8.12.2016

Olha m'esta (#03) - As gordas

Já tinham saudades minhas, não tinham? Tinham que eu sei, sempre prontas para cortar na casaca das outras. Gostam pouco... 


Então as gordas do a mãe é que sabe* agora lembraram-se de fazer um movimento do "ai somos gordas, mas o que é que isso importa, o que importa é sermos felizes"?... Claro que sim, mas podemos tentar ser felizes sem parecermos uma carrinha de farturas gordurosas.

A mãe da Irene (já agora, escusavam de ter escolhido o nome na noite de Las Vegas em que se embebedaram os dois, depois de casar - ai tão "diferente" ir casar à terra onde a Celine Dion dá espetáculos...) deve ter voltado a trocar a dieta por baldes de gelado porque a pobrezinha já tem mais barriga que eu nas minhas 42 semanas de gestação. 

A outra agora usa a desculpa da gravidez para justificar a gordura: como se fosse magra antes de engravidar. E lá andam elas todas orgulhosas a enfiar as banhas pelos nossos olhinhos adentro. E ninguém me tira da ideia que só teve mais um filho para dar visualizações ao blogue, que estas duas nunca me enganaram.
"Ai o meu parto correu mal": cá para mim teve uma dor de cabeça a seguir mas faz todo um drama porque sabe que isto é como o Correio da Manhã, quanto mais sangue melhor.

A Isabel que tem franja e nunca me enganou: tem monocelha e a mãe não consegue lidar com isso.

A Irene anda sempre com roupas de miúdo porque "é tão linda que até com um saco do lixo de 3 dias fica bem". Tão enganadinhas.

A Luísa que nunca aparece porque "ai que ela chora muito e só quer colo e não dá para grandes fotos". Ninguém me diz que a miúda não nasceu com um braço no meio da testa para não enxergar bem a fronha da mãe, que deve ter ficado ainda mais linda quando se esbardalhou toda no outro dia.

E agora vão todas de férias esfregar a felicidade na nossa cara. A felicidade e as banhas, para não nos sentirmos mal. Eu sinto, fico mal disposta, nunca me dei bem com gorduras, nem na picanha.


*atenção [para não haver mal-entendidos]: esta rubrica de humor é escrita pelas autoras, num exercício semelhante ao que as nossas haters fazem - e de facto, o único exercício que fazemos. ;) - somos nós a falarmos de nós próprias, como se fossemos uma das haters que nos enviam estas pérolas fofinhas...

8.10.2016

"Mãe, quero um mini-milks!"

Eu! Quem haveria de dizer! Eu! Eu, a mãe que raramente permito excepções (acho mesmo que excepções têm de ser excepcionais), eu que era muito robótica em tudo e que não admitia nem um grama a mais de sal que o necessário...

... propus um mini milk à Irene. 

Claro que não foi "assim do nada". Tenho dito que os gelados são "só para os crescidos" e lixei-me. No outro dia fomos ao jardim com uma amiga minha e o filho dela que é mais novo que a Irene. O filho dela começou a lambuzar-se todo um mini-milk. 

Pronto. Eis a excepção. Ali o gelado "não era só para os crescidos" e não queria que a Irene se sentisse "diferente". Nunca tinha percebido muito bem este argumento até ver a cara da Irene a tentar deliciar-se com a expressão do Diogo a comer o mini-milk, a tentar perceber a que saberia. 

Mini-milk para a menina. Ela adorou e eu também (tinha de ir dando um jeitinho para não derreter nas mãos dela, sabem como é heheh). 

Agora, à noite, está sempre a pedir mais "um mini-milks". Também gosta dos gelados de fruta que faço em casa, mas hei de arranjar uma maneira de não tornar a "exepção habitual". 

A senhora do café diz que uma mãe que costuma lá ir, nega gelados com o fundamento de "não ser domingo". Comer só guloseimas a um dia da semana, parece engraçado, mas isso não as tornará mais "proibidas" e uma coisa que eles sonharão alcançar quando deveriam ser encaradas "normalmente"? 

Como tantas coisas na maternidade, é um "logo se vê", vamos vendo como é que ela reage sempre que vir uma arca de gelados, etc. 

Gosto de ter gostado de lhe dar um gelado.




Avós da Irene, calma com os cavalos, só a mãe é que pode dar gelados e, mesmo assim, ainda está a ver como é que isto funciona, está bem? ;) E cuidado que ela já fala muito bem! 

Pedido: mães nutricionistas e afins, qual é o gelado "menos mau" para as crianças comerem? É mesmo o mini-milk ou é tanga? 

O vestido

Lembro-me de alguns dos meus vestidos de infância. Não tinha uma irmã para ir a combinar mas a mãe da minha melhor amiga, a Priscila, que vivia no rés-do-chão, tinha um gosto muito parecido com o da minha mãe e às vezes calhava termos peças iguais, da Benneton. Ou do mesmo modelo com tons diferentes. Era quase como andar nos Onda Choc, todos a combinar: adorava. Não posso dizer que tenha sido uma Maria Rapaz, sempre gostei muito destas mariquices todas. E assim continuo enquanto mãe de meninas: levam com muito laço e muito frufru. Mas agora já começo a variar mais, muito mais. 

Aliás, é cada vez mais raro vestir-lhe um vestido. Nunca pensei que chegaria aqui, mas rendi-me, neste verão, às t-shirts, aos tops de alças, aos calções de algodão. Não que sinta que prenda os movimentos, nem que seja desconfortável, que ela continua a macaquinha aventureira de sempre. É mais por mim: não me apetece perder muito tempo a passar roupa a ferro. Mas há casos que compensam e este foi um deles.

Adorei vê-la com este vestido, fresquinho e com pormenores muito bonitos. Ela adorou também, que eu percebi, sem que precisasse de o dizer. Gostou mais ainda quando percebeu que podia combinar com os sapatos cor-de-rosa. "Igau!", dizia, entusiasmada. Delirou quando viu que a mana também tinha uma roupa parecida. E lá andou ela a espalhar charme pela Invicta. :) Sim, é cada vez mais raro vestir-lhe um vestido, mas quando acontece é lindo ver a alegria (e vaidosice) dela.


 

Vestido - Petit Biscuit
Sapatos Victoria (os preferidos da Isabel) - Pegada Doce


Sigam-me no instagram @JoanaPaixaoBras
e o @aMaeequesabe também ;)