9.21.2017

O pedido da Isabel

"- Mãe eu quero um mano, um menino. Podes por um menino na tua barriga, por favor?"

😁😁😁😁😁


- Muito educadinha a minha filha.
- Ainda lhe respondi que temos a Luísa, mas ela reforçou que quer também um menino.
- Não vai acontecer. A acontecer só lá para 2021 e SÓ se me (nos) der amnésia.

- NÃO DEIXA DE SER MUITO QUERIDAAAA!



  
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9.20.2017

Professores com a casa às costas? Heroínas e heróis.

Não tinha pensado muito neste assunto porque ainda não o tinha vivido tão de perto. A minha cunhada, professora, ficou colocada a mais de 230 quilómetros de casa. De um dia para o outro, teve de pegar nas filhas, nas roupas, na vida e mudar-se, com tudo o que isso implica. 

Lembro-me da minha tia, também professora, ser colocada no norte e no sul do país, algarve, passando pela zona oeste. Esteve a dar aulas na Picha. Eu era miúda e muito risinho parvo dei à conta disso. Ela era de Santarém. O filho pequeno andava com ela para cima e para baixo, ano após ano. 

Acho-as heroínas. Sim, heroínas. Elas - e eles - que têm que contar com a imprevisibilidade. Que têm de fazer contas à vida, decidir quem vai e quem fica, até que limite compensa ir e vir todos os dias, o que se faz com a casa que estão a arrendar ou a pagar ao banco, como suportar mais custos. O marido ou a mulher também vão? E se também ele for professor e se ficarem colocados em sítios díspares? Separam-se famílias. Pais ou mães que raramente vêem os filhos. Deve custar, caraças.

Custa-me saber que uma professora que chega a Santarém com a filha pequena têm de ficar a viver num quarto, sem possibilidades de ter a sua própria casinha. E encontrar esse quarto de um dia para o outro. Creches, conseguem pagar ou arranjar vaga a esta altura do campeonato?

Muita sorte têm eles, que têm trabalho, pensarão alguns. Sim, em parte, sim. Têm sorte de poder fazer o que gostam. Têm sorte de ganhar algum ao fim do mês, a trabalhar no que os preenche e na área para a qual estudaram. Mas dentro da sorte, têm de ter um poder enorme de reajuste, de adaptação e de poupança. Espírito de sacrifício. E sorriso nos lábios para, no dia seguinte, poder receber de braços abertos os filhos dos outros.

E eu não tenho especial medo da mudança. Faz parte da minha personalidade. Já troquei de trabalho, já passei de contrato para recibos verdes, para poder fazer coisas diferentes. Não me importaria de emigrar, por exemplo. Não me custaria voltar a mudar de cidade. Acho que a nossa geração está mais aberta à mudança, aos trabalhos em vez do emprego para a vida. Somos mais saltimbancos, por necessidade mas às vezes também por opção. 

Só que neste caso é por um período tão curto e de uma forma tão abrupta e às vezes para ganhar mais tempo de serviço do que propriamente dinheiro... tiro-lhes o chapéu. Que corra tudo pelo melhor. Que, apesar desse abanão e dessa imprevisibilidade constante, consigam a calma e a estabilidade necessária para conseguir apaixonar os vossos alunos. 

Bom ano lectivo. 


(Aos que não conseguiram colocação, força, força a dobrar)




  
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Coisas que me fazem sentir poderosa.

Não obrigatoriamente por esta ordem. 

- Batom vermelho

Ui. Se valeu a pena aprender que existe um pincel especial para fazer o contorno dos lábios com batom para depois não parecer o Joker. Valeu, sim senhora. Mesmo com o cabelinho por lavar ou com aquela depressãozinha de dia de muita "ómidade". Batom vermelho faz tudo parecer intencional, até anca mais larguinha de oreos.

- Totó bem alto

Apesar de haver quem diga que é totó de rameirita, é o que eu gosto mais (vá, vá haha). Faz-me sentir sensualona e cheia de maxilares para dar e vender. Quando vou à boîte, porém, já reparei que exalo mais sexualidade com o cabelo solto - aposto que exalaria mais com os tetinhos de fora, mas isso já não pode ser que não estão em condições. Belos 18 anos que foram. 

- Cuecas sem elástico

Esperem. Não é porque seja mais fácil de tirar ou assim. É porque quando me vejo ao espelho não me arrebanham as banhinhas e, por isso, parece que está tudo em ordem. Que não sou um "depois" que correu muito mal ou um antes muito desesperado. 

- Ténis novos

Tanto dá o que vista com os ténis. São uns ténis novos, até posso ir de Decathlon para o trabalho que sinto que estou a arrasar tipo Anitta nas Poderosas. Até mesmo se tivesse uma touca enfiada até meio da testa (tenho uma testa grande, nunca daria para baixar a testa toda). 

- Máscara

De Panda. É uma cena minha. Estar mascarada de panda dá-me aquele quentinho de que estou pronta para agir com o sexo oposto. Deve ser a magia de terem estado em extinção.
Brincadeira, garotas. Máscara nos olhinhos porque dá logo para dar aquela pala de quem tem olhos claros e que, por isso, ninguém vai reparar no meu bigode que reside apenas nos cantos da  boca. 

- Sessão fotográfica por alguém que goste de mim

E que apague as fotografias em que tenho um triplo queixo antes de eu as ver. Ou, então, poderíamos tornar isto rentável para a televisão e também darem pontuações aos queixos como fazem com os triplos mortais dos mergulhos. 

- Soutien estrangulador

Há quem queira mais, há quem queira menos. Adoro ver-me com poucas mamas (porque tenho 10 tetinhas). Se for um soutien apertadinho, que as ponha no sítio e que as reduza, melhor. Pareço mais magrinha e menos a senhora que me servia a sopa no refeitório do Maria Amália. 

- Aquela música

Sou muito boa a fingir que tenho sarna numa coluna. Roço bem os meus glúteos como se dessa coçadela dependesse a minha vida. Acho que poderá ser considerada uma dança de acasalamento para a minha espécie. #souboanasarna

Foto de há dois anos por The Love Project.



O que vos faz sentir poderosonas? 

Sou muita linda (post de há dois anos)


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