9.09.2018

Adeus, pêlos! Aleluia!


Depois de ser mãe, tive várias fases: a de ter vontade de me arranjar e de me maquilhar; a de me sentir que tinha outras prioridades; a de lamentar a falta de tempo para mim; a de assumir que a onda de desleixo faz parte; a de me rir pelo estado do meu cabelo oleoso e de mal ter tempo para lavar os dentes; a de dizer “basta”. Houve de tudo. Perante isso, já tapei pelos nas pernas com calças em pleno verão, já cortei as unhas bem rentes por falta de tempo para as arranjar, já prendi o cabelo imensas vezes para disfarçar as raízes (como se…), já rezei para que, numa reunião, a luz vinda da janela não incidisse no meu buço ou de estar sempre a uma distância de segurança para que ninguém reparasse. O que me deixava sempre mais desconfortável eram mesmo os pelos. Parece ridículo, mas um dos meus pesadelos era ter de ir ao hospital de urgência e me verem aqueles pelos todos (ahah). A Isabel já me chegou a dizer: “mãe, pica muito!”, quando estava em cima das minhas pernas. A mais nova, nas suas parcas palavras, também já comentou “pica”, quando lhe dei um beijo. Como assim, pica? 

A verdade é que não tenho tempo para ir frequentemente à esteticista; as lâminas, além de me deixarem os pelos em palha de aço, deixam-me sempre a pele cheia de borbulhas e super irritada e a máquina é um instrumento de tortura. O meu desejo de fazer depilação a luz pulsada foi-se tornando cada vez maior, mas nunca cheguei a avançar não só porque isso implicava também tempo e deslocações, mas também porque amamentava.

Assim que a Philips me desafiou e me deu a oportunidade de fazer a depilação em casa com a Philips Lumea Prestige, depois das miúdas irem dormir ou enquanto estão a brincar, no horário que mais me dá jeito, os meus olhos brilharam. Ainda estou muito no início, mas posso já dizer que é muito mais fácil e rápido do que eu pensava: não demorei nem 15 minutos a fazer as duas meias pernas; a depilação nas axilas então foi rapidíssima; o buço foi num minuto – e é feita com um acessório diferente do resto do corpo. Até já desfiz alguns dos mitos que tinha. Não, não dói – tem um sensor Smartskin que ajuda a encontrar a intensidade ideal para cada tom de pele – e é suposto sentir só umas picadas, como se fosse um disparo de calor.

Ainda para mais, a APP Lumea faz com que nunca me esqueça de fazer a depilação. Ficamos logo assim com um calendário das sessões o que para a minha cabeça que anda sempre a mil (trabalho, blogue, miúdas, casamento, heeeeelp!) e não sou a rainha da organização, ajuda muito.




Já sonho com o momento em que vou ter uma pele macia e livre de pelos e já não falta tudo. A ideia de depois ter de fazer manutenção de vez em quando deixa-me uma sensação de alívio enorme. Quero mesmo ficar sem essa preocupação e sentir-me sempre bonitona.

Se tiverem interesse, farei um update à medida que for tendo resultados e respondo às dúvidas que possam ter – se não souber pergunto a quem sabe. Comentem à vontade!



*Este post foi escrito em parceria com a Philips.


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9.07.2018

Se eu soubesse isso sobre cólicas...

A Irene berrava que nem uma louca ao final do dia. Ela berrava e eu não a conseguia acalmar. Depois berrava ela e chorava eu, choravamos as duas e eu não percebia o que estava a acontecer e nem conseguia mudar nada. Experimentei o clássico dos probióticos, mudar a alimentação (amamento), deitar mais cedo, deitar mais tarde, virar a cama para sul, o desespero era... todo. 

Se eu soubesse estas coisas sobre (bebés) ou, neste caso, sobre cólicas: 


- Os bebés nascem  9 meses "mais cedo": 

Os bebés nascem "imaturos", sem estarem prontos para se afastarem da mãe. Somos a espécie que fica mais tempo dependente. Passamos por uma espécie de nova gestação fora do útero, a exterogestação. Leiam mais sobre isto num site de uma marca conhecida de marsúpios (makes sense). Há mais 9 meses depois da gravidez em que o bebé. Se o bebé e a mãe não estiverem alinhados com estes princípios é normal que o bebé também se ressinta e, ainda para mais, ao final do dia com o "cansaço" todo em cima e outras coisas que vou dizer a seguir. 

- O sono aparece ao final da tarde: 

Existe uma hormona do sono que é segregada ao final do dia. Já houve quem me tivesse tido que é a partir das 18h (mas haverá mesmo horas para isto?). Principalmente para recém-nascidos é quando cai o cansaço todo em cima. E, por isso, também, o descontrolo. Eles sabem lá gerir as suas emoções, nem os braços conseguem controlar, quanto mais!

- Ressaca

Para nós, um dia em casa parece ser extremamente simples. Para um bebé, existem milhares de cheiros, temperaturas, o barulho da televisão que não sabe de onde é, as texturas dos lençóis, o mudar a fralda, a voz da mãe, as horas do dia... Tudo isso são informações que o bebé tem que processar. Ao final do dia, se houver hiperestimulação (isto é só em casa, imaginem num espaço público com muita gente ou actividade), é normal que possa ter mais descontrolo por estar mais "cansado". Costumo comparar isto ao dia a seguir a ir a uma discoteca quando ainda se fumava lá dentro. Mesmo sem álcool, a cabeça dói, os olhos estão péssimos e o corpo está exausto... 




- Imaturidade do intestino.

Como nascem mais cedo, também ainda estão a "aprender a fazer cocó. Não se esqueçam que os bebés amamentados podem ficar mais tempo sem fazer cocó, não se stressem tanto. E é provável que os bebés alimentados com outros tipos de leite tenham mais problemas de digestão (é mais complicado digerir).

- Qualidade da pega. 

Amamentar não tem que doer, sabiam? E há várias maneiras de pedir ajuda (procurem por CAMs ou, se forem de Lisboa, liguem para a Amamentos). Há muitas respostas na net e bons grupos de Facebook (foram essenciais para eu conseguir continuar a amamentar a Irene). Se o bebé fizer barulhos a mamar, o som de beijinho por exemplo, é sinal que está a engolir ar enquanto mama. E vocês já tiveram muitos puns que, enquanto não sairam, vos doia incrivelmente a barriga, não já? Imaginem um bebé com o intestino imaturo e sem se saber expressar e ao final do dia... Poooois! 



- Ansiedade e ambiente.

Eles são esponjas. Não só em bebés, mas particularmente em bebés. Tudo à volta deles é informação. Quando estamos mais nervosas, o nosso cheiro muda, a pulsação também. Os gestos, tudo. Eles sentem isso e respondem a isso com medo e desconforto. A mãe está insegura e enervada, como é que se hão de sentir calmos? Tudo o que ajude a melhorar o conforto da mãe e da família é de extrema importância (sempre, mas principalmente nesta fase em que ainda estão todos a perceber o seu lugar).


Há de haver questões médicas que desconheço que vão além disto, mas do que tenho reparado, há muitas mães que ficam perdidas quando os médicos já não conseguem ajudar e recomendam coisas que nos fazem sentir "milagrosas", que nos dão descanso enquanto temos fé mas que, não resolvendo, pioram o desespero. 

Não há mal em tentar ou compreender a criança numa óptica não só física. Até porque nós somos tudo e está tudo ligado, não é?

Estão à vontade para me corrigirem no que estiver enganada, isto é só um resumo de muita coisa que li, mas estou sempre receptiva a receber mais :) 











9.06.2018

Este já vai para a lista dos favoritos!

Andava há anos a ouvir falar deste restaurante: a minha mãe já me tinha dito que a carne era maravilhosa e as batatinhas então nem se falava. No fim-de-semana em que ficamos sem as miúdas (já não íamos jantar fora os dois há mais de 4 meses - e é das coisas que mais gostamos de fazer), fomos até à Brasserie de l’Entrecôte (a do Chiado, mas há mais) e lá experimentámos a tão afamada carne com um molho delicioso - é mesmo daquelas que se desfazem na boca. E antes servem uma salada (de duas à escolha) e há umas manteigas ótimas e um pãozinho... bem, é tudo de babar. O "tudo" aqui não é muito, visto que só têm mesmo o entrecôte na carta (e uma opção para vegetarianos). O ambiente é super simples, luz baixa, os empregados atenciosos e com muita experiência, foi tudo muito agradável. Podermos conversar sem muito barulho, sem as  nossas crianças, devia ser obrigatório uma vez por mês! (Mas, vá de 4 em 4 meses já não está nada mal). E, para sobremesa, uma tarte de maçã com gelado deliciosa (mas foi difícil escolher porque trazem o carrinho com imensas possibilidades e tudo com um aspecto que, por mim, se fazia um pijaminha e não se falava mais nisso. 
Sou tão boa boca que devia ser proibido. 

Já sabem, A Mãe é que Sabe e a Mãe recomenda a Brasserie (ah! E experimentem a sangria de frutos vermelhos!)









9.05.2018

Tenho tido umas aulas com a Oprah Winfrey!

Quem me falou disto foi o meu colega Rui . 

É sempre uma boa maneira de começar um texto, respondendo a uma pergunta que ninguém fez nem nunca iriam fazer. 

Ultimamente os meus tempos livres têm sido para ouvir a Oprah Winfrey num programa que ela tem que é o "Super Soul Sundays" onde ela entrevista pessoas seleccionadas por ela: autores de best-sellers, iluminados espirituais e especialistas em saúde e bem-estar (estou a traduzir mediocramente o que está no site). 

Olhem eu a ter aulas com a Oprah: 


Não consigo ter disponibilidade para papar os vídeos, apesar de me parecerem muito interessantes. Ainda bem que existe o Oprah's Super Soul Podcast. Tenho ouvido no Spotify e tenho ouvido TODOS desde o início. Neste momento estou a ouvir o da Indie Arie. 

Sei que esta conversa não é para toda a gente, mas sei que hão de haver umas quantas que vão delirar com isto como eu. Tenho aprendido imenso com a experiência das pessoas que lá têm ido. A entrevista com o Paulo Coelho é fabulosa, por exemplo...




Se gostavam de ter mais tempo para ler, para aprender, para estudar e não conseguem ter de momento. Não me consigo lembrar de aulas mais práticas e com mais significado que estas que estou a ter neste momento. 

Alguém daqui que vá seguir a dica? 


Será errado comparar a minha filha a um cão?

A minha melhor amiga tem uma cadela já há algum tempo. A cadela tinha sido atacada pelos irmãos por ser a mais fraca da ninhada... estava muito nervosa mas a Susana ficou com ela. Não a conhecia de lado algum, foi alguém que sugeriu e ela aceitou a Lua. 

A Lua dava cabo da cabeça da Susana. Extremamente ansiosa e, por isso, maluca na rua. Ficava louca e ladrava muito quando via outros cães na rua, sempre demasiado entusiasmada com tudo e nada obediente. 

A Susana ficou esgotada de tentar ir contra ela. Primeiro ainda tentou a "autoridade". "Ela deve fazer isto por não me respeitar, tenho de me dar ao respeito". Nem por isso resultou. Apenas esgotou mais as duas.

Depois, reparou, que quando ela estava mais calma, a cadela também estava. Que, quanto mais tranquila e grata estava por ter a Lua consigo, mais tranquila ficava a Lua. 

Deixou de fazer de todos os assuntos uma procura de repeito da Lua por si e ponderar bem o que deve ser imposto, ensinado e exigido, balançando com momentos de afecto, de convívio e de amizade. A Susana passou a respeitar a história da Lua e a Lua começou a poder ver a verdadeira dona. 

Agora conhecem-se e são amigas. Nunca foram as duas tão felizes. 

Lembro-me muito da história da Susana e comparo-a comigo e com a Irene. Reparo que quando estou mais centrada e presente a Irene fica irreconhecível. Fica calma, doce e procura-me para ter e dar miminhos. A diferença é enooooooorme. Desde a enroscar-se em mim quado lhe conto histórias quando a vou adormecer. "Normalmente" - quando estou nervosa ou desalinhada - somos apenas verbais e reactivas. Parecemos duas linhas em paralelo quando não está tudo ok comigo. 

Tenho conseguido cada vez mais que sejamos crochet. Estamos entrelaçadas. Fisicamente até. Cada vez mais próximas. A recompensa de estar presente e calma é tão grande que a motivação para não dar corda a determinados pensamentos ou comportamentos é cada vez mais forte. 


Ela é o meu espelho e ainda parece que não tem tudo muito vincado nela. Ainda vou a tempo. Não que esteja a dizer que tudo o que fiz enquanto estava em modo automatico não estava certo, mas ainda vou a tempo de mostrar à minha filha que a mãe é mais do que "vá, Irene, temos que ir" e "agora não posso" e "já te disse umas três vezes". 

Eu sou tão fixe e ela também. Seria uma pena que depois chegasse à idade adulta sem conhecer a mãe e eu sentindo que nunca estive completamente ligada a ela. Quero conhecê-la e para isso tem que haver tempo. Custe o que custar. 

Até para conseguir chegar cada vez mais a ela quando ela precisar de mim. Quero criar confiança entre as duas, ir o mais profundo que conseguir. Quero ensiná-la o que é amor - sendo que eu ainda estou a perceber como se ama e se é amada também. 

Quero que, quando eu disser "a Mãe está aqui" ela saiba o que quer dizer para que, um dia, quando disser aos filhos, saiba dizê-lo com o corpo todo. 

A Mãe está a aprender a estar aqui.