10.06.2019

Piolhos?! Solução nova!

Tentem ler este post sem se coçarem. Já está, não é? Agora imaginem eu! Em Junho, as miúdas vieram de férias carregadinhas de piolhos. Se calhar já iam e eu não tinha reparado. Assim que vi um a passarinhar no cabelo da Luísa, o meu cérebro voltou até à minha casa de banho cor-de-rosa em Santarém, em 1992, e lá estava eu, de cabeça no colo da minha mãe, sobre uma toalha branca, e ela à caça de piolhos na minha cabeça. Horas daquilo. Horas! 

Já sabia o que tinha a fazer, agora que as minhas filhas tinham apanhado, pela primeira vez, piolhagem: Paranix(Loção de Tratamento, eficaz em apenas uma utilização) naqueles cabelos lindos e brilhantes e tentar não me enervar muito, enquanto me coçava toda. E foi quando, ao tomar banho com Champô de Proteção contra Piolhos e Lêndeas, numa de prevenção, me apercebi logo que também eu tinha apanhado. “Engraçado” (completamente entre aspas) que ter piolhos é super comum, já todos sabemos que não é sinal de falta de higiene e que acontece a todos, mas, mesmo assim, não consegui não entrar em paranóia. Lençóis a 60 graus, toalhas e mais toalhas, roupa e pijamas novos todas as noites, naqueles primeiros dias, e até peluches. Escovas bem lavadas, fechadas num saco e enfiadas no congelador. Claro que tive de fechar os olhos aos estofos do carro, ao sofá, às almofadas que não podem ir a lavar, ao capacete do skate e dos patins... e rezar.



Agora já não é preciso rezar (pelo menos por esta razão). Criaram Paranix Spray para o Ambiente, para ser precisamente usado em tudo o que não pode ir à máquina: desde carpetes, a sofás, a colchões... Mas como é que ninguém se tinha lembrado disto antes?! A ideia é evitar reinfestações - que foi o que nos aconteceu, claro, que um mal nunca vem só. Culpei o facto de dormirem juntas - e eu com elas, muitas vezes - culpei as toucas na natação, que às vezes trocam, culpei todas as crianças deste mundo que se cruzaram com elas, culpei-me a mim, que não lhes prendi o cabelo como deve ser todos os dias antes de irem para a escola. Vá, já passou. Inspira, expira. Ainda bem que há cada vez mais soluções para que estes bicharocos não levem a melhor. Acabei por lhes cortar o cabelo ainda um bom bocado, até para ser mais fácil passar os pentes durante o tratamento, etc, e foi o melhor que fiz.



Da próxima vez já tenho o kit completo Paranix, mas espero sinceramente que seja só daqui a muitos anos :) e, já agora, que a sorte não seja macaca só porque estou aqui na foto a mostrar-vos como usar Paranix Spray para o Ambiente sem precisar (que não seja como abrir o guarda chuva dentro de casa). Xô, piolhos! Já me cocei outra vez. E vocês?

*Post escrito em parceria com Paranix



Spray para o ambiente é 100% eficaz em 10 minutos, numa só aplicação - Brunton E., 2015. Apenas em piolhos.
Loção e spray de tratamento são 100% eficazes numa aplicação. Champô de tratamento é 100% eficaz - Estudos in vitro e ex vivo demonstraram a eficácia de Paranix Loção de Tratamento contra piolhos e lêndeas após um período de aplicação de 10 minutos. Paranix Loção de Tratamento é um dispositivo médico para o tratamento de pediculose. Leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização.  Apenas para uso externo. Evitar o contacto com os olhos e as mucosas. Não usar em caso de alergia a algum dos ingredientes. No caso de irritação, comichão ou hipersensibilidade, suspender imediatamente o tratamento e lavar o cabelo com o champô normal. Indicado para crianças com mais de 6 meses. Manter fora da vista e do alcance das crianças. Paranix Champô de Proteção é um dispositivo médico utilizado para prevenção da disseminação da pediculose. Apenas para uso externo. Não engolir. Não utilizar em pele irritada. Evitar o contacto com os olhos e mucosas. Não usar em caso de alergia a algum dos ingredientes. Não indicado para crianças com menos de 2 anos. Manter fora do alcance e da vista das crianças. Leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização.
Paranix Spray para o Ambiente é um produto Biocida. Não usar no couro cabeludo. Utilize os biocidas com cuidado. Leia sempre o rótulo e a informação relativa ao produto antes de o utilizar. Manter fora da vista e do alcance das crianças.

Não temos sossego com a Luísa!

Que tínhamos uma filha-furacão, já sabíamos. Não sabíamos que ia começar a partir cabeças, a por medicamento da avó na boca e o diabo a sete. A Luísa é fogo. Até termos a Luísa, não sabíamos o que era ter uma filha tão curiosa e destravada. Sempre pronta para o disparate e para a aventura. O nosso coração tem andado num sobressalto nas últimas semanas. 

Senão vejamos.

Ainda não vos contei o que aconteceu quando estávamos em Miami, pois não? Assim de forma resumida: parque infantil, queda (que não vimos), queixa-se da cabeça, fica sonolenta nas próximas horas, sem energia, vomita a caminho do hospital. Eu já a pensar que não tinha escapado a um traumatismo, a querer chorar desalmadamente, mas a tentar transmitir calma. Que nunca tenham de passar por nada disto, é o que vos desejo, principalmente por não estarmos no nosso país. Torna tudo mais assustador. Não foi nada, ficámos atentos, siga.

Anteontem, quando já estava na cama e eu saí para lhes ir buscar água, levanta-se e vai até às cortinas, puxa aquilo com força quando eu estou mesmo a entrar e vejo o varão a cair-lhe mesmo em cima da cabeça. Primeira coisa que diz, desatando num pranto: "desculpa, mãe". Meu amor gigante. Ao contrário da outra vez, nesta há sangue por todo o lado, eu com as duas sozinha a hiperventilar mas sempre com uma voz calma que me vem sei lá de onde "vai passar, meu amor. Tem calma, respira fundo". O caminho para a casa de banho parecia traçado a giz vermelho, pus toalha a estancar, fui buscar gelo, telefonei para a Saúde 24 quando vi que estava a estancar antes de sair para as urgências. O David entretanto chegou. O golpe foi pequenino (aquela zona deve ser mesmo mesmo irrigada, caraças), fechou por si, não a deixámos dormir na primeira hora, bem-disposta e sempre atentos. 

Entretanto, caiu sábado de uma cadeira (estão a ver o género, não estão? Estáaaaa sempre a acontecer alguma coisa, não pára quieta). Domingo pôs um comprimido da avó na boca (ainda bem que é amargo e mandou fora, mas já deu para imaginar que tinha engolido outros e que teria de levar uma lavagem ao estômago ou sei lá). 

A lista não tem fim. Sempre ouvi histórias de miúdos dados a cabeças partidas e idas ao hospital continuas mas, com a Isabel, calculei que nos tivéssemos livrado. Tirando o dente partido, não há assim muitos mais incidentes. ´
Com a Luísa? Talvez tenha começado comigo, quando caí com ela - bebé - para não pisar o cão (ela saiu ilesa, eu nem por isso).
- Caiu do carrinho das compras, na véspera de fazer um ano - nem vos conto o susto, fomos de ambulância para o hospital, todo um aparato e uma médica que só faltou chamar-me coisas feias.
- Uma vez, com um ano e meio, que furou a língua de uma ponta à outra, com uma colher, seria? [a língua quase se separava, eu ia caindo para o lado] de uma forma que ainda hoje se vê a cicatriz (no hospital não fizeram nada, se bem me lembro...). 

[Isto a juntar ao mês inteiro que ficou sem andar, com uma sinovite temporária da anca; mas, vá, já estou a falar de algo que nada teve a ver com a tendência para o desastre ;)]

Pronto, acho que já dá aqui uma lista grandinha de sustos. Era agora dar um descanso aos pais durante uns anos, já está bom.

E os vossos? Também vos dão dores de cabeças destas?



Fotografia: Joana Sepulveda Bandeira do The Love Project





10.01.2019

Não sei que atividades escolher para as miúdas!

E acho que nem elas sabem bem. A ideia vai ser experimentarem esta semana as várias para conseguirem escolher. A Isabel teve, no ano passado, expressão dramática. Gostou muito mas disse-me que, este ano queria mudar.

Elas já têm natação, 1 vez por semana. Já o disse aqui, não faço questão de enchê-las de actividades extra-curriculares. Gosto que tenham tempo em casa, sem horários, sem planos. Gosto de ter tempo com elas, sem andar na correria do ir levar - ir buscar. Coitados dos meus pais que andaram comigo para todo o lado, todos os dias da semana. Eu gostava muito, conseguia conciliar tudo e não deixava de ser boa aluna (óptima, na verdade) por causa disso. Mas agora - como mãe - vejo bem que era um exagero. Uma prisão para os meus pais também (e éramos dois filhos). 

Acho-as pequeninas demais para andarem em tudo o que existe. Claro que amava que andassem já na música, no teatro, a Isabel adoraria ir para o futebol, mas calma. Têm tempo. 

Todas as actividades que quero acrescentar à natação (que é à segunda-feira) são dentro da escola e ali por volta das 16h. Inglês, ballet, expressão dramática, yoga. Yoga está já excluído porque coincide com a natação. A Luísa quer ballet, mas é logo a actividade mais cara, 25€. [Por pouco mais andam as duas na natação e custa-me um bocado, confesso. Também por pouco mais, andariam as duas no inglês, na escola]. Bem, mas parece-me que vai ser essa mesma. Esta semana podem experimentar as aulas e decidir ou ajudarem-me a decidir. 

E vocês? O que escolheram este ano (se é que escolheram alguma coisa)? 

Fotografia: Joana Sepulveda Bandeira do The Love Project



E se o 50 Cent tiver razão?

Sabemos a teoria: mais do que dizer como se faz, é fazer para que vejam. Mais do que ensinar-lhes que têm de dizer olá, agradecer, serem gentis com os outros, é preciso que nos vejam a fazê-lo. Que nos vejam a sê-lo. Mais do que dizer que são corajosas e fortes, ou que não faz mal chorar, ou que nos podem contar sempre tudo, é preciso que nos vejam ser corajosas, ou até a chorar, ou contar-lhes coisas sobre o nosso dia ou sobre nós para que percebam que há espaço para partilha, que não é unilateral. E que também nos vejam pedir desculpa, a reconhecer que erramos.

Mas será que o que dizemos sobre nós próprias à frente delas, não define também em parte as coisas que vão pensar e dizer sobre elas? Tenho uma grande amiga (olá Millia!) que há muito me diz que as expressões que dizemos sobre nós - “ai que parva!” “sou mesmo trapalhona”-, os rótulos que nos colocamos, mesmo que com sarcasmo ou no gozo, definem muito do que sentimos sobre nós, limitam-nos, e isso condiciona-nos muito. “Se não dirias isso à tua melhor amiga, não o digas de ti própria”. Sou muito castradora em relação a mim. Dantes achava que não era mau ser tão crítica e exigente, que era melhor ser a primeira pessoa a baixar as expectativas sobre mim para não defraudar ninguém e que até tinha graça. Talvez fosse apenas insegurança, mas eu até o via como um exercício pragmático de humildade. Só que o que achamos sobre nós, a prateleira onde nos arrumamos, pode definir muito aquilo que conseguimos atingir.

O 50 cent (sim, estou a citar o 50 cent eheh) disse uma coisa muito gira: “a tua opinião sobre ti próprio torna-se a tua realidade. Se tens todas essas dúvidas, então ninguém vai acreditar em ti e vai correr tudo mal. Se pensares o contrário, o contrário vai acontecer. É simples.” Se formos mais optimistas, mais positivos e mais gentis, coisas boas virão. Dantes acharia este discurso boring e demasiado concurso de beleza, agora acho-o essencial até (chamem-me velha). Por isso, mudar o mindset só pode ser bom. Sermos boas para nós próprias, sem estar sempre a acrescentar camadas de culpa, camadas de julgamentos, sem estarmos a reforçar sempre o que temos de “errado”, é libertador. Ainda estou a aprender a fazer isto, não é de um dia para o outro. A linguagem e o pensamento treinam-se. E conseguem mudar o (nosso) mundo.

Fotografia: Joana Sepulveda Bandeira do The Love Project


E é isto, por hoje. Espero que tenham gostado e assim me despeço, com cordialidade (haha),



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9.30.2019

Então e para quando o terceiro filho?

É uma das coisas que mais me perguntam: então e para quando o terceiro filho (ou versão: então e vais ao menino?)? Acredito que quando se tem três se pergunte se vão ao quarto. Ou se vão ficar por ali, em tom de brincadeira. E quando se tem quatro se pergunte se foi planeado (ahah que horror...).

Para desilusão de alguns - sinto-, não planeio ir ao terceiro filho, pelo menos nos anos mais próximos. Tenho 33 anos, duas filhas, de 5 e 3 anos. É certo que em sonhos antigos, com esta idade, já teria uns quatro filhos, mas guess what?: mudei de ideias. Para dizer a verdade, eu não jogava com o baralho todo antes de ser mãe. Não é que agora jogue, mas pelo menos percebi que, nestas coisas, não se pode fazer demasiados planos. Não dá para definir isto antes de ter a experiência. É ir vendo, passo a passo, como estamos, como nos sentimos, como vai a vidinha, o que queremos realmente, do que queremos abdicar ou não. 

Estou numa fase mais auto-centrada agora. Claro que as minhas filhas vêm em primeiro lugar, mas sinto que estou, finalmente, a conseguir ter espaço para ambas e para mim. Para algumas pessoas isto não é importante, há outras prioridades, ou conseguem fazer outro tipo de malabarismo que eu não aprendi a fazer, ou fecham os olhos, lançam-se num próximo filho e "tudo se faz" mas, para mim, um filho, neste momento, não vinha nos planos. E não vem, só se o DIU me falhar. 

A novidade é que dantes este era um tema que me causava algum desconforto. Sentia que estava com as minhas prioridades trocadas e que se quisesse mesmo fazer outras escolhas, poupar nas viagens que fazemos, comer menos fora, deixar-me de querer ter tempo para mim, conseguiria ter mais filhos... mas agora não. Agora sinto que não tenho de ter mais filhos. Que não está escrito. Que não é suposto. E que não preciso de ter. Que estamos bem assim. Que somos uma família linda e completa. E que as minhas escolhas não têm nada de errado. Que estão certas, porque são as minhas. Dantes queria muito trazer ao mundo pelo menos mais um bebé, mais uma criança fantástica, ter o prazer de descobrir tudo de novo, criar mais relações entre todos que nos fizessem crescer, ver mais alguém tornar-se adulto. Mais amor, mais hormonas, mais vida. 

Agora quero ser feliz com o que tenho. Que já é tanto. Que continua a ser um desafio, mas que me dá tanto prazer. Que já me preenche tanto. Que já tanta alegria dá a tanta gente. 

Fiquei comovida hoje a ouvir, no quarto ao lado, a minha mãe a brincar com as miúdas. Estava a ver uma série, deitada na minha cama, a descansar. E ouvi as gargalhadas. Acho que agora estou mais atenta a tudo. Estou diferente. A aproveitar tudo melhor. [Mesmo que cheia de dúvidas, de momentos de desespero, de momentos em que não compreendo nada, nem me compreendo a mim]. Só que também por estar mais sensível, sinto tudo mais. Estou mais alerta. O que era bom agora é óptimo.

Agora eu, agora nós. Só (tanto) nós. 

Depois, logo se vê. 

Fotografia: Joana Sepulveda Bandeira do The Love Project

Mais alguém que sinta que já fechou mesmo a loja? Ou que dificilmente aumentará a família?



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9.29.2019

Não senti nada pela minha filha quando nasceu.

Bem, tal como algumas vocês dizem (às vezes de maneiras menos charmosas): "vamos por as mamas da Joana Paixão Brás" de parte. Só durante um bocadinho. Ainda que, com aquele aconchego, suspeito eu que nunca tenham estado tão juntas.


Bom, falemos de coisas mais... coiso. 

É bem polémico este título, mas não deixa de ser verdade. Quando a Irene nasceu, houve algo em mim que pareceu não funcionar. Pelo menos de acordo com aquilo que eu esperava e tinha visto nos anúncios de televisão ou que as outras mulheres me tinham contado. Será expectável? Terá sido consequência de um parto atribulado? Ou apenas o desenrolar previsível de alguém que estava aterrorizada com a experiência de ser mãe? Seja como for, há coisas que todas nós podemos tentar garantir para termos partos melhores. Ouvindo os relatos umas das outras talvez nos dê mais ideias daquilo do qual nos podemos tentar proteger e até sugerir. 

Este foi o post que escrevi em Dezembro de 2014 que reuniu muitos comentários de mães que passaram pelo mesmo. Somos muitas: https://bit.ly/2mKIANj








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Um podcast que podem ouvir no Spotify, Soundcloud, Anchor FM e Apple Podcasts. ;)



E ainda uma iniciativa para a qual convidamos marcas parceiras. O "a Mãe é que sabe ajudar". A Joana e eu vamos a casa das mães vencedoras dar uma mão naquilo que precisem e também levamos ajudas preciosas. Quem nos queira contactar, poderá fazer através do e-mail amaeequesabeblog@gmail.com. 


9.24.2019

Deixar de passar a roupa a ferro?

Já há que tempos que penso sobre isto. Quando era mais nova e morava sozinha (sem Irene, entenda-se) e a minha roupa ia ser lavada a casa da mamã (ahh... luxos), obviamente que nem era uma questão. Depois, quis dar o grito de Ipiranga (acontece) ao pensar "epá, preciso da roupa passada para quê?". 

A verdade é que não uso camisas, nem outros tecidos que fiquem verdadeiramente asquerosos se não forem passados a ferro. E, durante uns meses... ou até um ano, não passei a roupa. Era prático, útil, mas confesso que não me deixava vaidosa. Ia até semi constrangida para o trabalho ou actuar - mas o que seria dar-me ao trabalho de passar a ferro. Por acaso, até tentei várias vezes, mas o que me fez desistir foram os lençóis de baixo de elástico. Não há maneira daquilo não azucrinar o meu OCD, que nervos. 



Depois, à medida que a vida foi avançando, não consegui prescindir. Ter a roupinha toda arrumada e passada é bom para me sentir eu própria mais bonitinha e arrumada. 

Houve um dia em que disse à nossa empregada que não valia a pena passar a roupa do bebé a ferro. Era tão pequenina que, bem espapassada, fica bem arrumada. Ela ficou assustada e disse: "nem pensar, o ferro mata as bactérias!". Claro que não queria perder aquelas horinhas a mais que recebe por passar a nossa roupa, mas... será mesmo assim? 

Há quem diga e defenda isto de se deixar de passar a roupa não só por questões ambientais, mas também para irmos contra a convenção social que nos obriga de estarmos "a direito" também na roupa. 

Depois há as outras pessoas que dizem que a roupa é um bom indicador da personalidade e roupa amassada não ajuda a que retiremos boas conclusões dos outros e da maneira como se tratam a si mesmos, por exemplo. 

A favor da "campanha": 

Quem defende a campanha diz que uma casa em que não passe roupa é o equivalente a plantar 7 árvores (embora não digam quanto tempo equivale a que número de árvores onde li). 

Não ter de passar a ferro. 

Não ter de pagar a alguém passar a ferro.


Contra a campanha: 

Ter a roupa toda torta no armário.

Dar muito nas vistas por não ter a roupa "em condições". 

A questão de higienização da roupa por estar a ser passada a ferro a altas temperaturas (?)


Já pensaram nisto? Mudaram? Querem opinar? 





Entretanto, têm um vídeo novo para ver, sobre os maravilhosos bagos da outra autora deste blog. Ela por aqui esclarece todas as vossas dúvidas, mas não só! Vamos oferecer meia mama às nossas leitoras, ahah. Por acaso, tive oportunidade de falar com o médico dela e perguntei se podia pôr duas mamas. A resposta está aqui em baixo: 




Para além disso, agora que a Joana Paixão Brás está de férias, vamos continuar a render o peixe no nosso último episódio de podcast. Querem ouvir? É sobre os nossos maiores sonhos (ou o da Joana que faloooouuu... faloooouuuuu...). 


Também estamos no Soundcloud, Spotify e Apple Podcasts ;)





Para além disso, marcas onde trabalhem ou que conheçam alguém que lá trabalhe, querem entrar no projecto "a Mãe é que sabe ajudar"? A Joana Paixão Brás e eu vamos durante um dia a casa das da família vencedora do passatempo e além de oferecermos a nossa ajuda durante um dia inteiro, também queremos levar produtos e prendas connosco. Querem entrar? Enviem-nos um e-mail para amaeequesabeblog@gmail.com

9.22.2019

E quando os nossos amigos educam os miúdos de outra maneira?

No início foi complicado. Convivemos com alguns casais que educam os filhos de uma maneira diferente da nossa - filhos diferentes, pais diferentes, objectivos e referências diferentes - e era complicado não "intervir". Não me levem a mal, não iria chamar os pais à atenção (a não ser que estivessem a bater na criança ou a serem violentos verbalmente), mas também não creio que vá socializar voluntariamente com pessoas assim, não fazem parte do meu círculo. 

Não por andar a escolher amigos consoante as suas crenças de parentalidade, mas o tipo de amigos que tenho coincide com serem pessoas com as quais geralmente não me desidentifico brutalmente. Bom, parêntesis feitos, o que tenho para vos dizer? 

Temos convivido com alguns casais que não educam de forma igual os seus filhos. Eu sigo alguns princípios que ao longo destes 5 anos tenho partilhado convosco aqui no blog e sou bastante verbal em relação a isso com a Irene. Isto para ficarmos atentas a comportamentos inaceitáveis das pessoas com ela, etc. 

No entanto, não vou estar no momento "da crise" chamar a Irene à parte ou conversar com ela sobre o assunto. Tenho ficado sentada, no meu lugar, a observar o que se passa com a devida compreensão e empatia. Depois, consoante a minha relação com o casal, oportunamente poderei - se sentir abertura para isso - sugerir outra perspectiva ou propor outra ferramenta. No entanto, não no momento de crise. 

Claro que não me agrada que a Irene seja exposta a outro tipo de comportamentos com os quais não concordo ou que não estejam totalmente alinhados connosco. No entanto, é o Mundo, não é? E talvez com o contraste das diferenças, a Irene também consiga valorizar e criar um sentimento crítico relativamente às coisas. Estamos a criar pessoas e opiniões tridimensionais são óptimas. 


Alguém castiga um miúdo à nossa frente. A Irene sabe que sou contra castigos e sabe porquê. Não falo, não digo nada, também porque não preciso. Já conversamos sobre essas coisas. No entanto quero ajudá-la a compreender o que passou, a observar com empatia e criar as suas opiniões. 

Nos momentos em que nos afastamos do casal ou do episódio falamos sobre o que aconteceu. Não sobre o assunto em particular, mas sobre o evento: "foi giro, não foi?". Começamos por aí e, se a conversa for por aí acabamos por aproveitar o sucedido para conversar. 

"Mãe, concordas que o xxx obrigue o/a xxx a comer tudo o que tem no prato?"

"Não, Irene, não concordo. Mas há mães e pais que ficam muito aflitos pelos filhos não comerem bem e só ficam descansados assim. Há também outras crianças que não comem e que perdem muito peso e que frustram muito os pais ou até que os médicos possam dar outras indicações. No nosso caso não concordo porque sei que quando tens fome comes e eu odiaria que me obrigassem sempre a comer tudo o que tenho no prato, ainda para mais se não fosse eu a servir-me. E tu?"

"Eu acho que me devias dar todas as pastilhas do Mundo". 

Vá, isto só aconteceu uma vez. Normalmente até lhe pergunto primeiro o que ela acha, mas esta fez-me rir, confesso. 

Mas isto que no início me deixava nervosa, agora não deixa. Não só porque estou satisfeita com o que tenho conversado com a Irene mas também porque lhe tenho ensinado que o que está certo para uns, ainda que também pudesse estar certo com outros, há outras coisas na vida que nos fazem agir de outras formas. Eu não sei como reagiria se a minha filha não me ouvisse, por exemplo, se não me respeitasse, embora sinta que a nossa relação e a forma como temos crescido juntas tenha ajudado brutalmente nisso. 





E antes de se irem embora, lembrar-vos de que já saiu novo episódio do nosso podcast em que falamos de tudo menos de maternidade e que, desta vez, foi sobre os nossos maiores sonhos: o da Joana Paixão Brás é cantar. Falamos sobre os Onda Choc, o Ídolos e tudo o que ainda que lhe falta falta fazer. Ah! E ainda canta um bocadinho, cheia de vergonha...
Além do Spotify, podem ouvir no SoundCloud, Apple Podcasts e Anchor FM. Basicamente omnipresentes. 




E só para terminar - irra que ela não se cala - se conhecerem marcas que estejam interessadas em entrar no nosso projecto de ajudar mães nas fases mais difíceis de ter um bebé, falem connosco através do e-mail amaeequesabeblog@gmail.com, sim? Sim! ;)

Tudo sobre a minha operação plástica

Não é novidade que a Joana Paixão Brás fez uma operação às mamas. E agora que já perceberam que não foi a Gama que se operou toda (só ao nariz), vou parar de falar na terceira pessoa. É verdade, fiz uma mastopexia periareolar com implantes há 3 meses.




Explico tudo neste vídeo, respondo às perguntas que mais me fazem sobre este assunto, e há bónus! Conseguimos ligar ao meu médico, o Dr. João Bastos Martins, para esclarecer umas questões que a Joana Gama tinha, no que diz respeito à anestesia geral ou à vontade de meter um kg em cada mama. Uhmmmm...





Caso tenham ficado com dúvidas depois disto, comentem, que vou tentar responder e, caso não consiga, posso pedir ajuda ao Dr. João.

Já escrevi várias vezes sobre isto no nosso blogue mas, como sou uma querida, deixo aqui os links todos:


Caso queiram falar directamente com o médico, deixo-vos também os links do instagram e do site.

Subscrevam o nosso canal no youtube, activem o sininho, e assim não perdem nenhum vídeo ;)

Estamos também no instagram, claro, e em @joanapaixaobras e @joanagama

E antes de se irem embora, lembrar-vos de que já saiu novo episódio do nosso podcast em que falamos de tudo menos de maternidade e que, desta vez, foi sobre os nossos maiores sonhos: o meu é cantar. Falamos sobre os Onda Choc, o Ídolos e tudo o que ainda me falta fazer. Ah! E ainda canto um bocadinho, cheia de vergonha...
Além do Spotify, podem ouvir no SoundCloud, Apple Podcasts e Anchor FM. Basicamente omnipresentes. 




E só para terminar - irra que ela não se cala - se conhecerem marcas que estejam interessadas em entrar no nosso projecto de ajudar mães nas fases mais difíceis de ter um bebé, falem connosco através do e-mail amaeequesabeblog@gmail.com, sim? Sim! ;)

9.16.2019

Marraquexe: a primeira viagem com amigas

Acho que a ideia partiu de mim numa tarde de piscina. E se fossemos a Marraquexe, só "gajas"? Em pouco tempo estávamos a comprar os vôos e a marcar o riad.
O David ficaria com as miúdas e eu iria ter uma experiência nova, com amigas, num país que quero há muito tempo conhecer. Combinado. Siga para a aventura.



ONDE FICAR

Vimos milhares de opções, mas tínhamos já uma decisão tomada: queríamos estar perto do centro, na medina, andar a pé até à praça Jemaa El-Fna, de possível com uma piscina para nos refrescarmos, e teria de ser algo em conta. Descobrimos o Riad Slitine e encaixava nos requisitos, além de que ficava a 200 e poucos euros a cada, uma semana, com pequeno-almoço. E ainda tinha aquele ar que procurávamos: portas e decoração marroquinas, arcos e duas piscinas (uma micro mas muito querida e mais reservada, com cactos). Ficámos em quartos comunicantes - dois quartos - e a casa de banho ficava no meio, grande, com banheira no meio, alta, chuveiro à parte e, noutra pequena divisão, a sanita. Perfeito para amigos terem a sua privacidade. Tudo limpinho e cheiroso sempre. Pequeno-almoço simples, mas bom, junto à piscina, com compotas caseiras, pães, bolos, sumo de laranja natural, chá ou café e ainda pedimos ovos mexidos. Gostámos imenso de todos os empregados, sentimos ambiente familiar (a filha da Thouaria, a senhora que tratava dos pequenos-almoços, estava sempre por lá, a dançar), mas há um que ficará especialmente no nosso coração: o Abdel, da recepção, que nos deu as melhores dicas. Adorámos (ah! pormenor que não é assim tão pequeno: servem álcool e que bem nos soube beber uma cervejinha fresca ou um vinho marroquino de vez em quando, junto à piscina).




O QUE FAZER

Como íamos com vontade de descansar um bocado, além de bater perna nos souks, é um bom programa ficar na piscina umas horas, a conversar e a ler, certo? Done. 
A maior parte do tempo foi passada a andar pelas ruas e ruelas, a ver as cores e os cheiros, a regatear preços de malas e babuchas, a comprar especiarias e a beber chá. Fiquei fã daquela cidade. As pessoas são simpáticas, metem-se connosco, mas não senti que "tirassem pedaço". Nunca sentimos medo e chegámos a caminhar à noite, depois do jantar, nas calmas.

Depois, fomos a quatro sítios que vos recomendo:

- Palácio Bahia - um dos mais bem conservados exemplares da arquitectura marroquina (este é mesmo um must go; 7€ a entrada)
- Palácio El Badi - foi construído após a batalha de Alcácer Quibir, era um dos maiores do mundo árabe, mas foi destruído para não fazer concorrência a outros (está em ruínas), 7€ a entrada
- Le Jardin Secret - é um pequeno jardim, sem qualquer barulho a não ser passarinhos e água, no meio da medina. Têm a opção de subir à torre, com uma mini-visita guiada; entrada 6€, subida 3,5€
- Jardim Majorelle - obrigatório. Como já fomos perto do fecho e já estávamos cansadas de tanto andar, acabámos por visitar o jardim e o museu berbere (deixando para outras núpcias o museu yves saint laurent) - 10€ a opção que escolhemos


ONDE COMER

Em todo o lado, basicamente. Na praça central Jemaa El-Fna há barraquinhas e comida a ser feita à nossa frente, onde se consegue provar um pouco de tudo (ver se os preços estão expostos ou fechar logo o preço ao pedir, para não pagarem tanto quanto nós, cerca de 20€ por pessoa - comemos muito e bem, porém). Claro que provei também os caracóis que vendiam na praça: sabiam que, ali, o molho que fica na taça é tipo caldo para se beber?
Na primeira refeição que lá fizemos, num restaurante pequenino, uma tajine de frango eram 4,5€ e estava excelente, assim como o couscous de vegetais.
Depois, jantámos uma vez umas pizzas no Cafe de France - tem uma vista linda sobre a praça e ficou por volta de 14€/pessoa.
Marraquexe está cheio de restaurantes da moda giros e, claro, também mais caros, acima dos 25€/pessoa. Experimentámos dois: o Nomad (comida e serviços muito bons, além de ter um terraço com luzinhas e um ambiente especial) e o Le Salama, tudo delicioso (o peixe era incrível) e num ambiente muito giro, com dança do ventre, plantas por todo o lado e até no tecto e um serviço muito bom. Foi o meu preferido, ideal para um jantar que queiram mais compostinho, romântico ou de aniversário. Ou de amigas, claro ;)


Se a ideia for não gastar muito em refeições, também conseguem, claro, mas achei os preços bastante próximos aos de cá.  

OUTRAS DICAS:

- Trocámos euros por dirhams no aeroporto de Marraquexe, logo à chegada

- Deram-nos logo no aeroporto um cartão SIM da Marroc Telecom, que carregámos com 50DH (+5€) para 5GB, para dividir por todas (a Raquel levou um daqueles aparelhometros wifi-não-sei-o-nome). Também encontram cartões à venda em lojinhas. Atenção que para os gigas ficarem todo disponíveis têm de pôr o código e *3 - leiam bem as instruções. O recepcionista do Riad ajudou-nos com isso).

- A app MAPS.ME é fundamental para termos acesso aos mapas offline

- A app Splitwise dá imenso jeito para ir dividindo despesas, sem termos de estar, a cada almoço/jantar, a contar trocos - assim ficamos a saber quem gasta o quê e no final ajustamos contas

- Regatear faz parte, é cultural. Eu sou a pior pessoa do mundo para o fazer e cheguei a estragar negócios a amigas por não saber fechar a matraca - quase me queriam fechar no Riad LOL -, mas a verdade é que, se o preço não estiver marcado, o valor que vos dão NUNCA é o valor final, normalmente é o dobro do final. A ideia é descer para mais de metade, para acertarem pela metade, pelo menos. Se comprarem mais coisas então no mesmo espaço, é para descer para bem mais de metade. Mas não me peçam técnicas, não consigo e prefiro peço desculpa por existir. Boa tarde.

- Se quiserem tirar fotografias a lojas, a barraquinhas de sumo, a pessoas seja em que circunstância for, têm de perguntar sempre antes e prepararem-se para pagar (aconteceu-me filmar um bocadinho de um espectáculo de rua, público, e ter logo a seguir os artistas a exigirem dinheiro). Faz parte por lá também. 

- Fomos no mês mais quente, em agosto, (chegámos a apanhar 50 graus, mas eu era a única das 4 a queixar-me, não devia estar assim tão mau LOL), por isso, caso sejam loucas como nós, é levar chapéu, comprar águas a cada esquina, beber suminhos de laranja (arrisquei no gelo, mas já estava por tudo - e correu bem) e a levar roupa e calçado confortável. Andei sempre com as mesmas xanatas, as que já sei que são confortáveis, sempre. Roupa fresca.

- Há imensas excursões possíveis para conhecer outros pontos de Marrocos. Optámos por uma viagem de dois dias (para lá demorámos 12 horas de bus) até ao "deserto", em Zagora. Está entre aspas porque eram duas dunas, basicamente. Tendo estado já no deserto dos Emirados Árabes Unidos, foi uma anedota. Não gostámos muito do acampamento, nem da comida, nem do espectáculo berbere (claramente nada muito talentoso e pouco preparado).
Valeu - apenas - pela passagem em Ait Ben Haddou, património da Unesco, fundada no ano de 757, onde filmaram dezenas de filmes e séries (no Game of Thrones, é um dos cenários) e que é absolutamente fantástica. Aprendemos coisas muito giras com o guia, o Ibrahim, como o facto de as casas terem 4 torres, uma para cada uma das 4 mulheres do homem da casa (kashbahs). Vimos como faziam as pinturas e tivemos tempo para percorrer tudo até lá acima e ainda beber  um chá ou uma água dentro de uma daquelas casinhas de barro. Aprendemos sobre a vegetação e sobre o rio que por lá passa.
Outra localidade interessante por onde passámos foi Ourzazate, onde nos serviram um chá e fomos a uma loja ver confeccionar tapetes (um projecto giro onde apoiam mulheres) - aprendemos as diferenças entre os de lã, fibra de cacto, camelo, etc e ainda vimos como construíam as casas, com palha e barro; comprámos chá e especiarias numa loja local; e apanhámos chuva, abençoada.
Fomos 6 dias e uma manhã, se fosse agora, teria talvez escolhido uma excursão só de um dia (sem deserto) e teria ido conhecer outras coisas em Marraquexe.

Notas finais (e agora senti-me à secretária da faculdade, numa frequência):
Adorámos Marraquexe. Adorei a comida, os mercados, o ambiente. Gostei imenso de ter ido com amigas e adorava fazer todos os anos uma viagem com elas. Rimo-nos muito, foi muito bom. Mas este é um destino excelente para ir a dois também e - fizeram-me várias vezes esta pergunta no instagram - em família também. As minhas filhas teriam adorado. Iam achar que estavam no filme do Aladdin o tempo todo. Caso eles não alinhem em comida mais condimentada, há imensas opções com carbonaras, pizzas, hamburgueres, saladas. O ambiente é seguro, simpático. E não fica uma viagem cara (só se se estragarem muito em compras).

Alguém a pensar ir?


[Tenho mais dicas e vídeos nos meus stories aqui]


9.15.2019

Que Joana vai ganhar no jogo das 5 perguntas?

Quem será... será.... ... ... Façam as vossas apostas!



Muito provavelmente acertaram na pessoa que vai ganhar. Não intereeeesa! O que interessa é participar ;) Querem experimentar fazer o mesmo com as vossas amigas? ;) Pode ser giro! Pelo menos lembram-se de mais coisas para falar da VOSSA vida, ahah.




Subscrevam o canal, comentem, façam like que todos os domingos há um vídeo novo para vocês, yes?

 




Aproveito para vos dizer que ontem saiu o segundo episódio do nosso podcast "a Mãe é que sabe" em que falamos de tudo menos de maternidade - só para desenjoar um bocadinho. Está disponível no Spotify, SoundCloud, Apple Podcastas e Anchor FM. Aproveitem para fazer boas reviews que, como ainda é novo, a Apple ainda está a ver se vale a pena ou não ;)





Para além disso,se conhecerem marcas que estejam interessadas em entrar no nosso projecto de ajudar mães nas primeiras fases mais difíceis de ter um bebé, falem connosco através do e-mail amaeequesabeblog@gmail.com. Ok?

9.13.2019

"Se não lhe bato, faço o quê?"

Ontem, a meio de uma conversa lembrei-me de um grande desafio que tive de ultrapassar com a Irene. Inexplicavelmente (ainda que a nossa cabeça consiga arranjar milhares de explicações, claro), houve uma fase em que perante qualquer contratempo que mexesse mais com o meu ego, cansaço e insegurança, o meu instinto era levantar a mão à Irene. 

Ela não me obedecer, ela não fazer o que eu precisava, não reconhecer o meu esforço, os meus sacrifícios deixavam-me muito frustrada. E, infelizmente, a minha falta de ferramentas e a minha falta de capacidade momentânea para arranjar ferramentas pareciam deixar-me num beco. 

"Se não lhe bato, faço o quê?"

Tenho a "sorte" de ter recebido algumas palmadas e muitos gritos. E fiz o exercício de voltar atrás e rever o que isso me fazia sentir. O quanto me sentia incompreendida, sozinha e menos amparada por quem precisava mais que me amparasse. 

Aí prometi. Lembro-me de já ter prometido quando era mais nova a não ser assim. Mas voltei a prometer agora mais crescida. Vou mesmo dar a força que sinto que me resta (vamos sempre buscar mais) e dar-lhe tudo o que tenho para não levantar a mão e arranjar alternativas.


Isso implicou ler. Implicou chorar. Muita frustração. Ouvir muitas opiniões que me "deixavam" insegura. O "deixavam" está assim escrito porque os comentários só deixam alguém inseguro se essa pessoa já estiver, aumentam a insegurança. Quem está verdadeiramente confiante não se deixa abalar. Ainda que isso possa ser uma utopia. 

Ajudou-me ver a Irene como uma mini-eu. Bem sei que esta projecção poderá não ser saudável se estendida a um campo maior, mas ajudou-me a vê-la. Como pessoa, como mini pessoa que está a ir buscar em mim o significado da maioria das palavras e, acima de tudo, o do amor. 

Apercebi-me que a maneira como a ajudo a resolver os conflitos ou como lido com as explosões de frustração dela, de cansaço e de tudo o resto, é como mais tarde ela poderá vir a resolver com os seus filhos ou até como agora poderá lidar com os colegas ou até comigo. 

No início finge-se (mal e porcamente) a empatia. A voz fica hipnótica e sentia-me falsa, a representar. Porém a dinâmica mudou (temos vindo a crescer) e a empatia sai-me do coração. Consigo ouvi-la e vê-la. Já não se trata de paciência, mas de carinho. 

Não vejo os obstáculos como algo pessoal, mas sim como um desafio e até uma oportunidade para ensinar ou sugerir aquilo que considero melhor. Sendo que o "melhor" é o que lhe traga mais felicidade agora e depois e também aos que a rodeiam. 

Estou a focar-me em criar um ser humano bonito, ainda que venha a falhar. 

Queria só deixar uma palavra de incentivo a todas as mães (e pais) cujo o primeiro instinto também tenha sido ou ainda seja o de levantar a mão que é possível guardá-lo no bolso e ficar com os braços livres para abraçar. É uma mudança lenta, feia, mas com um final muito feliz e um crescimento muito grande. 

A relação muda e faz bem a todos.

Se acharem por bem, partilhem pelos vossos amigos ou familiares que notem que têm a mão mais rápida, pode ser que ganhem fé em si e na mudança porque é possível (e necessário). 

Um beijinho e bom fim-de-semana, já agora ;)





Aproveito para vos dizer que ontem saiu o segundo episódio do nosso podcast "a Mãe é que sabe" em que falamos de tudo menos de maternidade - só para desenjoar um bocadinho. Está disponível no Spotify, SoundCloud, Apple Podcastas e Anchor FM. Aproveitem para fazer boas reviews que, como ainda é novo, a Apple ainda está a ver se vale a pena ou não ;)




Além disso, esta semana (tal como todos os Domingos), publicamos um novo vídeo, este sobre as 5 piores coisas da gravidez. Já subscreveram o canal? ;)




Para além disso,se conhecerem marcas que estejam interessadas em entrar no nosso projecto de ajudar mães nas primeiras fases mais difíceis de ter um bebé, falem connosco através do e-mail amaeequesabeblog@gmail.com. Ok?

9.10.2019

Vocês lembram-se do bullying na escola?

No outro dia, a passear pelo instagram - faço-o mais do que gostaria, ainda que tenha um lembrete de quando passaram 15 minutos no total - dei com uma publicação de uma comediante sobre o bullying e o regresso às aulas. 

Reparo que os "crescidos" estão sempre a dizer para "aproveitarem agora porque depois só vais ter saudades porque vai haver muitas responsabilidades", etc, mas que isso não nos faça esquecer do quão difícil foi para nós ou para outros miúdos que andaram na escola connosco. 

Já falei sobre bullying num post anterior em que um pai, por a rapariga ter sido bully na escola, a obrigou a ir a pé até à mesma (não era só assim a história), filmando-a. Aí podem saber melhor a minha opinião que empatizo com todos os lugares da dinâmica, achando que se pode resolver a médio longo prazo com atenção, amor, disponibilidade e não com castigos e afins. Mas obviamente que não vi e não vivi tudo. Talvez se fosse professora de determinados alunos mudasse de opinião, não sei. Duvido, mas não sei. 

Aproveito para vos falar desta série que ou já viram ou já evitaram ver mas que além de talvez nos relembrar determinadas coisas do liceu, que nos relembra a olhar mais para o outro para o perceber e fugirmos da dicotomia fácil da etiquetação primária de "bom ou mau" - 13 Reasons Why. 

A Irene está numa turma mista e no ano passado era das mais novas. Este ano é das mais velhas e está muito feliz com isso. Quando lhe relembrei disso pela primeira vez, os olhos dela iluminaram-se e o peito encheu-se de orgulho. Foi tão bonito de ver. "Já sei como vou motivá-la para ir para as aulas, que bom", pensei.

Depois, quando li esta publicação que a Sarah Silverman fez repost...



E pus-me a pensar: é bom que ela esteja orgulhosa, mas o ano passado dela foi complicado. Havia algumas raparigas que, como é expectável, algumas vezes sacavam dos galões (penso sempre em galos grandes) para impôr respeito ou território com essa cartada. Tentei relembrar-lhe do que sentiu e em vez de apenas lhe puxar a vaidade de ser das mais velhas, fazê-la lembrar-se da responsabilidade que isso traz e do quanto ela pode mudar a sensação dos meninos novos da sala, para que nenhum sinta o que ela sentiu no ano anterior.  

Isto porquê? Eu sei que a minha filha é um amor. Obviamente que é a miúda mais amorosa do mundo, mas este tipo de comportamentos são expectáveis e, até algum ponto, necessários. Às vezes é necessário que imponham respeito, ganhem espaço ou metam medo, tem que ser. Mas que o seja de forma aceitável e pertinente. Neste caso, quando ela o fizer, vai pensar duas vezes, espero. Vai perceber o que está a fazer e talvez ver na cara de quem o está a ouvir, o que lhe está a provocar. 

A Irene pode ser bully. Todos somos às vezes ou fomos ou vamos ser, mas nada como tentar passar-lhe o que seria mais acertado. 

Começar de pequenos. Estão comigo? 



Aproveito para vos relembrar que agora também temos um podcast (em que falamos de tudo menos de maternidade) e que já está disponível nos Podcasts Apple, Anchor FM, SoundCloud e aqui, no Spotify:


Para além disso, temos também um vídeo novo sobre as 5 piores coisas da gravidez, já viram?


Subscrevam o nosso canal e, já agora, último lembrete de hoje:

continuam abertas as inscrições de marcas para a segunda vaga do projecto “a Mãe é que sabe ajudar”, um projecto que visa ajudar mães nos primeiros momentos mais desafiantes da maternidade, oferecendo tempo e prendas úteis. Enviem-nós um e-mail para amaeequeasabeblog@gmail.com que responderemos com os detalhes de participação. Para já fechamos um parceiro repetente, a AEG com mais 1500€ em electrodomésticos e mais uma marca de automóveis que vai emprestar um carro familiar óptimo durante uma semana com o depósito cheio. Passem a palavra a amigas e amigos vossos que trabalhem em sítios interessantes e bora lá 💪🏻.