8.04.2015

Fizemos um grande macacão.

E não estou a chamar peludas às nossas filhas (apesar da Isabel ter nascido um pequeno Tony Ramos).

Eu e a Joana Gama decidimos, tinham as miúdas três meses, ir tirar um workshop de costura. Aliás, estávamos as duas grávidas e comprámos máquinas de costura no Lidl e no IKEA para ir brincando, mas nunca fizemos nada que se visse (a Joana fez uma vez um estojo de maquilhagem só horrível!). Então obrigámo-nos a ir aprender. Saíram estas obras primas. Assim, ao longe, escapam.



A Joana até conseguiu disfarçar bem os nervos com que estava, no final do curso. Além de ter sido dificílimo (nunca mais nos metemos noutra), estava com medo que a Irene estivesse cheia de fomeca, em casa (isto foi naquela fase manhosa dos três meses). E, mais ainda, odiou o tecido que lhe calhou para o macacão, que era de um palhaço triste. Era um bocado, era. A aula só foi divertida por ela lá estar - nunca me tinha rido tanto - de resto, eram sete cães a um osso a pedirem ajuda à professora constantemente. Uma confusão tremenda.

O macacão da Joana deve estar já engavetado na cave (ou terá ido para o lixo, Joana?!). Desafio-te a vesti-lo à Irene! Eu consegui vestir o macaco à Isabel: serve-lhe, finalmente! Mostrei-vos no outro dia:


Era de continuar, não era? Não. Máquina arrumadinha na cave. Não há tempo. Nem jeito. Nem paciência. Um dia... quem sabe.

8.03.2015

Gravidez: o que adorei e o que detestei.

Adorei estar grávida. Foi, a seguir a ter a minha filha nos braços - e os 17 meses que se seguiram -,  a melhor fase na minha vida. Senti-me bem, radiosa, apaparicada. Tive sorte, também.

Grávida de 37 semanas

O que correu muito bem:

- Trabalhei quase até ao fim (37 semanas e alguns dias), tive a Isabel nem duas semanas depois, o que significa que não foi uma gravidez de risco, que tive energia e que estive distraída (não me lembro de sentir aquela fase da espera e do cansaço de estar em casa sem fazer nada e a pensar nas dores nas costas e não sei quê).

- Comi um pouco de tudo (tirando as saladas fora de casa), tive alguns cuidados mas sem exagero, não tive grandes desejos e não engordei muito (10kgs).

- Não sei o que é azia (acho que só tive um dia e nem tenho a certeza se era bem aquilo).

- Não sofri de medos do parto. Nunca tive medo, apenas muita curiosidade, ao ponto de ter visto uns 30 vídeos de partos no Youtube.

- Não ganhei estrias (a não ser duas ou três nas mamas, onde já tinha algumas, aliás).

- Fiquei com mamas. Finalmente (mas foi sol de pouca dura! Buáaaaaaaa!!!).

- Fiquei com um óptimo cabelo, uma pele bastante razoável (durou pouco tempo também, um e outro).

- Andei muito bem-disposta, divertida, sentia-me sexy, feliz e cheia de pica para passar a ferro, decorar o quarto, trabalhar, fazer amor, etc e tal.

- Não fiquei com pés inchados (estava cheia de medo, porque já calço o 41...) e sempre me consegui mexer bem, sem afrontamentos e coisas do género.

- Vem por último, mas encabeça tudo: senti-la. Inexplicável. Mesmo quando me dava porrada. Eu gostava!
Ouvi-la, nas ecografias. Vê-la. Imaginá-la. Amá-la desde o primeiro minuto.




 
O que detestei:

- Enjoei muito nos quatro primeiros meses (quer dizer, nas 6 primeiras semanas, não), ao ponto de ter de sair disparada de uma sala para ir vomitar no caixote de lixo mais próximo. Mesmo com Nausefes no bucho. // PARTE BOA: Não ganhei peso nos primeiros meses (o que foi bom para ganhar créditos até ao fim da gravidez). 

- Um episódio de perda de sangue, em que chorei baba e ranho a caminho do hospital, a pensar que o pior tinha acontecido. // PARTE BOA: Ouvir o coraçãozinho da formiga mais uma vez e amá-la ainda mais.

- Um episódio de descarga eléctrica horrível no rabo/perna/cóccix, em que me ia partindo toda e podia ter corrido mal. // PARTE BOA: Passou.

- Quando a médica me disse que muito provavelmente teria de ser cesariana, pela posição da Isabel. Chorei, porque não estava à espera e sempre tinha sonhado com um parto natural. // PARTE BOA: Falei com muita gente (histórias lindas e muitos finais felizes), li muito, preparei-me e já estava mentalizada e calma com a situação. // PARTE BOA, MAS BOA: Não foi necessário.

- Ter tido um sono inexplicável no primeiro trimestre, ao ponto de ter adormecido uma vez em frente ao computador. // PARTE BOA: Dormi muito, muito, muito. Nem me lembro bem dessas férias de verão, acho que não fiz outra coisa além de dormir e vomitar.

- Ficar com a memória de um peixe (bem dizem que ficamos um bocado lelés e comigo confirmou-se. A minha memória, que já não era grande coisa, foi pelo cano abaixo). // PARTE BOA: Não há.

- Fazer aquele teste da glicose. O horror. O drama. O vómito. // PARTE BOA: Foram só duas horas e picos.

Fotografias Crush

Assim de repente é disto que me lembro. E vocês, grávidas e ex-grávidas, o que me contam?

É a primeira vez que vamos a algum lado.

É mesmo. Vamos de férias na última semana de Agosto. Estou morta, morta por ir. Nunca pensei que estando quase dois anos sem trabalhar tivesse tanta vontade de ir de férias, mas parece que tenho ainda mais. Estas rotinas estão a dar comigo em doida, mesmo quando as quebro. Preciso de apanhar sol no trombil. Preciso de ouvir a Irene a rir sem que seja eu a fazê-la rir. Vai ser excelente. 

Mães mais passeadas (a fingir que não conheço a Joana Paixão Brás, porque apesar da experiência, no outro dia, até da mala se esqueceu em casa) o que tenho mesmo de levar? 

Vou para uma casa alugada em Sesimbra com piscina. Ajudem-me! Do que é que não me posso MESMO esquecer?






Nota: Foi a Joana Paixão Brás que nos tirou estas fotografias. ;)