3.22.2016

Sinto que estou a ter um caso.

Sim. Fora do casamento. É como se me estivesse a apaixonar por outra pessoa que não aquela a quem prometi amor eterno. Como se o meu coração me dissesse que estava tudo bem, que me podia levar por este novo amor, mas a razão não me deixasse usufruir dessa nova relação a cem por cento. Medo de estar a trair o meu primeiro grande amor.

Mas a verdade é que me estou a apaixonar outra vez e é uma coisa séria. Não é um amor de verão, não é um caso, não é um acidente. É um amor para a vida. O mais estranho é ser possível amar duas pessoas assim, tentando não sentir um bocadinho de culpa. Entregar-me assim ao amor a dobrar. Agora ainda não tenho o consentimento do meu primeiro grande amor, é tudo um bocadinho pela calada, acho que ainda não percebeu bem a dimensão do que se está a passar. Mas espero vir a ter. A ser perdoada. E que também ela o sinta. Este amor enorme por alguém que vem aumentar a família e acrescentar tanto.

Olho para o meu primeiro grande amor e penso se será possível que o novo cresça assim desmesuradamente. Mas se nem eu podia prever que aquela paixão se poderia tornar uma coisa tão forte, maior do que tudo na vida, também acredito que me vou surpreender. Mais uma vez. Amar dois seres diferentes, por igual, e sempre, sempre mais.
Sim. Estou numa relação e tenho dois amores. 

Um que, cada vez que me acorda com um sorriso e um beijinho, faz tudo ter sentido. E que quando me ofereceu, com todas as letrinhas um abraço - um abraço, mãe! - me fez chorar baba e ranho. Obrigada, Isabel.

Um que sem ter nascido ainda já nasceu. Obrigada, Luísa. 

Amores da minha vida.






3.21.2016

O meu marido fez-me chorar.





Ler isto acho que foi a minha prenda de aniversário da Irene. ;) 

(estou desejosa que chegue setembro para ver se o sacana escreve algo assim sobre mim, muhahah)

A festa de aniversário low-cost.

Parabéns à minha filha que fez ontem dois anos. Só na sexta é que pus o dia de ontem de folga. Sinceramente, até à minha sogra me falar no assunto não tinha pensado nisso. Talvez por ter passado um ano e meio em casa com ela, não adivinhar que o dia fosse ser diferente e querer poupar os dias todos de férias para quando estiver bom tempo e pudermos enlouquecer com a quantidade de planos que pudéssemos fazer. Porém, a semente ficou lá, um olhar reprovador da minha vizinha e amiga Renata também e uma observação do Frederico também: "faz como quiseres, mas não será esquisito dares-lhe as prendas e depois ires para o comboio?". 

Achei demasiado estúpido e fui decidida a meter o dia de folga. Ainda bem que pus. 

Não tinha planeado nada em especial para o dia, nem tinha prendas pensadas ou compradas. De repente tudo ganhou importância - senti que assim mesmo é que tinha de ser e, na sexta-feira, à saída do trabalho comprei-lhe três prendas na Imaginarium (uma varinha mágica - que adorou!!!!! - uma torradeira e um brinquedo para o banho). 

Passei pela BairroArte e comprei umas velas arco-íris (tem cada uma a sua cor e, mais engraçado ainda, cada chama tem a cor da vela - o que já não estava à espera) e uma de um dois daqueles que faz faísca. Despachei também as prendas do dia do pai (termómetros para carne - eu sei, parece ridículo - e um repousa colheres para enquanto ele cozinha). 

Desci mais a rua e passei pela Dû Pareil Au Même e comprei uma capa linda para a chuva para a Isabelinha da Joana Paixão Brás. E, pronto. Acho que estava tudo. De repente tinha cumprido com todas as minhas obrigações (apesar de ter ficado com a conta tão vazia que, se alguém falasse, ouvir-se-ia um eco durante quatro anos). 

No domingo, tivemos de ir às compras, aproveitei e como uma vez reparei que a Joana Paixão Brás tem uma terrina de lá que achei muita graça, dei o benefício de dúvida de haver algumas coisas giras para a festa da Irene. Giras e baratas, claro. Acabei por comprar uns pratinhos de papel (o nosso serviço de loiça é muito marcante - preto e vermelho), um prato para levantar um bocadinho o bolo e guardanapos. 

Posto isto, o que faltava? Um bolo. Fiz o bolo na Yammi no dia anterior à tarde e pronto. Não pensei em mais nada. Ontem, comecei a pensar que faria sentido convidar os avós e convidei. De repente tinha uma catrefada de gente cá em casa e sem nada de "jeito" para o lanche. Pusemos uma bola de carne no forno (tínhamos uma congelada por fazer), servi uns pacotinhos de sumo 100% que uso para levar a comida para o trabalho e enchi uma taça com uns suspiros que tínhamos para ali no armário para misturar com os iogurtes. Está feito. 

Ah! Não me preocupei muito mais com a decoração da festa porque, além de não ser o meu forte (não é mesmo), a Mariana (uma amiga da faculdade) tinha oferecido (a mim e à Joana Paixão Brás) umas lanternas e umas decorações para o bolo. Achei que, assim sendo, ficava tudo com um ar mais compostinho e pensado. E acho que ficou tudo muito bem. Low-cost ao máximo, mas tudo bem. Aliás, melhor ainda. 

Foi um dia muito feliz. A Irene estava eufórica de ter todos os olhares para ela. Avós tão dedicados em fazerem-na sorrir e a brincarem com ela. Além do meu irmão que também estava deliciado com a Irene (ele adora crianças). 

A Irene recebeu roupa dos avós do lado do pai, roupa da avó do lado da mãe um triciclo e uns Stan Smith que não resisti e foi o que sugeri quando a minha mãe insistiu para eu escolher uns sapatos mais compostos. Sei que não era isto que ela tinha em mente, mas a miúda fica tão gira... 

Acabei por lhe vestir uma camisa da Zippy que tinha comprado no dia anterior, umas calças de ganga azuis e um casaco de malha cinzento da Zippy também. O pai acha que ela parecia um menino, mas eu acho que os ganchos mudam tudo. 

Sábado há a festa à séria! ;)

Achei que as lanternas não aguentava se prendesse só os extremos, então acabei por colar uma a uma à parede. Ficaram com um aspecto bastante plástico, mas serviram perfeitamente. 

Obviamente que tivemos de cantar os parabéns umas cinco vezes, acho que foi a parte preferida do dia para ela. 

Depois desta fotografia foi para a cozinha dela dar de comer à castanhola a dizer "abre a boca, ervilhas!". 

Ficou apaixonada pelos ténis porque o tio Pedro tinha uns iguais. Toda vaidosa com eles: "ténis Pedro, ténis bebé". 

Dei o meu melhor para parecer uma fotografia tipo Pinterest. Aquele rabo de aquecimento central passou por um fiozinho, sacana!!

Tive de cortar imenso a fotografia porque apoio a Irene na minha barriga quando a tenho ao colo e não gosto nada da minha forma (esqueço-me sempre). Este é o meu irmão Pedro, outra das minhas grandes paixões. Quem mais me preparou o coração para ser mãe - se é que há preparação possível. 

Cerca do bolo, cavalinho e bandeiras (sei lá como é que aquilo se chama) - Maryland Art&Design

Prato do Bolo, pratos e guardanapos - Kasa do Continente

Velas arco-íris e número dourado - BairroArte.