8.25.2017

Vantagens de nos darmos bem com o ex.

Não vou mentir e dizer que é tudo um mar de rosas. Não para já, pelo menos. Sei de estórias de ex que se juntam no Natal com as madrastas e padrastos à mistura e em que se sente que há uma família e feliz. Há muitos tipos de famílias, porque não? 

Divorciei-me recentemente e estamos a aprender a lidar um com o outro. Esbarramos contra paredes, noutras vezes comovemo-nos em conjunto por sermos quem mais ama a nossa filha - nem sempre é fácil de gerir. 

Simplesmente sei que vale a pena o esforço. 

Vantagens de nos darmos bem com o ex:
(também deve haver desvantagens, mas faz parte do "esforço" não falar disso, eheh)


 A criança não sente o ambiente negativo entre ambos - mesmo que achemos que eles não sentem nada, sentem sempre.


É genuíno o carinho e respeito com que falamos do outro, sem precisar de dizer, a morder a língua "sim, o teu pai é muito divertido". 

Podemos dar recados e ter alguma esperança de sermos ouvidas como: "evita, por favor, vestir-lhe pijama de mangas compridas que ela tem pele atópica e no Verão, como está calor, precisa de respirar mais um pouco".  É uma frase muito comprida, se não nos dermos bem, é provavel que fique só no "evita" e, no resto do tempo seja um "o que é que esta cabra quer, já dei para isto... bazaaaaaaa" na cabeça deles. 

Conseguimos obter mais informação relevante como se foram passear e onde. Gosto de saber para poder perceber cansaço da parte da Irene e para poder conversar com ela. Saber que ela viu pavões ou que foi ao Aquário Vasco da Gama faz com que eu possa falar sobre o dia dela, mesmo quando não foi comigo. 

É bom para articular refeições. Evita-se que a miúda coma douradinhos 2 refeições seguidas ou carne de vaca. É um pormenor, bem sei, mas acho uma atenção querida.

Existe maior flexibilidade na troca de dias e de horas para a conveniência de cada um e com tranquilidade. 

Ficamos, enquanto adultos, verdadeiramente libertos - tanto quanto possível - da relação falhada, sem que isso nos consuma diariamente e em todas as pequenas decisões que tenham que ver com o filho. 

 Podemos orquestrar momentos de brincadeira: hoje à saída de casa, quando fui levar a Irene ao Frederico, perguntei se ele tinha chamado um médico ao domicílio porque estava a caminho a "Dra. Matilde". A Irene tem uma mala de médica e ultimamente gosta de fingir que se chama médica matilde. 

Quando chegamos, o Frederico tinha passado aqueles minutos a desenhar nas suas pernas várias maleitas para a Dra. Matilde curar e assim que ela chegou à casa do pai, começou logo a trabalhar. 

Tem um arranhão, um prego preso na perna, um bróculo
 e uma dentada de tubarão para a "Dra.Matilde" tirar. 

Claro que acabou nisto (o que me leva ao  seguinte): 






Recebermos fotografias adoráveis da pessoa que mais amamos no mundo inteiro, mesmo quando não estão connosco, inesperadamente por whatsapp. 

 Acaba por funcionar como "boa publicidade". Ter um casamento falhado e um filho não abona a favor de ninguém no mercado, mas ter um bom ambiente com a ex-mulher (com as devidas distâncias, claro) faz com que o divórcio bem sucedido seja um turn-on - pelo menos na minha cabeça. Nenhuma madrasta ou padrasto quer iniciar uma relação já com imensos problemas de antemão e um futuro parceiro com a cabeça feita em água. 


Já que falo em boa publicidade, este é o instagram do Frederico. Também tem alma de blogger, mas com um ligeiro gosto por comer e cozinhar. Nada demais. ;) Não vai ter uma série em que é só ele a comer e nada. Tem alguma piada. A suficiente para ter aceitado casar com ele. 


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8.24.2017

Maternidade Low-Cost.

Coisas que, três anos depois, não teria comprado e teria poupado imenso dinheiro: 

- Brinquedos de plástico

São datados, são irritantes e não ficam bem em lado algum. Prefiro comprar ou instrumentos musicais (tem muitos) ou brinquedos de madeira de maior duração e cuja utilidade vai mudando consoante o desenvolvimento dela. 

- Peluches

Para quê tantos? A maior parte não fui eu a comprar, mas já reparei que eles escolhem um ou dois e os outros são só "malta". 



- Pratos infantis

Que parvoíce, como é que caímos nesta? Who cares o tipo de prato? Além de que eles, ao comerem nos nossos pratos até ganham uma noção de consciência e responsabilidade diferente (claro que não lhes daríamos os pratos tão cedo para as mãos, só quando estivessem preparados).

- Milhares de copos de plástico assim e assado. 

A bebés que bebem de um copo, sem mariquices. Será que não dá para passar de um para o outro ou usando as palhinhas, simplesmente? Desconfio que um próximo não terá acesso a 88 maneiras de beber água por garrafas diferentes. 



- 48 talheres

Sejamos honestos, pomos a loiça a lavar ou lavamos a loiça com alguma frequência. Não precisamos de ter talhares como se deixassemos de ter água em casa durante semanas. 

- Esterilizador de biberões

No meu caso praticamente não usei biberões, mas também reparei que a fase de esterilização passa rápido e que não é necessário um mono lá em casa. 

- Demasiada roupa

Fazendo as contas à quantidade de vezes por semana que se lava e passa roupa, só precisamos de x número de conjuntos que, se alternarmos, darão um dobro. A Irene tem roupa demais para cada estação, mas vai deixar de ter, muahah. 

- Chuchas

Apesar da Irene não ter usado chuchas, chegou a uma altura que tenha 342. E, que saiba, eles têm uma ou duas que gostam (se não tiverem tantas alternativas devem conformar-se mais facilmente, digo) 



- Muitos sapatos

Apostar nos neutros e para estilos variados! A Irene precisa de um par de ténis, umas botas, uns sapatos mais betos, umas sandálias e uns chinelos. Porque é que parece ter tantos sapatos como eu (mesmo sabendo que o pé dela cresce e vai tudo a abrir não tarda!). 

- Berço

Nunca teria comprado o berço, teria passado imediatamente para o colchão no chão no quarto dela. Sem berços para não me enervar. É uma mini-jaula tanto para nós como para eles. E quando temos que os por no berço depois de duas horas a embalar? Não havendo berço.... mais fácil ;)

- Trocador

Se se planear bema  mobília, qualquer cómoda poderá fazer de trocador com algo fofinho para por o bebé por cima. Simples. 



- Mala do bebé

Compramos uma mala maravilhosa para arrumar tudo em todo o lado mas, na verdade, qualquer mochila serviria para o mesmo. Criativamente até poderíamos ter criado compartimentos com saquinhos, caixas o que for. 

- Cadeira de alimentação XPTO

Que parvoíce. Nem vos digo quanto custou a nossa cadeira de alimentação, quando as do Ikea servem perfeitamente... e custam 1/1000000 dos euros além de lhes termos menos amor e deles poderem brincar à vontade com menos avisos. 

- Livros de Puericultura

Andei a ler porcarias imenso tempo e a comprar demasiados livros muito cocós até chegar aos melhores. Podia ter tido uma mãe amiga que me soubesse guiar, mas não tive. Tempo e dinheiro perdido. 



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