Hã? Hã? Hã?
Vamos lá a ver quais são as dificuldades.
Pelo menos para mim (e, atenção, para vocês isto pode não ser nada, mas para mim que sofro de ansiedade, parece o final do mundo, embora não saiba explicar bem porquê):
- Ir numa boa altura de acordo com o sono dela. Ela ainda faz, maioritariamente duas sestas. Quando não faz, a única sesta calha em cima do almoço.
- Dar-lhe o almoço em casa é desperdiçar tempo dela num bom intervalo de sono. Quando chegar ao restaurante já pouco tempo de vigília com boa disposição lhe resta.
- Dar-lhe o almoço enquanto almoço no restaurante é uma chatice, porque queria estar a comer em paz.
- Ela não fica quieta e embuchá-la de pão não serve para aguentar o almoço todo.
- Até já cedi aos vídeos no youtube e também não. O meu rico telefone já está rachado ao meio.
- Ela querer mama e para não impressionar as pessoas mais sensíveis, ter que me ausentar e ir para a casa de banho (até prefiro para lhe dar maior atenção e estar tudo mais calmo, sinceramente).
- Ela estar sempre a pedir-nos para ir andar e não se calar até um de nós se levantar da mesa e ir com ela passear à porta e voltar, passear à porta e voltar.
- Já não fica confortável na cadeira do Ikea que os restaurantes têm e não adora ficar parada no carrinho.
Isto vai ser assim para sempre? Preciso de truques e de apoio, sinceramente. Não só porque não estou a usar soutien neste momento, mas acima de tudo palavras de apoio, vá.
Não me digam para me borrifar para a questão do sono porque já tentei e foram os piores almoços da minha vida.
6.12.2015
Tem mais sapatos do que eu!
A minha filha tem mais sapatos do que eu. O facto de eu calçar o 41 forma grande também deve explicar esta equação.
Não lhe comprei um único par de sapatos nos primeiros - quê? oito? - meses da vida dela, para agora me perder. Só não me perdi muito porque a avó ofereceu uns, uma amiga outros, e há ali alguns que custaram 6 euros, outros 8 e outros com 50% de desconto em cartão. Até sou poupadinha, afinal. Hehe Também é verdade que não me ando a preocupar muito com a ergonomia da coisa, mas não a deixo mais de uma hora por dia calçada, se tanto. Anda descalça ou com meias antiderrapantes o dia todo. Os sapatos, no fundo, são só para fazer número nos bocadinhos que vamos à rua e tirar umas fotos todas bimbas, como já estão habituadas a ver por aqui. Acho que ela anda mesmo, mesmo confortável é descalça, em casa e na creche.
Mas vamos ao que interessa, o mega closet a la Carrie Bradshaw?
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Claro que a arrumação nesta casa só dura uns segundos. Vocês sabem como é, não preciso de vos fazer um desenho, pois não?
6.11.2015
É muito cedo para lhe dar um telemóvel?
É que ela já tem um.
É cedo, claro. Até porque não estou a trabalhar e não teria dinheiro para lhe pagar a conta do telefone. Quer um telefone, tem de ir trabalhar.
Lembro-me que tive um telemóvel bastante cedo, pelo menos para o que seria desejável para a minha mãe. Os meus pais divorciaram-se quando eu tinha 6 anos, nunca mais se falaram decentemente desde aí e, portanto, o meu pai para evitar intermediários e falar directamente comigo quando me ligasse (ao contrário do que aconteceria se ligasse para o fixo), deu-me um telemóvel. Tive de o esconder. Escondia-o no armário por baixo das almofadas extra. Ainda consegui escondê-lo um bom tempo. Não sei como achamos que iria ser possível que eu falasse ao telefone sem que alguém notasse algo esquisito lá em casa, especialmente porque ainda não se usavam os sms, mas pronto. Houve uma explicação.
Levava-o para a escola, escondia-o dentro de umas capas enormes que havia tipo ursinho de peluche. Depois continuei a ter telemóvel mas tinha de entregá-lo lá em baixo (vivia num duplex com a minha mãe, padrasto e irmão Pedro) às 21h. Houve um aniversário em que fiz muita questão (ou seja... uma birra enorme ou armei grande discussão) porque queria ver quem se lembraria de mim à meia-noite e a minha mãe não deixou.
Ainda é cedo para pensar sobre estas coisas, mas lembrei-me disto. Se todas as amigas da Irene já tiverem telemóvel não vou privá-la de ter também. Quero que ela faça parte da cusquice de toda a gente e não tenham que a por a par no dia seguinte sobre o que foi dito na noite anterior. Se ela puder passar imenso tempo a falar com o namorado, melhor.
O meu problema é que não sei em que idades é que isto acontece.
Não vejo motivo para a minha filha não ter telemóvel...
Ai, esperem! E a internet?!
Os telemóveis agora têm internet... A primeira frase que me veio à cabeça foi: "só se vê o que se procura". Por isso, se a Irene se puser a procurar coisas malandras, o problema não está na internet, certo? E deve haver boas aplicações para bloquear isso. Senão de certeza que até há telefones todos castradores desse tipo de actividades e "próprios" para crianças, certo?
Eu sofro de ansiedade e só de pensar nisto tudo... caramba! Que decisões difíceis vou ter que enfrentar.
Vou tentar manter a minha promessa: nunca farei nada que não seja devidamente justificável. Nunca será "porque sim". Isso cria raiva, ódio e distanciamento. É o contrário do que quero para nós.
O que pensam vocês de tudo isto?
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