9.17.2015

Foram enganados pela Joana Gama.

Com que então acharam mesmo que a Joana Gama era este pedaço de mau caminho?


Não se deixem enganar. E não, não vou esfregar os cotovelos na parede até fazer sanguinho, já dizia a Lucy. Vou provar-vos isto que vos digo. Ora então deixa-me lá procurar aqui no meu telemóvel.

É com esta pessoa que eu divido o blogue:




Reposta a normalidade, agora sim, podemos falar da Joana Gama. O que conta é o interior.
A Joana é ser um humano especial (e com esta expressão do mais piroso que há, ela estará a vomitar. Ou então foi do Big Mac e das batatas XXL com molho e ketchup que afiambrou ao almoço). 
A Joana é autêntica, directa, inteligente, sarcástica.
Este blogue não seria nada sem ela. Seria um "a mãe sabe assim-assim", cheio de cor-de-rosa e sentimentos assolapados e perderia a espontaneidade e aquilo que nos faz rir.
Blogue à parte, sei que a nossa amizade, apesar de ser apenas de 2013, vai durar pelo menos até 2063, já bem velhinhas e um bocado carcomidas e já com os nossos netos a curtirem dançarem no Urban.

Parabéns, Joana. E obrigada. Por seres quem és. Estou a gozar, não escrevi isto. Vamos lá de novo. Obrigada Joana, por tentares ser sempre melhor e por essa loucura que fez com que me apaixonasse por ti. Isso e por seres esta bomba.


 Mas também esta...


E esta.



Sigam-me no instagram @JoanaPaixaoBras
e o @aMaeequesabe também ;)

9.16.2015

É SÓ um bocadinho!

Quando estava grávida passava horas ao telemóvel, instalei aplicações parvas e perdia ali tempo, porque me apetecia. Quando amamentava durante a noite, nos primeiros meses, tinha de estar ao telemóvel para não adormecer. Chats, grupos e artigos sobre os 10 alimentos que não pode dar ao seu bebé ou as fadas do sono. Já a miúda tinha mamado, arrotado, adormecido e eu continuava ali, alienada.

Depois, já mais crescida, enquanto ela estava a brincar um bocadinho sozinha, lá estava eu no Facebook ou a ler um artigo qualquer. Enquanto os legumes não acabavam de cozer, mais uma espreitadela no WhatsApp, responder à Joana, ir até ao Messenger responder à Marta, uma breve passagem pelo Instagram, actualizar o feed e espreitar as últimas publicações, porque "são uns segundos". À mesa, "olha que gira a comer tão bem bróculos", vai de registar o momento. Depois do banho, com ela a desarrumar gavetas ou a dar comida aos bonecos, vai de tirar uma fotografia para enviar para as avós ou publicar numa qualquer rede social. E aproveitar para espreitar as últimas publicações no Facebook, fazer um like na foto da Raquel, enquanto ela está ali entretida. "Jantas?", pergunto ao David. E ele responde e ainda trocamos mais umas mensagens sobre o dia dela e as novidades da creche e o quão crescida ela está, mas não fez cocó nem dormiu grande coisa. Pelo meio, mais uma mensagem não sei de quem, mas é melhor responder já, antes que me esqueça. Ah! E agendar a consulta dela. Pelo meio, faço uma macacada qualquer e ela ri-se. Vem mostrar-me o urso e fazemos uma festa. A avó responde à fotografia com um "que saudades" e respondo de novo. E chega um email de trabalho que diz "É já amanhã, fazemos?" e é melhor responder, a este, porque é urgente.

Entretanto já tenho a criança a esfregar os olhos, cheia de sono, e já não vou a tempo de lhe contar a história como deve ser. O tempo passou e eu perdi o olhar de espanto dela a descobrir a mola do cabelo entre os legos, perdi o sorriso quando encontrou o urso Zé e tão pouco me apercebi do ar vazio quando viu que eu não estava a olhar para ela. "Mamã!" "Sim, filha, a mãe está aqui!" Não está. Estar aqui não é nada disso. Afinal não tirámos SÓ um bocadinho da noite para as nossas coisas. Vai-se a ver e, afinal, SÓ estivemos um bocadinho com os nossos filhos. Estar de estar. Com olhos de ver, com corpo e com alma. De participar, de brincar, de conversar. Não é por acaso que a minha filha sabe muito bem qual é o telemóvel da mãe e qual é o do pai. Não é por acaso que quando os vê espalhados pela casa, os vem entregar, respectivamente. Não tem piada. Não é assim tão giro. É um espelho do que ela viu.

Fomos a tempo de perceber que tínhamos de mudar. Decidimos, há uns meses, que durante a semana não há telemóveis, desde o momento em que chegamos a casa até ao momento em que ela se deita. Há excepções, claro, mas fazemos um esforço, consciente. Nada é assim tão inadiável. Nada é mais importante do que passarmos tempo de qualidade com os nossos filhos. Fica a reflexão para quem precisar, mesmo que precise SÓ um bocadinho.

Faço 29 anos.

Parabéns a mim e a toda a gente que me atura e que gosta de mim, que tem o dom de me conseguir aturar. Decidi, porque poderá haver alguém interessado, contar-vos um pouco mais de mim. Ainda mais? Sim. 

Claro que tinha de escolher uma em que estivesse bem, não é? E dá para ver que não me injecto nos braços, o que é sempre bom.


Joana, nascida a 17 de Setembro de 1986. Loira, de olhos verdes. Usei aparelho. Filha da Mãe Sílvia e do Pai Filipe, respectivamente juíza e professor universitário/engenheiro químico. Família de Melgaço e família da Amadora. Nasci na Damaia (no Hospital Particular), mas no BI dizia Damaia. Durante a maior parte da minha infância vivi em Portugal inteiro enquanto a minha mãe estagiava em vários tribunais. Lembro-me, por exemplo de Cartaxo, Grândola, Sto. André, S. Tiago do Cacém, Rinchoa... "Lembro-me".

Só via o meu pai aos fins-de-semana visto que ele continuava a trabalhar em Lisboa. 

Aos meus 6 anos divorciaram-se. Fiquei com a minha mãe e com o meu padrasto João. Fomos morar para Oeiras. Da escola primária nº2 da Rinchoa passei para o Colégio Princesa Isabel em frente à estação de comboios de Oeiras e aí fiquei durante a 4ª classe, tinha de usar farda e eu gostava. Passava todas as sextas com o meu pai e fins-de-semana alternados. Incialmente em Linda-a-Velha, depois na Reboleira, na casa do meu avô. 

No 5º ano fui para o Colégio Quinta do Lago em S. Domingos de Rana e fiquei por lá até ao 9º ano. Gostava de todas as disciplinas, mas mais de línguas, claro. Odiei a parte dos Vulcões em Ciências da Natureza e não conseguia gostar de história. No sexto ano, por ter sido a única aluna a ter positiva num teste de Ciências e de 80 e tal porcento, a escola propôs mudar-me de turma para a dos que já lá estavam no colégio desde o infantário (a turma A). Chorei muito por deixar os meus amigos, mas depois tudo acabou por ficar junto no 7º. 

Fazia natação e andava no Inglês. Também fiz Judo e houve uma vez que fui a uma aula do Coro, mas não deve ter corrido bem. 

Caía sempre em todos os períodos em educação física. 

Algures pelo meio de tudo isto tive um dos grandes amores da minha vida, o meu irmão Pedro (filho da minha mãe, mais novo que eu 10 anos).

O meu padrasto João estudava comigo e revia a matéria. Até que pedi para ser independente (não sei bem quando, mas aguentei-me à bomboca). 

Escolhi humanidades e fui no 10º ano para o Liceu de Oeiras. No 11º fui morar com o meu pai para Lisboa e fui para o Maria Amália. Depois no 12º preferi ir para o Liceu Camões. 

Entre ir para o conservatório fazer teatro ou ir para Comunicação Social, acabei por ir para Comunicação Social. Apesar de adorar representar (descobri isso nas aulas de Orientação de Expressão Dramática no Camões) senti que não estava a ir para essa área por motivos honestos. Acho que só queria estar em cima do palco e que, se gostasse mesmo de teatro, já teria ido ver umas peças voluntariamente. 

Fui para Comunicação Social na Universidade Católica Portuguesa de Lisboa. Ganhei o gosto pelo estudo e adorei o curso. Foi só 3 anos (bolonha), mas cresci imenso com ele, em método. Infelizmente pouco ou nada apliquei do curso na minha profissão. 

Algures aqui pelo meio tive outro amor da minha vida, o meu irmão Tiago (filho do meu pai, mais novo que eu 20 anos).

Por causa de Bolonha, comecei logo a enviar currículos a meio do segundo ano/terceiro (não me lembro) a dizer que a minha média final prevista seria de 15 para me chamarem o quanto antes e não perder tempo. Queria muito sair de casa asap para ter mais privacidade e liberdade. 

Fiquei quase que imediatamente no Grupo Renascença na Mega Hits, o que também fez com que me borrifasse para o suposto Mestrado em Novos Media e Praticas Web na Universidade Nova de Lisboa. Estive para escolher entre um trabalho muito bem remunerado como account numa empresa internacional ou um estágio não remunerado na Mega e escolhi a Mega. Só por ser a minha rádio preferida, não por alguma vez ter tido o sonho de fazer rádio. Ah! Também porque me dizem que sou muito comunicativa e que ia ter jeito, blá blá. 

Fiquei na Mega. Saí de casa. Fui para uma casa alugada, mobilei-a com as mobílias que tinha no meu quarto da casa da minha mãe e da do meu pai. Comecei por ser animadora da noite na Mega Hits, depois da Tarde, depois da Manhã (10h-14h). A minha melhor amiga deu-me um gato, a Bubbles. Não tinha muito dinheiro para "viver". Pagando as compras, contas e fumando... pouco restava. Apercebi-me que um kg de arroz não é muito caro e que mata a fome também.  Depois passei a ganhar mais um pouco.

Fui fazendo cursos e workshops pelo caminho de fotografia, teatro, stand-up comedy. Comecei a fazer stand-up comedy, mais tarde teatro de improviso ou comédia de improviso na Comuna. Também apresentei rubricas na Sic Radical e fiz alguns festivais em televisão.

Conheci o meu marido num espectáculo de stand-up comedy, ele estava a assistir. 

Fui convidada para apresentar o Café da Manhã da RFM e apresentei. Fiquei com demasiadas saudades da Mega Hits e voltei. 

Apresentei as manhãs com o Paulo Pereira no "ProGama da Joana". 

Casei. 

Engravidei. 

Escrevi um livro.

Tive a Irene. 

Lancei o livro "Estou toda Grávida". 

Licença de maternidade.

Licença sem vencimento de um ano. 

E em Novembro volto à Mega Hits. 

Foi mais impessoal o que vos escrevi hoje? Sim. Mais curto e grosso? Sim. 

Foi para variar! ;)


29 anos... ... 

Há esperança!

Já fiz centenas de posts sobre isto (vá, sou capaz de estar a exagerar, talvez não tenham sido centenas) e que podem encontrar aqui.

Para mim, nunca foi fácil alimentar a Irene. O facto de se amamentar sem horários, mas quando o bebé pede (a chamada livre demanda) torna a coisa mais intuitiva e, por isso mais dada a "erros", para mim que penso demasiado. Devo-lhe ter tentado dar de comer umas 430 vezes (vá, sou capaz de estar a exagerar) sem que ela tivesse fome ou que estivesse a morrer de sono ou, sei lá. Porque o problema é mesmo esse. Enquanto não nos podem dizer o que sentem, nós "sabemos lá" (só me lembro do "romance" da outra, que nervos!). 



Sempre que se fala de comida com mães "de maminha" é recomendado um livro do pediatra Carlos Gonzalez "Mi ninõ no me come". Ainda não li, mas fica a dica para vocês. 

Passei por imensas fases. Desde a tristeza de lhe introduzir a alimentação complementar por ser tão mais difícil e chato que dar uma mama e já está. À frustração de não conseguir acertar com o apetite dela. A não saber o motivo da recusa. O afastar a colher da boca, o querer atirar tudo para o chão, não conseguir distraí-la. Dar-lhe de comer foi, durante muito tempo, um motivo de enorme enervamento. Já nem me lembro, mas acho que cheguei a chorar e tudo. Só mães que tenham esta... vertente cultural tão vincada de querermos empanturrar os filhos a torto e a direito (tão português) me percebem. 

Felizmente vi a luz e relaxei. "Não quer, não come" e pronto. Está bem de saúde? Está. Então, ponha-se fina. Vá à sua vida e um abraço. Além de ser um método bastante à la Disciplina Positiva (deixá-la lidar com as consequências das suas escolhas, mas ainda é cedo para ela perceber), não causa nenhum dano na nossa relação. Nenhuma das duas faz birra no sentido contrário uma da outra. 

Ainda agora não quis almoçar. Foi dormir sem comer. Pronto. Quando acordar come. São raciocínios tão básicos mas que nem sempre são fáceis. Para mães de bebés mais pequenos, ainda para mais com uma dose do tamanho dum elefante de hormonas em cima... 

Agora é um dos meus momentos preferidos. Adoro dar-lhe de comer. Fazemos desenhos (eu faço, pronto, ela rabisca), brincamos com os cubos em que atribuo um som a cada cubo e ela vai fazendo pedidos para eu repetir consoante as cores, etc. Pelo meio vai-se comendo e ela vai escolhendo que colher quer naquele momento se de sopa ou do segundo prato. 

Por isso mães que se enervam com a comida, há esperança. Vejam sempre a luz ao fundo do túnel. Tudo o que é menos agradável, acaba por acabar. As noites mal dormidas, não sabermos lidar com elas, com isto da comida...

Fica a promessa. As coisas melhoram. Tenham paciência que eles terão também. 

A prenda dos 18 meses!


São daquelas que vão ao supermercado comprar três coisas e vêm de lá com cinco que nem estavam na lista? Ou que vão a uma loja procurar um casaco azul e saem de lá com um vestido vermelho? Estou convosco. Fui comprar um livro para os 18 meses da Isabel (todos os meses lhe ofereço um livro, sendo que já estou a comprar alguns para quando for mais crescida). Vim da loja com um Puzzle dos Pandas (passou a ser o animal preferido da Isabel desde que descobriu o Panda e os Caricas, assim como o Pinguim, "pinguim, pinguim, a dança do pinguim") e umas tintas para pintar com os dedos vieram agarradas.

Só não gostou mais porque já era fim do dia e já eram horas de jantar. Saiu dali directa para o banho. A tinta saiu toda da roupa (acho que são laváveis, pelo menos foi o que a senhora me disse, acrescentando que mesmo que vão com a mão à boca, estas não são tóxicas).








Próxima coisa a comprar: um rolo gigante de papel.

9.15.2015

O Panda e os Caricas.

Ui. Por onde começar. Devo dizer que a culpa é da Isabelinha da Joana Paixão Brás. Nós partilhamos uma conta do Youtube e no meio das músicas que punha para a Irene aparecia-me isso do Panda. Não resisti. E entrei na seita. 

A Irene é agora mais uma fã dos Caricas. 



Claramente preferia que o nome tivesse alguma coerência com o projecto. Talvez O Panda e os saltitões ou o Panda e os personagens com síndrome de Peter Pan. Ou: mais uma maneira de vos mamar dinheiro em merchandising e festivais. Ou, esperem, esperem: como por pão na mesa vestindo umas jardineiras de pano feitas à mão. Já estou a divagar. É só porque, dito muito rápido, parece que estou a dizer o nome ordinário para pipi em criolo. São referências que eu cá tenho, não se incomodem.

O meu primeiro contacto não foi de choque. A Irene começou logo à saltar e pensei que isso era bom para lhe fortificar aquele traseiro. Aos 17 meses sofre de alguma celulite e quero já por-lhe aquilo em ordem para não te de usar daquelas calças todas push-up da Salsa (o quê? a Joana Paixão Brás tem umas? Que coincidência!). 

Devo congratular os actores pela sua entrega e ao esforço que fizeram para abolir toda a sua sexualidade. Até o pobre do Matias usa uns collants para não se ver os pelos das pernas (não fosse alguma menina ficar mais entusiasmada ou pensar que ele já não tem idade para fazer aquelas figuras). Sim, deve ser por causa da croma, mas ninguém me convence de que ele não está a gostar. Aliás, não vejo outra maneira dele saltar tão à vontade sem ter aquilo tudo arrumadinho como nós quando temos de nos enfiar violentamente dentro de collants. 

O Matias (personagem, não actor, o de vermelho) tem uma deficiência na fala? É para que as crianças aprendam a tolerar a diferença? Também pode ser aparentado do Sean Connery e parecer que tem meia gaze na boca enquanto fala por causa disso. Outra hipótese que ponho é estar a usar uma prótese. Também pode ser. 

A Clarinha (a de rosa) é aquela que os rapazes pensam primeiro em "ir lá". Perguntem lá ao vosso tipo se não era a que faziam primeiro. Ah pois! Tem aquele ar sonsinho, mas dizem eles que ou é mesmo uma bomba na horizontal ou um bacalhau e que, se for de graça, vale sempre a pena tirar a dúvida. Eu gosto dela, não brinca em serviço. Como atriz não se esquece do que está a fazer e dá para ver pela intensidade desmedida no "mais um" que grita na música da Festa: "toda a gente está feliz... [está feliz], toda a gente a cantar...". Essa, exactamente. 

O Pedro (o de azul) parece o Keanu é verdade. Não tenho grandes reparos a fazer. Se tivesse de dar um bate-chapas nalgum deles era nele, mas depois de um cortezinho de cabelo. Nenhum homem que tenha de manter aquela cabeleira está pronto para amar uma mulher com deve ser. Sorte a dele de não ter pelos nos braços, senão também lhe punham uns collants como ao pobre do Matias. Gosto muito de o ver a saltar na música do Baile Olímpico (que é só o título mais imbecil de todos, supera até o "Sou uma Taça"). Parece que a sua vida depende disso. Muito magrinho, porém. Tem estrutura corporal para poder apanhar uma candidíase e ter de por uns ovinhos. 

A rapariga de amarelo (que nunca me lembro o nome porque cá em casa chamamo-la de wannabe Ana Malhoa) é aquela que o meu cérebro tolera menos. Nutro uma simpatia generosa por ser a mais badochinha e portanto "ser cá das minhas" (não é gorda, simplesmente não é esticadinha como a Clarinha, a "papável"), mas acho que é daquelas personagens a quem eu daria um soco no esfíncter anal se tivesse de lidar com ela todos os dias.  No meu esfíncter. Não no dela. No meu para ser daquelas manobras de diversão de quando nos dói a cabeça bater com o pé no móvel e, de repente, deixar de doer o que doía antes (aconselho isto a gente parva, só). Não gosto de te ver sem ser com os totós de lado, rapariga de amarelo. Quando pões aquelas pseudo-tranças ficas mais enervante, fica a dica. Quanto a deixar uma alça das jardineiras para baixo... havias de ter crescido com a minha mãe que te ensinava a usar isso bem vestido. Que cric... carica mais rebelde. Que malandra. 


Que fique claro que nada tenho contra os actores em si, que não os conheço mas, por acaso, gostaria. Adoraria ver um deles a fumar, saber que outra tem um piercing num mamilo e que um deles não tem uma placa, simplesmente faz boxe e que lhe partiram a boca toda no dia das gravações.

Obrigada e desobrigada por fazerem parte duma das coisas mais giras e piores da nossa vida familiar. 

Nota: esqueci-me de falar da falta de trabalho das letras, fica para outro post. "Pinguim, Pinguim, Pinguim, a dança do Pinguim, Pinguim, Pinguim é para dançar assim" não me parece que tenha feito valer o caché do letrista. 





A Mãe dá... - Colecção Não Quero - Vencedor

Hoje, o resultado do passatempo vem num texto curto e grosso. Vá, só curto.

O vencedor do passatempo a Mãe dá - Colecção Não Quero da editora Zero a Oito é...




Teresa Prazeres Figueiras!

Parabéns!



Já percebi que temos de fazer mais passatempos destes! Foi um sucesso, com mais de 1000 participações. Obrigada a todos!

Adeus, chupeta!

E ontem foi o dia em que a Irene deixou a chupeta de vez. Quem me "ouve" ler neste momento, até fica a pensar que foi algo difícil, mas nem por isso. Difícil é ela nunca ter gostado muito de chupeta e termos de lidar com as emoções todas dela sem lhe dar o cigarro. Só porque ela não gostava muito porque tentar... ui, se tentei! Até comprei umas 550 chuchas. Durante o dia, às vezes, distraída até aceitava, mas durante a noite, quando acordava, nunca quis a chucha. Foi sempre a mãe, a mama da mãe. Por um lado é bom, por outro não que agora tenho aqui um furinho que me anda a deixar louca de dores.




A chucha nunca nos serviu para nada. Foi muito mais nosso amigo o pão. Calava-se num instante e ficava deliciada a fazer a sua açordinha. As cenouras baby também. 

Mesmo assim, todas as noites, quando a deitava, punha-lhe a chucha. Não porque ela pedisse. Não sei ao certo porquê. Será por estar habituada a que os bebés durmam com um pedaço de plástico na boca? Andamos nisso há 17 meses. Há 17 meses que lhe ponho a chucha para ela dormir. Ontem não pus. E o que aconteceu? Nada. Não fez diferença alguma. 

Isto dá-me que pensar quantos "hábitos" deles, não serão apenas "coisas" nossas. Já escrevi sobre a chupeta aqui.  Será que eles não comem mesmo se não estiverem a ver os vídeos ou... nós é que não temos fé suficiente para arranjar um sistema e acreditar nele?

Muito se fala sobre o vício da mama (prometo que não vou ter um discurso fundamentalista sobre a mama, não desliguem já), mas por que é que não ligamos tanto ao vício que eles têm de ter sempre uma rolha de plástico na boca? Eu, só passado 17 meses, é que pensei a sério nisso. A minha filha andava a dormir com um pedaço de silicone na boca e não era preciso. 

Afinal, quem precisava de chupeta era eu!

Adeus, chupeta!

Isto é mesmo o intercomunicador da Irene, as chuchas e o ursinho.

Algumas informações:

- A chucha, introduzida antes do primeiro mês, pode prejudicar gravemente a amamentação, tal como o biberão.

- A chucha pode atrasar o desenvolvimento da fala.

- A chucha (se usada durante muuuuuuuito tempo) pode entortar os dentes.

9.14.2015

Cá em casa há regras e não há.



Para mim, a vida não é um ensaio. Gosto de viver a valer, de sentir a valer. Sou mais de fazer do que de pensar. E talvez por isso goste de aproveitar todos os segundos e gosto que eles sejam um bocadinho imprevisíveis, mesmo sendo mãe. Gosto de dizer que sou um bocadinho hippie, no sentido em que me aventuro bastante e que não sou sempre fiel às rotinas. Gosto de decidir coisas naquele minuto, quase por impulso. Até agora tenho-me saído bem. Nunca me arrependi de ter ido, de ter feito, de ter experimentado coisas com a minha filha. Não gosto de exageros, não lido bem com eles. Gosto de aventura, q.b. e gosto de tranquilidade, q.b. Acho que a minha filha se tem habituado a esse modo de viver e está feliz assim. Sinto-a segura, alegre, inteligente, bem-disposta, meiga. Se estou ou não a fazer um bom trabalho, nunca se sabe, o tempo o dirá. Se este é o caminho correcto, não faço ideia, mas é o que estou a arriscar seguir.

A minha filha está em primeiro lugar, mas eu também estou. Por isso, tento encontrar um equilíbrio entre o que é bom para ela e lhe faz bem e aquilo que é bom para mim e me faz bem.


Ela não vai todos os dias para a cama à hora exacta. E há, de vez em quando, dias de festa.
Ela não toma banho todos os dias. Às vezes escapa.
Ela não dorme todos os dias na mesma cama. Já dormiu em pelo menos 7 camas diferentes, de norte a sul de Portugal.
Ela não dorme a sesta sempre à mesma hora. E houve um dia em que nem dormiu.
Ela não come todos os dias comida fresca e saudável. Já comeu douradinhos, croquetes e já provou arroz doce e croissant.
Ela não adormece todos os dias na cama dela. Há dias em que me pede colinho e eu dou – sempre - e há dias em que quem quer colinho sou eu.
Ela não come à mesa todos os dias. Nem nós.


Cá em casa há regras e não há. Há, porque isso lhe transmite segurança, conforto e a ajuda a crescer com autonomia. Não há, porque nos vamos moldando ao dia, à hora, à situação, às necessidades. Minhas e dela. Nossas. Sempre com uns rasgos de improviso, com “uma vez não são vezes”, sem dramas, sem sentimentos de culpa. 

Foto LoveLab

9.13.2015

Não há condições.


Se uma pessoa, num dia normal, já se sente uma super-mulher por conseguir fazer tudo o que tem de fazer num estado normal e quando estamos doentes? 

Sinto que agora não tenho condições nem para estar doente sossegada nem para ser mãe decentemente. 

Estou com umas dores na garganta e tosse já há alguns dias e, depois dos primeiros dias em pura negação, cá estou eu nas chamadas "lonas". Devia ter pensado melhor nisto antes de estar meia hora a adormecê-la, dar-me um ataque de tosse de cão e ela acordar assustadíssima. 

Nem no nosso quarto pude dormir por causa destes ataques imbecis. Tinha de tossir quase a engolir a almofada ao mesmo tempo e, portanto, mudei-me para a sala. Se já não durmo bem a acordar mil vezes por noite, ter que fazer um caminho novo e 4 vezes mais longo de cada vez que acordo... 

Quando eles estão doentes ganhamos umas forças extra vindas de não sei onde. Da única fez que a Irene esteve doente, lembro-me de estar de directa e sentir como se tivesse vindo de férias...

Devíamos ter uma imunidade qualquer por sermos mães. Nunca deveríamos ter dores nem doenças. 

Um beijinho à distância (para não pegar nada) a todas as mães que estejam a "chocar alguma" como eu.