10.25.2018

Há casamentos que proíbem crianças

Durante os preparativos para o casamento, alguém comentou que tinha recebido um convite para um casamento que dizia "NO KIDS". Já tinha ouvido falar de amigos de amigos que tinham pedido aos convidados, ou alertado, para não levarem filhos.

Também já aqui vos falei que, até com 1 mês, a Luísa nos acompanhou a um casamento de uns amigos. Aliás, nem me recordo de algum casamento a que tenhamos ido os dois e a que a Isabel não tenha ido. O que às vezes fazíamos - quando dava - era deixá-las, depois do jantar, com a avó. Fizemos isso mesmo ainda no último a que fomos e, sinceramente, foi melhor assim: aproveitámos as garotas até uma hora decente e depois divertimo-nos os dois juntos.

Eu gosto de ter as minhas filhas connosco na maior parte do tempo. Aproveito essa tarde para as ver, ver como brincam, apreciar a forma como dançam, dar colo e matar saudades da semana. Uma amiga chegou a dizer-me que até equacionou deixar as filhas com os avós, mas como tinha estado uns dias sem elas antes, em viagem, não iria conseguir. Percebo-a e bem.

Nós temos filhas, temos sobrinhas, temos primos pequeninos e temos filhos de grandes amigos, com os quais convivemos e dos quais somos chegados, pelo que não fazia sentido limitar o nosso casamento a eles. Agora, não me choca que alguns noivos, que não tenham crianças na família, nem muitos amigos com filhos, queiram reduzir stress e, quem sabe, até custos, e que proponham isso aos amigos, até para que eles se possam divertir. Acho que só se consegue pedir isso com bastante confiança. No entanto, até nós tivemos de enfrentar essa situação. As crianças no espaço onde casámos não podiam ultrapassar uma determinada percentagem relativamente aos adultos (e só nos apercebemos disso mais tarde... demasiado tarde) e perguntámos, aos dois colegas do trabalho do David com filhos - porque achámos que eles não se iriam importar -, se se importariam de não levar. Com algumas pinças e cheios de medo de estar a ser indelicados. Corremos esse risco.  :/
E mesmo assim tínhamos 13 crianças para 67 adultos, noivos incluídos. 

Eu, que por acaso gosto muito de levar as minhas filhas connosco a tudo e mais alguma coisa [menos lua de mel, vá ahahah], não ficaria chocada se me perguntassem se eu teria com quem deixar as crias ou se me sugerissem ir sem elas. Apenas não saberia se isso seria possível. Mas também percebo quem fique chateado. Sou sensível aos dois lados da questão.

Para mim, era ponto assente que, no nosso casamento, teríamos crianças e que teríamos babysitters. As 3 meninas da On Nanny eram muito simpáticas e profissionais e conseguiram entretê-los com pinturas faciais, balões, deram-lhes o jantar e brincaram com eles. Os pais comeram descansados. Achei uma boa qualidade preço! 

Depois, quis ter uma mesinha com alguns doces e a Maria das Festas trataram do assunto em menos de nada (foi praticamente de um dia para o outro, são incríveis). "O amor é doce" estava escrito nos saquinhos para que pequenos e graúdos se servissem. A decoração foi ao encontro de todo o casamento: adorei! [Atenção que a Maria das Festas agora, a par das festas de anos e eventos corporativos, também faz casamentos, a coincidência! Boa sorte, meninas!!!].





































Estes chocolates estavam lindos! Como não tínhamos presentes para os convidados senti-os como a recordação do dia

Fotografias The Love Project 


E vocês? Ficariam ofendidas caso vos pedissem para não levar filhos? 
Levam sempre? O que acham deste assunto?


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10.24.2018

E namorar depois do divórcio? Eu tenho gostado ;)

Garooooootas, a vida é boooooooooooooooooooooooooooooooooooa! Não quero ser a representante do divórcio em Portugal, até porque cada caso é um caso, somos todos muito diferentes e as nossas relações também, por isso não há aqui conselhos a dar de "vai, filha!!!" ou "não te metas nisso, amoreeee!". Não. O que vos posso dizer é que no meu caso, a vida é boooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooa! Ainda bem que consegui ter a coragem de acreditar que a vida podia ser bem melhor do que aquilo que estava a viver, mesmo que isso implicasse grandes mudanças na nossa vida (minha e da Irene) e ainda por cima algo que facilmente pode ficar tão negativo com as frases que ecoavam na minha cabeça "acabar com o casamento", "tirar-lhe o pai", etc. 

Cada timing tem os seus desafios e depois de ultrapassada parte da "culpa" que me inibia de seguir em frente com a vontade, passou-se à execução. E claro que o sonho da vida a três foi um sonho, é "pena" que o sonho tenha acabado, mas passar a vida toda a sonhar com o que não existe acaba por não nos fazer viver a realidade.

Assim abri espaço para me acontecer a realidade que quero e que mereço. Estou apaixonada (já há bastante tempo), podia dizer que conheci uma pessoa, mas não "conheci", já nos conhecemos há muitos anos e tem sido o melhor ano da minha vida. 

É o meu wallpaper :) 

Claro que tenho gerido tudo com o máximo de cuidado. Não quero que a Irene sinta que o pai está a ser substituído. Ou que foi por causa desta pessoa que aconteceu o divórcio (eles não têm noção de timings nesta idade). 

Isto, na prática, tem implicado que a Irene conviva com a pessoa, que se façam planos, férias, mas não tem havido dormidas assumidas lá em casa. Não fiz um comunicado de início de relação, nem lhe dei nome (para a Irene). 

Quero que se conheçam, com tempo, que se tornem indispensáveis mutuamente e que tudo aconteça com calma. Até agora tem corrido bem e até tem sido a Irene muitas das vezes a requisitar a presença e acho que isso é muito bom sinal. 

Não existem timings para tornar as coisas mais "intensas", tal como não há para o desfralde, para o desmame e tudo isso, mas vou ter o máximo de calma possível. Já que tenho quem perceba, respeite e motive também que se vá devagar tendo a Irene como prioridade. Deve haver outras estratégias e até podem correr muito bem, mas eu cá morro de medo e isto é como consigo e quero fazer, eheh. 






10.23.2018

MALDIVAS: a nossa lua de mel foi um sonho?

Foi a viagem da nossa vida. Perfeita. Doce. Calma. Com tudo aquilo de que precisávamos, nove anos e duas filhas depois. Praia, natureza e zero preocupações: convenhamos, é tudo o que dois pais precisam, após quase cinco anos sem férias (férias mesmo férias) a dois e a dormir mal há quatro anos e meio... Foi maravilhoso: se há um paraíso é certamente como nas Maldivas. As águas quentes e turquesa, areias brancas e tão macias que pareciam autêntica farinha, os peixinhos que vinham ter connosco, os corais magníficos, tubarões, mantas, raias e tartarugas ali a meio metro e os nossos queixos caídos com tamanha beleza. A concretizar um sonho. 
     
As Maldivas estavam na nossa lista de destinos para a lua de mel, em primeiro lugar. Quando comecei à procura de preços, a sonhar com este destino, achei que era proibitivo e comecei a ver outros. Maurícias, Caraíbas; Brasil, e por aí fora. Destinos excelentes, óptimas opções, mas tínhamos aquela fisgada. Queríamos conhecer as Maldivas. Tínhamos uma semana e pouco para ir e procurávamos mesmo descansar, pelo que nem queríamos ir para sítios com muita oferta e história, que achássemos um desperdício não ir visitar. Não queríamos ambiente de festa constante, nem barulho. Queríamos uma praia (quase) deserta e silêncio. Foi perfeito. Quando chegámos, muitas horas de voo e de escala depois, percebemos por que tínhamos esperado tanto. Era suspense para o que aí vinha. Entrar naquela ilha, a nossa ilha por uma semana, ainda que a chover suavemente, foi de quase ir às lágrimas. Depois de chegarmos ao nosso quarto, fomos imediatamente para a água, ali em frente. Disse ao David que ele tinha de experimentar o mar debaixo de chuva. E fomos, quais adolescentes, mergulhar e sentir aquelas águas quentinhas enquanto as gotas nos caiam no rosto. Não choveu mais naquela semana, pelo menos não durante o dia. 

E a nossa vida foi essa: nadar, nadar, ler na espreguiçadeira, andar de bicicleta (alugámos quase todos os dias, eram 5 dólares por dia - com oferta de um dos dias), percorrer a ilha de uma ponta a outra - Nalaguraidhoo - escutar a natureza e ver o pôr-do-sol. Ah! E comer. O buffet era excelente [não tenho grandes pontos de comparação porque só tive tudo incluído uma vez no Brasil e outra em Tenerife, mas foi a primeira vez em que tudo me soube bem, não sabia tudo ao mesmo, antes pelo contrário, e todos os dias comíamos diferente - havia desde massas, a arroz frito, massa de arroz, bastantes opções vegetarianas, que comi imenso, comidas mais picantes (massala, caril, etc), saladas que não acabavam nunca e sempre carne ou peixe a serem grelhados na hora, além de nan, roti e papadum, pão, queijos e muita fruta (goiaba, papaia, melancia, melão, etc, etc, etc) e bastantes doces; os doces tinham assim um aspecto demasiado "gourmet" e meio plástico mas eram bem bons]. 

Chegámos a perder um jantar e íamos perdendo um pequeno-almoço à conta da preguiça boa que se apoderava de nós. Era mesmo esta leveza que queríamos. Levámos uma mala para dois e nem ia cheia: chinelos, fatos de banho, umas t-shirts, umas túnicas, material básico para snorkeling, cremes solares e livros. O nosso quarto era a 10 passos da água e ficámos - para mim - na melhor parte da ilha, pelo que só pus os pés na piscina no último dia. Experimentei yoga num dos dias, depois do pequeno-almoço. Fomos a uma festa, ver um senhor cuspir fogo, e com DJ numa das noites. 

Num dos dias decidimos nadar até a uma plataforma, de madeira, no meio do mar (tínhamos pé até lá, mas fomos a nado). Ficámos de lá a observar aquele pedaço de mundo, com os corpos já dourados do sol, a nossa respiração a ficar mais lenta, profunda, e os corações sincopados, numa cadência que desacelerava. Cenário de filme, mas nós éramos as personagens principais. Estávamos a viver um sonho. Foi o sítio mais bonito onde já estive em toda a minha vida. Ficou gravado, de tão especial, num momento tão especial das nossas vidas. Fizemos promessas de voltar, com a Luísa e com a Isabel. Um dia. Queremos partilhar aquele sítio com elas. Um dia.








































































País: República das Maldivas

Capital: Malé (vistámos no último dia, durante umas horas, e vale a pena)

Resort: Sun Island Resort & Spa

Ilha: Nalaguraidhoo (fica no South Ari Atoll - há 21 atóis, que são uma espécie de divisões administrativas, que agrupam ilhas)

Vôos: Turkish Airline - há quem opte pela Emirates para fazer escala de um ou dois dias no Dubai, mas como eu já conhecia e não tínhamos muitos dias, preferimos deixar para outra vez

Tempo de viagem: saímos às 11h45 e chegámos às 12h do dia seguinte, por isso demorámos 24 horas a chegar, com escala em Istambul de 6 horas (no regresso a viagem foi durante a noite e dormi o tempo quase todo,  a escala foi só de duas horas, pelo que não me custou quase nada). A comida a bordo é óptima e passamos o voo a ver filmes muito recentes, vi 4 filmes, foi óptimo (queixam-se das muitas horas de voo, mas soube-me pela vida ver tantos filmes)
 Lisboa - Istambul - Malé - Maamigili - Nalaguraidhoo (Sun Island)

Preço: 2998€ os dois, com pensão completa (PA, almoço e jantar; águas, cafés e chás no quarto), vôos e ainda transfers (fazemos um vôo doméstico + lancha até ao resort)
 - atenção: para mim não compensaria fazer Tudo Incluído, uma vez que não é como nas Caraíbas, não incluí mesmo tudo (algumas bebidas são pagas à parte) - alguns portugueses que foram connosco pagaram mais 800€ o casal para ter TI e eu acho mesmo que não compensou, uma vez que nós pagámos 200 euros pelas cervejas [5 dólares cada] e bebidas extra e ainda bicicletas e um jantar noutro restaurante (escolhemos comer sushi e foi uma má decisão, não era lá grande coisa) e ainda um snack (da vez que perdemos o jantar)

Agência: Click Viaja (Alberto Chong, da Estrada da Luz), pela primeira vez, tudo online e correu tudo 5* (foi o Alberto quem nos arranjou este pacote)

Fuso: 4 horas a mais lá

Refeições: há mais três restaurantes além do buffet (que é óptimo); ficamos sempre na mesma mesa e somos sempre atendidos pela mesma pessoa (que nos serve as águas frescas ou outras bebidas que queiramos pedir) - calhou-nos o querido Krishna, indiano de 21 anos, doce no sorriso e no olhar, que tinha saudades da mãe e dos irmãos, mas principalmente da mãe <3 Adorámos conhecê-lo e trocámos contactos

Moeda: Rupia, mas aceitam dólares ( também euros, pelo menos, pela nossa experiência, tanto no hotel como em Malé)

A não esquecer: máscara e tubos de mergulho, cremes solares (usámos factor 50) e repelente (esquecemo-nos!); levámos também uma farmácia básica, mas felizmente nada foi preciso

Destino de família ou de lua de mel? ambos: vimos casais com filhos pequenos e percebemos que era um destino excelente para eles logo no primeiro dia: água calma, bicicletas com assentos, comida muito diversificada, piscina... tínhamos uma criança da idade das minhas duas casas ao lado e estava mais que feliz. 

Nota: Há 1200 ilhas e 200 são habitadas, pelo que as hipóteses de alojamento são bastantes e há para todos os bolsos - há hotéis que chegam a 1000 euros a noite AHAH; há casinhas com a própria piscina e, até, escorrega para o mar... mas também é possível fazer férias nas Maldivas mais baratas do que as nossas. Há pousadas/ guest houses em algumas ilhas, por exemplo. Vejam aqui as dicas do 360 - Maldivas Low Cost em 5 Passos. No entanto, em algumas praias não se pode andar de bikini, por exemplo (país muçulmano). Álcool só mesmo nos resorts. É tentar pesquisar bem antes de escolher.
Nota 2: Não ficámos nenhum dia numa WaterVilage (as casinhas sobre a água) - além de mais caro, não sentimos necessidade. Mas se tiverem esse sonho, deve valer a pena!

 Vejam mais aqui - há vídeos do buffet, dos tubarões e de tudo o mais.

Um dia destes teremos vídeo mais completo para partilhar convosco! 

Espero que tenham gostado de viajar connosco.
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