Pois bem, todas nós (a grande maioria, vá) das mulheres já passou, passa atualmente ou irá passar um dia esta maravilhosa fase da vida que é a maternidade, mais nos vale saber de tudo e encarar tudo com a maior naturalidade. Se possível, rir-nos dos momentos mais estranhos ou sensíveis. No fundo, não levar isto demasiado a sério e não se desfazer em ranhos porque, para nós, ser mãe não é tão bonito e glamoroso como se lê na maioria dos livros ou se vê nos mais bonitos e delicados blogues.
A minha gravidez foi um mar de rosas, eu fui aquela grávida que evangeliza todas à sua volta para fazerem o mesmo! Relatada por mim, a gravidez era o tal estado maravilhoso, em que inchamos um pouco, mas estamos lindas de morrer, porque estamos a fabricar um ser fofinho. Tiramos fotos lindas, e mesmo que não estejamos muito bem, não faz mal, porque toda a gente vai adorar e dizer que estamos super bem e vamos ter mil likes onde quer que publiquemos a foto.
No meu caso, como vivo em Edimburgo, na Escócia, era ainda mais fácil de fazer a todos os amigos em Portugal acreditar que era tudo lindo e maravilhoso.
E a verdade é que era.
Enjoos? Nada.
Pés inchados? Nunca tive.
Aumento de apetite? Também não (mas não quero que me odeiem já. Nunca fui magra e no meu caso a barriga fofinha a quem sempre carinhosamente chamei de pipo, até serviu para me disfarçar aquelas gordurinhas típicas da zona lombar. Pneu! )
A única coisa que tinha eram de facto, algumas dores de costas, mas convenhamos, temos uma mini pessoa a levedar dentro do nosso corpo! Acho que é o mínimo que temos que sentir!
Tudo corria realmente impecável, até ao dia em que completei 27 semanas (6 meses em tempo de gente normal).
Estava no sofá com o marido, depois de decidirmos faltar a uma festa de aniversário em prol de um documentário sobre o 11 de Setembro (foi a 13 de Setembro) quando senti que se me escapava algo líquido.
“JÁ?” –pensei eu, lembrando alguns textos lindos sobre perder o controlo dos músculos vaginais ao espirrar ou tossir no final da gravidez. Era um pouco cedo, mas se calhar já estaria em tal estado cachalote que já não me segurava.
Discretamente me levantei (tão discreta quanto pode ser uma pessoa redonda, em modo pino de bowling) e fui ao quarto de banho, não querendo por nada deste mundo partilhar tão belo momento com o marido.
Sento-me de novo e de novo um pequeno geiser. Neste momento a minha vontade de chorar já era bastante, mas controlei-me pois visto estar a perder liquido por outros meios, estava obviamente preocupada com uma desidratação.
A verdade é que o controlo de choro de uma grávida é tão resistente como um guarda chuva dos pequenos num dia de vento extremo. Virou.
Lembro-me de, entre baba e ranho, divagar sobre como iria conseguir sair de casa nos três meses que faltavam, naquele estado de incontinência grave. O marido, coitado, tentava de tudo para me acalmar. Em vão, claro está!
Preparamo-nos para ir ao hospital, e nos entretantos, eu já tinha molhado dois pijamas, umas calças de ganga e ensopado duas toalhas de banho. Das grandes.
A verdade é que aos 6 meses de gravidez, rebentaram-me as águas. Nem queria acreditar no que diziam os médicos e enfermeiros. Foi o maior susto das nossas vidas e estávamos sozinhos, noutro país.
Não foi fácil, mas correu tudo bem! Acho que nestas situações o melhor é seguir em frente e ter esperança!
O bebé era pequenino, mas estava bem e felizmente não achou que era hora de nascer. Fiquei de repouso e aguentamos assim mais um mês.
Fiz tricot para me entreter, apesar de não me ter entretido muito, pois a única peça que teve vida não serve nem para cachecol do puto. E olhem que o puto é bem pequeno!
Aos 7 meses (ou 31 semanas) nasceu o Vasco, com 1,530kg e uns bons 38cm. Um pequeno campeão.
Apesar de todo o perigo inerente a esta situação, ele esteve 1 dia no ventilador (apenas 1, ainda há quem não acredite), 15 dias na incubadora e 24 na Unidade Neonatal.
Até agora, não teve problema nenhum e é um bebé relativamente calminho e bastante fofinho.
Tem olhos azuis, o que é estranho pois nem eu nem o pai dele os tem, e começa agora, depois dos 3 meses, a ficar um pequeno buda e a encher os refegos das pernas, como se quer!
É uma alegria passear com ele na rua, e explicar que não, ele não acabou de nascer e sua mãe inconsciente anda já a arrastá-lo pelo frio escocês. É sim, um prematuro de 3 meses e meio que até nunca esteve doente. É só mais compacto que o normal, uma pocket version.
Ou então às tantas digo que sim, nasceu há duas semanas e eu é que já recuperei dos 15kg que ganhei.
Era capaz de não fazer muitas amizades!!!
A minha gravidez foi um mar de rosas, eu fui aquela grávida que evangeliza todas à sua volta para fazerem o mesmo! Relatada por mim, a gravidez era o tal estado maravilhoso, em que inchamos um pouco, mas estamos lindas de morrer, porque estamos a fabricar um ser fofinho. Tiramos fotos lindas, e mesmo que não estejamos muito bem, não faz mal, porque toda a gente vai adorar e dizer que estamos super bem e vamos ter mil likes onde quer que publiquemos a foto.
No meu caso, como vivo em Edimburgo, na Escócia, era ainda mais fácil de fazer a todos os amigos em Portugal acreditar que era tudo lindo e maravilhoso.
E a verdade é que era.
Enjoos? Nada.
Pés inchados? Nunca tive.
Aumento de apetite? Também não (mas não quero que me odeiem já. Nunca fui magra e no meu caso a barriga fofinha a quem sempre carinhosamente chamei de pipo, até serviu para me disfarçar aquelas gordurinhas típicas da zona lombar. Pneu! )
A única coisa que tinha eram de facto, algumas dores de costas, mas convenhamos, temos uma mini pessoa a levedar dentro do nosso corpo! Acho que é o mínimo que temos que sentir!
Tudo corria realmente impecável, até ao dia em que completei 27 semanas (6 meses em tempo de gente normal).
Estava no sofá com o marido, depois de decidirmos faltar a uma festa de aniversário em prol de um documentário sobre o 11 de Setembro (foi a 13 de Setembro) quando senti que se me escapava algo líquido.
“JÁ?” –pensei eu, lembrando alguns textos lindos sobre perder o controlo dos músculos vaginais ao espirrar ou tossir no final da gravidez. Era um pouco cedo, mas se calhar já estaria em tal estado cachalote que já não me segurava.
Discretamente me levantei (tão discreta quanto pode ser uma pessoa redonda, em modo pino de bowling) e fui ao quarto de banho, não querendo por nada deste mundo partilhar tão belo momento com o marido.
Sento-me de novo e de novo um pequeno geiser. Neste momento a minha vontade de chorar já era bastante, mas controlei-me pois visto estar a perder liquido por outros meios, estava obviamente preocupada com uma desidratação.
A verdade é que o controlo de choro de uma grávida é tão resistente como um guarda chuva dos pequenos num dia de vento extremo. Virou.
Lembro-me de, entre baba e ranho, divagar sobre como iria conseguir sair de casa nos três meses que faltavam, naquele estado de incontinência grave. O marido, coitado, tentava de tudo para me acalmar. Em vão, claro está!
Preparamo-nos para ir ao hospital, e nos entretantos, eu já tinha molhado dois pijamas, umas calças de ganga e ensopado duas toalhas de banho. Das grandes.
A verdade é que aos 6 meses de gravidez, rebentaram-me as águas. Nem queria acreditar no que diziam os médicos e enfermeiros. Foi o maior susto das nossas vidas e estávamos sozinhos, noutro país.
Não foi fácil, mas correu tudo bem! Acho que nestas situações o melhor é seguir em frente e ter esperança!
O bebé era pequenino, mas estava bem e felizmente não achou que era hora de nascer. Fiquei de repouso e aguentamos assim mais um mês.
Fiz tricot para me entreter, apesar de não me ter entretido muito, pois a única peça que teve vida não serve nem para cachecol do puto. E olhem que o puto é bem pequeno!
Aos 7 meses (ou 31 semanas) nasceu o Vasco, com 1,530kg e uns bons 38cm. Um pequeno campeão.
Apesar de todo o perigo inerente a esta situação, ele esteve 1 dia no ventilador (apenas 1, ainda há quem não acredite), 15 dias na incubadora e 24 na Unidade Neonatal.
Até agora, não teve problema nenhum e é um bebé relativamente calminho e bastante fofinho.
Tem olhos azuis, o que é estranho pois nem eu nem o pai dele os tem, e começa agora, depois dos 3 meses, a ficar um pequeno buda e a encher os refegos das pernas, como se quer!
É uma alegria passear com ele na rua, e explicar que não, ele não acabou de nascer e sua mãe inconsciente anda já a arrastá-lo pelo frio escocês. É sim, um prematuro de 3 meses e meio que até nunca esteve doente. É só mais compacto que o normal, uma pocket version.
Ou então às tantas digo que sim, nasceu há duas semanas e eu é que já recuperei dos 15kg que ganhei.
Era capaz de não fazer muitas amizades!!!
Elsa Maria Gomes
mãe do Vasco
mãe do Vasco