1.25.2016

Sempre que não consigo fico a pensar nisso.

Odeio este tempo. Dantes era o meu preferido, adorava que chovesse para me embrulhar toda numa manta polar na sala enquanto usava o computador e fumava cigarros com a boca cheia de rebuçados Flocos de Neve. Adorava poder usar casacos grandes, não andar sempre toda complexada por ter uma mancha de suor debaixo do braço nem ter o reflexo do sol no buço loirinho. Agora é terrível. Saio do trabalho e já praticamente não há sol para ir brincar com ela lá para fora.

Sinto que ela precisa de mais natureza. Neste fim-de-semana concentrei-me nisso: apanhou mais sol e viu as abelhas depois da aula de música, ainda no sábado, à tarde, fomos à Quinta Pedagógica dos Olivais e domingo à tarde fomos aos baloiços perto de casa (e tiramos estas fotos lindas - modéstia à parte). 

A Irene não anda na creche. Tirá-la de casa é uma das minhas maiores prioridades, pô-la em contacto com a Natureza, com o sol, com o vento no rosto, as pedrinhas, tudo é algo que está sempre a ferver dentro de mim. Sempre que não consigo, fico a pensar nisso. 

Este fim-de-semana foi para tirar a barriga de misérias. Sugiro que façam o mesmo. É o "natural". E tanto dá, tanto dá! Pode ser o jardim em frente a casa, o canteiro lá em baixo, os baloiços em frente da casa dos avós, aquele muro baixinho onde eles podem aprender a equilibrar-se... 

Ando num desafio enorme de tentar dar-lhe um bocadinho de natureza porque está todos os dias em casa só com o pai e com o Noddy e a Bubbles. Não é fácil, mas só temos que nos lembrar que não é preciso irmos até ao Monsanto com balões e ir ver os animais todos do jardim zoológico. Às vezes, o cão que está a ser passeado pela vizinha já faz as delícias deles.










Fizemos 3 anos de casados.

Há três anos que decidimos apostar nesta dupla. Decidimos fazer um all-in (ou lá como se diz no poker) e é isto: Joana e Frederico juntos para sempre.

Há três anos estávamos a ir para Las Vegas, de mão dada. A odiar todos os minutos da viagem de 10 horas, com frio, fome sem podermos fumar... Estávamos juntos e numa loucura. Para quê ir casar a Las Vegas? Têm de perguntar ao Frederico, mas ele irá responder-vos que assim "há uma história para contar". Tem razão. 

Casamos menos de três horas depois de aterrar. Tudo muito rápido, muito surreal. Rapidamente demos por nós com duas alianças super rascosas nos dedos (não valia a pena gastar mais dinheiro), daquelas que deixam os dedos verdes. 

Foi maravilhoso. Só nós os dois e o minister (que não era o Elvis, não) e o tipo dono da capela para fazer de testemunha. Pudémos concentrar-nos só e exclusivamente no olhar do outro, na sua respiração, nas mãos suadas. 

Estávamos como tínhamos ido para o avião, mas com uma viagem de mais de 10 horas em cima (escala em Londres). Cabelo espapaçado, baba na cara de ter adormecido algumas vezes, mas quentinhos porque ambos sabíamos que que era isto. 

Vi AQUELE olhar no Frederico. Uma imagem clara de satisfação plena, de "trabalho feito", de missão cumprida. Como se estivesse a pensar para si "está tudo, ela é magnífica, somos os dois perfeitos, acabou a busca, vamos começar a viver". O mais provável é que estivesse a pensar no jantar, mas deixem-me sonhar. 

Começámos a viver há três anos e já criámos vida juntos desde aí. E que vida. E que trio. A miúda que anda a forçar gargalhadas para fazer os outros rir e os pais que, quando a adormecem em conjunto à noite, tentam fazer rir o outro com finais descabidos para as frases da história que inventamos em directo. 

"O nhonhó foi com o carro ao jardim para fazer... cocó". 

Que o amor seja para sempre o maior padrinho do nosso humor. Dos três. 








1.24.2016

Se não somos a coisa mais amorosa do mundo!

Somos, sim senhora! Umas bonecas! Literalmente. Já tinham reparado nas nossas novas ilustrações Sara-a-dias?

A Joana Gama com a Irene, eu (Joana Paixão Brás) e a Isabel. Grávida. Adoro, adoro. Ficámos mais louras, mais giras e as miúdas cresceram. A Irene está igual, tal qual eu a vejo. A Isabel com o novo look e com os dentes todos, que a nossa ilustradora não tem vida para andar a mudar a ilustração sempre que lhe nasce um canino ou um molar. A Joana Gama aproveita todas as oportunidades para fazer publicidade ao livro dela e para tapar a barriga (no fim da dieta e já toda sarada do ginásio, faço-a prometer usar um top com abdominais à la Carolina Patrocínio). Eu estou agarrada à barriga e toda orgulhosa (único momento da vida de uma mulher em que gostamos de ter barriga). Mesmo feliz com este resultado. 

Obrigada, Sara-a-dias. És a maior (e não digo isto por estares a rebentar de grávida)!

[A Sara também pode fazer a vossa ilustração. Surpreendam a mãe, a avó, o primo com o retrato da família. Ou sem ser em família, é como quiserem! Tenho a certeza de que vão gostar do resultado, como nós gostámos!]