3.21.2018

Não é a Irene quem faz anos hoje.

São 4 anos de Irene, mas parece que é este ano que o aniversário ganha mesmo peso. Desde a antecipação uma semana antes, até acordar hoje de manhã e levar logo com um balão gigante, dourado, com o número 4. 

Aliás, hoje não é a Irene quem faz anos, é o Adrien. Foi há 4 anos que aquela mini-pessoa respirou pela primeira vez (e depois foi aspirada e voltou a respirar de novo). Foi há 4 anos que a sua pele tocou na minha.

Há 4 anos que a vejo a descobrir-se e ao mundo e é mesmo um sonho poder fazer parte da vida dela. Ter assistido a todos os primeiros (há várias primeiras vezes que não vou querer presenciar), mas ontem, por exemplo, foi a primeira vez que a vi a comer com talheres e tão bem. Mesmo com o dedo ligado por causa do acidente desta semana. 


Isto foi hoje de manhã. À tarde vamos soprar o bolo na escola e sábado é a festa. Hoje vai também dormir à casa do pai, o que me está a custar um bocadinho, mas é o dia de aniversário dela, não o meu.

Parabéns, filha.



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3.20.2018

Ontem fiquei sem coração.

Estou preocupada. Muito. Ontem, a Irene entalou-se no portão da escola e eu morri ali. Morri (e ainda bem) de maneira a conseguir manter-me perfeitamente calma durante todo o processo. 

Ela entalou-se. A mão cheia de sangue. Os gritos dela que ainda os consigo ouvir. O olhar dela para mim numa de "salva-me, faz com que isto pare de doer". Atirei as coisas dela para o chão e claro que a urgência era pegar-lhe ao colo. Por ela e por mim. 

Não consegui fazer nada com a mão dela. Ela estava muito nervosa. Chorava e gritava. Eu não conseguia pensar muito bem. Nem estava tão preocupada com o que tinha acontecido ao dedo, mas queria descansá-la. 

Fomos para o hospital. Um bombeiro chamou atenção para o nosso caso e para a mão ensaguentada da Irene e conseguimos entrar na triagem rapidamente. A Irene muito nervosa e cansada. Eu, morta, mas a querer dar-lhe todo o colo do mundo - a única coisa que podia fazer. Dois médicos muito queridos, viram-na, desvalorizaram, mas recomendaram que fosse vista nas pequenas cirurgias.

Fomos para as urgências dos adultos. Tudo tão triste. Tudo tão mau. Só queria que o tempo passasse e não passava. Desinfectar o dedo foi horrível. Muitos berros. Muito choro. Tinha de continuar morta. Para ela ver calma nos meus olhos. No raio-x fizeram-na rir e a mim também e, no final, fomos para casa.

Pelo caminho o meu corpo foi voltando a ser e fui ficando com dores no corpo todo. Uma valente dor de cabeça e claro que tive de dormir com ela. 

A alegria dela, a desvalorização depois de passar a dor é uma lição e ressuscita-me. 

E isto foi só porque se entalou no dedo. 

"Não quero mais dói-dóis" - gritava ela ontem no meio de um choro que me matou.

A mãe também não quer, meu amor, mas... vai ter que ser. 

Ahh... meu amor...


PS - Obrigada à equipa do S. Francisco Xavier, foram todos muito simpáticos. 


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Filha minha não vai ao cabeleireiro fazer unhas!

Nunca verbalizei, mas já pensei nisto quando vi uma miúda de uns 5 anos a arranjar as unhas com a mãe. Já devia ter aprendido que nestas coisas da maternidade a melhor mãe é aquela que não o é. Antes de o ser e antes de passarmos pelas situações, todas somos as maiores. Em chegando o momento, olhamos para trás, deixamo-nos de ideias feitas, de intenções, de regras e regrinhas impostas por nós e pelos outros, e agimos, mudando ou não de opinião. 

A Isabel pediu-me para ir ao "cabeleiro" pintar as unhas da cor da mãe e eu achei uma ideia bem gira. Ia fazer anos e já sabia que ela ia adorar ir comigo arranjar as unhas e cortar o cabelo. Fomos. Caguei nas minhas ideias pré-concebidas e quis deixar a miúda feliz. Uma coisa era se fizessemos disto rotina, tendo ela quatro anos. Nada contra, pode fazer sentido para alguém (e fazer estes programas juntas é ter momentos de mãe e filha e isso só por si já é excelente), mas prefiro ir sozinha, ter um tempinho para mim, que já é bem raro e, por outro lado, acho precoce que uma criança tenha acesso a estes serviços por rotina. Brinquem ao faz de conta em casa e pronto. 

Fomos ao Nela Cabeleireiros, na Amadora, e foi um espetáculo: unhas cor de rosa e brilhantes, cortou a franja e ainda saiu de lá com duas tranças no cabelo. Eu aproveitei e fiz umas madeixas, ela levou a LadyBug que recebeu nos anos e brincou por lá enquanto esperava por mim. Ainda encomendei uma pizza com muito ananás, como ela gosta, e comemos por lá. Uma manhã muito fixe e diferente e ficámos lindonas :) 

Levámos a Joana do The Love Projectque já é família, para registar o momento. Como sempre, adoreeeeei! Obrigada, Joaninha, pela tua paciência e dom natural para crianças (e fotografia,  mas isso é demasiado ÓBVIO).

Há ali um sorriso e um olhar da Isabel para mim que me derrete toda. Que sejamos sempre assim cúmplices!


























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