8.10.2016

O vestido

Lembro-me de alguns dos meus vestidos de infância. Não tinha uma irmã para ir a combinar mas a mãe da minha melhor amiga, a Priscila, que vivia no rés-do-chão, tinha um gosto muito parecido com o da minha mãe e às vezes calhava termos peças iguais, da Benneton. Ou do mesmo modelo com tons diferentes. Era quase como andar nos Onda Choc, todos a combinar: adorava. Não posso dizer que tenha sido uma Maria Rapaz, sempre gostei muito destas mariquices todas. E assim continuo enquanto mãe de meninas: levam com muito laço e muito frufru. Mas agora já começo a variar mais, muito mais. 

Aliás, é cada vez mais raro vestir-lhe um vestido. Nunca pensei que chegaria aqui, mas rendi-me, neste verão, às t-shirts, aos tops de alças, aos calções de algodão. Não que sinta que prenda os movimentos, nem que seja desconfortável, que ela continua a macaquinha aventureira de sempre. É mais por mim: não me apetece perder muito tempo a passar roupa a ferro. Mas há casos que compensam e este foi um deles.

Adorei vê-la com este vestido, fresquinho e com pormenores muito bonitos. Ela adorou também, que eu percebi, sem que precisasse de o dizer. Gostou mais ainda quando percebeu que podia combinar com os sapatos cor-de-rosa. "Igau!", dizia, entusiasmada. Delirou quando viu que a mana também tinha uma roupa parecida. E lá andou ela a espalhar charme pela Invicta. :) Sim, é cada vez mais raro vestir-lhe um vestido, mas quando acontece é lindo ver a alegria (e vaidosice) dela.


 

Vestido - Petit Biscuit
Sapatos Victoria (os preferidos da Isabel) - Pegada Doce


Sigam-me no instagram @JoanaPaixaoBras
e o @aMaeequesabe também ;)

8.09.2016

a Mãe dá - Livro de Magia das Mães - Constança Cordeiro Ferreira

A questão é mesmo essa. Trata-se de felicidade. 

É impossível que, depois daquilo que passámos com a gravidez, o nascimento da criança, o pós parto, os primeiros meses das crianças, não sintamos o nosso coração aos pulos de vontade de ajudar uma mãe que esteja a passar pelo mesmo. Às vezes somos desastradas e, pela vontade de falar, acabamos por não dizer nada de jeito ou acabamos por espalhar conclusões que não são assim tão óbvias para outras mulheres, com outras almas, com outras histórias. 

O meu parto e os primeiros meses... (quem é que eu estou a enganar... para aí o primeiro ano) da Irene foram uma explosão na minha cara e no meu corpo. O meu coração continuava no sítio certo, mas estava preso, estava enterrado sob os estilhaços. Sentia-me partida e culpada por estar assim na altura em que queria estar mais compostinha para dar um início de vida perfeito para a minha filha. 

Em vez disso, quando ela nasceu, senti nada. E depois, quando comecei a sentir, continuei a esparramar-me com imensas rasteiras, reflectindo-se tudo na amamentação. A Irene eu estávamos a dançar, mas a pisar os pés uma da outra e sem nos olharmos nos olhos, sem escutarmos a nossa música. Foi o baile mais longo da minha vida e o mais importante (continua a ser que ainda cá estamos as duas, claro). 

Quero conseguir dar amor e alento às mães que além de darem os seus abraços aos bebés, também precisem de ser abraçadas também. Nem todas temos uns braços enormes para conseguirmos abraçar-nos a nós mesmas, às vezes precisamos de quem nos dê uns beijinhos e que nos faça acreditar - que é verdade - que o amor traz a força. Porque traz. 

Já ajudei uma. 



Temos "só" de baixar o volume externo. 

Este "só". Este "só"... 

Este "só" é o que a Constança (as mães que foram tocadas pela sua magia tratam-na pelo primeiro nome) tenta explicar a milhares de mães. Não é explicar, é mostrar. Porque está ali. Está aqui. Connosco.

Este é o segundo livro que considero essencial. Fui uma papa livros de maternidade e todos os outros que li são "mariquices" comparado com o que aquele livro e este nos ensinam.

Quem quer saber se os olhos se limpam de dentro para fora ou de fora para dentro se estiver constantemente a culpar-se a si própria por não ser melhor mãe? 

Este livro assenta corações e permite-nos voar com os nossos filhos (e com os pais deles). É magia. 


Podemos ajudar a Constança na missão dela (que é de todas nós) e espalhar a palavra, a magia.

Temos 5 livros para oferecer. Querem participar?

1 - Terão de fazer like nas páginas de Facebook das respectivas marcas envolvidas e d'a Mãe é que sabe:




2 - Terão de partilhar publicamente o post do Facebook referente ao passatempo no vosso perfil, o que estará em baixo no ponto três-

3 - Terão de comentar o post do Facebook do passatempo, identificando três amigos.

                                       
                     
4 - Só se pode participar uma vez por perfil.

5 - O vencedor será apontado aleatoriamente através de random.org e anunciado, depois de uma semana, em comentário ao post do passatempo sendo identificado. Serão válidas as participações até às 23h59 do dia 17 de Agosto.

6 - O vencedor terá de enviar e-mail com os dados pessoais (morada e número de telefone) para amaeequesabeblog@gmail.com

7 - Só serão válidas as participações que tenham feito like nas páginas dos parceiros. O mais provável será o facebook retirar muitos dos likes ao longo do decorrer do passatempo por suspeitar de fraude (vão ser muitos e muito rapidamente), aconselhamos a que os revejam mais para o final do prazo para repor. 


Boa sorte!!! ;)

8.08.2016

Aos amigos sem filhos.

Obrigada.


Obrigada aos amigos sem filhos que nos acolhem. Que nos continuam a escolher para estarmos nas vossas vidas. Nós não somos os mesmos, nunca mais seremos. Seremos sempre dois, três, quatro corações: um dentro, os outros fora. Seremos sempre dois pratos de uma balança que alterna, qual baloiço do jardim, entre harmonia e rebaldaria (ou loucura). Tudo muda em segundos. E volta a mudar. Seremos sempre muitas vozes, várias vontades e, às vezes, poucos ouvidos.

Por vezes estamos mas a nossa cabeça não está. Podem ver pelas olheiras e pelas madeixas por fazer que não estamos a conseguir levar na mala de viagem todos os itens da lista. Uns ficam a faltar, ficam para depois. Paciência. Às vezes também vocês ficam para depois. A chamada fica por atender para não acordarmos a bebé que dorme no nosso colo. A sms fica por responder porque a mais velha pede atenção e depois é a hora do banho e a hora do jantar e depois lavar os dentes e história e cama. E às vezes adormecemos ou temos ainda a casa para arrumar. E depois esquecemo-nos. E dormimos mal e tornamo-nos a esquecer na manhã seguinte. Mas vocês sabem. Vocês sabem que não é por não querermos. Demora a conseguir pôr tudo em ordem, na vida e na cabeça.

Não somos os mesmos: somos os mesmos mas mais um bocadinho. Mais um bocadinho de emoção, mais um bocadinho de lágrimas, mais um bocadinho de desorganização, ou então mais um bocadinho de organização, onde nem sempre o acaso e o imprevisto podem entrar. Já não podemos andar ao sabor do vento nem fazer o que nos dá na telha. São poucas as vezes em que conseguimos, mas valem por dez, vivemo-las intensamente e aí vão poder ver que somos os mesmos, mesmo não sendo.
Obrigada por nos continuarem a mimar, a visitar, a mandar sms. Obrigada por nos receberem em vossa casa, mesmo correndo o risco de levarem com um Miró nas vossas paredes. Ou de quase vos rebentarem os tímpanos com as birras dos nossos pestinhas.
Obrigada, amigos.
(Obrigada, Sandra, por estes dias no Porto <3)