Lembro-me do Natal em que os meus primos e o meu irmão se fecharam numa sala da minha avó para lutar wrestling, de ir lá dizer que aquilo era parvo porque era tudo ensaiado e de ser corrida praticamente ao pontapé. Fiquei confinada à mesa dos adultos. E o que eu gostava de os ouvir discutir sobre tudo e mais alguma coisa!
Lembro-me do Natal em que dancei com o meu tio Jorge, em que nos rimos muito e fomos felizes, a comer castanhas à lareira, a encher a barriga de bacalhau com magusto e arroz doce da avó Rosel e bolo de bolacha.
Lembro-me do Natal em que fomos para a Serra de Montejunto e ficámos todos numa casinha pequena. O meu pai estava de serviço e assim pudemos estar perto dele. Jogámos Pictionary e eu quis ficar na equipa da minha avó Rosel, a pessoa com mais cultura geral da família. Ganhámos, claro.
Lembro-me do Natal em que recebi uma caixa de After Eight (de dois pisos!) e que dei cabo de 1/3 só nessa noite.
Lembro-me do Natal em que ficámos todos a ver a série Fonseca do Gato Fedorento em DVD, sem conseguir parar de rir.
Lembro-me dos Natais em que íamos, religiosamente, ao cinema no dia 25 à tarde.
Lembro-me de tirar a mesma fotografia todos os anos, ao lado dos meus primos Jorge e Pedro e do meu irmão Frederico, quase sempre a fazer caretas.
Tenho memórias que não se esgotam. O Natal é para mim, a par das férias grandes, a melhor altura do ano. Porque é de memórias da família e da comidinha da avó e da mãe que o meu coração se enche.
Não me lembro de abrir 30 presentes desenfreadamente, sem olhar bem para as caixas. Lembro-me de abrir alguns e devagarinho, para saborear. Lembro-me de os coleccionar depois no quarto, arrumadinhos ao lado uns dos outros, para voltar a ser surpreendida de manhã, quando acordasse.
Tenho memórias que não se esgotam. O Natal é para mim, a par das férias grandes, a melhor altura do ano. Porque é de memórias da família e da comidinha da avó e da mãe que o meu coração se enche.
Não me lembro de abrir 30 presentes desenfreadamente, sem olhar bem para as caixas. Lembro-me de abrir alguns e devagarinho, para saborear. Lembro-me de os coleccionar depois no quarto, arrumadinhos ao lado uns dos outros, para voltar a ser surpreendida de manhã, quando acordasse.
Espero passar este espírito à Isabel. De ver muito no pouco (e o meu pouco era muito, em comparação com outras crianças). De reter o que é realmente importante. De perceber o quão importante é ter uma família. E este ano a família tem-na a ela, da forma mais mágica possível.
E para completar esta lamechice que me fez chorar, cá estão as fotos lindas que o David (pai da criança) tirou no fim-de-semana ao meu anjinho:

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| Luzinhas de estrelas A Loja do Gato Preto (ano passado) Asas de anjo Mascarilha Casinha de luzes (é um calendário do advento) Zara Home Carrossel Tiger Isabel vestida pela mãezinha dela, que o pai vestiria um fato de treino (cof cof): Collants com sapatos desenhados da H&M (não são lindos?) Body de Gola Isabella Babywear (baratinho e tão giro) Fofo Cosythings (dos saldos anteriores) Bolero da Cóndor (é para 3 meses e ainda lhe serve, assim é que eu gosto!) |













