1.14.2018

Os perigos da SuperNanny, da SIC

Hoje ficámos a conhecer a Margarida e a mãe e a avó da Margarida. A Margarida tem uma atitude tirana perante a mãe. A Margarida bate e faz birras. A mãe da Margarida não tem autoridade nem é consistente. Palavras usadas no programa, SuperNanny, no qual uma psicóloga vai a casa desta família ajudá-las a controlar a rebeldia da filha e a superar esta crise. 

Este programa tem problemas. Muitos, diria.

1) A exposição de crianças em situações frágeis. Custa-me imaginar as repercussões que este episódio poderá ter na vida desta criança. "Ah! Mas ajudou-a." Tenho as minhas dúvidas. O programa é um reality show, não é um documentário, um estudo científico, uma reportagem. É encenado. Nos momentos de "birra", os tambores rufam. Nos momentos de serenidade, vem a pianada. É um programa de televisão, é uma história. Além disso, o que dirão os colegas da Margarida amanhã na escola? Ou daqui a uns anos, se lhe quiserem fazer bullying? Preocupa-me. Preocupa-me a auto-percepção com que a Margarida fica de si.

2) Os conselhos da SuperNanny. Gostei de ver que não recomenda a palmada, em situação alguma. De resto, pouco mais consegui aproveitar. Não concordo com o canto do castigo (ou da reflexão ou que outro eufemismo lhe derem). Não concordo com as recompensas. Não concordo com muitas das avaliações ali feitas, as expressões usadas. Achei que ficou tudo muito pela rama (e ainda bem, não queria saber mais da intimidade desta família escarrapachada num programa de televisão). As técnicas e a consistência simplesmente alicerçadas na ordem e na obediência, com a ajuda de castigos e recompensas. Ali o que é importante é acabar com alguns comportamentos, repor a ordem, mas sem uma visão a longo prazo. E mais, sem o entendimento e análise das principais razões para os comportamentos. Sem um processo que assente na dignidade da criança.

3) Vamos continuar a veicular, nos meios de comunicação social, esta forma de educação, que vê as crianças como animais a domesticar, a todo o custo, de forma behaviourista, para instaurar a calma, mas sem reflectirmos sobre os processos e sem vermos que poderá haver outras formas de chegar a bons resultados, sem rotularmos as crianças como "tiranas" e os pais como "soberanos", que estão a falhar e a ser permissivos. Há outras formas de lhes transmitir regras, mas sem que eles se esqueçam que os amamos incondicionalmente.

"Esse tipo de programa eleva a arte de manipular os espectadores para um nível nunca antes imaginado. Para começar, a escolha de crianças incrivelmente “mal-comportadas” dá-nos um certo sentimento de sucesso: “Pelo menos meus filhos – e minha capacidade enquanto pai ou mãe – não são tão maus!” Indo directo ao ponto, estas famílias problemáticas fazem-nos torcer por soluções totalitárias. Qualquer coisa para acabar com o tumulto." Alfie Kohn
Este artigo sobre o programa americano está muito bom. 

Leiam sobre disciplina positiva, caso se interessem, leiam sobre parentalidade consciente, e espalhem amor, muito amor (e regras e disciplina, que nada disto tem a ver com ser permissivo). 




 O que acharam?

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107 comentários:

  1. Boa noite, concordo plenamente consigo.....quando vi a parte do castigo no banco, num cantinho até começei a ficar incomodada.....como é possivel que tratem as crianças com esta frieza? Tem de haver conexão entre mãe e filha....é isso que está a falhar.... quem preciaa de ajuda é aquela mãe para se conseuir conectar com a filha e tudo irá fluir. Marta

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  2. Boa noite, concordo plenamente consigo.....quando vi a parte do castigo no banco, num cantinho até começei a ficar incomodada.....como é possivel que tratem as crianças com esta frieza? Tem de haver conexão entre mãe e filha....é isso que está a falhar.... quem preciaa de ajuda é aquela mãe para se conseuir conectar com a filha e tudo irá fluir. Marta

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  3. Este programa é medonho! Pior que a criança ter ou não regras é os adultos não a respeitarem!

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    1. os adultos falham muito e é de louvar também exporem-se para serem ajudados e servir de ajuda e exemplo para outros pais. se acha este medonho deveria ver o Hermano maior na espanhola.

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    2. Este programa existiu em frança durante muitos anos e sinceramente não vejo qualquer problema, portugal é um país muito atrasadinho das ideias infelizmente.. acho que as crianças cada vez tem menos educação, a única coisa que sensuro é que a margarida em relação a episódios franceses que vi, não era um caso que precisasse assim tanto de intervenção... quanto à mãe e à exposição da sua família acho que cada um decide o que quer da sua vida e ninguém tem nada a ver com isso... quanto ao programa e a tidas as críticas que se leem aqui, só tenho a dizer que cada um de vós vai continuar a ver este programa "secretamente" e com um certo prazer, não duvido nem um segundo disto.. porque no fundo é disto que o povo português gosta! Saber da vida dos outros, e se a vida dos outros for pior que a nossa e pudermos assistir... que maravilha! Com isto quero eu dizer que no fundo isto é só hipocritas, pedir ajuda não tem problema nenhum ! Comer e calar sim! tem problema.. se a minha mãe tivesse tido umas dicas de alguem acreditem que teria feito muito menos disparates na minha vida, felizmente sempre fomos duas pessoas muito fortes e inteligentes que aprenderam depressa com os erros e hoje em dia depois de muitas dificuldades sei ver o que ela sofreu para me fazer como sou hoje e se tivesse tido ajuda talvez não teria sofrido nem metade!

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    3. Mesmo que todos os países do mundo tivessem este Programa não me importaria nada de sermos diferentes, porque seríamos corretos! O princípio/base de "toda" a intervenção manifestada pela SuperNanny é errada (exposição da criança e sua família), logo o Programa não tem razão de existir; tudo o que se passa ali "cai por terra" e infelizmente ao cair por "terra" pode causar grandes danos à criança e adolescentes!!!!

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    4. Ao idiota da resposta de 17 Janeiro:atrasadinho é aceitar programas destes que não fazem nada além de produzir dinheiro. É um reality show, com psicólogas da treta, que não vão assistir a criança durante nem um décimo do tempo necessário para ter qualquer tipo de efeito positive e que dure.
      E dizer que é "a escolha de cada um" é uma afirmação de uma estupidez tremenda. Nem um único dos putos permitiu ser filmado e exposto a milhões de idiotas neste país.

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  4. Não vi o programa... Portanto estou a comentar baseado no post.

    Concordo plenamente com o primeiro ponto... É mau expor a vida da criança num reality show e poderá trazer consequências negativas.

    Por outro lado, parece-me que é importante que as crianças que ha atitudes boas e más... Que as boas trazem consequências positivas e AA más consequências negativas... Como tudo na vida!
    Parece-me que castigar às vezes é preciso e recompensar bons comportamentos também. Se não os castigarmos agora, às vezes, quando é necessário, a vida vai encarregar-se de o fazer, mais cedo ou mais tarde...

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    1. Exactamente. A vida encarrega-se de o fazer, o que é muito mais saudável, natural e pedagógico do que castigos artificiais, que as crianças reconhecem à distância como tal. Para isto, acho muito importante não sobre-proteger as crianças nas pequenas coisas e interferir o menos possível em geral (sempre atento, claro!). Elas aprendem bem e depressa quando deixamos as coisas correr o seu curso natural, o que devemos fazer sempre que possível! As crianças são muito mais inteligentes e lógicas do que a maior parte das pessoas pensa, e de longe mais observadoras que a maior parte dos adultos, que normalmente já perderam essa capacidade e desenvolveram "filtros" para a realidade. As crianças ainda estão na fase do "aprender por observação", é uma programação evolutiva (monkey sees, monkey does...) Por isso é que o "olha para o que eu digo, não para o que eu faço" não funciona nunca com crianças; por outro lado, não é preciso ensinar-lhes muita coisa; eles aprendem sozinhos.

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    2. Sempre ouvi dizer, é de pequenino que se torce o pepino. Se não tiver um pouco de autoridade e diálogo... Porque por vezes é o que falta. Proibir, mas explicando o porquê da proibição. Cheguei a dar umas palmadas, mas depois falava ou seja relembra a o que eles fizeram é lhe dizia o porquê. Por vezes essa palmada me doía mais a mim que a eles. Mas na hora certa é melhor que pão pra boca. Agora fazer birra é depois os pais acabarem por lhe fazer a vontade... É que fazem mal. Eles são muito inteligentes para de repente se apercebem. Daí se dizer... É melhor um pai bom? Ou um bom pai. Parece igual?? Mas não é. ����

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    3. Inês "concordo" consigo...para quê castigar uma criança quando rouba uma pastilha se um dia mais tarde a vida se encarrega de o fazer...ser presa por um assalto...por exemplo!!! Para quê "castigos artificiais"???? Devemos interferir o menos possível??? Não sei se percebi o que quiz dizer...

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    4. Mmm, talvez não... Vou tentar explicar melhor, continuando com o exemplo da pastilha. Uma criança está no supermercado, pega numa pastilha e mete-a no bolso, mas sem intenção de roubar (crianças pequenas não têm ainda sentido de propriedade). Chegamos a casa e vemos o que aconteceu. Explicamos à criança que não podemos fazer isso, porquê, e vamos com ela devolver a pastilha (pessoalmente, eu ainda lhe compraria a pastilha, e deixava-a pagar, para ela perceber como conseguir uma pastilha quando quisesse uma. Mas isto é baseado na personalidade do meu filho e portanto seria a nossa solução, absolutamente individual). Provavelmente isto repetir-se-ia algumas vezes, mas isso é normal. Eu não a castigaria artificialmente, com time out ou ralhar ou o que fosse. O castigo é natural, é não poder ter a pastilha que ela obviamente queria. E no meu caso, eu ajudaria a comprar a pastilha para reforçar a regra (social e estabelecida): se tiramos perdemos a coisa, se compramos podemos ficar com ela.

      É muito importante aqui notar que eu, como adulta, não estou a assumir que a criança roubou. Tenho de manter bem presente o estado de desenvolvimento da criança e o que ela é capaz de distinguir e perceber ou não. Uma criança de 10 anos que roubasse intencionalmente alguma coisa precisaria obviamente de uma abordagem diferente (e mesmo neste caso, sou contra o castigo "artificial" porque funciona a curto, mas raramente a longo prazo).

      A disciplina positiva implica um maior investimento de tempo e empatia pela parte do educador nos primeiros anos da criança do que a educação tradicional, isso é certo (exactamente, de pequenino é que se torce o pepino!). E utilizá-la desde o início é diferente de começar a utilizá-la com uma criança de, por exemplo, 5 anos que está familiarizada com outro sistema (não é impossível!). No entanto, contribui muito para o bom relacionamento entre criança e adulto, que é fundamental para o processo de aprendizagem da criança. E aprender é o que todas as crianças querem, isso é universal.
      Espero ter conseguido explicar melhor agora...

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  5. Acho que o seu comentário é excessivo e, psicologia positiva foi o que assistimos no programa... não se esqueça que isto é um programa, o que quer dizer que nem tudo passa! O que passa e o que interessa... e o canto do castigo chama-se cientificamente “time-out” que serve para a criança aprender a se auto-acalmar... e de seguida (como se viu) a figura parental vai lá conversar e perceber o que se passou com a criança... se realmente estudar a fundo parentalidade positiva vê que a Dra Teresa Paula Marques o ensinou e não se esqueça que não passou tudo! E as recompensas de que se falou são os “reforços positivos” e ela alertou para os “reforços negativos” só não lhes deu este nome pois os leigos não têm que os saber apenas têm de perceber os comportamentos...
    Do que disse concordo com a parte da exposição e consequências para a criança e até com a mãe.

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    1. A disciplina positiva não usa time outs, nem castigos nem recompensas. Eu não vi o programa pelo que não vou comentar, mas parece que continua a haver confusão sobre o que é a disciplina positiva. Não é permissividade nem é apenas ausência de palmadas. E certamente não é dizer que as crianças são tiranas ou que os pais são soberanos..

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    2. Reforço negativo não é o que as pessoas chamam de castigo. Um reforço negativo é tirar à criança algo que ela não gosta; o reforço positivo é dar à criança algo que ela gosta; o castigo é dar à criança algo que ela não gosta. Assim, vamos imaginar que a criança detesta comer sopa (não é um bom exemplo pois trata de alimentação, mas é só para ilustrar) - um reforço negativo seria "compensar" a criança, permitindo-lhe não comer a sopa.

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  6. Confesso que também não gostei e cheguei a sentir “vergonha alheia”... é demasiada exposição para as crianças e para os pais...

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  7. Discordo do ponto 3. Amar incondicionalmente nao implica que nao sejam repreendidos os maus comportamentos. É necessario para o ser humano saber ouvir a palavra Nao, e aprender a lidar com a negação e contrariedade das suas vontades caso contrario no futuro e ja enquanto adultos irao encarar todos os "naos" da vida com grande frustração.

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  8. Carol Fordelone2:24 da manhã

    Nossa, medonho. Ela não apoia o tautau mas apoia deixar uma criança aos berros fechada num quarto! Caatigar é bom pq a vida já vai fazer mts vezes? O que a vida faz chama-se ação e consequência. Então qdo uma criança suja alguma coisa, ela tem que limpar e não ficar "sem consola por uma semana" ou qq outra coisa que nada tenha a ver com o ocorrido e nem traga qualquer reflexão e aprendizado. Cantinho do pensamento? Pensar a gente pensa em qq lugar. Quem para de pensar já morreu! Cantinho do afeto é no colo, acolhimento, conversa, ajuda para aprender a entender os sentimentos. Ngm aprende a nadar qdo está se afogando! Primeiro a gente salva, depois ensina. Auto acalmar? Isso tem a ver com segurança, auto confiança, com capacidade de concentração, de reflexão... não tem nada a ver com uma criança se sentindo sozinha e obrigada a se acalmar pq se não fica ali no canto forever.
    Ui! A conversa aqui é loooonga!
    Obrigada Joana! Quando assisto a Super Nanny vejo a humaninade a dar um passo atrás. Quando leio o vosso blogue vejo a humanidade a dar um passo à frente. Jogo empatado, fico mais conformada. É vida que segue e eu sempre na torcida!

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  9. Mas onde andou ontem a comissão de proteção de menores?

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    1. Tem alguma noção do que é a CPCJ e dos casos em que intervém? O único motivo para a CPCJ intevir neste caso era proibir terminantemente este programa de continuar, para salvaguardar a criança (como deveria proibir muita coisa que se passa por essa internet "fora"), tudo o resto que se passou naquela casa, passa-se em todas as casas destes país - miúdos que fazem birras e pais que nem sempre têm a melhor solução - com a grande diferença que não nessas casas não há uma câmara apontada e a necessidade de editar um programa em horário nobre. Que toda a gente que está a dar à língua a dizer mal daquela mãe a morda e vá gasta o tempo a assinar uma petição para se acabar com este formato vergonhoso e humilhante para todos quantos dele fizeram parte.

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    2. https://www.dn.pt/media/interior/programa-supernanny-tem-elevado-risco-de-violar-direitos-das-criancas---comissao-de-menores-9048732.html

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    3. Andreia, a CPCJ deve intervir no sentido de retirar o programa do ar (reler comentário se necessário). Chamar a CPCJ a este caso com argumento que tenho lido por aí de “já vi filhos a serem retirados aos pais por menos” dá-me vómitos e uma vergonha imensa de partilhar mundo com gente que pensa assim.

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    4. A CPCJ também deveria intervir para proibir que se publique fotos de crianças no bacio, com o fato de banho enfiado no rabo, de pernas abertas a mostrar as cuecas.... Não me parece que a salvaguarda da crianças esteja garantida em muitas páginas desta internet.

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  10. Não vi o programa, mas acho tudo um horror expor-se assim a educação como se fosse um conjunto de regras e uma coisa linear. É tão mais que isso......
    Eu, que acho quase sempre que as Joanas são demasiado protectoras das crianças, neste caso concordo plenamente. O meu filho, por muito que o tente educar, faz birras, bate-nos, grita etc, e tenho vindo a aprender que muitas vezes não há muito a fazer, outras vezes ele so precisa de dose extra de atenção, etc. Não sou apologista de nenhuma metodologia especifica, até porque infelizmente já dei bastantes palmadas ao meu filho, e ele so tem 3 anos, ma shá situações em que não me controlo, infelizmente, pois sei que não leva a lado nenhum e depois sinto-me miservel. Mas também eu estou a aprender, e sinto que tenho vindo a melhorar com o tempo. De qualquer maneira, expor num programa a parentalidade, é absolutamente ridiculo.

    bjs

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  11. Não vi o programa porque me cheirou a lixo desde que vi a apresentação do mesmo. Não consigo perceber como pode "valer tudo" em nome das "santas audiências". Com base na apresentação pareceu-me demasiada exposição das crianças e quanto a mim sem razão. Onde está aqui o superior interesse da criança? Não sou seguidora de teorias elaboradas de como se deve educar. Sou atenta, procuro conhecer a minha filha, amo-a incondicionalmente, uso o instinto, umas vezes acerto outras erro, peço desculpa, aceito as desculpas. Com este processo baseado no instinto já sobrevivemos à infância. Estamos em modo "pré adolescência" em que passei a ser eu, a minha filha e as malditas hormonas. O método científico utilizado é o mesmo, o instinto! Mas se algum dia deixar de resultar certamente procurarei ajuda mas nunca com os contornos da usada neste programa.
    Beijinhos Joana

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  12. Bom dia Joana, assim que o li o post ri-me imenso... Lamento a comparação, mas como descreveu o programa fez-me lembrar uma versão mal conseguida daquele programa dos cães, em que o cavalheiro vai a casa das pessoas porque o bicho não se comporta como era suposto... Cada dia que passa, as pessoas ( nem todas claro!) têm cada vez mais necessidade de expor tudo em televisão. Beijinhos e continuação de bom dia.

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  13. Ola joana eu vivo na Espanha e esse programa ja deu aquí varias vezes. Sempre axei que era mentira e na minha opiniăo nao vejo como una criança pode mudar em tempo récord e com camaras e uma o máis pessoas estranhas en casa a dizerem aos país como teem de proceder com ela

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  14. Concordo em absoluto com o ponto 1. como concordo que a exposição excessiva das crianças na internet deveria ser regulada. Não estou a falar de colocar umas fotos no facebook/instagram para os amigos, mas se, por exemplo, me apetecer ver quando é que 5 ou 6 crianças filhas das mummy bloggers tiraram a fralda consigo essa info em 10 minutos e de bonus ainda vejo algumas fotos delas no penico ou na sanita. Não concordo com o ponto 2 e 3. Cada mãe e pai saberá que método quer usar para educar os seus filhos e não temos que enfiar disciplina/parentalidade positiva pela goela abaixo de todos os pais. Estou com grandes esperanças que o programa esteja fora da grelha na próxima semana.

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  15. Tantas teorias!!!! É por isso que temos crianças cada vez mais destruturadas emocionalmente. A minha máxima sempre foi: prefiro que eles chorem agora a ser eu a chorar mais tarde. Se o programa é encenação ou não, não sei dizer. Agora a senhora que escreveu o artigo vir para aqui por em causa uma profissional é muito rasteiro.

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    1. Então teve filhos para satisfazer unica e exclusivamente as SUAS necessidades? Não teria sido mais fácil, mais barato e menos moralmente questionável ter arranjado um hobby?

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    2. Concordo totalmente com este comentário. Além disso, ajuda outros pais que estejam a passar por situações semelhantes.

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    3. Anónimo das 15:45 mas alguem disse isso? Meu deus, está muito baralhado/a! Também concordo com o mais vale ser difícil agora do que criar monstrinhos!

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  16. Eu fico parva com o que aqui leio, quer pelas autoras quer pelos comentadores. Depois ficam chocadas por ouvir chamar "tiranas" às crianças. Continuem assim por favor porque realmente é lindo ver as crianças a bater aos pais, a empurra-los e a chamar-lhes nomes. Continuem.

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    1. Também acho muito mais bonito ver crianças de menos de 3 anos a apanharem palmadas, empurrões, chapadas na cara, a serem fechadas em quartos escuros a berrar até perderem as forças, a serem levadas pelos cabelos qdo fazem birras em público, a serem humilhadas pelos pais, e finalmente a ficarem cheias de medo dos pais, a fazerem tudo o que não podem pela calada, porque desde que não sejam apanhadas.. tornam-se depois os adultos que fogem à todas as leis e autoridades (desde que não sejam apanhados, tudo ok), despejam os pais e avós em lares esquecidos, ou então dao-lhes umas palmadas para não se armarem em exigentes. Parece absurdo!? Pois, dizer que as crianças que são educadas com disciplina positiva andam a espancar os pais e a mandar neles é igualmente absurdo.

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    2. Tenho mesmo muito medo das crianças futuras. Alias, ainda hoje se viu a Joana Gama no instagram a ensinar à filha as letras do abecedário, uma miúda com 4 anos já sabe as letras todas, será isto assim tão pedagógico? Será necessário uma criança tão nova ter de aprender estas coisas? Tratam as crianças como se fossem adultos, e deixam nas dominar a vida dos pais.
      É muito fácil falar em disciplina positiva, mas isso no futuro terá consequências muito nefastas. Os filhos têm de aceitar a autoridade dos pais, não porque os pais são maus e querem que estes lhe façam as vontades, mas sim porque os pais querem e sabem o que é efectivamente melhor para os filhos.
      É muito fácil falar dos outros, mas as próprias autoras do blog que se expõem tanto também têm de fazer uma avaliação dos seus comportamentos e da exposição que fazem. Devemos ligar a alguma autoridade neste caso?

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    3. A Ana Nascimento cada vez que comenta neste blog dá-me arrepios. Deve viver num mundo muito estranho se não conhece nada entre aquilo que pratica e o que escreve no seu comentário.

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    4. Eu acho a palavra não essencial para estruturar as crianças. E, sim, já vi crianças com pais que teoricamente usam a parentalidade positiva e são adolescentes completamente descontrolados e sem respeito nenhum pelos outros assim como têm zero noção de limites.

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    5. Entre crianças serem arrastadas pelos cabelos (?!!!) e crianças baterem nos pais há um mundo!

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  17. O programa é muito triste!! Concordo essencialmente com a parte da exposição, que é totalmente incoerente com a suposta ajuda que o programa vai dar à família! A exposição daquela criança e família é injustificável e é o maior erro deste programa. Pelo menos a cara da miúda devia ter sido preservada de alguma forma, isto é violento e inadmissível! Houve alturas que me custou a ver e provavelmente não vejo mais nenhum programa destes, vi porque queria ter uma opinião com conhecimento de causa. Mas o que vimos foi uma criança completamente desorganizada por total ausência de regras e limites (é uma criança completamente NORMAL e isso vê-se. é fruto do contexto familiar e de anos sem regras) e no geral, achei que a intervenção era adequada à situação. Houve vários conceitos bem aplicados, o time out, o aviso, a consequência, o não uso da ameaça que não vamos concretizar, o elogio, a firmeza e consistência, e o reforço positivo com tabelas é algo que funciona muito bem e está cientificamente provado. Não gostei do presente material, era totalmente desnecessário. Mas acho que esta ajuda aos pais in loco (sem a parte da tv) era interessante estar disponível (que desconheço, pelo menos). Quando se está nesta roda livre, não pensem que é lendo livros que se chega lá. Esta mãe precisava mesmo de ajuda ou estava a adiar um problema. E obviamente, precisa de ajuda continuada, que não devia terminar no programa (outro aspeto preverso... provavelmente a super nanny não quer mais saber da miúda quando acabar o programa!!).
    Não esqueçam que as pessoas que escrevem e lêem este blogue não são o reflexo da maioria dos pais e mães e há conceitos mostrados que são totalmente estranhos para a maioria das pessoas, como aliás eram para esta mãe, uma pessoa que se vê que é relativamente diferenciada, que vive bem e que tem acesso a informação. E que, ainda assim, estava desesperada. A própria miúda estava desesperada por regras e limites que não tinha, era uma miúda pouco feliz na rotina do dia a dia com a mãe (e que se portava bem na escola...). Dar-lhe essas regras é amor. Isto é tão comum...não vamos diabolizar a miúda. De facto, como referido nesse comentário americano, o programa pode ter essa consequência perversa de acharmos que até temos sorte, porque os nossos se portam melhor.. mas se formos mesmo sinceras connosco, todas conhecemos mil margaridas bem perto de nós, sejam filhos, amigos, ou familiares.
    A parte de reflexão acerca do porquê do comportamento, eu penso que está à vista, é o reflexo da mãe, avó e tipo de família, e foi tocada (é verdade, pela rama, mas ainda bem, porque exposição já há que chegue) quando conversaram as duas, e uma sobre a outra. Tudo o resto, espero que fosse objeto de trabalho em sessões de psicoterapia com mãe e avó...
    Resumindo, o programa é medíocre e mau à partida, portanto ia ter sempre muitas críticas a merecer.

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  18. Só tenho a dizer que talvez àquela mãe precise mais de ajuda do que a criança, talvez um companheiro viesse ajudar as duas, mas isto é a minha opinião,baseada meramente no meu conceito familiar.Discordei nas palmadas,mas é lógico que num programa destes não se ia dar prioridade à bela da palmada,chamam—lhe violência,mas violência é a maneira como àquela criança insulta a mãe,como lhe bate e até como vimos quase a empurrou da escada... autoridade e amor duas coisas fundamentais no crescimento de um ser pequeno sem regras

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  19. Quando não havia tantos problemas com parentalidade positiva, não havia miúdos a bater nos pais, adolescentes a bater nos professores. A nossa sociedade está estruturada para o respeito pela autoridade. Quem não reconhece e não respeita a autoridade vai ter ou dar dissabores. Depois têm 20 e tal anos e não estudam nem trabalham porque não estão para aturar chefes a mandar neles. Convém lembrar que eles não são crianças para sempre, e querer que um dia sejam adultos estruturados, funcionais e integrados também é uma forma de amor incondicional. Não é andar à chapada, mas os pais são e devem ser a autoridade na infância. Porque a menos que venham a ser o presidente dos estados unidos, vão ter sempre, a vida inteira, alguém com autoridade sobre eles.

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    1. Finalmente um comentário de alguém que conhece a realidade em que vivemos e não anda com hipocrisias. Falam tanto na exposição da criança, mas muitas vezes são os próprios pais a expor as crianças nas redes sociais, a começar pelas bloggers, que com isso pretendem receber algum. Deviam trabalhar com os adolescentes de hoje que já não vinham para aqui com o discurso do politicamente correto. Existe tanto programa sem conteúdo nenhum (exemplo da casa dos segredos) e nunca nenhuma entidade relacionada com os direitos das pessoas veio interferir. O problema é que estamos nunca sociedade em que toda a gente fica melindrada se alguém dá um conselho ou faz uma critica construtiva, enfim. Por outro lado, uma coisa é ter se uma opinião sobre o programa outra diferente é estar a criticar o trabalho de uma profissional com experiência e conhecimento cientifico na matéria quando não se está no mesmo patamar. Sr. Anónimo das 11:50 apoio totalmente o que disse.

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    2. Clap Clap para este comentário!

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    3. Os dois melhores comentários que vi aqui.

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  20. Joana Monção, Leiga, não é propriamente uma palavra linda de se escrever dentro deste contexto. Está a apelidar todos os que viram o programa ou leram o que a sra escreveu,de ignorantes. Se a sra é tão entendida nesta matéria, queira ter a destreza de esclarecer.

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  21. Quis ver para ter opinião mas não consegui ver mais do que cinco minutos. A cara da Nanny quando havia birra.. a sério too much! Como é que uns pais se deixam expor assim e à vida de uma criança? Péssimo!

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  22. Olá Joana, também não gostei do que vi. Não concordo com o conteúdo do programa. Cada mãe/pai terá a sua opinião,mas não gostei.

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  23. Não concordando com este tipo de exposição, também é bom refletir sobre aquilo que dizemos, antes de atirar pedras ao vizinho... Expor as filhas num blog como vocês fazem, que apesar de em menor escala (porque isto não é um canal de TV, nem um programa a passar em horário nobre), também é exposição. Não falo só de fotos. Sigo o blog e gosto, não é isso que está em causa, mas só por o fazer também sei de informação sobre as vossas filhas que muito provavelmente só um círculo mais fechado das vossas relações devia ter....Os limites da exposição cabe aos pais e em situações extremas às autoridades competentes decidir, mas as repercussões para a vida das crianças existem em qualquer tipo de exposição!

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  24. Ahahahahah rir para não chorar! A psicóloga foi superponderada, apresentou soluções bastante pedagógicas, falou de uma maneira bastante calma, não a vi nunca a levantar a voz à criança, nem a trata-la mal. Aliás, este programa foi mais direccioando para a mãe e para a avó do que propriamente para a criança. Joana, diga-me então o que faria nesta situação? Ficaria a falar com a sua filha até à exaustão até que ela decidisse aceder ao seu pedido?
    Qual o mal de impor regras às crianças? Qual o mal de as motivar através de recompensas? Recompensas essas que seriam escolhidas pela mãe assim que a menina enchesse de carinhas aquele recipiente, algo que deve durar no mínimo um mês.
    Só vi aqui críticas ao programa, então peço-lhe, mais uma vez, que me diga o que faria naquela situação? E nao sei se viu a psicóloga dizer que a culpa da menina ser assim não é da própria criança, mas sim da mãe.

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  25. Não vi o programa. Pelo formato, por ser um reality show, acredito que tenha valor zero para o que quer que seja. Castigos, as palmadas, os chamados time-outs, as recompensas são estratégias pobres, em termos dos resultados que se pretendem, tanto a curto, médio e a longo prazo. Queremos crianças que cooperem (e não crianças que obedeçam); queremos crianças que percebam a importância e o impacto dos seus actos/atitudes/comportamentos em si e nos outros (e não crianças que fazem o que lhes dizemos porque sim, porque nós mandamos, porque têm medo de nós, mas depois arranjam forma de fazê-lo sem serem apanhados). Percebam que entre ser permissivo e ser autoritário existe, pelo meio, a opção de ser firme e empático. Colocar a criança sozinha, num espaço, para "pensar no que fez", para "se auto-controlar"'!? Pensem para vocês, gostavam que vos fizessem isso? Gostavam de ter feito algo "mal" (que todos fazemos) e vos mandassem para um canto, sozinhos, "pensar na vida" ou preferiam que a pessoa se sentasse com vocês, vos desse a oportunidade de falarem, de exporem as vossas razões e vos mostrasse, com respeito, o que vocês fizeram "mal", o que precisam de modificar e como fazer diferente, pensando em conjunto? Respeito pelas crianças é o que é preciso. Respeito por serem pessoas, respeito pelas diferentes fases de desenvolvimento em que se encontram. Morder, bater em idades pequenas é normal por exemplo. E posso perceber que é uma atitude normal e, ainda assim, não deixar que a criança o faça. Mas não castigo, não bato, não chamo nomes, não desato aos berros, não faço igual para ela aprender que não se faz. O que faço?: pego na mão dela, digo que não se faz, digo que não se bate/arranha/morde/belisca ninguém, que damos beijinhos, festas e abraços. Vamos precisar dizer várias vezes. Vamos precisar mostrar e dizer que não se faz porque magoa o outro, porque faz doer. Vamos precisar dizer num tom firme, convicto e com a maior empatia possível. E porque? Porque eles estão a aprender, estão a absorver tudo o que nós, pais, fazemos e dizemos. Eles vão fazer tudo aquilo que nós fizermos e lhes fizermos. Os nossos filhos merecem isso: merecem o respeito pelos pequenos seres que são, a aprender o que é isto de estar vivo e estar em relação com outros.

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    1. Que lindo. Que utópico. Cria unicórnios, é?

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    2. Ai anónimo das 14:55 obrigada por me fazer rir. Já li tudo o que havia para ler sobre este tema, mas só mesmo o seu comentário é que me arrancou uma gargalhada.

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    3. Morder, bater é normal até aos 2-3 anos.... Aos 7 anos não é normal em parte nenhuma.
      Esta situação já era uma crise instalada, a merecer intervenção, ainda que todas concordemos que não com um programa de televisão. Por muitas criticas que façamos ao programa, os comportamentos desta miúda acontecem diariamente e frequentemente em várias famílias. Esta menina só sabe reagir (com a mãe e avó) em nível de berro, birra, choro, frustração num nível desrregulado e desadequado, além de inaceitável para a idade, em resposta às varias tarefas simples do dia dia como jantar, dormir e tomar banho, diariamente. Sabemos que há dias difíceis em todas as idades, mas não podemos permitir guerras diárias com o que tem ser feito porque é a vida e temos que comer, dormir, tomar banho, lavar os dentes, levantar, vestir, ir para a escola. Ela não conhece outra forma de reação com estas duas pessoas da família, as razões poderão ser múltiplas e certamente estão muitíssimo mais do lado dos adultos, do que da criança. Mas só mudando as atitudes adultas é que vão surgir comportamentos diferentes por parte da criança, sejam a curto, médio ou longo prazo.
      Bem, mas o que lhe queria perguntar e visto parecer tão segura da sua conduta, o que recomendaria nesta situação e para esta idade e comportamento, em alternativa às tais estratégias que classificou de pobres.

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    4. Não, crio a minha filha. E não há aqui nenhuma utopia. Utópico seria esperar que todos os adultos agissem como pessoas informadas, conscientes, responsáveis e maduras. Pedir isto a uma criança é um exagero, esperar isto de todos os adultos é que seria uma grande utopia. Mas não tenho essa pretensão. Cuido da minha filha e sei que estou a criar um bom ser humano.

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    5. Até aos 2 dois anos, funcionava. Falava e explicava de forma calma e ela entendia. Aos 3 começou a argumentar, a reinvindicar "Tenho o direito de fazer o que eu quero!", "Eu também quero ser mãe!", a gritar. Quando tentava falar com ela, com a calma habitual, debatia-se, atirava-se para o chão "Larga-me! Deixa-me!Não quero ouvir". Não aconteceu nada de traumático, não houve mudanças, nem tragédias familiares. Na escola continuava um doce. A educadora dizia que a partir dos 3/4 é a altura em que se apercebem que têm poder de decisão, vontade própria, possibilidade de autonomia e em que querem usufruir disso ao máximo. É também a altura das birras e é habitual descarregar a frustração em casa, com a família.
      As estratégias parentais mudaram... Começou a limpar o que sujava, a arranjar o que estragava, a ficar no quarto até se acalmar e podermos falar e começou a ouvir raspanetes de uma mãe já irada (o que não me deixa propriamente orgulhosa).
      Às vezes diz que ainda não está pronta para falar, na maioria das vezes acalma-se sozinha, pede desculpa e conversamos. Outras acalma-se, reconhece que o que fez está errado, mas tenta justificar o que fez, tentando validar o comportamento...
      Está na nossas mãos balizar os nossos filhos e, se for necessário, alterar os nossos comportamentos e estratégias. Não há receitas infalíveis. Falar calmamente continua a ser a primeira estratégia, mas muitas vezes não chega... Há crianças que começam a ter comportamentos de risco (correr para a estrada, partir coisas propositadamente, brincar com fósforos), são agressivas fisicamente (tentam impor-se batendo). Entretanto tive mais filhos e as estratégias readaptaram-se novamente... O que resulta com uns, não resulta com os outros...
      As coisas não são a branco e preto no que diz respeito a educar crianças... Mas fazemos o melhor que sabemos.

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  26. Ridículo é pouco! Agora vivemos num jogo onde quem se porta bem leva uma carinha ou um sapo e quando se portam mal um x ou vai para o banco!
    Para além de não fazer sentido não vai resolver o problema, pois daqui a 3 ou 4 dias deixa de ser novidade e já nem a própria Margarida vai achar graça àquilo.
    Há que haver respeito aos pais!

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  27. Obviamente que muitas coisas chocaram-me no programa, principalmente a invasão à privacidade daquelas 3 pessoas. Mas choca-me muito mais os comentários negativos, de repente são todas super mães que faziam muito melhor que aquela mãe e aquela psicóloga. A sério?? Como se aquilo que vimos fossem casos isolados, porque o resto das mães são bastante rígidas e os seus filhos uns exemplos de boa educação.

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  28. Vi um bocadinho hoje de manha, e achei horrível expor a criança daquela forma. Acho que um programa deste género pode ter impacto negativo na vida daquela criança. Na minha opinião o programa deveria sair do ar

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  29. Morder, bater é normal até aos 2-3 anos.... Aos 7 anos não é normal em parte nenhuma.
    Esta situação já era uma crise instalada, a merecer intervenção, ainda que todas concordemos que não com um programa de televisão. Por muitas criticas que façamos ao programa, os comportamentos desta miúda acontecem diariamente e frequentemente em várias famílias. Esta menina só sabe reagir (com a mãe e avó) em nível de berro, birra, choro, frustração num nível desrregulado e desadequado, além de inaceitável para a idade, em resposta às varias tarefas simples do dia dia como jantar, dormir e tomar banho, diariamente. Sabemos que há dias difíceis em todas as idades, mas não podemos permitir guerras diárias com o que tem ser feito porque é a vida e temos que comer, dormir, tomar banho, lavar os dentes, levantar, vestir, ir para a escola. Ela não conhece outra forma de reação com estas duas pessoas da família, as razões poderão ser múltiplas e certamente estão muitíssimo mais do lado dos adultos, do que da criança. Mas só mudando as atitudes adultas é que vão surgir comportamentos diferentes por parte da criança, sejam a curto, médio ou longo prazo.
    Bem, mas o que lhe queria perguntar e visto parecer tão segura da sua conduta, o que recomendaria nesta situação e para esta idade e comportamento, em alternativa às tais estratégias que classificou de pobres.

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    1. Concordo plenamente com este comentário. Claro que q a JPB pode dizer, e não seria mentira, que nunca deixaria as filhas chegar a este ponto de mal criação (nem sei que termo empregar para não ferir susceptibilidades), mas ainda assim quando isto acontece, por culpa dos pais, qual seria então a solução? Conversar? A pequena Margarida nem ao ver a mãe chorar modera as suas atitudes, é lhe totalmente indiferente, e a mae pareceu ser extremamente carinhosa com a filha, inclusive dormia com ela todas as noites, acedendo à vontade da filha. Neste caso tão extremo qual seria então a solução? Gostava mesmo de saber.

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    2. Concordo com isso, quando diz que a situação merece intervenção, pelas dimensões aparentemente já atingidas. O que não acredito é no tipo de estratégias que usualmente se defende: os castigos, o sistema de recompensas, os time-outs, etc. O que resulta?: primeiro de tudo, nunca poderemos esperar que os nossos filhos sejam capazes de se auto-regular se nós não o formos. Precisamos, nós adultos, estar bem, bem resolvidos, com as nossas necessidades preenchidas. Porque depois vamos educar pela modelagem. Não vi o programa, mas acredito que a intervenção passe primeiro por trabalhar junto dos pais, trabalhar os próprios pais, a sua relação consigo mesmo e, quiça, a relação entre o casal.

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    3. Palmas para mais um comentário vazio de quem diz que “assim” está mal, mas não tem nenhum opção para “assado”. Ou talvez seja que enquanto se trata o adulto a criança continue a bater na mãe...

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    4. A criança não continua a bater na mãe, porque a mãe não deixará. Se aquela criança tem uma completa ausência de regras primeiro que tudo é importante perceber o porque. E o porque deverá estar relacionado com os pais. As regras não existem porque eles não as foram transmitindo ao longo da vida da filha. E agora porque é que não as transmitem? Existem mil e uma razões para isso. E essa é a primeira questão a perceber. E aí olhamos primeiro para os pais. Depois parte-se para a relação com a filha. E é verdade que eu não tenho resposta para todos os "assados". Eu não sei tudo. Sei que não quero criar a minha filha com base nesse tipo de estratégias, porque não me fazem sentido. E procuro sustentar o que não me faz sentido. Leio, converso com profissionais que investigam, que trabalham com crianças e jovens e que me mostram um outro universo de estratégias. Eu não lhe indicar estratégias para esta criança de 7 anos não significa que elas não existam. Tão simplesmente tenho uma filha com outra idade e, como tal, o meu foco de atenção, na procura de diferentes estratégias, é outro. Mas se quiser posso indicar-lhe nomes de especialistas a procurar. O Alfie Kohn, que a JBP refere no post, é um deles.

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    5. anónimo 18:09, que penso que é tb o das 13h42. Agradeço as suas respostas e a oportunidade para termos uma discussão saudável! Peço-lhe que veja isto como a discussão saudável que pode ser, e não como um desafio de educação entre mães, vários métodos podem estar corretos e o objetivo não é eleger o melhor! Se o vosso funciona convosco, excelente! Acho que se torna um bom método por si só... se funciona... os resultados estão à vista...é bom método!!
      Desculpe se estou a interpretar mal, mas o que me incomoda é que ache/m que só as pessoas que não se auto regulam, que não estão bem resolvidos com a vida, que têm coisas mal resolvidas na infância, que não ensinam dando o exemplo, é que têm filhos birrentos. Pode chamar-lhe o que quiser, parentalidade positiva, modelagem, compreensão de sentimentos, etc. Mas no fim vai ter sempre que haver firmeza nas horas críticas. Seja com um time-out, tabelas, ou com outra estratégia qualquer que mais faça sentido a cada uma(um), deixemos de lado a semântica, não? Acho que não falamos umas chinês, outras português. Andamos todas na mesma luta e todos queremos o melhor para eles... Há horas em que é preciso um limite. E não é preciso bater, humilhar, gritar, ofender, não compreender, para se ter limites. Apenas tem haver amor e consistência. Porque sim, nas incoerências eles apanham-nos. É aceitar que são miúdos e que é sim, é normal não se regulem sempre, é normal quererem ver televisão em vez de dormir, é muito melhor! é compreensível, e agora? eu valido o sentimento, compreendo imenso, são crianças, mas eu sou a mãe...vou ter que impor regras. Não pode ser uma relação democrática, não pode, é hierárquico! Há sempre tempo para conversas e mimos, explicações, negociações, uma coisa não invalida a outra. Assim como há dias para quebrar a regra em tempo certo. Mas a firmeza tem que andar por lá e tenho a certeza que também a pratica (algo que, ambas, ou todas, concordamos, era inexistente neste caso e começou a existir com as estratégias sugeridas, achemos boas ou péssimas estratégias. que vale o que vale, porque para cada investigador que me indicar, eu tenho também sugestões, Carolyn Webster-Stratton, cujo programa tem evidência científica comprovada). Mas obrigada pela sugestão, vou procurar, porque estamos sempre a tempo de aprender, é só querer. Tudo de bom!

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    6. ​Obrigada também por responder. De facto, não se trata de um desafio para mostrar quem é que é melhor/pior mãe. Nem sequer pretendo criticar e culpar aquela mãe do programa, aquela profissional ou qualquer outro pai/mãe. O que acho importante é fomentar-se um debate. É pegarmos em situações concretas e tentarmos perceber o que ali está, como se chegou ali e o que se poderá modificar. E são apenas opiniões. Apenas isso. Eu consigo fundamentar as minhas em evidências científicas, como também você o consegue. Por isso, o que importa é que cada um faça escolhas e opções informadas e conscientes, seja para que sentido for. Duas notas:

      1) não pretendi dizer que filhos birrentos são o resultado de pais ​mal regulados. Não acredito nisso, porque considero as birras normais, em crianças pequenas. Em idades mais crescidas podem existir "birras" também normais, situações de frustração ainda mal geridas pela criança, que em nada tem haver com os pais. São fruto do próprio desenvolvimento da criança. A parte do nosso cerebro que apelidamos de "racional" leva anos até que fique plenamente desenvolvida. Até lá a criança funciona mais com o lado "emocional". Mas depois existem crianças, acredito que a do programa também se incluirá, que já saem fora do "normal desenvolvimento". Ali parece-me existir uma total ausencia de regras. Uma vez que quem as transmite serão primeiramente os pais, então acredito fazer sentido perceber o porque dos pais não transmitirem, ao longo de 7 anos, essas regras/limites.

      2) Não digo que não são precisos limites/regras. Claro que têm que existir. A criança precisa deles. Apenas falo em estabelecer limites e regras com recurso a diferentes estratégias. É apenas disso que se trata.

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  30. Sinceramente, não me chocou as práticas utilizadas. Há crianças que funcionam bem com este tipo de tabelas/recompensas. A psicóloga até disse que não se deve recorrer à violência física e que o reforço positivo é muito importante. Não gostei, no entanto, do castigo na hora da birra de sono: nessa altura, a criança estava estafada e o castigo não acrescentou nada. O que me choca é a exposição da criança! Isso sim. Como terá sido este dia de escola, por exemplo, depois de ter tanta gente a assistir às suas birras? À sua intimidade, basicamente?

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  31. Não vi o programa, só partes, mas não apreciei. Há ali coisas boas, ferramentas que podemos adaptar, mas no geral algumas coisas fazem confusão. Querem as mudanças imediatas: num dia muda-se uma série de habitos? Castigos antes de ir para a cama? A miúda num estado de nervos tal e obriga-la a estar num banco? Que resultados se esperam?! Eu sou apologista da parentalidade positiva, mas temos o local do castigo, no degrau da lareira,perto de nós e sem ser às escuras. Esse "castigo" serve para se afastarem um pouco do que está a causar stress e para se acalmarem. Às vezes já avisamos muitas vezes e não fizeram o que deveriam ter feito. Enfim, cada família ajusta à sua realidade e o que acha que funciona melhor. Eu sou muito pelo conversar e explicar e as coisas têm funcionado bem. Por vezes o cansaço acaba por vencer e quando se está de fora e tudo mais fácil...
    Sobre o programa, não tenciono seguir, não julgo, mas também não estou 100% de acordo.

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  32. Nós os portugueses sempre fomos muitos pudicos. Preferimos sempre que tudo se passe às escondidas e temos sempre muita dificuldade em enfrentar a realidade. Quando a situação é abordada insurgem se porque têm dificuldade em admitir que não sabem educar os filhos. Quando essa realidade é exposta através de um programa de televisão ficam muito escandalizados. A diferença está apenas na quantidade de pessoas a saber do assunto. Na minha opinião este programa pode ajudar muitos pais que se encontrem na mesma situação até.

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  33. Vi o programa português e vi um brasileiro e, apesar de perceber e até concordar com este post, gostei dos programas e acho-os muito úteis.

    Infelizmente nem todas as pessoas têm disponibilidade material e mental para procurar conhecer outras formas de disciplinas que não a que aprenderam com os próprios pais e avós. Muitas famílias pouco mais fazem que alimentar e vestir os filhos. E isto será mais real em meios onde existe pouco acesso e pouco interesse em procurar informação. Sendo este um programa televisivo que passa num horário em que, infelizmente, muitas famílias estão a ver televisão, creio que pode chegar a muitas pessoas e faze-las questionar um pouco a forma como educam os filhos. Não será uma forma perfeita (também não concordo com o sistema de recompensas e castigos) mas será muito melhor que o que se pratica em muitas casas, disso não tenho dúvida nenhuma. E acredito que o caminho da sociedade será o de ir melhorando gradualmente e não de uma forma rápida e oposta ao que estava anteriormente estabelecido. Neste sentido acho que o programa tem mais coisas boas do que más. E devo dizer que tinha as expetativas muito baixas quando comecei a ver o programa.
    Falo mais sobre isso aqui: http://www.vinilepurpurina.com/super-nanny-portugal-vi-e-gostei-337824

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    1. Olha, já cá faltava esta expert.

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  34. Tantas crianças que no futuro vão ter problemas com autoridade.. Aliás, já se começa a ver por aí o resultado da máxima "as criançinhas mandam".

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  35. Não acho correto expor uma criança desta maneira, e nem tão pouco uma dinâmica familiar....

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  36. Sinceramente acho que neste caso o foco deve ser sobretudo a exposição a que a criança foi sujeita e que não deveria ser permitido. Para mim esse é o ponto chave, muito mais do que os modelos de educação envolvidos e em que certamente que todos nós temos opiniões diferentes e modelos diferentes em casa. Mesmo com disciplina positiva acho que a criança nunca deveria poder aparecer num programa destes. Ao mesmo tempo acho irónico ver tanta gente indignada nas redes sociais (e bloggers também!) e que na verdade acabam por expor as suas vidas e filhos em permanência em todas as situações e mais algumas.

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    1. Falou e disse. Tudo o que há para dizer sobre este assunto ponto final.

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  37. O programa em si é muito mau, especialmente na vertente de devassa da vida privada de mãe e filha, ainda que consentidos pela família. Mas penso que é igualmente mau que as crianças sejam expostas, para fins publicitários, assumidos como tal pelos próprios pais, em blogues como este. Penso que este blogue é muito importante e inteligente na forma como aborda as mais variadas questões relacionadas com a parentalidade, mas a parte de negócio que está por trás, violando a privacidade de crianças e a Lei da Publicidade, continua a chocar-me.

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  38. Bora lá dar polémica, visualizaçoes, comentarios e partilhas a estes topicos porque as Joanas estao mesmo a precisar de mais uns trocos! A serio JPB... esperava menos... E agora quem é que se aproveita da criança? A SIC aproveita-se para audiencias e vocês para ter polemica no BLOG! Clap clap clap!

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    1. De acordo!!
      É feio, mesmo muito frio vir falar sobre a exposição das crianças, quando pública muitas coisas sobre as suas filhas...

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    2. Nao me refiro à exposiçao das proprias filhas mas sim à publicidade do post como polémico e ao aproveitar-se do tema, desta criança e desta mãe para ter mais visualizaçoes, partilhas e afins... basicamente isto cheirou-me a jornalismo sensacionalista.. criticar exposiçao e aproveitar-se disso ao mesmo tempo... quanto ao resto sao opinioes e valem o q valem!

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  39. Realmente também não concordo nada com a parte da exposição. Mas não me parece que nenhuma das autoras possam falar desta forma. Pois todos os dias expõem as filhas. Quer aqui quer nas redes sociais. Qualquer pessoa tem acesso a vida privada e familiar das mesmas. Daqui a um tempo também poderão não se sentir à vontade com a exposição que as mães fizeram de si. Está mãe pode não ter pedido ajuda para o seu problema da melhor forma. Mas estava desesperada. Já as autoras expõem a vida das filhas a troco de que?! Acho que talvez seja melhor refletirem antes de publicarem opiniões desta forma quando fazem o mesmo mas de outra forma. Está a criticar exatamente aquilo que faz.

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  40. Falam da exposicao das crianças quando vocês blogers expoem o dobro os/as vossos/as filhos/as em todo o tipo de situaçoes. E como se costuma dizer "as coisas ficam para sempre na internet",os vossos filhos tambem podem sofrer de todo o tipo e mais algum de bullying devido à vossa tomada de decisao em os exporem.
    E ja nem falo em termos de educacao porque falar todos falam, mas com uma criança como o caso de ontem nao imagino melhor forma de a educar, pricipalmente tendo em atençao a idade.
    Como diz o fernando rocha "mas isto é só a minha opiniao"
    Conta o mesmo que a de todos voces, que é nada, mas fica dada pelo menos

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  41. Nuno Santos10:01 da tarde

    Tanta indignação....
    Para haver coerência nesta indignação, eu vejo muita exposição de crianças em revistas cor de rosa (com famílias a exporem os seus filhos), redes sociais (fotos dos filhos desde o nascimento), novelas (bebés e crianças a aparecer todos os dias na TV), filmes (bebés e crianças a serem filmados para o mundo inteiro), moda (crianças menores de idade a exporem o corpo e roupas), publicidade (crianças a exporem-se para seduzir o consumidor).....
    Também não sabem as repercussões futuras... ou sabem?
    E ficam indignados por exposição de comportamentos de crianças que devem ser corrigidos por métodos que concordam ou não?
    Há muitos adultos corruptos, assassinos, ladrões, violadores, (etc), que um dia já foram crianças!
    O melhor é fazer mesmo como se faz aqui... falar falar falar e não fazer nada!

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  42. Joana, quer falar-nos mais do ponto 1, por favor...?
    Parece-me que antes de "apontar o dedo" à exposição feita da criança, devia pensar que também o faz aqui pelo mundo da internet.

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    1. Money talks.. A integridade e protecção da criança são muito bonitas mas não valem tanto como os €€€ que ela rende ao fim do mês..

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    2. Mas pelos vistos mostrar em bom, pode, mostrar em mau é que é exposição infantil.

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  43. Está tudo preocupado com a privacidade da criança, que pode ver e sentir se envergonhada, é bom que se envergonhe mesmo, porque com 7 anos ainda fazer este tipo de birras!!!!! Devia ser na casa dos meus pais ou dos meus avós, não nos batiam mas bastava dizerem o nosso nome em voz alta, havia outro tipo de respeito, agora anda se em bicos de pés com as crianças e os resultados estão à vista! Nem tanto ao mar nem tanto à terra, andamos a criar pequenos nazis, e esta mãe teve a coragem de abrir as portas da sua casa e mostrar aquilo que se passa um pouco por todas as casas, umas mais outras menos! E para aqueles que também estão preocupados com a privacidade, então e as bloggers? E as redes sociais? Até birras filmam e põem no Instagram! Aí já não falam? Qual é a diferença? Tv, blogs, facebook, instagram, vai dar tudo ao mesmo! Os miúdos de hoje precisam de disciplina sim e se pelo meio lhes forem apontados o seu mau comportamento melhor, talvez se apercebam das figuras que fazem!




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  44. Fico sempre espantada com tantas teorias... A sério! Eu limito-me a educar segundo os meus princípios e os meus valores, sem pensar assim tanto. Estarei a simplificar demasiado?

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    1. Você é que está bem!

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    2. Não, está tudo bem. Às vezes também me sinto um allien...

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  45. Não vi o programa. Conheço a versão francesa e apesar de me chocar a intrusão de estranhos numa família para "resolver problemas de disciplina" acho que muitos dos métodos apresentados são razoáveis e funcionam. Não sou de todo contra o time-out: numa perspetiva de afastar a criança (e os pais) da fonte de conflito. Também não acho que apresentar consequências aos comportamentos seja algo mau. Tenho 3 filhos e o 3º fez-me engolir muitas das minhas sabedorias e certezas quanto à disciplina e o tipo de mãe que sou e quero ser. Alias foi uma conversa com a coordenadora pedagógica da creche onde andava que me fez ter mais confiança em metodologias mais firmes; creche essa em Lisboa e o suprassumo da pedagogia positiva/MEM e afins (já a vi alias aqui referida quando a JG mudou a filha de escola) mas onde pedagogas com mais de 20 anos de experiência referem que os miúdos estão cada vez mais perdidos e os pais cada vez mais permissivos e incapazes de se impor. Devo também fazer notar às Joanas que têm filhos muito pequeninos e que as certezas que têm agora valem para crianças pequenas, com birras é certo mas numa fase em que os pais são o centro do mundo.
    Por último em relação à exposição da criança, não é pior que fazer publicidade a toalhitas e publicar fotos da filha num blog ou no instagram. Nem é pior que utilizar histórias da infância dos filhos em troca de remuneração e likes/comentários. As crianças dos blogs/youtube ou instagram não tiveram opção de decidir se querem u não ter uma pegada digital.
    Mafalda

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    1. Obrigada Mafalda. Acho sempre interessante ouvir estes testemunhos.

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    2. Adorei este comentário. Sensato e cheio de saber feito de experiência e não de teorias pseudopedagógicas que não interessam nada!

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  46. http://palmierencoberto.blogspot.pt/2018/01/uma-vez-que-nem-sequer-sabia-da.html?m=1

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    1. Parece que estão a ser faladas neste blogue

      https://pipocamaispicante.blogspot.pt/2018/01/picante-tambem-fala-daquela-bizarria-de.html?m=1

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  47. Facebooks, blogs, instagrams, publicidade... Os pequenos têm direito à intimidade deles e ao anonimato. Acho um pouco incoerente a crítica cega por parte de tantas pessoas, quando quase todos os pais acabam por expor a vida dos filhos de alguma forma e alguns obtêm rendimentos a partir dessa exposição.
    Todos somos pais e fazemos as escolhas que consideramos melhores para os nossos filhos. Respeito as decisões de todos, embora não concorde com este tipo de exposição. Seja como for, talvez seja melhor ponderar um pouco antes de atirar pedras, quando os nossos telhados também são de vidro...

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  48. A questão é que se eu hoje vir a Margarida, que apareceu no programa de domingo, nem me vou lembrar dela, porque a vi apenas durante 40 ou 50 minutos, mas se por acaso vir a Isabel, Irene ou Luisa na rua vou logo identificá-las, uma vez que a exposição delas é constante e diária. Mas não veja isto como uma crítica, não me incomoda minimamente que exponham as crianças, faz parte e seria impensável ter um blog destes e não o fazer, ou não partilhar histórias das mesmas. Incomoda-me que critiquem os outros fazendo exactamente o mesmo, mas pior. E ainda estou para perceber aquelas mães que não mostram o bebe recém nascido porque ainda é muito pequeno e depois começam a mostrá-lo com cerca de um ano, altura essa em que as feições do bebe não mudam tanto e ele ficará muito parecido com o que será no futuro.

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  49. Obrigada Joana, pensei que era a única a achar aquilo um autêntico circo!!!
    Achei que aquele banco entre escadas foi totalmente encenado e até ridículo.
    Existem métodos muito melhores para educar os nossos filhos.
    Mando o meu cão para dentro da casota quando faz asneiras e dou recompensas quando faz o que eu quero! Será que estou a educar melhor o cão do que os meus filhos???

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  50. "Além disso, o que dirão os colegas da Margarida amanhã na escola? Ou daqui a uns anos, se lhe quiserem fazer bullying? Preocupa-me. Preocupa-me a auto-percepção com que a Margarida fica de si."

    E em relação às suas filhas, isto não a preocupa?

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    1. Bem dito!!
      E a Joana caladinha, em relação a tudo isto

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    2. Eu neste blog cheguei a ver uma criança (já longe de ser bebe) a ser amamentada.... onde estava a mãe e o medo do bullying da filha?!?! É a pimenta nos olhos dos outros..,,.

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  51. É só incoerente um blog que vive da exposição de 3 crianças pequenas desde que nasceram (haverá situação mais frágil e vulnerável que esta?) vir tecer este tipo de críticas...

    Eu concordo, mas não ponho fotografias do meu filho na internet. Muito menos tento viver disso.

    Admira-me esta atitude, sobretudo da parte da JG, sempre tão cuidadosa com a personalidade da Irene, com não a "riscar", com fazê-la sempre o mais feliz possível, e depois BAM foto chapada na net para o mundo todo ver.

    Finalmente, vi o programa 5 minutos em zapping e odiei, se hoje visse a Margarida não saberia quem era, mas se vir a Irene, a Isabel ou a Luísa saberia perfeitamente identificá-las, mesmo sem as famílias por perto. Um bocado assustador, não é? É que eu não sou uma pessoa mal intencionada, mas até podia ser. Enfim...

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  52. É isto...será que não vos ocorre que as vossas filhas possam um dia odiar ser reconhecidas na rua? E quando perceberem que estão expostas na internet desde bebés? Não vos passa pela cabeça que venham a detestar isso? E quando perceberem que foi para ganhar uns trocos? E por vaidade? Eu também sou vaidosa com os meus filhos, mas resisto à tentação de os "publicar", a vida e a imagem são deles, a privacidade deles é mais valiosa que tudo o resto. Questions, questions...

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  53. ​Tanto naquele programa, como neste blog, e em muitos outros blogs, existe sim a exposição de crianças. Podemos concordar ou não com essa exposição. Mas o tipo de exposição e as consequências da mesma serão completamente diferentes. Naquele programa vê-se uma tentativa de intervenção psicológica/pedagógica, algo que deverá acontecer sempre em contexto privado. Não se faz psicologia em televisão. Vamos a consultas, sessões nas quais apenas está presente o profissional que nos atende, e não toda uma equipa que filma o momento, mais uma audiência em casa.

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  54. É por estas e por outras que os meninos são mal educados. Não se pode dar uma palmada; não se pode por de castigo; não se pode fazer Timeout...não se pode nada e os meninos podem tudo e acham se pequenos tiranos. Quanto a exposição não concordo. Mas bem com a margarida no programa , nem com as mães que expõem filhos nos blogues... chama se direitos de imagem . E tanto se aplicam em casos de birra na Tv como em fotos espalhadas nos blogs e facebooks

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  55. A Joana começa o paragrafo sobre as exposição das crianças, da seguinte forma: "A exposição de crianças em situações frágeis." Se aprendessem a ler antes de atirar pedras, seria tão mais fácil!! Por favor.....

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    1. Claro, porque um bebé de meses - ou recém-nascido, mesmo -, uma criança que acabou de aprender a andar, uma criança a mamar, uma criança a tomar banho, uma criança a chorar, uma criança em sua casa à vontade, uma criança com direitos mas sem capacidade de os fazer valer, uma criança AO CUIDADO DOS PAIS não está, de todo, numa posição frágil, é isso?

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