11.21.2018

Como é que nunca me lembrei disto antes?

A Irene, tal como a maior parte dos vossos filhos (espero), fica encantadíssima com aqueles brinquedos de cocó do supermercado: as bonecas em forma de animais, os doces miniatura, os gelados com peluche surpresa. Sinto que hoje em dia muitos dos brinquedos que há para os miúdos são as surpresas dos Kinder dos anos 90 mas em vários formatos. Haja paciência que tenho a casa cheia de miniaturas e nem sequer são Polly Pockets. Nem sei como arrumar aquilo (a não ser no lixo porque "ohh devem ter ido no aspirador, Necas..."). 

Antes de irmos dormir, em vez de ouvir uma história, ela tem preferido brincar com as bonecas-animal, mas reparei que isso era um bocadinho redutor a nível de géneros e de enredo. Era sempre a história de serem amigas ou deixarem de ser com o clássico "já não vais à minha festa!". 

No outro dia, pensei: falta-me uma família. Credo, não era assim que queria que soasse. Falta-lhe uma família no sentido em que ela não tem brinquedos em que possa brincar à mãe, pai, irmão (se quiser) e amigos do pai e da mãe. Então... comprei!

No que é que isto é útil? Além dela poder brincar assuntos que tenha na cabeça (as crianças também brincam para processarem situações, para interiorizarem e resolverem questões que tenham) também me dá a opção de poder ver o que anda ali a ser cozinhado e intervir. 

Isto é: imaginem que o pai (boneco) começa a dizer à mãe (boneca) para ela ir para a cozinha, que é aí o lugar dela... 

Espero que não aconteça. Seria péssimo sinal. Porém, na brincadeira, teria oportunidade de lhe mostrar o melhor cenário, de por as personagens a responder o "ideal" e de ter mais uma maneira para conversar com ela e na linguagem dela...

Eu gosto que ela tenha bons brinquedos, em vez de muitos. Tem muitos na mesma, é um facto, evito ao máximo comprar-lhe essas porcarias sem interesse nenhum e que acabam sempre no fundo da mala ou de um cesto qualquer no quarto, mas vêm parar cá a casa na mesma - não dá para controlar tudo e todos, não é? 

Gostei desta família que vi na Imaginarium e foi o que comprei. Fica a dica, caso tenham interesse em ver os vossos filhos a brincarem as famílias e ter uma maneira de lhe explicar mais coisas... eheheheheheheheeheh. 



Gosto que não tenham maquilhagem e olhos esquisitos... :) Pena serem de plástico, mas achei-os muito, muito queridos.


Quando foi a última vez que te sentiste sexy?

Alterei o título para a segunda pessoa do singular porque quis evitar a dúvida "sexys" ou "sexy" no plural mas afinal fico à espera que me digam como é, que não quero morrer burra (no entanto estou preguiçosa e ir aos googles da vida agora não me apetece). 

Quando foi a última vez que se sentiram sensuais? (viram como me esquivei?)

Bem sei que nem toda nos sentiremos sensuais com as mesmas coisas. E até haverá quem raramente se sinta (eu!). Acho que isto não releva necessariamente falta de auto-estima (tenho estima por mim noutras coisas), mas, no meu caso, é apenas uma dificuldade em me sentir com sexappel, provocadora, ou sei lá que mais. Eu sou das que, por exemplo, se esbardalha a rir se tentar fazer um striptease para o marido (tentei, o quê, uma vez?). Mas, sei lá, acho que isso também tem piada: esse jeito desengonçado, de quem não sabe o que está a fazer. Ui, então se me pedirem para fazer um olhar sensual (já pediram numa sessão fotográfica, tinha eu uns 18 anos? ahah), não sei o que isso é. Consigo olhar para mim ao espelho e, apesar do acne e dos defeitos que tenho, achar-me bonita - algumas vezes. Vejo uns olhos bonitos, expressivos, um nariz redondo, com graça, e gosto de mim. Agora daí a sentir-me sexy... vai uma longa, longa, distância. Acho que poderia estar com o corpo mais bem feito do mundo e super fit que não me iria sentir, de qualquer forma. 

Espero, no entanto, que, mesmo com os pijamas largos e com bonecos, o mê-hóme me ache sexy. Que ache isso sexy. Que ache sexy a minha falta de asas de anjo da Victoria Secret e lingerie provocadora. Que goste que eu me sinta "eu".

Isso trabalha-se? Ou nasce-se? 

Digo-vos quando me senti sexy, talvez a última vez. 

Nesta sessão. Há dois anos e picos.



Mentira. Acho que não me senti sexy durante as fotografias - não me lembro - só quando as vi. Não sei se é da maquilhagem, se da postura, da cor do vestido, mas talvez seja sobretudo do decote pronunciado - raríssimo por estas bandas. Talvez também ajudasse o tamanho das mamas, de quem está a amamentar ali nos primeiros meses (já que eu não fui brindada com tamanho considerável), às quais o RAP chamou "implante dos pobres". Lá se foram os implantes entretanto (snif snif).

Posso sempre repetir a sessão ou... não, se calhar não interessa. 

Isto é muito provavelmente um não-assunto, mas gostava de saber: vocês sentem-se sexy? [lá está] Ou seria importante sentirem-se? Trabalham isso?





Fotos: The Love Project
Maquilhagem: Rita Amorim (Kabuki)


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11.18.2018

Já não podem com eles? #estounomesmobarquinho 😏

Acho que já vos contei que a Irene e eu andamos assim numa fase mais desencontrada de momento. Estamos ambas a lidar com "coisas" e, assim, juntas, temos menos capacidade de... compreensão e de tolerância, ao mesmo tempo que temos imensas "saudades" de quando tudo está mais tranquilo. 

Recentemente senti que a minha vida estava novamente a afunilar, com aquela sensação totó do "ando a mil" quando, na verdade, depois vinha a verificar que a maior parte do stress era falso e estava só a fazer uma má gestão da minha cabeça e do meu tempo. Cheguei a desinstalar o instagram durante uma semana e tudo - uhh, o drama e o horror!

Tal como já escrevi aqui no Quero Ser Mais Feliz Que Isto #3, apercebi-me que não me andava a fazer nada bem associar os momentos de descanso, de férias, apenas ao Verão. Pensei: e se for arejar neste fim-de-semana? 

Houve um momento em que olhei para a Irene meio desamparada (foi de manhã à pressa para sairmos para a escola), peguei-lhe ao colo e disse-lhe: "Nós precisamos é de umas valentes férias, não é?". Ela, que não costuma ser muito de dar carinhos a torto e a direito abraçou-me e deu-me um beijinho à esquimó.

Claro que me desfiz toda. Senti mesmo que houve ali uma agradecimento. Afinal de contas, a crescida sou eu, eu é que tenho de tentar resolver as situações e de dar o exemplo à miúda de como reagir em momentos de stress, etc. Não quero que ela tenha de descobrir tudo sozinha quando for adulta. 

Corinthia Lisbon Hotel


Lembrei-me daquele dia paradisíaco que passámos há uns tempos no Corinthia Hotel Lisbon (5 estrelas, babies), leiam aqui "Nada nunca nos fez tão felizes". Pode parecer ridículo, mas é a menos de 5 minutos de nossa casa (calma, stalkers) mas é o ideal para uma escapadinha rápida (aquela noção de andarmos "a mil" às vezes faz com que tenhamos de ser práticas em tudo, não é?). 

Corinthia Hotel Lisbon
Antes de comermos sopa de batata doce e abóbora e marcharem uns quantos mini hambúrgueres.


Voltamos a aproveitar a massagem para Mães e Filhos no The SPA (conto-vos noutro dia) e fomos estrear o novo restaurante do hotel: "ERVA".  Não, não se pode fumar lá dentro - pá, tinha que ser. 

Recentemente (há coisa de um ano) fui a uma das zonas hipsters de Londres (Shoreditch) e reparei na quantidade de restaurantes com bom aspecto, com cuidado e tudo hipster ultra instragramável, como agora está a acontecer em Lisboa aos brunches, por exemplo - que tenha reparado. Este ERVA podia muito bem estar por lá. O DJ ao vivo com uma playlist fantástica e adequada, o cenário urbano mas com espaço. Sem ter confusão. 


Tinha acabado de entrar e já sabia que era o meu restaurante preferido. Vá, neste momento está em ex aequo com outro, mas... no outro tive que jantar para pô-lo no top.

Restaurante Erva

Ainda por cima a carne é tratada com aquele protagonismo que tem para mim. Nada se sobrepõe a um bom naco de carne mal passado, bem temperado quando se tem vontade de comer. Ah! E os cocktails? Há um senhor que vem à mesa só para isso, atirei-me para o do dia (o cocktail, não o senhor) e foi... fantástico (o cocktail...). 

A Irene foi mimada por todos, com uma atenção especial de um dos empregados que a deixava toda envergonhada e ainda melhor foi depois subirmos o elevador para o quarto. Barriguinha cheia, depois de um spa à tarde e caminhas das melhores que já apanhei em hóteis (e eu adooooro hóteis) para descansar. 

Foi apenas um dia, mas valeu-nos de muito. Mesmo. 

Às vezes precisamos de parar para recomeçar, já dizia provavelmente o Gustavo Santos porque o rapaz farta-se de falar e, por isso, já deve ter dito isto também.