mãe que serei daqui para a frente é alguém em permanente melhoria, mas alguém que já decidiu deixar de tentar ser perfeita, simplesmente porque isso não existe. 

Agora? Julgo menos, muito menos.
A Mãe que sou e que serei? 
Uma mãe cheia de amor para dar. 
Cheia de empatia, carinho e mimo. 
Cheia de "sins" e de alguns "nãos", os que forem precisos. 
Uma mãe que fala baixo, que desce ao nível delas, que olha nos olhos, mas que às vezes também solta um ou outro grito.

#workinprogress

The Love Project
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3.10.2017

Não posso ser normal!

Ontem à noite vi num grupo do FB, do qual faço parte, uma mãe a dizer que está grávida do sexto filho e a pedir opiniões sobre um berço. Fiquei feliz por ela e quis, por momentos, ter não seis mas quatro. Como? Se ainda ontem disse a brincar - e sem elas ouvirem - que as ia pôr num caixote do lixo. Digo às vezes que as quero devolver, com aviso de recepção (porque sou boazinha e quero saber se chegaram ao destino eheh). É nesta dualidade entre querer hipoteticamente ter mais filhos (e de ter uma espécie de inveja branca de quem os tem) e entre nem sempre dar conta do recado com apenas duas e de me perguntar "onde me fui meter?" que eu digo que NÃO POSSO SER NORMAL!

Eu sempre disse que, se pudesse, teria quatro filhos. Lá bem atrás, quando brincava com bonecas e até na adolescência. Muito antes de saber o que é isto de ser mãe.
Depois comecei a trabalhar, a receber 500 euros a recibos verdes, a ver o que a vida custava a ganhar na minha área e percebi que dificilmente conseguiria cumprir esse sonho. Depois, lá arranjei um contrato de trabalho de um ano, a receber mais 300 euros. Juntei-lhe uns trabalhos extra, locuções e estava estável (o que quer que isso seja, claro que de acordo com os meus padrões e necessidades). Depois deixei essa "segurança" mínima do contrato, voltei aos recibos verdes para trabalhar em projectos que eram mais aliciantes. Fui crescendo, ganhando estaleca, até chegar a editora de conteúdos e a ganhar melhor. Mesmo assim, continuei a saber que seria de uma enorme imprudência - para não dizer impossível! - ter 4 filhos. Tê-los e dar-lhes a atenção que me merecem e criá-los com a segurança e o orçamento que acho que é preciso para não nos sentirmos com a corda ao pescoço e podermos dormir (eu disse dormir? o que é isso?) descansados. Eu não tenho um trabalho em que ganhe bem e que possa ser mãe com toda a plenitude que desejo, os meus pais não têm um banco, não tenho posses, não tenho um marido rico, por isso acho que aquele sonho de miúda, influenciada pela Música no Coração talvez, fica bem lá atrás. Tenho de ser realista. Para já não dá e em princípio não dará nunca.
Sem grande pena. A verdade é que acho que, mesmo se pudesse, já não quereria ter quatro filhos. Não é eufemismo quando se diz que dão muito trabalho. Dão mesmo. Claro que é altamente compensador, digo muitas vezes que é a melhor coisa que já fiz na vida, a melhor decisão, mas caraças!, sai-nos do pêlo! É preciso ter muita paciência, abdicar de muita coisa, dar muito de nós. Às vezes digo que se fosse para ter mais um, seria AGORA. Outras vezes acho que a ser, SÓ DAQUI a uns 5 anos. Mas no fundo, no fundo, acho que nem agora nem daqui a cinco anos. Por tudo: orçamento e disponibilidade mental. Amor, sei que teria para todos e mais alguns. Mas só isso não basta, acho eu.

Posto isto, só o facto de eu falar sobre isto indica que há dúvidas. Há incertezas neste coração de pessoa que adora ser mãe, por mais que se queixe. Por isso, repito, EU NÃO POSSO SER NORMAL!


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3.02.2017

A internet veio estragar as pessoas.

Isto foi a reacção de uma colega minha quando lhe contei do comentário de uma leitora a este post que a Joana escreveu: "a internet veio estragar as pessoas". 

Fotografia: Rui Valido.

Logo tentei argumentar (apenas por diversão porque ainda não pensei seriamente nisto) e disse que "quanto muito, a Internet veio revelar o pior das pessoas". Não me entendam mal, acho que consigo fazer bastante bem uma filtragem dos comentários que devem ser tidos em conta e os que não. Aqueles que me afectem muito poderão provocar uma reflexão na minha pessoa para me interrogar sobre o porquê ter tido aqueles sentimentos a ler aquilo e, depois de identificar o motivo, tento trabalhar nele. São inputs. Até as coisas mais maliciosas ou mais desprovidas de conteúdo podem ser óptimos gatilhos para reflexões. Tudo depende da nossa vontade e disponibilidade e capacidade, claro. Até agora só houve um que me tivesse irritado.

Hoje não me irritei. Hoje li aquele comentário e pensei: "há gente que perde imenso tempo com coisas desnecessárias". Eu nunca, nunca na vida me iria dar ao trabalho de comentar um blog (eu nem leio blogs, só para que tenham a noção do bicho) fazendo referência à roupa das pessoas ou criticando a escolha das roupas da mãe para a filha. Não entendo sequer a utilidade disso. Nem percebo a vantagem que isso terá para a pessoa que comentou.

Compreendo que, em temas mais apaixonados, toda a gente dê o seu bitaite e que seja quentinho estar atrás do computador para sair algumas frustrações ou para não termos que ter aquele tacto (que temos de ter em tudo, é uma chatice, é sempre tudo muito sensível e na internet parece que há um mundo sem responsabilidades, extremamente apelativo ao nosso lado mais infantil) praticamente o dia inteiro. 

Agora: 


Houve aqui claramente uma escolha das palavras para não magoar, para não ser ofensiva, mas lembrou-me daquelas colegas do secundário que diziam sempre "não me leves a mal, mas essas botas fazem-te parecer um bocado puta". Não me diziam a mim. Não usava botas desse género, sequer. 

Onde é que passamos a ficar tão pseudo-confiantes das nossas opiniões sobre vestuário para acharmos que todas as outras não são válidas? A minha filha não parece uma palhacinha. Poderá parecer a esta Ana, mas é uma coisa que se comente? Que se torne pública? Qual o intuito deste tipo de observações?

Não me lembro se foi ela quem escolheu a roupa naquele dia ou não. Sei que, provavelmente, não me terá dado grande opção em relação ao calçado, mas...  isso é importante?

Claro que tudo o que é importante é discutível. Até podem dizer que nada neste blog é importante, mas já sei que é. Muitas mães nos dizem que as ajudamos em muita coisa. E, sinceramente, a mim ajuda-me imenso escrever com regularidade e ter as nossas vidas registadas num diário tão pormenorizado. Gosto. Também me agrada quando temos oportunidades de negócio, como é óbvio. 

Não disseram que a minha filha é feia - antes pelo contrário - mas isto, para mim, já vai um pouco além do que me parece aceitável. Claro que, se tenho um blog, se me exponho, tenho que aceitar. Epá, tenho? Até poderia não ter aprovado, mas cada vez mais sinto que só devíamos dizer online aquilo que fossemos capazes de dizer frente a frente. 

E que também aquilo que comentamos deve ser alvo de reflexão. O que me leva a escrever isto? Porquê? O que é que retiro disto?

No meu caso, não se preocupem que faço aqui uma boa gestão, mas confesso que me deixa preocupada com a "humanidade" e esta necessidade constante de apontar dedos (não me estou a elevar, estou só a dizer que estou a tentar nadar contra a corrente - que também é minha). 

Ana, nada contra si pessoalmente (como? nem a conheço), mas serviu apenas de inspiração. Poderá ser uma pessoa maravilhosa e cheia de ternura e carinho (fartou-se de fazer elogios à minha filha e à Joana), mas confesso que me deixou a pensar... 


Beijinhos, 

a Mãe da palhacinha. 

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3.01.2017

Faz um ano que mudámos de vida.

Faz hoje um ano que mudámos de vida. Dia 1 de março foi o dia em que me dediquei só a mim, à minha gravidez, à Isabel. Largámos a nossa vida em Lisboa, a casa arrendada, eu deixei em "pause" o trabalho em televisão, a Isabel mudou de escola, e viemos viver para o campo, para Santarém. Sou pessoa de balanços, ligo a datas marcantes e a aniversários. 

Sem dúvida que este ano foi marcante. 
Eu que dizia que nunca conseguiria ficar em casa "só" a cuidar de um filho. 
Eu que achava que precisava de (mais) vida social. 
Eu que queria ter uma carreira. 

Afinal consigo. 
Afinal não preciso assim tanto. 
Afinal não necessariamente.

Afinal, com alguma ginástica, conseguimos muita coisa. Juntos, em família.
Acho que sou uma sortuda em estar em casa. Acho, acima de tudo, que as miúdas são umas sortudas e eu também, por contágio.
A Isabel que vai mais tarde para a escola e regressa mais cedo. Que tem cães, campo e ar puro e uma mãe mais presente.
A Luísa que me tem a 100% e que anda alapada a mim para todo o lado (até formações e reuniões - e porta-se tão bem).
Eu, que apesar de não ser boa a gerir uma casa e refeições - mas lá me vou desenrascando, coitadas-, tenho muito amor para dar e aprendi a dar valor a tudo o que de bom tenho na vida. O meu trabalho [sim, trabalho, apesar de às vezes até eu achar que é apenas lazer, por gostar tanto do que faço] neste momento é escrever, comunicar, falar sobre aquilo que mais me apaixona, a maternidade. Juntei o melhor dos dois mundos: ser mãe e falar sobre ser mãe. Por enquanto isso basta-nos. Não sei até quando, demo-nos um ano de Luísa para perceber que rumo tomar, e logo se vê. Não sei se continuaremos por aqui, não sei se conseguirei concretizar outros projectos, mas por aqui vamos vivendo, sem grandes pressas e sem pressões. Aproveitando cada dia. 

Obrigada, David, juntos somos muitáfortes.
Obrigada, mãe. Obrigada, pai.  <3
Um obrigada a todos vocês que nos seguem.













Coisinhas de que podem ter gostado:
Baloiço - Mada in Lisbon
Collants anti-derrapantes - Caramello

Leiam também - Vivo com a minha sogra!

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2.23.2017

Mas por que é que lhes continuamos a dar papas com açúcar?

Ontem comprovei, mais uma vez, que não faz sentido o sucesso das papas de compra que se vêem pelos supermercados, para bebés, a partir dos 4 ou 6 meses (atenção que o recomendado pela OMS e outras instituições é os bebés fazerem, salvo raras excepções, leite materno, ou de fórmula, até aos 6 meses e só depois ser introduzida a alimentação complementar). Fico até surpreendida em como somos levadas na cantiga, como é que é o que os pediatras ainda sugerem, e nós vamos atrás e compramos. Eu comprei muitas vezes nutriben, cerelacs e afins cá para casa, mas já me deixei disso definitivamente. A Isabel até já distinguia a "Celelác" daquela a que chamávamos "papa boa", que era a papa de aveia, só para terem noção. Até que deixámos mesmo de oferecer papas com açúcar adicionado e, além de sabermos que lhe estávamos a proporcionar refeições mais nutritivas e saudáveis, começámos a fazer contas. É muito mais barato fazer papas caseiras.

Um pacote de 500g de flocos de aveia, por exemplo, custa 70 cêntimos e qualquer coisa e rende para uma semana, a ser usado não só em papas como também em bolachas ou crepes. E é tão fácil fazer, tanto no microondas como num tacho, além de dar para fazer só dia sim, dia não, e guardar no frigorífico ou até mesmo congelar, deixando a descongelar na véspera para a manhã seguinte.

E as possibilidades de combinação e sabores? Infinitas! Esmagar uma banana na hora e acrescentar, triturar manga, fazer puré de maçã, de pêra, deixar pedaços de fruta maiores, ralar cenoura e deixar cozinhar um bocado (aprendi esta com a Catarina Beato), pôr alfarroba, que muda completamente o sabor, cereais puff por cima, sementes, polvilhar com canela, raspas de limão, enfim... todos os dias é possível mudar sabores, ingredientes e nutrientes! Até já lhe cheguei a fazer um jantar só de papa (porque avaliei e vi que estava morta de sono, para "despachar") e acrescentei um ovo e ficou mesmo boa.

No caso da Luísa, de 8 meses, não lhe dou papas (estamos a fazer BLW), mas quando começar a comer com colher, tenho a certeza de que farei, tal como faço com a Isabel. Por agora ponho a mistura de uma banana esmagada, com um ovo e aveia numa frigideira e faço panquecas que ela come à mão (e adora).

Por aqui somos fãs de aveia (e fazemos com leite vegetal ou de vaca), mas também já fizemos com farinha de espelta, por exemplo, e há mil outras opções: farinha de milho, millet, arroz, quinoa, trigo sarraceno... a que basta adicionar água quente e uma (ou várias) frutas que ficam uma papa deliciosa (a última que fiz para a Isabel era de espelta com banana esmagada e manga e garanto-vos que estava deliciosa e fiz em 3 minutos). 
Li algures uma mãe dizer que cozia a fruta (maçã, pêra) e usava a mesma água da cozedura para misturar nos cereais, o que lhe dava ainda um sabor mais intenso e docinho. Excelente ideia.

Por isso, aconselho-vos papas caseiras. Se tiver de ser de compra (ou quiserem ter sempre uma à mão, comprem então Holle, à venda nos Celeiros desta vida, que não têm adição de açúcar [foram as primeiras que comprámos para a Isabel, por acaso, mas depois desvirtuámos]).

Garanto-vos que são rápidas e fáceis de fazer. Vão por mim.

imagem WeHeartIt
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2.20.2017

Quero criar um filho feminista.

Não sou feminista. Nem de extremos. Muito menos radical. Cada vez mais me apercebo dos tons de cinzento que existem na vida, para além do preto e do branco. Mas vou ser radical, extremista e feminista a educar o meu filho. Quero e devo criar um homem feminista. Porque o carácter, as opiniões, as atitudes e o bom senso das pessoas adultas começam na educação. Porque não basta serem as mulheres a lutar pelos seus direitos, têm de ser primeiro os homens a perceber o que está errado e a quererem fazer alguma coisa por isso. 

Vou ensinar o meu filho a fazer a cama, a lavar a loiça, a cozinhar, a querer ser proactivo nas tarefas de casa, a perceber que estas têm de ser feitas por todos, não apenas quando lho pedem. Já o eram antes de chegar, continuarão com mais um elemento. Vou exigir-lhe o mesmo grau de perfeição que exigiria se fosse mulher, porque começa em nós essa distinção, essa diferenciação de géneros. As meninas têm de fazer tudo bem feito, os rapazes são trapalhões e, por isso, dá-se o desconto. Não. Nascemos todos com a mesma capacidade de organização, de aptidão, com todos os campos em aberto à espera de serem cultivados. Caso contrário os homens não seriam cirurgiões, arquitectos, escritores, designers. A sensibilidade, noção de espaço e coordenação motora têm todo o seu potencial em criança. Vou sensibilizá-lo para as relações entre homens e mulheres, para a bondade, para a educação para com os outros. Porque abrir a porta a uma mulher não é um acto feminista, nem discriminatório, é uma questão de tradição e educação. É uma questão, acima de tudo, de amor. E tal como o amor deve ser dado e recebido de igual forma em qualquer relação familiar, amorosa, de amizade, deve ser de igual modo partilhado por homens e mulheres. Tal como a nossa casa é habitada por homens e mulheres, deve ser tratada e conservada de igual modo pelos dois. Tal como os filhos são originalmente criados por pais e mães, devem ser cuidados pelos dois, em igual responsabilidade.

É nossa responsabilidade, de mães e pais, mudar o mundo para melhor. E temos esse poder nas nossas mãos. Não precisamos da pressão de inventar a cura para o cancro ou da resolução dos problemas ambientais, podemos, sim, mudá-lo para muito melhor com tão pouco. E o tão pouco é ensinarmos aos nossos filhos que nascem iguais, têm oportunidades iguais e responsabilidades iguais. Porque eles serão os próximos directores empresariais, os chefes de serviço, os políticos, alguns deles os primeiros ministros e os presidentes da república. Outros percorrerão o mundo em causas humanitárias, ou serão apenas pais de outras crianças com toda a responsabilidade que isso implica. 

Vou ensinar ao meu filho a importância do amor e do respeito pelos outros. Mas acima de tudo vou ensinar-lhe que um homem não é nem mais nem menos. E que deve ser tão ou mais feminista que uma mulher.




 


Joana Diogo


A Joana escreve no O que vem à rede é peixe
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2.15.2017

Mas que merda é esta?


Filhas, filhas do meu coração. Hoje fiquei cheia de nervos, a pensar no que esta sociedade se está a tornar. O que poderei fazer para que, pelo menos vocês, possam não cair na tentação de querer ser uma boneca de porcelana? Não vou ser mais papista que o Papa, também eu tive acne (e tenho, e sei a chatice e até as dores que aquela porcaria dava, e os sucessivos tratamentos que nunca acabavam com aquela porcaria), também eu já pus maquilhagem até dizer chega, já pus filtros nas selfies, já encolhi a barriga nas fotografias e já quis tentar parecer mais "bonita". Já fiz a dieta das maçãs (e já tinha uns 17 anos e idade para se juízo). Os cartazes, os anúncios cheios de gente perfeita, apelam-nos a tentarmos ser, também nós, assim. Mas não sejam escravas, minha filhas, não sejam reféns da beleza. Vou pôr-vos a ver dezenas de vídeos e documentários para que possam ver que até os vossos maiores ídolos são trabalhados, são manipulados e que nada daquilo é tal e qual o que se vê.

Vi aquela porcaria (3a vez que uso esta expressão para não dizer a outra com m*) de aplicação e apeteceu-me enfiar os dedos nos olhos de quem a criou. Além de aclarar o tom de pele, limpa as manchas, as borbulhas e... deixa as feições mais finas!... Um autêntico photoshop para ser usado por quem queira (e, dizem eles, já foi descarregado milhões de vezes).

Estou chateada.

[E mais haveria para dizer, não tivesse a mais nova aqui a pedir a minha atenção.]

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2.12.2017

Afinal só sei fazer filhas feias.

Quando comecei o blogue sabia que isto poderia acontecer. Se há bloggers que contam que já lhes desejaram a morte e outras coisas que tais, era expectável que alguém (uma minoria, claro) se sentisse à-vontade para dizer barbaridades destas. "Feinha, feinha" é um dos comentários em resposta à pergunta "A Luísa é parecida com quem afinal?". Já a Isabel foi duas ou três vezes brindada com comentários deste calibre. E não foi só aqui no blogue, até no Facebook uma alminha teve coragem de comentar algo do género. Houve quem me mandasse estudos em como a beleza não era subjectiva. Houve quem me enviasse um link que ia dar para uma modelo "feia", que tinha conquistado as passereles. Sim, as pessoas dão-se a este trabalho para chatear as outras. Na altura, fiquei muito chateada, triste até. Aquele desejo enorme de protecção que começa logo que estão na nossa barriga, aquele instinto de leoa fez-me rugir (como contei aqui). Naquela altura, era para mim novidade esta coisa dos haters e - infelizmente - era daquelas pessoas que se ia bastante abaixo com a maldade, com a maledicência, com a crítica que não é construtiva. Simplesmente não sou assim, não fui educada assim e era bastante xoninhas, sensível a este tipo de coisas.

Eu tenho noção de que não tenho filhas protótipo, "capa de revista", nem candidatas a título Little Miss Sunshine, apesar de as achar as coisas mais fofas, queridas e lindas à face da terra (e me apetecer engoli-las). Eu sei que não vou ser brindada com o Globo de Ouro de Modelo Feminino 2017. Sei também que a Victoria's Secret não me vai convidar para nenhuma das suas campanhas (só se alinhar naquela onda das "mulheres reais" e precisar de mostrar um milagre qualquer que levante maminhas que andam ali na linha dos joelhos). Claro que cada um pode achar o que quiser, claro que o nosso olhar não é neutro, claro que é normal sentirmos que esta ou aquela pessoa são bonitas e que aquela outra nem tanto.  Mas, sendo adultas, também já deveríamos ser capazes de ver além disso. E, sem sombra de dúvidas, deveríamos saber os limites (básicos, de convivência) entre pensar e dizer. Escrevi este texto também porque alguém nos disse uma vez que só se estragava uma casa. Nesta altura já convivia bem com este tipo de comentários. "Quem se expõe assim, tem de saber lidar com isto". "É o preço da exposição", dirão as mentes mais pragmáticas. Mas as pessoas mais sensíveis, como eu, aquelas que costumam calçar os sapatos das outras, rapidamente percebem que nada justifica este tipo de comentários. Porquê? Porque são ocos, vazios, desprovidos de consequência - que não a de importunar, chatear (ou tentar chatear). 

Neste momento, já não me deixa triste. "Ah, mas se sentiste necessidade de fazer este post é porque ficaste melindrada." Ainda fico espantada, isso sim. Triste já não. Qualquer dia já não ficarei espantada sequer. Prometo.


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