Quando decidimos ter o primeiro filho contávamos com (ora deixa cá ver) pouco mais de três anos de casamento. Ele trabalhava, eu trabalhava e estudava. Era Dezembro de 2011. Deixei a pílula. Fui ao médico de família e depois ao ginecologista. Queria engravidar logo, há muito tempo que desejava ser mãe. Engravidei em Agosto do ano seguinte mas perdi o meu bebé quatro dias depois de me saber grávida.
Em Dezembro de 2012 engravidei novamente, soube-o em Janeiro de 2013 (há lá melhor maneira de começar um ano?!). Quase 41 semanas depois tive o meu filho nos braços e experimentei uma felicidade que, juro, é indescritível. Resumidamente, foi assim que tudo aconteceu e desde a decisão propriamente dita até sermos, efectivamente, pais passou mais de um ano e meio.
Ambos desejamos ser pais novamente, não sabemos exactamente quando. As dúvidas que, enquanto casal, fomos tendo antes de avançar para o primeiro são, estupidamente, as mesmas, às quais se juntam mais algumas por termos um filho ainda bebé. Estamos como que a meio da ponte, sem saber para que lado ir. À direita avistamos placas que nos levam a pensar que o ideal era ser já e agora, à esquerda vemos caminhos de espera. E não é que a porcaria do GPS ficou sem bateria, dá para acreditar?! Ok, isto foi só uma graçola para aligeirar a coisa. Bom, vamos lá tentar organizar as ideias:
A questão profissional/económica: nunca é a altura ideal, isso já não é novidade. Ambos temos trabalho mas a minha empresa vive uma situação complicada e isso assusta-me bastante. Desempregada e com dois filhos é só assim uma visão dramática. Quanto à questão financeira... bem, se esperarmos pelo dia em que vamos estar confortavelmente ricos, sem preocupações deste género, compremos então uma cadeirinha, fazendo jus àquela coisa do "esperar sentado";
A questão do tempo: é bem capaz de ser um dos aspectos que mais temo. Se eu, com um filho, já acho que tenho tempo para nada, como será com dois? Vai daí e penso que se nos organizarmos ainda mais, em família, somos capazes de conseguir dar banho a dois filhos em simultâneo, fazer as refeições, pôr na cama (embalar na "pior" das hipóteses), levar e trazer da creche... Temos dois braços não temos? Ora, aqueles dois multiplicados por mim e pelo marido dá quatro (surpreendido amor, tu que estás sempre a troçar de mim por não saber a tabuada?), o que me parece um número aceitável de braços para dar conta das tarefas todas. Ok, ok, aqueles programinhas que ainda temos feito porque a avó fica com o bebé devem passar a eventos anuais, mas lá para os 40/45 anos já estaremos em condições de retomar a nossa vida social;
A questão da aceitação do irmão: ter um irmão é das melhores coisas do mundo, verdade?. Ter um irmão com pouca diferença de idades, que alinhe nas brincadeiras, que partilhe sorrisos e lágrimas (bom, aqui o cenário já não é assim tão animador) deve ser ainda melhor.
Estou a pintar um cenário cor-de-rosa? Provavelmente, até porque gostaria de ter uma menina.
Queremos ter mais filhos? Queremos. E, se o momento ideal não existe, então que comece a grande aventura!
Clara
Sou mãe de uma princesa de 2 anos e meio e estou grávida de 4 meses de um rapaz (o Gui). Nunca é a altura certa porque logo agora que a miuda está mais independente, que nós já temos mais "liberdade" engravidei (atenção que a gravidez foi planeada ;) ).
ResponderEliminarNunca é a altura certa, nem para o primeiro filho nem para mais nenhum mas que venham eles!!! :)
É mais uma aventura!!!! Uma boa aventura!!!! :)
Um Gui? Adoro ;) Felicidades e tudo a correr bem com a gravidez.
EliminarEstamos na mesma situação. Mudei de emprego há menos de um ano e achamos que não é bom perante a empresa engravidar...mas nunca será se formos ver bem as coisas. Aqui ninguém faz o meu trabalho, nunca vão dar pulinhos de alegria caso engravide.
ResponderEliminarXica, as empresas (a menos que sejam realmente defensoras de "políticas da família") nunca dão pulinhos de alegria, estejam os trabalhadores lá há um ano ou há dez. Vai por mim.
EliminarOlá Clara! Adorei o testemunho!
ResponderEliminarPara mim (nós) é tal e qual!
Só mais uma questão: a da casa! No meu caso não me preocupo muito, mas acho que há muita gente a quem pode ser impeditivo para ter mais filhos... Para mim um T2 dá para dois (ou três...) filhos, sejam eles de sexos iguais ou opostos, mas claro que tenho dúvidas! E quando eles crescerem e quiserem a privacidade deles, etc... Haja beliches e biombos! :)
Olá Marta, obrigada.
EliminarFalhou-me esse ponto, de facto. Bom mas como partilho da mesma opinião, o nosso T2+1 vai ter que "servir" e o quarto do filhote será partilhado, pelo menos, com mais um mano ou mana :)
Tantas dúvidas nos assaltam até realmente decidirmos que sim... Depois, os meses vão passando e a gravidez não se dá. Chegamos a um ponto em que concluímos que deveríamos ter começado mais cedo a tentar :) :)
Espero que corra tudo bem! :)
EliminarÉ pá, podia ser eu a escrever estas palavras... Só com uma diferença de 1 mês... O meu cachopo nasceu em Fevereiro! Agora temos andado a pensar no segundo bebé... Mas é tudo tão complicado... Os empregos instáveis, a falta de tempo para os acompanhar e ver crescer (das 9 às 18h está no infantário)!
ResponderEliminarE continuo a achar o meu filho muito pequenino ainda para partilhar tudo com um irmão, não sei...
Mas depois começo a pensar na minha idade...já não vou para nova, daqui a pouco sou uma quarentona...
Ai, caramba, tantas dúvidas, tantas dúvidas!
Acho que só vou engravidar se nos "descuidar-mos"! Ao menos fica feito e pronto, está o assunto arrumado :)))))))))))))))
AND
A falta de tempo é o que me assusta verdadeiramente. Tempo... tempo para ter tempo de qualidade com os filhos.
EliminarSem sombra de dúvida! Se já nos desdobramos com 1 filho, imagino com 2... nem sequer consigo imaginar porque fico com lágrimas nos olhos só de pensar que vou ter retirar tempo ao meu "bolota" para dar atenção ao bebé... É muito complicada a gestão destes sentimentos todos... Mas depois penso que é egoísta da nossa parte deixá-lo filho único! Porque ter irmãos é tããããããõoooooooo bom! Eu pelo menos adorei e adoro, claro!
EliminarAND
AND,
Eliminareste seu comentário lembrou-me a minha véspera de ser mãe pela segunda vez. desculpem, Joanas, vou usar aqui o vosso estaminé para me republicar, mas acho que se enquadra aqui neste medo da(o) AND: https://adoscoelhos.wordpress.com/2015/06/08/julia/
Nada temam. É muito melhor com dois.
E não tenham vergonha de sentir que podem não gostar do segundo como do primeiro - é normal, senti eu e todas as minhas amigas com quem conversei sobre isso. somos todas iguais, só mudamos de morada. e é mesmo um medo infundado, o cliché confirma-se: o amor de mãe não se divide, multiplica-se.
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Olá! Olá também podia ter sido eu a escrever esse texto. :) O facto é que sou filha única e desejo muito dar um irmão ou uma irmã à minha filha que tem agora 15 meses. A minha questão é que ela ainda mama e queria dar-lhe de mamar pelo menos até aos 2 anos. A empresa onde trabalho também está a travessar uma fase mesmo muito difícil mas, lá está, nunca será a altura ideal e eu, com 33 anos, não queria esperar muito para ter outro filho. Acham que deviam esperar até a minha filha deixar de mamar? Estou cheia de dúvidas.
ResponderEliminarOlá, olá. Descompliquem meninas....ter bebes é o melhor do mundo e ter irmãos é ainda melhor. Eu só tenho ainda uma pimpolha de 10 meses e quero apenas esperar porque ando tao enamorada que quero viver isto ate ao maximo. Ah e se o problema é a idade eu tenho 37 e o segundo filho deve vir la para os 40 ihihih.
ResponderEliminarPara alem disso quero acreditar nas maes experientes que dizem que o primeiro custa mais que o segundo e/ou terceiro isto porque do primeiro muda tudo e temos que aprender e reorganizar tudo...para o segundo é so reajustar e seguir....
Muita saude e amor e o resto é conversa. Tudo de bom.
também acho, é descomplicar!
EliminarMas, AnaG, percebo isso que diz, de sermos mais ansiosas na primeira vez e mais descontraídas na segunda, sim é verdade. Mas quando eles têm pouca diferença de idades (no meu caso, o primeiro tinha 21 meses quando nasceu a irmã), é muito mais difícil tratar do segundo. Difícil em termos de logística e já não em termos de ansiedades ou de experimentar coisas nunca antes feitas. Só faço esta ressalva para quando o mais velho ainda é ele próprio um bebé, quando já são mais velhinhos não se põe a questão. Tenho amigas que tiveram os segundos quando os primeiros já tinham três anos - e aí o maior problema foi gerir os ciúmes e as regressões, porque é o ano do desfralde e de acabar com a chucha - e quatro - aqui, então, nem há drama nenhum e, aos 4, já ajudam imenso, até.
Portanto, o segundo será mais fácil, ok, mas não quando o primeiro também ainda precisa de colo para entrar e sair da banheira, para subir e descer escadas, ainda precisa de trocar fraldas também, ainda não come sozinho (ou comem na escola mas em casa preferem a atenção dos pais), anda de roda de nós a chamar por atenção quando temos as mãos (ou as mamas) no bebé, grita e atira brinquedos ao bebé porque não tem noção e está na fase disso, canta e dança quando se lhe pede silêncio porque o bebé está a dormir... não acho mais fácil o segundo quando o primeiro ainda é assim, não.
Agora, o que me dizem outras amigas é que, o terceiro, sim, é que é garantidamente mais fácil porque aí, mesmo que os dois outros ainda sejam pequeninos, entretêm-se um com o outro e a mãe pode mais calmamente tratar de um bebé.
Portanto já sabem, é apontar agulhas para ter três, mazé!! ;))))
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Não planeámos a nossa filha que foi concebida 6 meses após deixar a pílula. Desde o momento do parto que quis que tivesse um irmão, de preferência com 2 anos de diferença, é tudo fiz para que acontecesse, porém o destino pregou uma partida e só passados 4 anos é que consegui engravidar novamente! Agora já tenho o meu Gui com 8 semanas! Moral da história: não vale a pena planear tudo, pois pode sair tudo furado, mas com certeza acabará bem!
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