*este post não é bem escrito em parceria com a Criovida. Foi mais escrito por mim, mas enviei para lá para saber se não estava a dizer porcaria. Seja como for, é resultante de uma parceria, sim. Já fizemos um "a Mãe dá" e tudo, portanto é ler sff, para saber o que andámos a oferecer.
Sou muito curiosa em relação a muitos temas. Ainda no outro dia comprei um livro só sobre as propriedades de vários legumes e praticamente nem os como. Porém, isto das células estaminais ainda não me tinha despertado grande interesse. Sempre me pareceu muito complexo e, por isso, o meu cérebro decidiu ignorar. O meu cérebro não dá para tudo. Muitas vezes reage às coisas como quando peço direcções e a pessoa demora mais de 5 segundos a explicar. Não oiço o resto.
Já devem estar a par da nossa parceria com a Criovida, que fez com que vos pudéssemos oferecer este kit de criopreservação das células estaminais (estão a ver? só o nome já me está a cansar).
Perguntei à Rita da Criovida (com quem falámos para alinhar a parceria) se não me podia explicar como se fosse muito burra e ela explicou. Acho que finalmente percebi. Agora vou explicar-vos à minha maneira, pode ser?
As células estaminais são programáveis para o que o organismo precisar e a partir do momento em que se diferenciam num tipo de células, estão programadas para cumprir apenas uma tarefa, a que lhes foi destinada pelo organismo. Quando o organismo necessita de determinadas células, elas diferenciam-se naquilo que é necessário no momento. A sua capacidade de se dividirem indefinidamente faz com que ela se multipliquem, umas são utilizadas pelo organismo (quando necessário), outras ficam disponíveis para quando for preciso.
As células do sangue e do cordão umbilical, por serem ainda muito jovens, têm características que as outras células estaminais presentes no nosso corpo já não têm, porque estas últimas estão num estado de diferenciação mais avançado.
Ou seja, estas células são os nossos maridos bem dispostos, todos prontos para ajudar e ainda sem uma missão por nós designada. Podem ser, portanto, utilizadas para qualquer missão que seja necessária. Estas células (estaminais) podem e ajudam a curar várias doenças. Ainda está a haver muita investigação e, por isso, conservar as células estaminais do cordão umbilical é uma profilaxia muito abrangente visto que podem ajudar na cura de doenças cardiovasculares, auto-imunes e outras que não sei bem o que são, mas que são tão ou mais graves que estas que decorei do que a Rita escreveu.
São células neutras que, ainda para mais, sendo do próprio indivíduo, o risco de rejeição é muito muito menor.
É uma decisão muito pessoal, claro. É uma decisão que, se positiva, não traz mal algum, de certeza. É uma decisão que se baseia na fé da ciência e da evolução natural deste tipo de procedimentos.
Por acaso, não optei por ela (desculpa, Rita, ainda não te conhecia na altura ;)), talvez por falta de informação graças a este bloqueio do meu cérebro.
Consegui desbloquear o vosso? Qual é a vossa posição em relação a isto?
Sou muito curiosa em relação a muitos temas. Ainda no outro dia comprei um livro só sobre as propriedades de vários legumes e praticamente nem os como. Porém, isto das células estaminais ainda não me tinha despertado grande interesse. Sempre me pareceu muito complexo e, por isso, o meu cérebro decidiu ignorar. O meu cérebro não dá para tudo. Muitas vezes reage às coisas como quando peço direcções e a pessoa demora mais de 5 segundos a explicar. Não oiço o resto.
Já devem estar a par da nossa parceria com a Criovida, que fez com que vos pudéssemos oferecer este kit de criopreservação das células estaminais (estão a ver? só o nome já me está a cansar).
Perguntei à Rita da Criovida (com quem falámos para alinhar a parceria) se não me podia explicar como se fosse muito burra e ela explicou. Acho que finalmente percebi. Agora vou explicar-vos à minha maneira, pode ser?
As células estaminais são programáveis para o que o organismo precisar e a partir do momento em que se diferenciam num tipo de células, estão programadas para cumprir apenas uma tarefa, a que lhes foi destinada pelo organismo. Quando o organismo necessita de determinadas células, elas diferenciam-se naquilo que é necessário no momento. A sua capacidade de se dividirem indefinidamente faz com que ela se multipliquem, umas são utilizadas pelo organismo (quando necessário), outras ficam disponíveis para quando for preciso.
As células do sangue e do cordão umbilical, por serem ainda muito jovens, têm características que as outras células estaminais presentes no nosso corpo já não têm, porque estas últimas estão num estado de diferenciação mais avançado.
Ou seja, estas células são os nossos maridos bem dispostos, todos prontos para ajudar e ainda sem uma missão por nós designada. Podem ser, portanto, utilizadas para qualquer missão que seja necessária. Estas células (estaminais) podem e ajudam a curar várias doenças. Ainda está a haver muita investigação e, por isso, conservar as células estaminais do cordão umbilical é uma profilaxia muito abrangente visto que podem ajudar na cura de doenças cardiovasculares, auto-imunes e outras que não sei bem o que são, mas que são tão ou mais graves que estas que decorei do que a Rita escreveu.
São células neutras que, ainda para mais, sendo do próprio indivíduo, o risco de rejeição é muito muito menor.
É uma decisão muito pessoal, claro. É uma decisão que, se positiva, não traz mal algum, de certeza. É uma decisão que se baseia na fé da ciência e da evolução natural deste tipo de procedimentos.
Por acaso, não optei por ela (desculpa, Rita, ainda não te conhecia na altura ;)), talvez por falta de informação graças a este bloqueio do meu cérebro.
Consegui desbloquear o vosso? Qual é a vossa posição em relação a isto?
O mal que traz é o corte do cordão umbilical mais cedo do que se deve; o corte deve ser o mais tardio possível, para que o bebé possa receber tudo o que de bom tem para dar até deixar de pulsar. Que diz a Rita sobre isto?
ResponderEliminarVou notificá-la dessa questão. Com sorte ela vem cá responder! ;) Espero que sim! Obrigada!
ResponderEliminarObrigada eu :)
EliminarEu fiz dos meus dois filhos...encarei como um seguro de saúde que espero nunca ter de o usar...
ResponderEliminarPrós e contras há em tudo na vida, se bem que confesso que não vejo contras nesta situação (aparte do valor financeiro - e digo que a minha 2ª gravidez não foi planeada, eu estava desempregada e recorri/pedi prendas para fazer a crio preservação) ... se for preciso e der para usar melhor ... se não der, tentei (não temos de tentar tudo em situações menos-boas?)...
Eu também fiz da minha filha, porque sempre pensei que mais valia fazer e não precisar do que um dia precisar e não ter feito. Nunca me perdoaria... Além disso, a saúde hoje é uma, e daqui a 20 anos será outra, as coisas evoluem muito, e quando até a enfermeira do curso de Preparação para o parto confidenciou que guardou as células da filha, ainda me senti mais confiante na minha decisão. O único contra é mesmo o preço... muito elevado, não comparticipado por nenhum seguro de saúde, etc. Imagino que custe muito a uns pais quererem e não puderem financeiramente...
ResponderEliminarAntes de estar grávida pensei que era óbvio que iria fazer recolha de células estaminais. Não havia sequer discussão. Quando engravidei e fui pesquisar sobre as mesmas surpreendi-me por toda a informação que encontrava em Portugal ser das próprias empresas que vendiam os seus serviços. Partes interessada em vender esta ideia. Como tinha a sensação que a informação não me era transmitida de forma neutra comecei a pesquisar e recorri a fontes internacionais para tirar as minhas conclusões e descobri que:
ResponderEliminar- a probabilidade de uma criança de uma família sem doenças genéticas usar alguma vez a sua própria recolha é infinitesimal (dados que vi sobre o uso no Canada davam algo como 0,01% de uso e isto não significa de cura, apenas de uso).
- os bancos privados não dizem que percentagem de recolhas são viáveis, no público era apenas de cerca de 20% ou seja à volta de 80% das recolhas nem sequer podem alguma vez ser usadas.
- a quantidade de sangue recolhido só pode ser usado em pessoas até 20 kg, a quantidade é tão pequena que não serve de nada em crianças maiores ou adultos.
- a grande maioria das doenças tratáveis com este tipo de recolha não podem ser tratadas com recolha do próprio.
- A American Academy of Pediatrics e a American College of Obstetricians opõem-se à recolha para bancos privados.
- Nos EUA apenas uma em cada 200.000 crianças com recolha usaram essa recolha (isto inclui crianças a quem foi medicamente aconselhado por causa do histórico de doença genética).
- Há hospitais no Reino Unido (vimos uma publicação do hospital universitário de Southampton) que a não ser com ordem médica não aceita fazer recolha. Se os pais quiserem têm que pagar a um médico do seu bolso para ir lá fazer a recolha por se considerar que o ato médico não é essencial naquele momento. Os médicos e enfermeiros devem estar concentrados e ocupados com outros aspectos.
- A Royal College of Obstretician and Gynaecologists desaconselha a recolha.
- No curso de preparação de pré-parto que fizemos disseram que se adiarmos o corte do cordão por uns minutos e deixarmos a criança receber esse sangue que existe estatisticamente um risco reduzido de uma série de doenças.
- Falámos também com pediatras que nos disseram que existem famílias onde a recolha das células é aconselhada (antecedentes genéticos) e é sobre esses casos que recaiem a maioria dos casos de sucesso que são publicitados.
Após isto tudo optámos não recolher. Na minha opinião, que vale o que vale, não se trata de apostar no futuro pois independentemente do avanço da ciência se as recolhas na maioria das vezes não são viáveis e se a quantidade de sangue recolhido não é suficiente tudo o que foi feito foi inútil.
(Comentário feito sem o patrocínio de qualquer lobby ou empresa anti células estaminais)
Nem mais Rita. Falei acima no corte tardio do cordão como benefício direto para a criança ao invés de uma hipótese remota para daí a anos
EliminarEfetivamente, das minhas duas gravidezes apenas recolhi na segunda e no banco público. Isto porque na primeira gravidez, também pesquisei e cheguei as mesmas conclusões que brilhantemente a comentadora deste post expôs! Depois, na segunda gravidez fiz no público porque não se pagava, e apenas porque achei que, apesar de tudo, com os avanços da medicina dos últimos anos, poderia ser que descobrissem algum tipo de utilidade para as células estaminais, que suprisse alguma limitação que agora lhe apontam...
EliminarCá esta! A ser útil, então mais valia que todos fizéssemos doação ao banco público, e todos teríamos acesso se necessário. Mas não, há muito dinheiro a ganhar com esta nova forma de amedrontar os pais, e se há público alvo apetitoso para coisas que metem medo, são os pais :) eu não recolhi, ainda tentei doar mas disseram que já só se pode doar no Porto..
EliminarNem mais... Foi exactamente por causa de tudo o que escreveu que resolvemos não fazer para nenhum dos nossos filhos...
EliminarFiz um tipo de pesquisa semelhante, embora menos exaustivo confesso, e foram estas as conclusões que tirei e que me levaram a não fazer este "falso" seguro de saúde.
EliminarConcordo inteiramente com o comentário da Rita S.
ResponderEliminarAcrescento apenas este texto que está disponível no portal da saúde. Está escrito em português, é de fácil leitura e esclarece alguns pontos sobre esta questão. http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/ministerio/comunicacao/comunicados+de+imprensa/celulas+cordao+umbilical.htm
Quero apenas acrescentar que, como estou grávida, fui a uma sessão de esclarecimento de uma clinica de criopreservação... para ser franca o esclarecimento sobre algumas questões que considerei flucrais, são pouco válidos e misturados com uma grande dose de propaganda de comercial. Enfim... e não, a criopreservação das células e/ou do tecido não é o mesmo que um seguro de saúde.
Esta é uma decisão pessoal dos futuros pais, que como qualquer resolução, requer informação.
ResponderEliminarÉ um facto que a área das células estaminais e terapias celulares é uma das áreas mais promissoras e estudadas a nível mundial, e que muito tem vindo a evoluir trazendo novas esperanças para o tratamento de várias doenças.
Como a Joana disse e bem,” É uma decisão muito pessoal, claro. É uma decisão que, se positiva, não traz mal algum, de certeza. É uma decisão que se baseia na fé da ciência e da evolução natural deste tipo de procedimentos.”, sendo que actualmente a sua utilização já está comprovada e padronizada para determinadas doenças.
É importante realçar que há espaço para a coexistência de bancos privados e públicos já que ambos se complementam, com vantagens claras de ambas as estruturas.
A Criovida tem todo o gosto em esclarecer todas as vossas dúvidas e questões através dos nossos contactos directos, com todo o rigor e profissionalismo a que sempre nos propusemos.
É basicamente uma maneira de uma série de empresas fazerem muito dinheiro à custa de descartar possíveis sentimentos de culpa dos pais. Nas doenças genéticas não faz sentido usar as células do próprio indivíduo para tratar uma doença que está em todas as células desse indivíduo, incluindo as do cordão umbilical. Neste sentido, os bancos públicos fazem sentido, agora os privados, por favor, é só um golpe de marketing brilhante e triste...
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