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8.05.2019

Isto da Irene ser filha única...


Ontem, a Irene e eu quisemos marcar alguma coisa para hoje, para irmos à praia com casais com filhos ou até só com os filhos. Fizemos videochamadas a torto e a direito - depois vim a reparar que foi precisamente à hora de jantar - e ninguém podia ou estava cá ou atendeu. 

Estar de férias em Lisboa em Agosto não é esperto nesse sentido, acho que é a minha primeira vez. Dantes, quando trabalhava numa empresa, era a minha altura preferida para estar cá: pouco movimento, pouco trabalho... era um sossego. 

Agora preciso de amigas com filhos. Liguei a todas (vá, são menos que 10 ou assim). É nestas alturas que compreendo as famílias com mais de uma criança (só nestas). Não precisam de combinar coisas com malta para animar as coisas ou, pelo menos, para a animação não depender dos crescidos - gostava de, às vezes, poder ler um bocadinho ou assim. 

Bom, pelo lado positivo: ensinei a Irene a fazer planos com pessoas. A como reagir perante a recusa e como adaptar os planos perante o resultado. Isto é ir buscar optimismo ao fundo do saco, bem sei, ahah. É um talento que tenho agora. Gostam?

Mais alguém que esteja por cá em Agosto? 

A Irene de férias com os pais e com os avós. Por acaso também foi num hotel sem muitas crianças, daí achar que ela está a ressacar também ;)


12.28.2017

E isto de ser filha única?

Não me vou por aqui com grandes dissertações sobre genética ou até mesmo questões comportamentais porque, da última vez que verifiquei, não percebia um glúteo disso. 

Por isso, mais uma vez, venho partilhar convosco mais uns sentimentos que me têm percorrido a cabeça em simultâneo com um doce sentimento de culpa por estar a devorar uma caixa enorme inteira de Ferrero Rocher quando me ando a sentir mais obesa que vaso da dinastia Ming. 

A Irene, à minha semelhança, gosta muito de ter todas as atenções. Muitas das brincadeiras que ela tem, tinha eu quando era mais nova. São brincadeiras típicas de criança, bem sei, mas há muitas crianças que não brincam assim também. Ela gosta de fazer espectáculos, de teatro, de dançar para que se aplauda no fim, de tocar piano, etc. Gosta de contar piadas e de fazer toda a gente rir. Gosta de ser querida e de agradar a toda a gente - qb, enquanto consegue por ser muito... certa do que quer. 

Apesar de ter dois irmãos - um de 11 e outro de 21 - vejo-me sempre como tendo crescido como filha única e acho que, sim, existem algumas coisas  mais prováveis de surgir em filhos únicos, talvez este tipo de tendência mais individualista e "look at me" style. 

Estou atenta à miúda. E eu pratiquei vários desportos mas todos eles com uma tónica individual como a natação ou, riam-se, o bowling ou ainda o Judo que tem pouco de equipa - que não me caia a Federação em cima agora por uma filosofia qualquer que não sei. Sinto que a Irene precisa de perceber que, apesar de filha única, as relações se fazem mais do que "um para um" ou "todos para um". 

Ontem, quando fomos jantar à casa do Miguel - meu bff desde o 6A do Colégio Quinta do Lago.


Não planeio engravidar em breve - até porque gastei dinheiro num DIU haha - mas vou tentar procurar outras coisas que me ajudem a que ela se sinta especialmente "desimportante" para, quando crescer, não ter dificuldade em relativizar os seus problemas ou a sentir empatia ou dificuldade a trabalhar em grupo.

Estamos de férias esta semana e muito inspirada por esta nova maneira de "pensar" tenho marcado cafés com amigas minhas com filhos ou até amigos sem filhos para a Irene ver e espairecer outras realidades. Não temos uma família grande, cheia de primos e tios e afins, mas já dá para construir uma rede de qualidade de pessoas que a façam sentir-se distribuída. 

A Irene teve a sorte de ter a mãe e o pai exclusivamente para ela - sem nenhum trabalhar - durante praticamente dois anos. Tanto o pai como a mãe não são as pessoas mais sociais do mundo - apesar da mãe ser fantástica, divertida e muita linda - e, por isso, temos que lhe dar outras hipóteses, mais colos. 

2018 vai ser um ano para a ajudar a confiar e a estabelecer outras relações. Reforçará que a mãe e o pai têm o seu lugar especial, mas que há muito mais além. 

Pô-la num desporto colectivo era engraçado, mas nesta idade? 


O meu instagram e o d'a Mãe é que sabe :)
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