1.02.2018

O que esta mãe fez...

deixou-me tão, mas tão... comovida. 

Nós somos espectaculares, somos tão apaixonadas, tão bonitas, caramba!

Fui jantar fora com a Irene no outro dia à Capricciosa em Carcavelos. Fez uma sesta enorme e, por isso, o sono iria tardar mais um pouco a tonar-se evidente. Tivemos um óptimo jantar, a fazer olhinhos para um menino que estava na outra mesa (a Irene, não eu!), depois pensei: a miúda tem os ouvidos entupidos, a minha madrasta disse que as otites serosas do Tiago se resolveram com idas à praia então... vamos ali ao pé do mar.

Era de noite - daí o jantar - e ao pé da praia, no chão, estavam imensos confetti. Estava a mãe, muita bem vestida, parecia uma manequim da Massimo Dutti (e agora isto era o melhor post de publicidade de sempre), em pé de frente para o filhote e estavam a fazer uma passagem de ano a fingir com confetti e champomy. Que dupla mais amorosa (a mãe e o filho, não propriamente os apetrechos, apesar da mãe ter bebido voluntariamente o copo todo de champomy o que me fez pensar se aquilo será agradável, afinal).


Não fiz perguntas, eventualmente a Irene meteu conversa. Fiquei a imaginar porque é que a passagem de ano teria sido antecipada, claro que só me veio à cabeça que talvez fosse o fim-de-semana do pai e a mãe também quisesse passar o fim-de-ano com o filho ou vice-versa.

Seja como for, foi das coisas mais amorosas que já vi. 

Para além disso, ainda me deu tempo para sentir outra coisa: ver aquela mãe com aquele menino, fez-me perceber que nós somos o primeiro grande amor dos nossos filhos. Nós mostramos-lhes como devem ser tratados e como são as relações. 


Aqueles dois, a passar o ano ali ao luar, eram fabulosos... 


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1.01.2018

Reconheço que tenho um problema.

Todos os anos penso nisto, mas acho que é cada vez mais difícil encontrar um equilíbrio. Tecnologias em casa. Acho que não vale a pena colocar umas palas: elas vão viver numa era em que os telemóveis são como que um prolongamento do nosso corpo, sem os quais se vão sentir incompletas. É o que já acontece, é o que vai continuar a acontecer. Eu não me sinto bem sem telemóvel. Não gosto de ficar sem bateria se estou a viajar de carro, não gosto de me esquecer do telemóvel, fico ansiosa quando não o encontro na mala, a achar que o perdi. É das primeiras coisas que faço quando acordo, se não estiver atrasada, e é das últimas do dia também: dar uma "lambidela" pelas redes, ver o que se passa "por aí" ou se alguém disse alguma coisa. Os nossos filhos identificam mais depressa um telemóvel e sabem a quem pertence do que distinguem uma bolacha de um pedaço de pão. Vêem-nos com ele, já sabem que há bonecos por lá algures e que dá para tirar fotografias também por lá. Percebem que se deslizarem os dedos atingem resultados diferentes. 
Ora, eu todos os anos penso que vou impor algumas regras para tentar ser menos dependente do telemóvel e das redes, mas não sou bem sucedida. Acho que nunca tento a sério. Acabo por me desculpar com o meu trabalho, com uma suposta necessidade que nem sempre é verdadeira e que só existe para me abafar a culpa. 
De vez em quando, lá combino com o David "agora não há telemóveis" e conseguimos. Estou a rir-me por estar a reconhecer nestas palavras um vício, mas não tem piada nenhuma. Como podemos depois querer que as nossas filhas, em plena idade do armário, nao vivam em função dos telemóveis e dos outros e respeitem regras, se nem nós o fazemos? 
Claro que tiro horas só para elas, mas também as integro bastante no vício (bonecadas e óculos e chapéus e máscaras dos messenger e afins) e isso é um bocadinho parvo (ou não será?, se for lúdico e aproveitarmos para brincar e construir personagens?). 
Falamos tanto em abrandar, em slowliving, em aproveitar todos os momentos com eles, mas lá vamos nós registar tudo e contar a todos o que estamos a viver, não vá tudo não ser real e ninguém saber... (E nós bloggers estimulamos e vivemos desta dinâmica...). Não teremos de fazer uma selecção muito mais apertada de como e com quem andamos a "gastar" os nossos tempos livres? 
Olhemos para eles a brincar ou com aqueles olhos arregalados a verem um livro novo e tentemos bastar-nos de vez em quando. Dá-nos uma sensação de poder, de escolha, de força gigante! 
Esqueçamo-nos propositalmente dos telemóveis em casa no fim de semana para nos sentirmos livres! Não? O que fazem vocês?

Boa semana! Bom Ano Novo! 






 Roupa Boboli, Ténis Vans


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A Irene não me chama "mãe".

Depois da fase em que se chamava Tomás e que tinha pilinha (parece que já passou, apesar de parte de mim se assustar, outra parte achava imensa graça e queria incentivar a liberdade de brincadeira), agora entramos noutra fase que também nos deixa desconfortáveis. Nem é por ela querer fingir ser outras pessoas, é a terceira geração que acha graça ao teatro e à representação, mas é por levar tão a sério. 


Quem é a Irene agora? É a Isabel e tem uma irmã que é a Luisinha. A mãe dela - sou eu, vá lá - chama-se Joana Paixão Brás (para quem seja novo no blog, é a outra autora aqui do estaminé) e o pai dela - continua a ser o mesmo, apesar da mudança de nome - chama-se David.  Por causa desta brincadeira, não lhe posso chamar filha porque é Isabel, não posso chamar-me de "mãe" porque sou a Joana Paixão Brás e não vou levá-la a casa do pai, vou levá-la a casa do David.  Ter uma "Luisinha", porém, tem dado imenso jeito para a "Isabel" ser a mana mais velha e ter que mostrar à Luisinha como é que se faz alguma coisa como "lavar os dentes" ou ir deitar-se sem birras. Há que tirar o melhor partido de cada situação, certo? 



Coisas que me deixam desconfortável/enervada com isto? Ela, de manhã, chamar "Joana Paixão Brás". Confesso que aquele "mãe" matinal amenizava o meu acordar e o "Joana Paixão Bráaaaaas" - apesar de te adorar, Joana - é como se fosse uma chapadinha. E, depois, claro que começa imediatamente a corrigir-me "não sou a Irene, sou a Isabel"... Ahhhhhh!!! Fazia o mesmo quando era o Tomás com o género dos adjectivos que eu usava e afins. 



Também não gosto, quando lhe estou a abanar o rabo para adormecer, que ela me peça para trocar a letra de "a Necas e a mamã" para "a Isabel, a Luisinha e a Joana Paixão Brás". Há uma parte minha que - infantilmente - tem medo que se perca nesse mundo de fantasia, não vos sei explicar. Além de que, por muito parvo que pareça, tenho saudades da minha filha!



Claro que há parte de mim que também tem medo - porque sou medricas e também porque não vivo só no lado concreto das coisas - que ela esteja a inventar pertencer a uma família que está junta e com uma irmã como se o "guião certo" a fizesse mais feliz.  Isto tudo, claro, porque me separei recentemente.



Há sempre tristeza, obviamente, mas rapidamente sou abraçada pela certeza de ter feito tudo o que tinha ao meu alcance e que este é o melhor cenário possível. Sem dúvidas. A vida não pode nem é sempre presa ao mesmo guião. A Irene agora é a Isabel. O que virá a seguir? 

Seja como for, Joana Paixão Brás, a Irene que é a Isabel, está cheia de saudades vossas e anda a pedir um fim-de-semana fora. Quando vamos? 

Camisola - Boboli 

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12.31.2017

Não preciso que 2018 seja melhor do que 2017






2017. O homem que escolhi para ter ao meu lado e que me faz feliz todos os dias, menos quando põe umas cuecas vermelhas novas numa máquina com roupa branca e escura. O homem que tem pai escrito em cada poro, que prepara frango com batata doce no forno, com a ajuda das duas, antes de eu chegar a casa. O homem que sabe - e sente - que ter uma família é bem mais que pôr pão na mesa. O homem que não avança na série que estamos a ver caso eu adormeça no colo dele, no sofá, e vai antes ver aquelas porcarias com superheróis ou vampiros que eu dispenso. O homem que é um óptimo profissional e tem paixão pelo que faz, mas que nos põe sempre em primeiro lugar. Temos planos para 2018 que passam por passarmos um fim-de-semana juntos algures, mas o que desejamos mesmo, mesmo, é estar lá para elas sempre que precisarem. E um para o outro, na rotina dos dias. Que em 2018 eu possa continuar a aquecer os meus pés frios nos teus sempre a escaldar, meu amor.



2017. Estas duas. A primeira coisa que fazem de manhã é correrem uma para a outra para se abraçarem. E é a esta imagem que recorro quando querem arrancar os olhinhos uma à outra por qualquer boneco ou porcaria que a outra tenha na mão. Faz parte. E este foi o ano em que a Luísa ganhou voz e quereres e em que a Isabel ganhou uma verdadeira amiga e alguém a quem dar a mão nas viagens de carro ou a quem dar uns tabefes. A Luísa diz que se chama "mana" e isso diz muito sobre a relação delas. Cada uma é uma-com-a-outra. Que se tenham a vida toda com toda a paixão com que se tiveram este ano.





Princesas skaters - roupa Boboli, ténis Vans


2017. A viagem a Barcelona a quatro, as férias com o avô no Algarve, em Azeitão com amigos, as semanas em Santarém, os fins de semana em Évora, os passeios por Lisboa, a vez em que fiz 10 kms e em que me superei, o ano em que descobri que gosto de comer bem e que consigo controlar-me e comer conscientemente e que fazer desporto é bom e faz falta (obrigada, Scape), a minha mãe a dar-nos colo, o blogue a ultrapassar todas as expectativas, com o reconhecimento da Forbes e da Pumpkin, onde fomos eleitas pelos leitores, melhor blogue de família, os dias compridos e saborosos, os amigos a fazer kms para  um abraço, cansaço e as dúvidas, um quase projecto de fotografia, a mudança para Lisboa, o trabalho novo, a palavra recomeço vivida com todo o entusiasmo, sempre com a estabilidade de saber que o coração está em todos os passos e que o mais importante está lá: amor. 

Não peço que 2018 seja melhor que 2017. Pode ter os mesmos ingredientes: a mesma esperança, os mesmos sonhos, a mesma garra e vontade de ser melhor e muita saúde. 

Feliz 2018 a todos! E muito obrigada por este ano fantástico por aqui (é maravilhoso receber o vosso amor e saber que estamos acompanhadas nesta viagem alucinante que é a maternidade!). 




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12.29.2017

Quando os nossos filhos são os últimos a sair da escola

Custa e nunca vai passar a custar menos. É este o meu grande dilema e acredito que o de alguns pais: chegar tarde à escola dos filhos. Não me lembro de me acontecer, quando era miúda. Já o David diz que se lembra bem e que é algo que nunca se esquece, uma sensação de "tu queres ver que hoje se esqueceram de mim". No outro dia, uma colega de trabalho contava que chegou duas vezes seguidas já em cima da hora a que o colégio fecha e que a filha lhe respondeu ao pedido de desculpas com um "não faz mal mamã, fico contente porque vieste." Que amor! (Mas que triste também).

Eu, por acaso, achava que as minhas filhas ainda não tinham este entendimento da coisa. Mas ontem, quando cheguei mesmo no limite, a Isabel já tinha perguntado à funcionária se iam lá ficar. E comentou comigo, no outro dia, que agora as vamos buscar já de noite. Há aqui percepção de que algo mudou (e é verdade que a mudança da hora também não joga a favor dos pais que trabalham).

Tento não me deixar dominar pela angústia de saber que elas passam bastante tempo na escola -  até porque as vejo muito felizes e bem tratadas quando chego. Felizmente, temos conseguido revezar-nos a ir buscá-las e há dias em que vão (mais) cedo para casa. Mas tenho pena... Tenho pena que já não tenhamos, nesta geração, neste século, uma rede de apoio como havia há alguns anos. Tinha amigos cujos avós os iam buscar à escola e que ficavam com eles até que os pais chegassem do trabalho. Os avós agora ainda trabalham ou então vivem longe das grandes cidades, para onde os filhos foram estudar e/ou trabalhar. É a nossa realidade. No meio disto tudo, é tentar encontrar o maior equilíbrio possível e aproveitar melhor todos os momentos em que estamos juntos (não sei vocês, mas quase todas as nossas refeições ficam feitas de véspera ou no fim-de-semana para não nos roubar esse tempo durante a semana - ou então são coisas super básicas).

Tem corrido bem. No entanto, continua a haver dias em que as minhas filhas são das últimas a sair da escola.




Ontem fartei-me de chorar  foi um dos textos mais emocionantes que escrevi sobre este tema.



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12.28.2017

Quem haveria de dizer?

Tenho uma amiga muita chata e que me envia sempre whatsapps quando me vê de cortinados abertos no quarto e em perigo de expôr indevidamente à rua - é minha vizinha, portanto - que insiste para que conheça "o nosso bairro". Morei já em muitos sítios deste nosso país à beira mar plantado e, até agora, só a Rinchoa/Fitares é que me fez sentir mesmo que estava em casa. Não sei porquê, vivi mais tempo em Oeiras, mas o sentimento é tão crú que sempre que estou nos subúrbios, quanto mais se assemelharem à Rinchoa, mais em casa me sinto. 

Não conheço muito aqui a zona - Benfica. Mas, no outro dia, num vipe de "'Bora lá sair de casa que está um dia lindo e adoro viver", fui tomar o pequeno almoço com a miúda a um café ali em baixo já com vista a seguir a sugestão da Renata de irmos ao Jardim do Palácio Baldaya (do qual nunca tinha ouvido falar - shame on me) que, agora, por altura do Natal, está decorado com muito carinho para eles. 

Foi uma manhã fenomenal em que, depois de um pequeno almoço com calma, fomos à feirinha ali à frente, ainda ouvimos um coro a entoar canções de Natal e fomos ao jardim. Também almoçámos no centro comercial Fonte Nova - que também identifico muito com a minha infância - e descobrimos uma nova hamburgaria que me dá vontade de borrifar para a resolução de me alimentar melhor. 

Em vez de grandes planos aqui e acolá, já deram uma oportunidade ao vosso bairro? 









Quispo e calças - Boboli


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E isto de ser filha única?

Não me vou por aqui com grandes dissertações sobre genética ou até mesmo questões comportamentais porque, da última vez que verifiquei, não percebia um glúteo disso. 

Por isso, mais uma vez, venho partilhar convosco mais uns sentimentos que me têm percorrido a cabeça em simultâneo com um doce sentimento de culpa por estar a devorar uma caixa enorme inteira de Ferrero Rocher quando me ando a sentir mais obesa que vaso da dinastia Ming. 

A Irene, à minha semelhança, gosta muito de ter todas as atenções. Muitas das brincadeiras que ela tem, tinha eu quando era mais nova. São brincadeiras típicas de criança, bem sei, mas há muitas crianças que não brincam assim também. Ela gosta de fazer espectáculos, de teatro, de dançar para que se aplauda no fim, de tocar piano, etc. Gosta de contar piadas e de fazer toda a gente rir. Gosta de ser querida e de agradar a toda a gente - qb, enquanto consegue por ser muito... certa do que quer. 

Apesar de ter dois irmãos - um de 11 e outro de 21 - vejo-me sempre como tendo crescido como filha única e acho que, sim, existem algumas coisas  mais prováveis de surgir em filhos únicos, talvez este tipo de tendência mais individualista e "look at me" style. 

Estou atenta à miúda. E eu pratiquei vários desportos mas todos eles com uma tónica individual como a natação ou, riam-se, o bowling ou ainda o Judo que tem pouco de equipa - que não me caia a Federação em cima agora por uma filosofia qualquer que não sei. Sinto que a Irene precisa de perceber que, apesar de filha única, as relações se fazem mais do que "um para um" ou "todos para um". 

Ontem, quando fomos jantar à casa do Miguel - meu bff desde o 6A do Colégio Quinta do Lago.


Não planeio engravidar em breve - até porque gastei dinheiro num DIU haha - mas vou tentar procurar outras coisas que me ajudem a que ela se sinta especialmente "desimportante" para, quando crescer, não ter dificuldade em relativizar os seus problemas ou a sentir empatia ou dificuldade a trabalhar em grupo.

Estamos de férias esta semana e muito inspirada por esta nova maneira de "pensar" tenho marcado cafés com amigas minhas com filhos ou até amigos sem filhos para a Irene ver e espairecer outras realidades. Não temos uma família grande, cheia de primos e tios e afins, mas já dá para construir uma rede de qualidade de pessoas que a façam sentir-se distribuída. 

A Irene teve a sorte de ter a mãe e o pai exclusivamente para ela - sem nenhum trabalhar - durante praticamente dois anos. Tanto o pai como a mãe não são as pessoas mais sociais do mundo - apesar da mãe ser fantástica, divertida e muita linda - e, por isso, temos que lhe dar outras hipóteses, mais colos. 

2018 vai ser um ano para a ajudar a confiar e a estabelecer outras relações. Reforçará que a mãe e o pai têm o seu lugar especial, mas que há muito mais além. 

Pô-la num desporto colectivo era engraçado, mas nesta idade? 


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12.26.2017

As 10 melhores coisas deste Natal

Já lá vai mais um Natal. Em menos de nada estaremos no dilema fato de banho ou trikini? (ou bikini-e-que-se-lixe-não-gostam-metam-na-borda-do-prato - somos todas muito despachadas mas depois é ver-nos a fazer detoxs cheios de espinafres e a beber água com limão a ver se a coisa vai ao sítio em 3 dias). 
Os dias agora já vão começar a ficar cada vez maiores e isso só pode ser bom. Eu cá gosto de ver as coisas pelo lado positivo, mesmo que haja dias em que me apetece falecer um pouco por estar cheia de sono. 

Mas vamos lá falar deste Natal. Quero saber. O Pai Natal foi generoso ou davam-lhe com uma panela em axo inoxidável na tromba? 

O meu foi querido (enganou-se só numa prendinha, que já vai ser resolvida esta semana - viva aos talões de troca! Eheh brincadeirinha). 

Eis as 10 coisas de que mais gostei neste Natal: 

  1. Trouxe-me a Marisa no avião de dia 25. A Marisa é a minha irmã emprestada. A aluna da minha mãe de filosofia que há muiiiiitos anos ficou amiga da família e nunca mais a largámos. Já viveu em Londres, esteve uns 12 anos no Dubai e agora está nos EUA. Hoje passou cá a tarde e foi lindo de ver a Luísa a chamar-lhe tia, tia, tia. As saudades que eu já tinha. ❤️


  2. Ninguém ficou doente ao ponto de termos passado dias ou temporadas no Hospital. Desde que estivemos uma semana com a Isabel internada com pneumonia nesta altura que eu valorizo imenso ninguém estar a arder de febre neste dia. O David esteve quase quase a morrer (e já sabem como são os homens com uma dor de garganta...) mas lá sobreviveu e a Isabel estava chochinha na tarde de 24 mas felizmente arrebitou e passou-lhe ao lado.
  3. Sobrou arroz doce. É o meu doce preferido (tem de ser o da minha avó! Fico sempre desiludida quando peço num restaurante, esqueçam, tem de ser o da dona Rosel) e consegui trazer num tapperware e agora aqueço sempre um bocadinho no microondas antes de me alambazar). Ah e o meu almoço hoje foi bacalhau com mangusto. Ainda melhor do que a 24.
  4. Imensas pessoas me disseram que eu estava mais magra. Vocês sabem o quão bem sabe ouvir isso, não sabem? (Pronto eu sei que algumas de vós têm a luta contrária, não se zanguem comigo).
  5. A noite de 24 foi maravilhosa. A avó Rosel estava divertida (há anos em que calha estar assim mais para o  dramático), as miúdas estiveram sempre bem-dispostas, a Luísa foi a coqueluche da noite, a dançar e a jogar à bola, deu espectáculo. A Isabel aproveitou para jogar e carimbar com o tio Frederico (prenda nova da tia Dulce) e foi tudo muito, muito bom. Foram dormir às 23h30, esticámos a corda mas não faz mal. :)
  6. O dia de 25 foi a correria habitual mas sobrevivemos! Vocês não sei, mas nós vamos a duas casas diferentes dia 25, em sítios diferentes e é sempre uma loucura, mas corre sempre bem (e as miúdas adoram o forrobodó com os primos). E sabe bem chegar a casa e esparramar-me no sofá, ignorando os sacos e as malas por arrumar.
  7. O Pai Natal foi generoso: deixou-lhes na rua dois presentes - um violino e um microfone (com pedais para a ovação e para um rufar de tambores e ainda umas luzes) da Imaginarium. Comeu metade de uma bolacha e bebeu o leite quase todo. Nós, pai e mãe, ainda não oferecemos nada, tal é a pilha que, felizmente, recebem de toda a família, a 24 e a 25 (a minha surpresa para elas foi terem a parede do quarto cheia de bolinhas coloridas (autocolantes da Marydoll) quando chegassem a casa. Ah! E a Luísa aprendeu a dizer "obrigada!". Mesmo a calhar.
  8. A empresa deu-me(nos) o dia 26. Como a vida faz sempre questão de equilibrar as coisas, deu-me um dia 26 com o som do berbequim e de brocas e de pancadaria em paredes e em canos (a estas horas ainda os ouço) e, para ajudar à festa, sem água em casa, louça a acumular, roupa a feder e cabelos oleosos por lavar. Tudo certo. Parte boa: ter a Luísa a fazer a sesta no meu colo.
  9. A Isabel emancipou-se, fez as malas e saiu de casa. Credo. A verdade é que, pela primeira vez, a Isabel pediu para ir dormir a casa de alguém. Ontem, virou-se para nós e disse-nos, com a maior alegria do mundo, que queria ir dormir com as primas. "Queres, a sério? Boa! Claro que sim! Dá cá mais cinco!" mas por dentro algo que se desfez em mil pedaços porque estava a sair debaixo da minha asa e eu não me tinha preparado para ficar sem ela nessa noite. Dormiu bem, esteve bem e já voltou ao ninho.
  10. Não faço ideia mas se o título diz que são 10 convém não serem 9. Ah! Já sei. Dei tudo neste Natal, com um macacão giro mas giro da 2 tons dourado. Como não estávamos a planear nada muito chique para a passagem de ano, resolvi fazer concorrência à estrela. Ainda fiz uns jeitinhos no cabelo e maquilhei-me, que estava vaidosa. 

Não tirei fotos com toda a família e agora tenho pena! Mas foram dias maravilhosos, temos muita sorte! ❤️









Macacão - 2 Tons  - confortável e não amarrota!
Fio (Flying Seeds) - Luísa Rosas (reverte a 100% para a Corações com Coroa)



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12.25.2017

Ao meu padrasto.

Lembro-me. Lembro-me quando te comecei a conhecer. Lembro-me daquele dia na praia e de uma bola colorida que ainda, por vezes, me colore os olhos. Lembro-me perfeitamente das brincadeiras de minutos, meias horas, até eu acabar de lavar os dentes. Os fantoches todos: o zé das couves, o diabo belzebu, o polícia, todos. 

Lembro-me perfeitamente das milhares de vezes que me foste buscar e pôr à natação, a todo o lado. Lembro-me de brincares comigo, tanto. De me ensinares a escrever, de contarmos histórias nossas cheias de aventuras. Somos os Jotas em busca do lingote de ouro. Somos os Jotas dos jogos de cartas, dos trabalhos de casa, das revisões de matéria para os testes. 

És com quem mais falei quando precisava. És quem falou por mim quando não pude falar. És quem, no meio de tudo, lá estava para fazer uma piada ou para brincar comigo a dizer que eras dos Excesso ou mostrando-me o cartão de sócio do Benfica acreditando eu que eras jogador de futebol e tendo contado à escola toda. 

Lembro-me do maior elogio que já alguma vez me fizeste e acredito em tudo o que tu dizes. És, sem dúvida, o maior pedaço de família que tenho, o que tem mais coração, mais certeza, mais serenidade.

Abraçaste-me (mesmo sendo, para ti, os abraços algo tão esquisito) como se fosse tua filha, com tudo o de mau e de bom. Com as minhas rebeldias, as minhas parvoíces, os meus sentimentos, tudo. E foste meu pai. És. 

Amor incondicional.

Salvaste a minha imaginação. E foste tu quem, tipo maestro, deu o seu melhor todos os dias para que a música nunca deixasse de tocar em mim. 

Quero agradecer-te como nunca irei saber fazê-lo por seres tão importante. Por teres aparecido, teres sido escolhido e por, sem me escolheres, me teres amado tanto. 

É inevitável ver-nos quando brincas com a Irene e tu és amor em pessoa. Amor e cuidado. Que sorte que tive por tu e a minha mãe se terem apaixonado um dia. Ganhei-te. 

Tu ouviste-me sempre. Desde pequenina. 

Obrigada. 

Não escrevo como o Pessoa (mas foi mesmo o melhor elogio que alguma vez recebi), mas espero ainda ir a tempo de te fazer sentir a Pessoa que tu és para mim até ao final dos nossos dias.

Feliz Natal, João. 


Toma uma fotografia de um pão porque sei que gostas muito :)

12.22.2017

E quando estão quase a dormir e pedem mais um copinho de água?

A quantas é que fazem check desta lista de coisas que me têm enervado? Sim, tenho uma vida bastante básica. 


Comprar meias novas e irem logo para o abismo da máquina de lavar roupa.

Já há muitos vídeos e posts na internet que dizem para onde vão parar as meias, mas enerva-me que pares acabadinhos de comprar desapareçam logo e fique só um com uma no fundo do cesto da roupa que me faz ficar agarrada à esperança de que a outra apareça e nunca mais. 

Comprar roupa nova, lindíssima, mas que ela não quer vestir. 

Já dei para esse campeonato. Já não compro tanto para os meus gostos para depois, de manhã, ser uma birra. Agora, se ela puder escolhe ela ou, então, tento ver a roupa da perspectiva dela e comprar só coisas que lhe consiga "vender bem". 

Ela já estar deitada e começar a pedir coisas só para empatar.

Dou mesmo o meu melhor para não perder a paciência, mas e aqueles últimos segundinhos em que acho que ela já estava quase a patinar para o lado de lá e... afinal... "mãe, quero água" ou "mãe, quero a boneca não sei quê". 

Querer comer a comida separada.

Se vai um pouco de esparguete misturado com a carne picada, já é um filme: "separada, mãe, separada!". Vai acabar como eu a comer tudo por partes e a deixar a parte preferida para o fim. Quando ia ao McDonalds comia primeiro o hamburguer e só depois as batatas. 

O sistema de guardar camisolas quentinhas 

Tira-se uma e saem todas do sítio e não tenho paciência para arrumar aquilo na altura e, depois, quando chego a casa, só esse pormenor me deixa passadita.

Tenho tanta sorte. 


Ter gatos que tentam abrir a porta da rua.

Acham normal? Não pensem que por não saberem miar que não me comunicam que estão estupidamente infelizes. Estão, sim. O Noddy passa a noite a empoleirar-se na maçaneta da porta da rua 

A areia dos gatos que se espalha pela cozinha e o chão da cozinha é preto.

Não assinei nada disto. Se tiverem gatos, escolham chão da cozinha da cor da areia. Façam isso por vocês. 

O período de entrega das compras online é demasiado grande.

Quero minutos, malta. Quero saber a que minutos é que entregam as compras e de que hora, de preferência. Aiii!! Não quero saber que me vão entregar as compras a qualquer hora entre as 7 da manhã e as 10 da noite, não gosto de surpresas. 

Arrumadores de carros em sítios com parquímetros.

Não façam isso, arrumadores. Ajudem-nos e vão para ruas que não tenham parquímetros. Não consigo não dar moedas e já tenho de pagar no parquímetro. Not cool. Pensem em nós que queremos ir à Guerra Junqueiro comprar alguma coisa. 

O Facebook no geral 

Tenho de parar de ver o Facebook. Sinto mesmo que já não acrescenta grande coisa mas não consigo. Que chatice. 

Tomar banho com este frio

Está quente debaixo de água, mas depois é um tormento. Quase que não vale a pena tomar banho. Meninos, comercializem também banhos secos que com este frio prefiro só raspar o sebo que andar a esfregar-me e a apanhar pneumonias. 

Isto de pagar a 90 dias. 

A sério? E trabalhar a 90 dias? Também vou começar a fazer isso. Pedem-me o trabalho mas só apareço 3 meses depois porque é assim que funciona a minha tesouraria. Ou até mais tarde. Se calhar nem apareço. Fo**-se.


Feliz Natal a todas. Que tenham mais coisas que vos enervem desta dimensão ridícula como as minhas. É uma sorte e estou muito grata. 


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Dois presentes de última hora para alguém especial (sem sair de casa)

Ontem, depois de muito pensar no que iria oferecer a uma pessoa que eu cá sei (não vou revelar, não vá ela ver este post) e sem vontadinha nenhuma de estar mais horas no próximo sábado num centro comercial à procura de algo... lembrei-me: a maquilhadora Rita (Kabuki) tem uns vouchers muito fixes de workshop de auto-maquilhagem ao domicílio! Óptima prenda e acho que a x vai gostar muito e a achar super útil (ainda por cima a Rita é óptima). Faço transferência, recebo por email o voucher, tudo super rápido, vou imprimir e colocar numa caixinha pequenina e voi là. Fica a dica, falem com a Rita para saber preços, já que há opção de ser para várias pessoas ao mesmo tempo [juntar amigas, mãe e filha, etc, e as condições sofrem alterações. 
(Atenção que só é válido para a zona de Lisboa).


Rita Amorim Kabuki


Outra sugestão para uma irmã, irmão e namorada, com ou sem filhos, uma cunhada grávida, para oferecer aos pais/avós: um voucher para sessão fotográfica com a Joana do The Love Project. Sou suspeita, estou a puxar a brasa à (nossa) sardinha, a Joana é nossa amiga, mas também não vos recomendava se não fosse um trabalho bonito, bem feito e em conta, com muito profissionalismo e com um lindo resultado final. 



The Love Project Fotografia

 
Se ainda tiverem um tempinho, podem ler estes textos:



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