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5.18.2016

Visitas na Maternidade? Não, obrigada!

Ora então vamos lá ver se os nossos amigos não apagam o nosso número de telemóvel e se as tias afastadas não deixam de nos oferecer meias no Natal.
Este é um manifesto. Manifesto-anti-visita-na-maternidade.

Imaginem uma pessoa cujas veias da testa não rebentaram por pouco e que acaba de estar 12 horas a tentar fazer passar um mamute pela toca de um coelho. Imaginem que essa pessoa não ingeria - nem uma pevide, um tremoço, nada - há mais de 20. Imaginem que, lá pelo meio, esteve em sofrimento. Imaginem que não esteve em sofrimento, mas está muito, muito cansada. De repente, encheu-se de beta-endorfinas, ocitocina, prolactina e outras "inas". Esteve 9 meses à espera de conhecer aquele ser. Finalmente pode olhar para ele, namorá-lo, estar pele com pele. Precisa desses momentos contemplativos, de calma e paz. 

E, afinal, vê-se enfiada numa discoteca com música muito alta, varão e presenças de pseudo-vips da casa dos segredos. Vê-se obrigada a ter de descrever repetidamente, já rouca, tudo o que lhe aconteceu. Uma e mais uma vez. Querem pegar-lhe no filho, ainda mal ela fez o corte do cordão - "lave só as mãos, por favor" - cheirá-lo e sentenciar parecenças, mesmo que o bebé tenha ainda cara de repolho inchado. 

Vamos lá ver aqui uma coisa. A intenção das visitas é a melhor, a curiosidade é muita, a vontade de partilhar momentos de emoção com os nossos amigos é enorme. Mas vamos, como em quase tudo na vida, aguardar convite. Perceber se a nossa presença é muito desejada. 

Adorava desejar muita gente no meu quarto: era sinal de que estava pronta para a rambóia e a cowboyada, que tudo tinha corrido às mil maravilhas, que não estava a desmaiar cada vez que me levantava, que estava pronta para outra. Mas, o melhor é aguardar. Ver como corre. Apalpar terreno. Até lá, só estão convidados os pais, os sogros, a minha avó e os tios (os nossos irmãos) e os melhores amigos. E a Isabelinha. Todos os outros - que amamos do coração - vão ter de esperar por notícias. Até pode ser que eu esteja cheia de força e coragem para ver pessoas! Era óptimo sinal! Mas, para já, é "esperar para ver".

Já ouvi dizer que há quem não assine o manifesto e prefira "despachar" logo tudo na maternidade e ter sossego em casa. Por aí, como preferem?
 

5.16.2016

Nunca tinha visto tanto sangue na vida :(

A sério... até hoje a Isabel nunca se tinha espatifado desta forma. Tem dois anos e dois meses, até era normal que já se tivesse esfrangalhado toda numa esquina de uma mesa, que tivesse dado com a cabeça num brinquedo pontiagudo, eu sei lá. Mas não. Não como hoje. Hoje a miúda deu uma queda enorme, que vi de soslaio - e não, não foi em câmara lenta, foi rapidíssimo - de uma cadeira alta que temos na cozinha (daquelas de balcão) para o chão. Ela já não quer ficar na cadeira da papa, aprendeu a subir para estas cadeiras altas dos "crescidos" (a miúda tem imensa genica) e até hoje tinha corrido tudo bem, porque sabia que tinha de pedir ajuda para descer. Sempre pediu. Só que, estava eu de costas e ela lá se lembrou de tentar passar da cadeira para a banca da cozinha. Vejo os milésimos de segundo dessa operação, ainda pôs as mãos no balcão, mas o resto do corpo não chegou lá. Eu também não fui a tempo de chegar lá. O coração gelou, mas mantive a calma. Caiu de corpo inteiro no chão, de lado. A cabeça não foi primeiro e acho que os braços amorteceram a queda e a cabeça só bateu depois. Foi o que me pareceu. 

"Daviiiiid! Vem já aqui!, gritei baixinho - acho eu - para não a assustar. Peguei nela, dei-lhe mil beijinhos, tentei ver logo a barriga, os braços, as pernas enquanto ela estava num pranto enorme, quando o David me diz "sangue no nariz!". E foram litros. Pedi-lhe logo uma toalha, com a maior calma - que me saiu não sei de onde -, sentei-me com ela, inclinei-lhe um bocadinho a cabeça para trás, beijando-a muito. A minha camisa branca, a camisola branca dela, o chão... era um rio de sangue. Felizmente estancou de forma rápida e ela parou de chorar. Voltámos a analisar tudo muito bem e a achar que se algo estivesse partido, não pararia de chorar. Tudo acalmou, trocámos de roupa e falámos sobre o que aconteceu. Ainda antes de sair para a escola - onde pedimos que ao primeiro sinal de alerta nos avisassem - recapitulou tudo o que tinha acontecido e o que fez de errado (apesar da culpa ter ficado a morar comigo).

Será que ficou alguma coisa da nossa conversa? Será que vai voltar a tentar tamanha proeza? Horrível, horrível. Nunca estamos preparadas, nunca. 

Amor da mãe.

Foto tirada uns 5 minutos antes da queda 

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5.01.2016

Se és Mãe, então mereces!

Feliz Dia da Mãe, 

Às que se levantam vezes sem conta durante a noite para ir dar colo, tapar, dar mama, dar festinhas ou simplesmente vê-los a dormir.
Às que dormem a noite todinha, que chegam a ter saudades deles e os mimam durante o dia, com menos olheiras.
A todas as que amamentam, sem horas, sem pressas, a escutar o que os bebés lhes pedem, os meses, os anos que quiserem, com um amor inesgotável.
A todas as que dão biberão, mas os olham nos olhos, apaixonadas, e sabem que o mais importante é tudo o que transborda do coração.
A todas as que dormem com os bebés e às que os deitam na cama deles com três meses. Às que lhes dão carne e às vegetarianas. Às que passam um domingo na rua e às que inventam jogos divertidos em casa. Às que trabalham em casa e fora dela e às que se dedicam inteiramente aos filhos. Às que vão de fim-de-semana sem eles e às que os levam para todo o lado. Às medrosas e às despachadas. Às que lhes dão espaço e às que não desgrudam.

Se tudo o que fizermos (nos) fizer sentido, nos der harmonia e fizer os nossos filhos felizes e saudáveis, então somos umas Mães do caraças! Eu sou. E vocês? :)


*Imagem We Heart It

 Feliz Dia da Mãe! 

4.18.2016

Vou ficar tão sexy!


Não vou? E ainda vou ficar mais do que esta senhora, com aquela barriga mole do pós-parto e com uma hérnia umbilical.

(Vai de meter uma mala fofinha aqui pelo meio para embelezar a imagem)
 

Naquele momento, queremos lá saber disso. Queremos é que o bebé esteja bem, mame em condições, que não tenhamos os mamilos em ferida, que os pontos - em havendo - não infectem e que não tenhamos dores. De resto, cuecas - com rendados ou com três andares - não interessa nada.

São estas as cuecas/fralda que vos recomendo para o pós-parto. 

Antes da Isabel nascer, numa ida à farmácia para comprar coisinhas que me faltavam na lista do hospital, a senhora, daquelas mesmo simpáticas e prestáveis, sugeriu-me isto em vez dos pensos higiénicos XXL. Olhei para a embalagem, por dentro cuspi um "really?", mas pareceu-me perfeita a ideia. Macias, confortáveis e que, para nos livrarmos delas, não temos de nos baixar (rasgam-se de lado). Não há cá pensos higiénicos que fogem para um lado ou para o outro, não há cuecas de rede manhosas, que experimentei e não gostei. Nos primeiros tempos (acho que uma semana) usei disto. Foi assim o único investimento de jeito que fiz (isso e material para as mamas). De resto, soutiens de amamentação emprestados, camisas de dormir da Primark e tudo do mais barato que houvesse no mercado. 

Fica a dica (se houver dicas daí, são bem-vindas!).

4.02.2016

Desabafos de uma mãe.

*Imagem We Heart It
 
"Queridas Joanas,

Sigo o vosso blog já há algum tempo, mesmo antes de ter engravidado, quando mês atrás de mês rezava para que o teste saísse positivo e nada. É como um bálsamo de energia positiva. Obrigada por partilharem um pouco do vosso dia-a-dia connosco, estranhas do outro lado da blogosfera.


Hoje escrevo-vos ainda de pijama, às 11.30 da manhã, enquanto a minha filhota de 3 meses dormita uma das sestas supersónicas dela (nunca mais de 30 minutos, safada).

Demorei ainda uns dias a decidir se vos escrevia ou não. Quando li o post da JG sobre a mãe que tinha levado a filha a ver os patinhos ao parque da Serafina (este) fiquei em lágrimas. Nesse mesmo dia (hormonas, só pode) também eu sentia que estava a falhar. A todos os níveis. Com a minha filha a chorar nos meus braços também eu chorei porque queria protegê-la e não sabia como. Tinha a casa em pantanas e sentia-me uma desilusão. Olhava o espelho e não me reconhecia. 

Faltava-me a mim também alguém que me dissesse “caga”. Mas a família está longe, os amigos (aqueles verdadeiros) contam-se pelos dedos de uma mão e também eles não estão por perto. Sobra o marido, que é 5 estrelas, mas a quem eu também não quero estar sempre a preocupar com as minhas queixas. 

Seguramente não sou a única que põe demasiada pressão nela própria. Queremos ser perfeitas e isso nunca vai acontecer.  Mas eu pensava que podia. Estava errada. Nos primeiros meses eu dizia “isto até nem é tão difícil, consigo tomar duche todos os dias, ir passear e por maquilhagem, ela mama bem, já só falta perder o peso extra”. Mas o peso não se foi, e a casa só fica mais desarrumada, e a pequena tem as suas crises que partem o coração a quem a vê (e ouve).

Muitas vezes dou comigo numa luta mental. “Limpo a casa, tento fazer exercício ou simplesmente tento dormir uma sesta com ela?“ E a luta é tão grande que acabo por não fazer nada disso. E depois vem a culpa. 

Oops. A pequena acordou (o que é que eu disse?) Já volto.

Ok, eu outra vez. Ahh, já sei onde ia. 

Também a mim me apetece dormir em concha e chorar um bocadinho. Também eu me sinto desamparada e sem ser capaz de fazer coisas, quando temos de fazer as coisas mais importantes da vida. Temos um ser humano, pequenino e frágil a depender de nós.

Já não me importo tanto com a casa. Escrevo-vos com um buraco no tecto da cozinha porque houve uma infiltração na casa de banho no andar de cima e agora temos de renovar o tecto. Lá se vai a teoria de ter a casa limpa e em ordem...

Mas é a outra casa, a da alma, que me apoquenta todos os dias. Este corpo não é meu. Também estava convencida que ia tudo ao sítio num par de semanas. Ou meses, no máximo. Uma semana depois da pequenita ter nascido fui correr (já sei, louca que os pontos podiam rebentar!). Mas fez-me maravilhas à alma. 
Mas o corpo continua na mesma, e eu não reconheço o que vejo reflectido no espelho. Quero sentir-me bem na minha pele. Mas até esse esforço me parece alienígena. 
Ontem pela primeira vez fui ao ginásio por uma hora (como não tenho ninguém a quem deixar a pequena, deixei-a na creche do ginásio).  E em vez de gozar o shot de endorfinas, passei a hora inteira e pensar se ela estaria bem, se estava a dormir, se estava a chorar, etc. 

É errado queremos tratar de nós como dos nosso filhos? Seguramente que não, mas por que é que eu penso que sim? 

Ela está a chamar por mim. Já volto.

Eu outra vez. :) Acabei por tomar um duche (com ela acordada, a olhar para mim sentadita no bouncer dela, que é a única maneira de conseguir tomar um duche), dar maminha e agora a pequenita está sossegada. Mais ou menos. 

Ok, o email já vai longo por isso é melhor parar por aqui.

Desculpem o turbilhão de sentimentos e palavras. É reflexo talvez do turbilhão que nos passa na alma a cada dia. Felicidade, tristeza, orgulho, desespero...

Só queria agradecer por serem tão sinceras e por partilharem um pouco da vossa vida connosco. E obrigada por nos lembrarem que somos humanas, a aprender a cuidar de seres pequeninos à nossa mercê, um dia de cada vez. 

Talvez este email sirva de desabafo. 


Muitas vezes precisamos de ser nos a dizer a nós mesmas "caga"."



A A. enviou-nos este email. Que ajude outras mães a dizerem "caga". Obrigada, A. pela confiança. <3 E força.

3.28.2016

Top 10 de coisas que uma mãe quer muito ouvir.

Claro que nem todas somos iguais. E, claro que, agora com tempo, vão lembrar-se de coisas bem mais pertinentes para esta lista. Porém, estas foram as que me saíram. Não, não são indirectas que o meu marido não lê o blogue, só se desse para pôr na Playstation e não fosse o blogue, mas um jogo. Claro que também há maridos que são tão solícitos e queridos que pedem com licença antes de nos começarem a fecundar. Claro que há gente para tudo. ;)





#10 - "Olhei para ti e apaixonei-me outra vez.".

Acho que andamos todas todos os dias à procura/à espera de sentir aquele frenesim de paixão adolescente. Gostaríamos muito que eles reconhecessem a nossa magia diariamente como se fosse a primeira vez. E, mesmo que não reconheçam, dissessem na mesma que sim de vez em quando. Eu posso fazer uma tabela no Excel, imprimir, pôr no frigorífico e ainda configurar os lembretes do telemóvel. Sempre tudo muito espontâneo, claro. 

#9 - "Estão a oferecer coisas na Zara!".

Se já nos passamos com aquelas alturas em que eles vão buscar roupas de há 4 anos e dizem que desceram os preços, imaginem se, de repente, passássemos por uma Zara e dissessem: "olhem, estou farta de arrumar isto todos os dias, levem lá o que quiserem!". Ai, eu ia até à secção de homem que é uma zona perfeitamente desconhecida para mim a não ser para fugir quando estamos todas engalinhadas na fila da secção de mulher (ou de criança). 

#8 - "Cortaste o cabelo? Fica-te ainda melhor!".

Epá, mesmo que não tivéssemos cortado. Não interessa. Isto quer dizer qualquer coisa como "reparo em ti e tens algo de diferente hoje, não sei o que é mas adoro". Desde que não tenhamos um rim na testa... 

#7 - "É incrível como consegues dar conta de tanta coisa.".

É a nossa missão todos os dias, não é? Sermos as tais super-mulheres. Conseguimos trabalhar, dar um jeito a casa, educar os filhos, amá-los, dar mimos ao marido, adormecer no sofá e, quiçá, ainda manter a chama do casamento viva. Muito mais provável de acontecer se eles disseram coisas que estão neste top... Depois queixem-se. Estou a dar a lista e tudo. 

#6 - "Eu vou com eles ao jardim hoje, tens o dia todo para ti.". 

Ah-ah! Raro, muito raro (digo eu), serem eles a porem-se nos nossos pés e sugerirem algo que, só para nós, será proveitoso. Isto porque, para muitos deles ir ao jardim com as crianças não tem nada de especial... 

#5 - "Queres ir jantar/almoçar fora hoje?". 

Desde que não seja perto do estádio do Benfica para ficarem mais perto do jogo de logo, acho isto um amor. Quer dizer imensa coisa, que gostam de nós, que querem estar connosco a sós e que têm fome. 

#4 - "O que achas de fazermos algo diferente no próximo fim-de-semana?".

Awwwwwww. Só de ler isto ali escrito apeteceu-me casar comigo própria e fazer-me mais uns quantos filhos. Ah... desde que o "fazer algo diferente" não seja passar a tarde no Leroy Merlin a ver barbecues. Tanto dá, até pode ser ir para a casa de uma prima afastada de Melgaço. Tudo parece pertinente (quase, pronto). 

#3 - Deixa estar, eu faço isso!

Mais depressa isto nos deixaria com vontade de chorar do que se continuassem a matar quarentões simpáticos e aprazíveis na Anatomia de Grey. Quem nos dera ter alguém que fizesse as coisas que não nos apetece fazer, mas sem que tivéssemos de pedir, não era? Era. Pronto. Alguém tinha que responder, respondi a mim própria. 

#2 - Estás a fazer um óptimo trabalho. Os teus filhos são os maiores!

Isto, se viesse do nosso marido ou namorado já seria perfeitamente ofensivo: "Os MEUS filhos? Como assim os MEUS filhos?". A verdade é que sabe bem ouvir este reconhecimento. Temos o resultado nas mãos e não há nada melhor do que isso, verdade, mas... alguém nos dizer é como se fosse um abraço a um bebé (foi o que melhor que me saiu, haha). 

#1 - Estás mais magra? 

Somos mães mas não deixamos de ser aquelas totós que se preocupam com o peso e que adoraríamos ter emagrecido sem termos de fazer nada para isso. Dizerem que estamos mais magras é o equivalente a dizer: "o que fazes para ser uma espécie de top model, mas que mora em Benfica?". 


Vamos cozinhar aqui o documento mais importante do universo e partilhá-lo tanto que haja uma dezena de maridos nossos a ler e talvez nos digam uma destas coisas? ;) É só uma ideia. 



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E a mim também;) @JoanaGama

3.17.2016

Por mim já chega!

Isto são as horas a que me tenho deitado durante a semana. Às vezes até mais cedo. A Irene tem dormido a noite inteira (falei como consegui que isto começasse a acontecer aqui e aqui), mas tem acordado às 6 da manhã. Tenho de ir dormir à hora dos velhinhos e das criancinhas, a verdade é essa. 

Espero que tenham a sorte de poderem (mesmo que acordem muito durante a noite) deitar-se mais cedo. Porque deitar cedo e cedo erguer...  



Uma foto publicada por Joana Gama (@joanagama) a


E sexta-feira? O que teriam feito antes de serem mães? Eu, provavelmente, teria ido com a minha amiga Susana ao Tokyo no Cais do Sodré para dançar e para fazer palhaçadas, bebendo apenas um Joy de Laranja a noite inteira, mas fumando mais de um maço só à noite. 

Vou deitar-me às 22h. 

Não faz mal. 

3.08.2016

Eu, se mandasse...

Eu, se mandasse...

Contrataria mães. 




- As mães estão habituadas a priorizar, a serem práticas, a relativizar, a saber o preço de um atraso, a saber o quanto enerva não se combinar as coisas com antecedência, a importância de cumprir horários... 

- As mães têm sempre em mente a importância da vida pessoal de todos por, para elas, ser tão importante também. 

- As mães ganham uma capacidade inexplicável de ter paciência quando as outras pessoas se portam como se fossem crianças. 

- As mães aprendem a domar as feras com carinho e compaixão e alguns toques de táctica e disciplina

- As mães sabem que o mais bonito é sentirmo-nos completas e isso transparecer. Nada nem ninguém é mais bonito que uma mulher segura de si e feliz. 

- As mães conseguem fazer omoletes sem ovos e sem frigideira. 

- As mães são e aprendem a ser todos os dias mais e mais criativas. 

- As mães sabem que, às vezes, precisamos de nos por à altura das pessoas para verem como as coisas são pela perspectiva "do outro" (empatia). 

- As mães estão atentas a tudo à sua volta, não só ao "trabalho", mas também à disposição dos colegas. Elas sentem quando alguém precisa de colo. 

- As mães são capazes de gestos muuuito fofinhos aleatoriamente, só porque achamos que "merecem". 

- As mães ouvem à primeira e aprendem porque não querem perder tempo com levar sermões de uma próxima. 

- As mães são vaidosas, muito, mas são mais silenciosas (desde que não se comece a falar de crianças). 





As mães são vocês que ainda não são, mas que vão ser. Tudo isto está em todas nós. As mães não são mais do que ninguém, nem menos. São, simplesmente, mulheres que foram acordadas para muita coisa ao mesmo tempo e com uma bofetada enorme de amor. 

O amor é o principal motivo de uma mudança positiva. Sempre. 


3.05.2016

Coisas de que tenho saudades.

Estar a fumar na sala - alias, de fumar no geral. Já podia ter voltado? Podia, mas não o faço porque estou a ver se não me armo em parva e porque ainda amamento, mas tenho imensas saudades de fumar a ver televisão e enquanto converso. Muitas. 

Chegar a casa, vestir o pijama e babar-me no sofá - Agora tenho a sensação que depois de trabalhar que chego a casa para o meu segundo e terceiro emprego: mãe e "dona de casa". 



Discutir no volume que me apetecer e espernear quando me apetece - Dantes podia dar aso a todo o meu talento dramático quando acontecia algo que me enervasse, agora já não. Sinto que a Irene está a castrar o meu desenvolvimento artístico neste ponto. 

Comer imensa porcaria sem me preocupar muito com o exemplo - Emborcar flocos de neve o fim-de-semana todo ao ponto de ficar com as bochechas todas carcomidas por dentro ou de deitar abaixo meio quilo de m&ms só porque sim, sem haver desgosto amoroso nem nada. 

Acabar o meu dia mais cedo - Não ter que jantar e dar o jantar, tomar banho e dar banho, adormecer e fazer adormecer. O dia fica bem mais curto.

JANTAR FORA de improviso a horas de gente - Como é que só me lembrei desta agora? Como? 

E acreditam que não me lembro de mais nada? O que se passa comigo? 

Acho que já escrevi um post sobre isto há meses e que tinha muitas mais saudades de mais coisas...

Isto da maternidade é uma coisa que se vai apoderando de nós aos poucos. Como li algures, é a morte do nosso passado (que custa a fazer o luto), mas assim que está feito, só me lembro destas coisas para ter saudades. 

Isto não era suposto ser um post fofinho. Queria mesmo escrever imensas coisas das quais sinto saudades, mas... não tenho culpa! 

E vocês? Ajudem-me!