3.27.2015

Muitas mulheres andam só à procura de uma desculpa para gastar dinheiro.

Mudei de ideias e não tenho vergonha nenhuma de admitir. Quando era mais nova, sim. Quando me enganava, mesmo sabendo que estava enganada, continuava a afuçangar até ao fim. Mesmo que estivesse a dizer que é igualmente correcto dizer "árbito" e "árbitro", só por não conseguir dizer de outra forma. 





Agora quando erro mas, acima de tudo, quando me dá jeito, admito tranquilamente.

No início, quando contei que queria engravidar/estava grávida (tive de contar cedo porque escrevia umas crónicas que iam sendo publicadas semana a semana e seria desagradável se a família fosse a última a saber) as avós entraram em modo de maternidade e encheram-me de roupas de cima a baixo. Tudo: bodies, babygrows, meias, mantas, gorros, macacões, tudo. 

Acho que todas as mulheres só andam à procura de uma desculpa para gastar dinheiro. E comprar roupa para os netos, pelos vistos, é uma necessidade. 

Na altura, por causa das hormonas mas, acima de tudo porque queria brincar às bonecas, tive de pedir às avós para abrandarem um bocadinho senão eu não conseguia escolher nada para a Irene. Se ela já tinha 432 pijamas, eu não conseguia ter a desculpa para comprar mais uns quantos e queria ser eu. Mesmo que fossem os mesmos, não consigo explicar, mas queria ser eu a pagar - ainda recebia na altura, claro.



Agora? Agora apercebi-me da sorte que tenho da Irene ter duas avós que gostam de fazer compras para ela e assim posso ter as colecções inteiras da Zara. 

Ambas já se descontrolaram e estou a adorar. A Irene vai conseguir só estrear roupa nova durante uns dias.



Obrigada, avós! 

3.26.2015

A festa da Isabel (socorro, que trabalheira!)

A festa de anos da Isabel e da prima Alice foi inesquecível! Não para elas, claro, que terem estado ali ou na lota de Setúbal era igual. Talvez até gostassem mais da lota.




A sensação que eu tenho é a de que passou a correr. Os primeiros convidados chegaram quando eu estava a encher balões e a pôr a mesa, mas juro que não stressei. Em vez disso, pedi-lhes ajuda. Comigo é assim, não há cá vergonhas. Menos numa coisa, mas já lá vamos, se conseguirem chegar ao fim desta lista de supermercado.

Acho que o resultado final ficou lindo e - mais importante ainda - bom. Vi pessoas satisfeitas com os "comes e bebes" (sempre quis usar esta expressão) e a criançada divertida e isso valeu por tudo.
Cheguei a casa esgotada e a prometer ao pai da aniversariante não me meter noutra tão cedo, mas daqui a um ano não escapa. Psiuuuu! Não lhe digam nada. A ele. A ela podem dizer porque consegue guardar segredo.


Comecemos pelas flores.
A festa foi no dia 21 de março, o dia que dá as boas-vindas à primavera. O tema era esse mesmo: flores e passarinhos, por isso, comprei logo umas garrafinhas baratas no IKEA e uma gaiola numa loja de antiguidades e decoração em Sintra. Naperons de papel e passarinhos comprados na Docinho de Açúcar e as mãos e o gosto especial da Happy Days para os arranjos. Ficou lindo!





Os doces.
A minha parte preferida de uma festa, não fosse eu uma gorducha gulosa. Comigo aquela história de "comer com os olhos" resulta mesmo, mas não descanso enquanto não espeto uma trinca em tudo. Nunca é só uma trinca, mas adiante.

Para a festinha das miúdas, escolhi brigadeiros (morango, côco e clássicos, mas em verde água), que são a delícia das delícias da Ponto Condensado; os cake pops (com flores e passarinhos) da Cake Pops Portugal - Os Bolinhos da Milene e as bolachinhas de baunilha em forma de pássaro da Que seja Doce. Pormenores que, para mim, a mãe pirosa e romântica do pedaço, fazem toda a diferença.





O bolo. 
Foi paixão à primeira vista. Querido, romântico, de cores pastel e tão, mas tão bom. Além de bonito, era de chocolate, bem húmido, com cream cheese... a sério, devia ser proibido! Apaixonei-me por um que vi na internet e pedi à Vintage Cake Company que me fizesse esta obra-prima.




A miúda mais linda do mundo.
Se não têm uma, aluguem para a festa porque é essencial. Sem ela, não haveria balões, nem cake pops, nem bolos, nem sorrisos, nem um coração a transbordar de amor. Apesar de ter feito uma sesta mínima, portou-se bem e lá a fomos distraindo do sono.







O cantinho dos brinquedos.

Tendo uma bebé que ainda não anda, achei que seria engraçado ter um espaço confortável com tapetes e brinquedos para os mais pequeninos. A Bica Kids tem os brinquedos mais giros do mundo e arredores e decorou este espaço mesmo à maneira.






As fotografias. 
Sou louca por fotografias, revejo-as vezes sem conta e nem sei o que faria sem elas, que a minha memória não dá para tudo.
A querida Joana, do blogue Love Lab, registou este dia tão importante para nós da forma mais subtil possível, tanto que eu até me esqueci dela e nem lhe ofereci lanche! Tive de esperar que ela desmaiasse para dar por ela. Não foi preciso tanto, mas a sério... imperdoável. Já tenho ali a chibata.







Daqui a uns anos, quando a Isabel estiver a folhear os álbuns, vai ver que a mamã lhe dedicou uma tarde muito especial, rodeada de amigos e da família e das duas uma: ou vai gostar ou não vai ligar patavina. Se for a segunda, faço-a engolir as fotografias, uma a uma. Pronto, tinha de dar aqui um abanão a tanta lamechice.  

Um dia destes publico fotos da festa propriamente dita. Sim, porque, por incrível que pareça, foram pessoas à festa. E crianças. E havia no café Petit Cabanon uma salinha com escorregas e bolas para os miúdos mais velhos (nem lhes vi bem a cara, estiveram lá sempre enfiados a divertirem-se). E cantou-se os parabéns. Por isso, vão ter de levar comigo mais umas quantas vezes, que tenho fotos lindas para vos mostrar até 2016.

Gostaram?

a prima Sílvia

Uma das milhares de supressas deste primeiro ano de maternidade foi a minha prima Sílvia. Ela chama-se Sílvia Patrícia e eu nunca decidi como lhe hei de chamar, por isso vou alternando, mas é sempre a mesma pessoa, ok?

Crescemos juntas. Apesar de eu ter andado pelo "país inteiro" atrás da minha mãe, consoante a terra para onde ela fosse estagiar, sinto que estive sempre com ela durante a minha infância e parte da adolescência. Passávamos férias juntas na Figueira da Foz e era ela quem me influenciava musicalmente e quem me fez gostar mais da pequena Sereia do que qualquer outra. Foi também quem se chibou que o Pai Natal não existia e quem me fez sempre almejar ter umas calças Levi's que me fizessem um rabo daqueles (ela dantes era gordinha).  



Contou-me ela na sexta-feira passada que houve uma vez que eu me ia afogando na banheira por causa de uma convulsão e que ela, parvalhona, foi dizer à minha mãe e à nossa Avó que "a Joana está a fazer uma brincadeira estúpida". Ainda bem que foi, senão não havia Irene para ninguém. 

Afastamo-nos graças a vicissitudes da vida e, com a Irene, voltamos a estar juntas. Gosto muito quando ela vem cá a casa. A Irene, mesmo que a Patrícia (eu avisei) não venha cá durante 15 dias nunca se esquece dela e nunca reage com estranheza. 

É visitada pela prima desde que nasceu. Uma visita com vontade de vê-la. De vê-la crescer, mesmo que ela depois não se lembre de nada. É genuíno. Gosto de, agora que sou adulta e que posso escolher, estar rodeada de pessoas genuínas. 




Gostam uma da outra e eu gosto muito das duas. Ser mãe pode levar-nos "alguns amigos", mas traz outros!