4.05.2019

Ah, era por isto que lhe ardia sempre o pipi...

Não, não lhe andava a lavar o pipi com sabão azul e branco, apesar de ter vindo a saber que lamentavelmente ainda há muitas portuguesas que o usam e especialmente nos pipis (ai, que devia ser a outra Joana a escrever este post que eu sou a que menos consegue dizer vaginas e vulvas, apesar de serem os termos certos).

Sempre sofri muito com infeções urinárias, até durante a gravidez (a minha primeira ecografia foi nas urgências por causa de uma) e ainda não conheci dor mais desconfortável. Fujo a sete pés disso.

Infelizmente, a minha Irene parecia ter adquirido a minha má sorte e chorava horrores quando lhe lavava o pipi. Fiz tudo o que sabia e o melhor que sabia: acabaram-se os banhos de imersão demorados e com espuma, limpava o melhor possível a zona, abdicamos da utilização de toalhitas, expliquei-lhe a importância de não “guardar” o xixi, etc. Nada estava a melhorar. Lavava-lhe o pipi e ardia, só ficava aliviada depois de estar a enxaguar com muita água fria e passados uns bons 10 minutos. E o normal era ter sempre o pipi encarnadito.

Falei disso à pediatra da altura que desvalorizou. A Irene também ainda usava fralda e, por isso, não havia “grande coisa a fazer” a não ser usar um produto específico para esse efeito.

Quero o melhor para a minha filha. Claro que isto é holístico, no sentido em que tenho de trabalhar a alimentação dela, a ingestão de água, a escolha da roupa interior e tudo o mais, mas quero garantir que, numa fase em que o pH da vagina é alcalino (por falta ainda de estrogénios) que ela tem uma ajuda externa para manter o equilíbrio da flora vaginal e também evitar desconfortos como o ardor e as temidas vulvovaginites muito comuns nas crianças. Não a quero desconfortável e muito menos não é porreiro deixá-la a chorar sempre que é para se lavar ou, então, ter a consciência de que não estou a fazer nada para melhorar o seu conforto. Not cool.

Tendo em conta que existem menos defesas na infância também na zona íntima, é importante também começarmos a inserir no comportamento habitual das nossas filhas (e filhos, convém também) lavar os “genitais” com os produtos adequados. 

Isto além dos restantes cuidados que se tem que ter para evitar desconfortos como:

- Evitar roupa interior húmida (que acontece frequentemente porque a brincadeira é sempre mais aliciante e por vezes quando se lembram já houve um pequeno descuido);

- Não manter os fatos de banho molhados durante muito tempo;

- Na praia ter cuidado com a areia porque funciona como um corpo estranho que pode causar irritações;

- Evitar banhos de imersão demorados;

- Estar atentas a possíveis desequilíbrios na flora por eventual medicação como antibióticos;

- Ensinar as crianças a limparem-se sempre da frente para trás (e não ao contrário!);

- Incentivar as crianças a dormirem sem roupa interior e privilegiar roupa interior em materiais naturais como o algodão.

Acabou de sair o Lactacyd Girl que testamos a medo (por não serem todos os produtos que resultam e que deixam a Irene confortável) e que além de ter corrido bem se tornou num momento divertido



Como podem ver na fotografia, a embalagem é giríssima e tem um dispensador que faz com que todo o processo seja mais independente e, por isso, que se sinta mais autónoma. Tem um cheirinho a pêssego muito agradável que me fez rir por me fazer lembrar o emoji
🍑 que é aquele que... uso no whatsapp para me referir... àquilo que já disse imensas vezes aqui: VAGINA.

Lactacyd Girl não tem sabão (acho que era parte do problema para a Irene), é super suave, e é enriquecido com ácido láctico – que ajuda a manter ali o pipi forte como o aço (Ahah) relativamente a infecções e afins – e, claro que foi testado sob controlo pediátrico. Imagino uma sala cheia de pediatras e de mães a lavarem o pipi às filhas, mas há de ter sido algo mais confortável (espero que num hotel de 5 estrelas algures ou assim.)

Queremos pipis bem dispostos, fresquinhos e que deixem as nossas miúdas confortáveis. Ficam já a conhecer o Lactacyd Girl que nos agrada bastante Eu sei que o pipi é só dela, mas eu ainda mando aqui alguma coisa.

Vivam os pipis! Vivam!



4.04.2019

Estou a fazer dieta

Comecei esta semana uma dieta. A parte mais complicada para mim é, sempre, o desmame do açúcar. Fico com dores de cabeça, um feitio mais difícil, sinto-me com menos energia, tudo normal - quem já o fez, saberá do que falo. 

O meu objectivo é queimar massa gorda e perder 4kgs que andam aqui a “mais” mesmo com desporto - isto é, a fase em que me senti melhor foi quando estava com menos 4kgs do que agora. Sei bem que o peso não é assim tão relevante e que pode também ser de massa muscular mas não é o caso. Sei bem o discurso do que a mudança tem de partir de dentro para fora e até nisso estou a trabalhar no yoga e na meditação. 

No entanto, sinto que preciso deste empurraozinho inicial e de ter uma nutricionista que é o meu confessionário e a minha ajuda. Estou a seguir a Dieta 3 Passos na Clínica Lisboa  mas a adaptá-la a mim. Tenho sempre algum receio, quando faço estas escolhas e as publico, de vos fazer entrar em comparações ou deixar mais frustradas. De vos levar a fazer algo que não resultará convosco, por estarem sem motivação ou nem sequer ser isto que precisavam mas antes a tal mudança que vem de dentro para fora. Não o façam porque eu faço, façam-no por vocês, se fizer sentido.

Perdi 900g numa semana, algum volume e, sim, perdi massa gorda. Não posso negar que fiquei contente e que me deu força para continuar. Nunca passei fome.
Estou feliz: não só por isto mas também por isto. É um complemento, mais uma peça que se encaixa. [obrigada à Patrícia Marques  pela maquilhagem que me põe ainda mais (olhem a moral!) bonita 🙌🏼]




A minha filha mandou-me calar... !!!

O que eu me ri!! 

Há coisas que não admito à Irene, por muito compreensiva que seja. Mandar-me calar activa em mim um enervamento que, pela segurança e sanidade e ambas, tenho e garantir que não aconteça. 

Ontem, lá fui fazer de side-kick para o Maluco Beleza com o Rui Unas (o convidado foi Ramon de Los Santos - realizador, actor e argumentista) que podem ver aqui em baixo  e a minha melhor amiga estava a tomar conta da Irene. Tenho muita sorte ela poder querer e gostar e a Irene também. Deu-lhe banho, jantar e ainda a adormeceu...  É tão bom quando podemos ficar descansadas com estas coisas, não é?




Estarei lá todas as quartas-feiras a dar "apoio" ao Unas e ao programa. Ficam a saber :) Bom, chego a casa e tenho a miúda a dormir, meto logo a conversa em dia com a BFF e, de repente, oiço pelo intercomunicador: "mãaaaaaaaaaaaae!".
Lá vou a correr, porque parecia urgente... abro a porta e digo baixinho: "diz, amor". 
Ela diz, aos berros: "CALA-TEEEEE!". 
Eu pensei: "isto não é normal, ela nunca diria isto...".  
Então... fechei a porta e vim para a cozinha. A miúda estava a dormir! Como assim???
A miúda mandou-me calar a dormir!! No fundo, no fundo, ela odeia-me só que só o consegue dizer quando está a dormir. 



Vá, depois compensa de manhã com esta palermice toda. Ahah! Eles são queridos de propósito para ficarmos com eles... está tudo muito bem feitinho... 

4.03.2019

Olhem a nossa grande novidade! Queremo-vos connosco :)

Esta ideia surgiu por causa daquele provérbio africano "it takes a village to raise a child". É a mais pura das verdades. Apesar de vivermos num tempo e num contexto em que tantas coisas estão tão facilitadas, noutras estamos completamente sozinhas. Às vezes por opção, outras por causa de como as coisas se desenrolam, mas o mais normal é porque as famílias já não estão assim tão perto umas das outras. 

A Joana e eu estamos, tal como vocês, em alguns grupos de mães pelo facebook fora e assistimos a uma grande ligação entre todas, a uma vontade grande de ajudar e de identificação. Pensámos: e se passassemos isto para a "vida real"? Quem melhor, neste momento, para ajudar outras mães que... quem acabou de passar por isso? Nós, as outras mães? 

Então... aí surge o... 





As ilustrações são da nossa Maria Bouza, que também esteve com a mudança da imagem do blog em mãos e achamos que o desenho é mesmo na muche. É esta a nossa intenção. Ajudarmo-nos mutuamente, a levantar, de braços dados, por muito diferentes que sejamos entre nós. Acreditamos que é mais uma forma de tentar unir-nos, de aprendermos a tolerar a diferença e, em último caso, a aceitarmo-nos também.

Já agora, o nome não quer dizer que SÓ a Mãe sabe ajudar, é o nome do nosso blog e um empurrão para as mães passarem a cuidar mais uma das outras também ;)


No que vai consistir? 


- A Joana Paixão Brás e eu vamos fazer um passatempo em que a família vencedora irá receber-nos em casa durante um dia (grande moral, nós sabemos).

- Durante esse dia, em casa dessa pessoa, vamos ajudar a pessoa a fazer o que ela precise e o que seja possível que nós façamos, mesmo que seja varrer a cozinha ou limpar os azulejos da casa de banho.

- Vamos ter algumas marcas connosco e que vão oferecer cabazes e facilidades à família vencedora.

- Ao longo de todo o processo, vamos reportar tudo nas redes sociais. Vamos documentar a preparação, a ida, o dia e o após. É uma espécie de "Querida, mudei-te o dia de hoje". É claro que não é num dia que vamos mudar "a vida de alguém", mas podemos inspirar e podemos ajudar qualquer coisa, achamos nós.

- Queremos que isto aconteça várias vezes ao longo do ano, mas tudo será mediante a aceitação, a vossa participação e o resultado. Haverá mães por aí que queiram dar a cara e, melhor que tudo, nos queiram receber em casa?


Como participar no projecto? 


As marcas que queiram entrar no nosso projecto, podem contactar-nos via e-mail (amaeequesabeblog@gmail.com) que respondemos com as condições.


A primeira vaga, tudo a correr como previsto, será já a 20 de Abril.

Podemos contar convosco?







Não aos tablets e afins durante a semana!

Já vos tinha aqui contado desta minha intenção de cortar com TVs telemóveis e tablets durante a semana e assim tem sido. Nem sei quando começámos mas há bem mais do que um mês. De segunda a quinta a única coisa que pode haver é spotify e rádio, 6a à tarde, sábado e domingo podem ver desenhos animados, um filme ou músicas da Disney no YouTube. Elas gostam e eu também. Se for com conta, peso e medida, nada fará mal.

A Isabel já sabe bem os dias da semana e, por isso, nem é preciso relembrar. Aliás, é ela quem me chama a atenção para isso mesmo. A Luísa, de manhã, pergunta: “hoje é só música?”. Sim, só música. Sinceramente, não tenho sentido falta nenhuma, nem do escape que era para mim tê-las entretidas enquanto acabava o jantar ou assim. Agora, arranjam alternativas, brincam mais, interagem mais (e implicam mais, mas faz parte).

Por isso, aconselho-vos vivamente a fazerem o mesmo, se virem que eles estão a ficar viciados ou a preferir quase sempre isso a brincar com outras coisas. Mau sinal. A Luísa está louca com a Elsa e com esse mundo todo, mas ela que se aguente com o vestido e a coroa e que deixe os vídeos para o fim-de-semana - é mais saudável assim. Até acho que andam a dormir melhor e tudo. 

Não gosto de ser radical (até eu gosto de ver desenhos com elas) e acho que assim encontrámos um bom equilíbrio. 

Já pensaram em fazer algo assim?




4.02.2019

Coisas que mais pedem para não irem dormir.

Acabei agora de passar por essa provação. Há dias em que até corre mais ou menos - e isso significa só pedirem uma das 20 coisas habituais, mas há outros dias em que o rol de pedidos e exigências, antes de estarem prontas para dormir.

Sei qual ganha o primeiro lugar do top de pedidos, já depiis de estarem deitadas: ÁGUA. 
Mas, logo depois, vem o xixi. Mesmo que tenham feito nem há meia hora. Uma pessoa, pelo sim pelo não, acredita, não vão elas molhar a cama toda. 

Hoje, não se ficaram por aqui. Depois desta, veio o cocó. Acabada de sair da sanita, pede por favor e diz que está aflita. Lá vamos nós. Nada. Zero. Nem um de cabrinha. Rien. Entretanto já a outra, que até já nem faz sesta e adormece mais rapidamente, estava quase a dormir, despertou. Nossa senhora da Agrela. É isto e calor, frio, tapar, destapar, dar a mão, dar o pé, dar um abraço, dar só mais um recado. Acudam-me!!!

É, quando tenho coisas para fazer depois de adormecerem, das minhas maiores provações. Das partes mais desgastantes. 

Percebo que eu seja irresistível e que queiram passar imeeeeenso tempo comigo, mas pá. Dormir. É tão bom. Quando podem não aproveitam? Porquê?????

Vá, quero a vossa lista de pedidos dos senhores Reis e rainhas que mandam nessas casas 😏

Alegrem-me o dia. 





Morte às palhinhas.

Vocês já sabem disto? Dei por mim a escrever sobre isto porque, no início (há dois anos, para aí), assim que li aqui na internet que as palhinhas entravam pelas narinas das tartarugas achei um pouco rebuscado, mas deixei de conseguir usar palhinhas. Comecei a interrogar-me sobre o motivo de usar e não consegui entender. A palhinha não serve para grande coisa, no geral, a não ser talvez nas pessoas com problemas motores, mas essas palhinhas também poderão não ser de plástico. 

Depois vi o vídeo. Não vou por aqui. O vídeo é muito triste, mesmo. Também vi vários documentários sobre a produção de leite de vaca em alguns sítios, fiquei mal disposta e vou poupar-vos a isso. Apelo apenas a que nos informemos quando tivermos disponibilidade. Claro que não é preciso que tomemos 2019 como missão e deixarmos de consumir tudo e mais alguma coisa mas, pelo menos, como em tudo o resto, fazermos escolhas mais conscientes. 

Entretanto e muito por causa do vídeo, muitas marcas começaram a dizer que vão abolir as palhinhas de plástico (há as de cartão, de bambú e outras... de certeza que já terão usado por aí), até porque são demasiado pequenas para serem apanhadas pelos equipamentos de reciclagem e não se biodegradam quando chegam ao oceano. Em vez disso dividem-se em partes mais pequenas apenas, os microplásticos que muitos animais acabam por confundir com comida...

Até existe o Dia Internacional Sem Palhinha. 


Depois, há quem diga que nos estamos a concentrar na parte mais insignificante do problema que as "palhinhas são apenas uma gota no oceano".


#teampalhinha ou #teamsempalhinha ?





4.01.2019

Uma das melhores amigas dela vai-se embora... conto-lhe?

Na escola da Irene, de x em x tempo mudam de sala e de educadoras. Este foi o ano em que ela teve de mudar e algumas amigas da sala anterior foram com elas. Uma das amigas com quem se dá melhor não vai estar em Portugal ao longo de todo o terceiro período e só volta para o ano. Acho que tem sido mesmo um grande apoio para a Irene na integração na turma nova. São adoráveis. Já brincaram juntas na casa uma da outra e até adoram fazer facetime - eu sei, modernices. 

Sei que a amiga dela não sabe que vai estar fora durante as aulas, sabe que vai de "férias" com os pais, mas não sei o que dizer à Irene. Vou esperar que ela note para lhe dizer? Se calhar devia compactuar com a história: "olha, a xx vai de férias para xxx e só volta daqui a muuuito tempo, mas podem continuar a falar por telefone". 


Claro que isto não é grande problema, mas estou cheia de pena, buuuh. Elas gostam tanto uma da outra, que chatice (para a Irene). 

Como fariam vocês? :)




3.31.2019

Fim-de-semana só de miúdas!

Ai meninas, estou cansada.

Claro que o que vou dizer agora depois disto vai soar a estranho, porque não estive propriamente na lavoura nem a trabalhar, mas as miúdas estavam especialmente eléctricas nestes dias e hoje, que vão para a escola, é que me vai saber mesmo a férias. Mas bem, não quero parecer mal-agradecida.

O fim-de-semana foi óptimo. Consegui convencer a Raquel Mourão (cá em casa é conhecida assim porque há mais Raquéis nas nossas vidas) a ir comigo e com as miúdas até Viseu (falei-lhe em vinhos do Dão e não mencionei o facto das miúdas terem acordado às 6h00 da manhã ou às 7h).

Sexta-feira lá fomos nós até lá acima, até às Casas do Lupo, que ficam ali na Lapa do Lobo, e acabámos por já nem sair de perto. A primeira coisa foi sentarmo-nos ao balcão do cafézinho da aldeia, que tinha cassetes de música popular portuguesa à venda, e onde bebemos umas minis e uns copos de leite, respectivamente. Soube-nos mesmo bem. 

Entre um passeio a pé e a aproveitar ali a zona da piscina, totalmente silenciosa, elas andaram descalças à procura de bichinhos e a apanhar laranjas e limões e a comparar os vários tipos de folhas. Que sítio bonito e que casas tão bem decoradas, mantendo a traça antiga e o granito por todo o lado, mas com um toque moderno e até retro. Há de tudo um pouco mas com muito bom gosto. O nosso quarto era o da Belavista e tinha realmente uma vista lindíssima para a Serra da Estrela. Olhem adorámos.









No sábado ainda aproveitámos a zona da piscina (estava sol e calor até) e depois fomos até à adega Caminhos Cruzados na Quinta da Teixuga. Além de visitarmos a adega, muito moderna, onde pudemos ver onde se armazena e produz o vinho (adoro o cheiro das barricas de carvalho, mesmo), fizemos degustação ao almoço (harmonização, não é mesmo) e depois fizemos ainda um jogo de aromas, onde teríamos de identificar vários aromas em frasquinhos (desde limão, a torrado, a amoras ou a trufa - não é nada fácil, digo-vos já!) e tentar adivinhar que aromas estariam depois nos vinhos. Foi muito divertido: a Isabel adorou jogar - uma vez disse "pipoca" e era caramelo ou algo do género e não estava mesmo nada longe. A Luísa dormiu uma sesta no sofá (adoro saber que elas se adaptam a qualquer circunstância e zero culpa deste lado).






À noite, fomos até a um dos melhores restaurantes da região, o Bem Haja, em Nelas, e estava tudo incrível: desde os pastéis de massa tenra, ao peixinho com puré de batata aos secretos de porco preto com arroz de feijão, chegando, claro aos doces (aliás, à entrada está logo uma mesa enorme de doces e especialidades (as farófias estavam divinais, assim como o arroz doce - e eu costumo ser muito chatinha com arroz doce porque o da minha avó Rosel é o melhor do mundo, já sabem...). Ainda provámos o Biscoito de Azeite Mondegão que é candidato às maravilhas de Portugal, como se sobrasse espaço no estômago.

Na manhã seguinte, depois do pequeno-almoço das Casas do Lupo e da despedida da Lapa do Lobo (uma aldeia muito querida onde nos cruzámos com vizinhas de carrinho de mão com couves e batatas - e elas metem conversa com as senhoras todas, felizmente), fomos até Viseu, onde conhecemos o brunch do Aromático 54. Para já, o espaço é muito giro, com espaço exterior rodeado de flores, plantinhas e de ervas aromáticas, claro está (e lá dentro também muito agradável e bem decorado), e depois tudo o que comemos estava bom - os ovos benedict, os ovos mexidos e a sopa para elas no menu kids e - o grande momento do almoço - o prato com panquecas e manteiga de amendoim. de que elas andavam a ressacar há dias, que parecia uma torre, com morangos, banana, frutos secos e uma bola de gelado, com uma flor comestível por cima. Sim, senhor. Adorámos.






Foi um fim-de-semana cheio, bem regado (pena eu amanhã ir começar uma dieta e ter comprado vinho para trazer snif snif) e com comida do melhor que há e uma amiga - que vem por último mas devia vir logo em primeiro - que foi mais que mãe. Tenho mesmo sorte nas pessoas que me rodeiam, a verdade é só esta. 

Olhem, adorámos. Para sair de casa e descobrir sítios novos, estamos sempre prontas.

Conhecem aquela zona?



P.s. Podem ver todos os vídeos do passeio aqui, nos stories.


E sobre o teu divórcio, Joana Gama?

Bem, a ideia foi simples: no instagram fizemos daquelas perguntinhas a tentar saber se tinham curiosidade relativamente ao meu divórcio. Recebemos imensas perguntas de volta. Creio que algumas só porque sim, outras mães porque poderão estar numa situação em que equacionem o divórcio, etc.

Claro que divorciar-me não foi uma coisa porreira, mas foi a melhor solução possível para todos os envolvidos. Quis ser o mais franca convosco. Talvez vos inspire ou a alguma amiga vossa a verem as coisas de mais uma maneira possível para terem as vossas próprias opiniões ou poderem controlar os vossos medos, não sei. 


Já foi há 2 anos ou assim, está tudo arrumado mas não costumo falar sobre isto com franqueza e ainda para mais publicamente. Demorei até uns largos meses a começar a escrever sobre isso aqui como algumas de vocês irão saber. Também poderão ter reparado que sou muito mais feliz agora e, por isso, porque não? 

Subscrevam o nosso canal, comentem, activem as notificações :) Todos os domingos - para já - iremos ter novidades para vocês. Pode ser? :) Agora olhem... 



3.29.2019

Fomos à praia a meio da semana

Sei bem o quão privilegiada sou ao ter esta brecha de luz a entrar, de conseguir respirar fundo a meio da semana.

Da última vez que a escola das minhas filhas fez greve, eu levei-as comigo para o trabalho. Claro que não tinha de o fazer, podia ter tirado o dia, etc, mas quando estou a trabalhar e comprometida com pessoas e com responsabilidades, tenho muita dificuldade em protelar. Por isso, e porque me dava jeito estar a trabalhar nessa manhã por lá, levei-as. Não foi assim tão fácil, no entanto. Até que a Luísa fez uma birra porque já era hora de almoço e devia ter fome e sono (e aí eu senti que com 2 anos aquele não é o sítio mais fixe para se estar - a Isabel já se aguentou lindamente). Ainda por cima eu estava numa fase de muito cansaço e senti-me atrapalhada. Pensei na tal falta de alternativas e de rede que dá tanto jeito [e sei que muitas de vocês também não o têm].

Agora que sou freelancer, tenho este alívio e disponibilidade (mas digo-vos já que nem tudo são rosas; que é estranho não saber bem com o que contar ao nível de pagamentos - uns são a 30, outros a 60 dias, outros a 90...- e que ainda não encontrei o balanço certo para conseguir ter jantar feito e casa arrumada e e-mails respondidos e textos escritos e tentar não deixar de lado o desporto e ir buscá-las cedo...).

Mas bom, levei-as comigo até ao meu treininho em Monsanto (com o Chama a Sofia) o que, com o bom tempo, nos soube muito bem. E depois, fomos almoçar à praia e, pelo sim, pelo não, levámos fatos de banho. Estava um ventinho, mas esteve-se mesmo bem. Só não entrei na água, credo, não sei como elas conseguem! 

Foi um dia daqueles mesmo, mesmo bons. A Luísa dormiu debaixo do chapéu e pude ver a Isabel a brincar, com toda a atenção. Elas estão mesmo a crescer. E eu tenho muita sorte de poder ser a mãe delas e de estar lá nestes momentos sem a pressão habitual.








3.28.2019

A minha filha adora jogar à bola e pediu carros nos anos, e então?

A propósito da polémica em torno de uma colecção de roupa, unisexo, e do boicote que algumas pessoas em comentário diziam que lhe iriam fazer, apeteceu-me escrever sobre isto.

Muitas irão dizer que é um não-assunto; outras irão concordar que se tem de falar disto até que deixe de haver uma pobre alma no mundo a querer fechar as pessoas em compartimentos e a dar-lhes conotações negativas, podendo mexer com auto-estimas e com a felicidade das crianças.

A minha filha mais velha, a Isabel, adora futebol. Quando a vou buscar à escola, está muitas vezes no recreio a jogar à bola, normalmente com rapazes (pode ser só coincidência nunca ter apanhado mais raparigas, ou não, não sei nem perguntei). Quando para o Natal pediu o equipamento completo do Benfica (punha aqui um emoji vómito mas não encontrei ahah) e carrinhos hot wheels. Chegou a haver quem comentasse que ela era "Maria-rapaz". 

Não gosto que, em pleno século XXI, ainda haja quem use este termo para definir e catalogar uma miúda que gosta de coisas que, até aqui, foram consideradas pertencentes à esfera masculina: futebol, carros, corridas e até subir a árvores ("eu subia às árvores, como os rapazes", já ouvi eu). 

Ora bem, se há coisa que me encanita é ainda haver esta separação de gostos e interesses e, pior, já haver crianças pequeninas com este discurso (o sofrimento da minha filha quando chegou a casa, já há dois anos, a dizer-me que um menino na escola lhe tinha dito que não podia jogar à bola porque era menina...). Claro que lhe disse para confiar em mim, que a mãe sabia mais coisas que o menino e lá lhe dei a volta. Até hoje mais ninguém lhe disse nada igual e se disser, ela já tem resposta para isso. Leva uma grande lavagem em casa: todos os meninos podem vestir rosa, todos se podem mascarar do que quiser, todos podem fazer as actividades que preferirem, etc etc etc. Não é aí que se faz um combate à feminilidade das mulheres e um ataque à masculinidade dos homens... dá-se é precisamente maior abertura a que mais miúdos e adultos possam ser felizes no futuro, a fazerem o que mais gostarem, a vestirem o que bem entenderem, a serem o que quiserem, depois de lhes terem sido dadas oportunidades para experimentarem tudo, sem reservas. 

Quando achamos que este tema já nem devia ser necessário, lá vem uma carga de mensagens perturbadas com o facto de uma marca ter, segundo eles, com esta colecção, ido atrás da agenda LGBT e fazer ideologia de género, quando está e bem, a apresentar um terceiro corredor de roupa, colorida, que dá para passar de irmãos para irmãs e para primos, sem restrições. 

Claro que grande parte da ideia poderá ter marketing associada (e qual o mal) e estar a surtir até o efeito desejado (who knows?), mas assusta-me ver o transtorno que tal coisa causa em algumas pessoas. Estão lá, no corredor ao lado, os vestidos rosa (e aliás, quem não souber pode ficar a saber que esta coisa do rosa ser cor das meninas e azul dos meninos é uma "construção recente" - leiam este artigo muito bem conseguido). Continuamos a comprar o que quisermos (ou o que os nossos filhos quiserem...).

A Isabel hoje quis levar a camisola do Benfica para a escola; a Luísa um vestido "da Elsa" (qualquer vestido rodado para ela é "da Elsa", do Frozen). Qual o problema mesmo? Podem explicar-me?

Deixem os miúdos em paz, principalmente quando eles já têm gostos e opiniões. 

Não quis usar vestido neste dia. Acham que insistimos? Nem pensar.

Só uma pessoa me separa da Cristina Ferreira. Estou tão perto.

O estrelato está perto, miúdas! Sinto que a fama e a televisão estão a chamar por mim. É só uma questão de dias, quem sabe, de vir a ter o meu próprio programa num canal generalista ou talvez numa Netflix da vida: o Programa da Joana. O que acham de transformar o cenário numa casa verdadeira e de fazer uma apresentação super orgânica? Foi uma ideia que tive para aqui. 

Aqui ainda os nossos ídolos estavam juntinhos, que chatice. Aii... 

E não é que, a passear pelos stories alheios, me apercebo que tanto eu como a Cristina Ferreira comemos os mesmos vegetais? Daí esta beleza que emana de mim, esta aptidão para a comunicação e o vasto público que me segue. O segredo está na courgette, vejam lá. 

A Joana Paixão Brás, quando se lembra (quem viu o vídeo que gravamos com as coisas boas e más que pensamos REALMENTE uma da outra percebe) também encomenda Bio Cabaz mas fui eu que tive olho para a coisa. Olé. 

SÓ UMA PESSOA ME SEPARA DA CRISTINA e é o Nuno do Bio Cabaz. Se carregarem aqui vêem o Nuno que me vem trazer semanalmente os vegetais e frutas bio à porta de casa já há um ano ou mais. Da última vez, para nos rirmos dos nervos dele ter ido à Cristina, até se sentou à mesa connosco a contar como foi. 

A Irene adora-o e quer ser sempre ela a ir à porta para ver o Nuno "dos legumes". Gosto do Nuno e estamos fidelizadas :) Quando digo "nós", falo em mim e na Cristina Ferreira, como é óbvio. 


Se quiserem conhecer o Nuno e seus vegetais (ahahahahahahahah, tive que me rir) - não garanto que seja o Nuno que acho que ele só entrega em Lisboa e a Bio Cabaz está a ir cada vez mais longe no continente - é fazer a encomenda para experimentar no site. Se morarem aqui em Benfica, recebem as encomendas normalmente pelas 19h de quarta-feira, ficam já a saber ;)



3.27.2019

São desnecessárias as festas de aniversário com produção?

Depois de vos mostrar aqui no post da festa de aniversário da Irene como tudo aconteceu e como foi a festa, surgiram alguns comentários (todos válidos, claro) de como é desnecessário aos olhos dessas leitoras (e tantas outras que pensam o mesmo e que não comentaram) elaborar uma festa de aniversário infantil a esse ponto. 

Confesso que, se não fosse blogger, se tivesse de pagar tudo do meu bolso, mesmo que combinado em família, preferia gastar o meu dinheiro noutras coisas. Reconheço que, apesar de muito bonito e de transformar um dia fantástico num dia de sonho "visualmente" (embora isto seja subjectivo, também) não conseguiria gastar o meu dinheiro em catering, decoração, planeamento, etc. Porém, se tivesse MUUUUUITO dinheiro, talvez não me custasse tanto e pensaria "why not?". Ninguém me obriga a que as festas da Irene sejam assim, mas as oportunidades são bastante fáceis para nós e, na verdade, é um descanso não ter que arrecadar com grandes custos no geral. 

As coisas mais bonitas são as mais simples, mas também acredito que não é só no dia de aniversário que se vivem. Ou até no dia da festa.

Olhem com muita festa ou pouca, a Irene enquanto se soprava o bolo chorava porque tinha feito uma ferida no dedo. :)

Tive imensa sorte de ter a Ana e a sócia da Party Office a tratarem de tudo o que era relativo à festa da Irene deste ano. Confesso que é algo que me deixa sempre algo ansiosa e desconfortável porque não quero ter a família toda cá em casa (pais divorciados, etc), não tenho casa para receber muitos miúdos e seus pais... Como é em Março nunca sei se vai chover ou se faz sol... Não me parece divertido para a Irene ir para um restaurante... 

Confesso que tenho preferido - porque posso - jogar pelo seguro e mais fácil. Talvez tenha habituado a Irene a um tipo de festa que poderá não ter para o ano, mas tudo se explica, tudo se enquadra e tudo pode ser um ensinamento, digo. 

Acho que, como em tanta coisa na vida, tudo depende de quem quer fazer, quando (fases da vida) e se os miúdos gostam e se os pais também e se os convidados também. 

É como tudo. Eu não compreendo as grandes cerimónias matrimoniais. Tanto que, a nível pessoal, gastei pouco mais de 100 euros no processo. Acho que até já gastei mais a divorciar-me, ahah. Quem puder, quem quiser, quem gostar... siga :) Não? 






Elas derretem-me.

Ontem, quando estávamos no parque, a Isabel foi ajudar a Luísa a passar pela ponte levadiça. Estou sentada a olhar para aquele cenário a pensar na sorte que tenho. E quando penso que já não dá para melhorar, ouço “tens de acreditar em ti”. “Tens de acreditar em ti”, repetiu até passarem ambas para a outra margem. Se há dias em que ponho as mãos à cabeça a pensar “no que me fui meter”, depois há disto. E isto dá-me força para o resto.


Isto foi momentos antes de soprar as velas na escola: ao ouvido, a Isabel convidava a irmã a soprar as velas com elas.
Percebem por que é que, apesar dos pontapés que deram uma à outra hoje de manhã, isto acaba por compensar? ❤️




3.26.2019

Chamaram-me psicopata!

Mas não concordo. Também o que seria! "Ai, agora fui diagnosticada por uma amigo que sou uma psicopata aos 32 anos".  Please. 

Sei que a fotografia é super conceptual mas só penso que gostava de ter umas mamas assim ainda todas... existentes (apesar de todas sabermos que as está a apertar com os cotovelos, muahah).

Quer dizer, também já ouvi falar de pior... ontem vi um filme bom (mas... terrível a história) chamado The Tale na HBO e... mal consegui adormecer a seguir. E, depois, ouvi falar do filme de uma mãe que... nem vos vou descrever muito, acho que vos vou poupar ao... vou. É horrível, horrível. Não sei qual é a minha intenção a ver filmes que me traumatizem, a sério. 

Bem, não sou uma psicopata, tenho a certeza, mas entendo que pareça esquisita para muita gente porque... sou muito organizada. Mesmo! Pelo menos sou sempre a pessoa mais organizada de todas as pessoas com quem me dou... E, ontem, ao marcar mais uma actuação de stand-up, enviei um print da minha agenda (do calendário do Google) para o rapaz que ficou... estupefacto. Não sei se terá sido por ser um rapaz... acho que uma mulher se espantaria menos (ehhhh opinião não popular para 2019, eu sei), mas ficou. 

Acham muito?

Tive de por o blurzinho para não me sentir perseguida por alguma verdadeira psicopata que haja por aí. Eu leio comentários esquisitos de vez em quando e fico com meaufa. 


Ora, muita gente já saberá o que isto é maaaas para quem não saiba: é a melhor invenção a seguir à roda.

É o Google Calendar que dá para sacar também para o telefone e dá para escolher as cores que quisermos para os eventos e adicionar emojis (eheheh até me arrepio, adoro estas coisas). A maravilha disto e que quase me tirou de uma depressão saber é que... partilhando o evento (nos convidados) com outras pessoas... fica também nas agendas das outras pessoas e apita (acabaram-se as desculpas!!). Nada melhor para pais com custódias flexíveis ou mais complexas como é o caso dos pais da Irene (falei na 3ª pessoa?). 

O calendário do iPhone é cocó porque não deixa ver a semana inteira e o mês inteiro para ter uma ideia. Instalem isto que é um life-saver. Uma espécie de MacGyver mas sem um penteadinho ridiculo.

A Joana e eu partilhamos reuniões assim, partilho as noites fora da Irene com quem me dá jeito partilhar, as férias marcadas, os treinos com o Chama a Sofia, os trabalhos, os espectáculos. A sério.. é.. OBRIGADA, OBRIGADA senhor que inventou isto.

E dá para por lembretes do que quiser. Ligar ao senhor da construção porque a humidade voltou a atacar cá em casa (ando a adiar esse telefonema há demasiado tempo) ou até comprar "areia para os gatos".

Perdem uns minutos a organizarem-se mas ganham tanto tempo com isto. Eu sou fã!
Como é que vocês se organizam normalmente?

Há gente a viver no Luxemburgo, por aí?

Isto se calhar vai soar um bocado a maluquice, mas da boa espero. 

No final de abril, vamos os quatro uns dias até ao Luxemburgo. Além da capital, onde vamos ficar a dormir, queríamos ir conhecer algumas cidades e, já agora, dar um pulinho até à Bélgica e também à Alemanha. Trier, Saarburg, Echternach, Vianden, ainda nem sabemos bem, mas está tudo aqui na lista. De carro, é num instante e 5 dias no Luxemburgo darão para algumas destas cidades.

(Se tiverem outras sugestões, apitem pff e digam também o que não podemos perder mesmo no Luxemburgo, se faz favor)

Estava eu aqui a pensar - porque às vezes recebemos e-mails de pessoas que nos seguem e que estão fora de Portugal, cheias de saudades-, se não poderia ser giro combinarmos um encontro no Luxemburgo no sábado de manhã ou no domingo, uma horinha. A ideia era conhecermo-nos, trocarmos experiências, falar um bocadinho sobre maternidade e as nossas preocupações, fazer desabafos e dar-vos também a oportunidade de conhecerem mais pessoas na mesma situação e que vocês nem sabiam: quem sabe ainda ficam amigas? É uma ideia muito estapafúrdia?

Posto isto, de acordo com as respostas que tiver, penso se isto é coisa para ter pernas ou se fica para outra altura. Se sim, sugiram também algum espaço porreiro onde isto pudesse acontecer, um café, um pavilhão, um jardim ou terraço (mas de preferência coberto, digo eu).


O que acham da ideia? Há gente por aí do Luxemburgo que alinhasse?