6.17.2015

Cataratas do Niagara cá em casa (culpa de uma leitora)

*Por motivos de confidencialidade, cortei nomes para evitar associações e locais.
Exponho-nos bastante mas tenho essa regra: não saberão onde vivemos nem qual é a creche da Isabel.


Em resposta ao meu post Quero que a minha filha seja aquilo que for, a mãe da Sofia escreveu-me este email. Se tiverem dificuldade em ler letras mínimas eu ajudo:

"Olá!

Leio e sigo blogues há "n" tempo e sou aquilo que se chama leitora passiva. Mas pelos vistos os filhos mudam-nos e hoje não consegui resistir ao impulso de contar à Joana Paixão Brás um episódio recente que aconteceu com a Isabel e com a Sofia, a minha filha de seis meses e meio.
Ora acontece que no primeiro dia que eu e o xxx fomos levar a Sofia ao infantário, com o coração nas mãos e lágrimas nos olhos, dei de caras com a Isabel. Sorri e não disse nada. Achei piada à coincidência e pensei que o assunto ficaria por ali até porque estavam em salas diferentes, a Sofia no berçário e a Isabel na dos maiores (para mim já são enormes). 

Na sexta feira passada fui buscar a Sofia por volta das 17.30, quando acabei de subir as escadas e virei-me para a sala dela não pude deixar de observar durante uns minutos e sorrir. A Sofia estava sentada na espreguiçadeira com a Isabel à sua frente. A Isabel gentilmente ia abanando a espreguiçadeira enquanto a Sofia se ria. Depois, com um ar muito maternal, de quem percebe destas coisas, a Isabel deu a volta à cadeira e começou a dar festinhas na cabeça da Sofia. Muito gentilmente, mesmo festinhas! (estou acostumada à brutalidade da Sofia que sempre que faz festas aos nossos gatos vem com a mão cheia de pelo). 

Não sei o que a Isabel vai ser. Mas aquilo que ela é agora deve dar-lhe motivos para sorrir.
Era só isto. 

Boa semana!"

Ora eu fiquei em lágrimas, claro. Chorei por não ter visto e por ter consciência de que perdemos tantos momentos dos nossos filhos... Chorei porque fiquei feliz, de coração cheio, com esta imagem tão linda. 
A Isabel é brutinha às vezes, faz birras do demo, puxa cabelos e já me mordeu a mão (um dia destes conto), mas também a acho muito meiga e doce. Dá-nos muitos abraços, vem dar-nos beijinhos, adora colo e festas. O que ela é agora deu-me motivos para sorrir. Obrigada, mãe da Sofia!


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