Tenho pena. Pena que a felicidade alheia incomode. Pena que haja pessoas mal-amadas, inseguras, tristes. Só assim consigo compreender que se desdenhe da felicidade dos outros, que fiquemos zangados e frustrados com os sorrisos dos outros. E que se ponha em causa a alegria dos outros, o seu entusiasmo, e até os seus argumentos sinceros, chamando-lhes bajuladores (aqui). Não sou - nunca fui - bajuladora.
Invejosa também não, ao contrário do que parece ser o seu caso. O que tenho é uma "inveja boa", em que me sai um "sortuda!" ou "parvalhona!", dito no gozo e sem aquela carga pejorativa. Talvez um contra-senso. Não há invejas boas. Então o que eu sinto não é inveja, sinto-me antes inspirada pelos outros. Contagiada. Fico a sonhar com aquilo.
Gosto de ler textos bonitos, quando verdadeiros, e de ver imagens bonitas. Motiva-me, alegra-me, inspira-me. Gosto de ver uma mesa bonita de pequeno-almoço posta, apesar disso nunca acontecer cá em casa, emociono-me ao ver a dedicação da Menina para com a Maria e o Miguel (no blogue eu, ele, a Maria e o Miguel), adoro ver no Instagram famílias a brincar na praia, rostos felizes e cheios de areia, mesmo que esteja a essa hora a trabalhar na cave, sem janelas, e longe da minha filha. Não me corroo por dentro e não me encho de inveja. Não olho para o mundo dessa forma, não vejo nos outros exibicionismo. Simplesmente não sou assim. Ainda bem. Dou importância àquilo que a tem. Menos hoje, que resolvi responder-lhe. Mas só porque, apesar do seu comentário ser mal-intencionado e gratuito (zero construtivo), me fez reflectir. Que é coisa que eu faço, às vezes.
Invejosa também não, ao contrário do que parece ser o seu caso. O que tenho é uma "inveja boa", em que me sai um "sortuda!" ou "parvalhona!", dito no gozo e sem aquela carga pejorativa. Talvez um contra-senso. Não há invejas boas. Então o que eu sinto não é inveja, sinto-me antes inspirada pelos outros. Contagiada. Fico a sonhar com aquilo.
Gosto de ler textos bonitos, quando verdadeiros, e de ver imagens bonitas. Motiva-me, alegra-me, inspira-me. Gosto de ver uma mesa bonita de pequeno-almoço posta, apesar disso nunca acontecer cá em casa, emociono-me ao ver a dedicação da Menina para com a Maria e o Miguel (no blogue eu, ele, a Maria e o Miguel), adoro ver no Instagram famílias a brincar na praia, rostos felizes e cheios de areia, mesmo que esteja a essa hora a trabalhar na cave, sem janelas, e longe da minha filha. Não me corroo por dentro e não me encho de inveja. Não olho para o mundo dessa forma, não vejo nos outros exibicionismo. Simplesmente não sou assim. Ainda bem. Dou importância àquilo que a tem. Menos hoje, que resolvi responder-lhe. Mas só porque, apesar do seu comentário ser mal-intencionado e gratuito (zero construtivo), me fez reflectir. Que é coisa que eu faço, às vezes.
Não, não gosto de esfregar a minha felicidade na cara dos outros. Até porque quem é feliz não precisa de esfregar nada, em ninguém. Só um óleo de massagem no marido, nuns preliminares, vá.
Pumbas. Ó pra mim a ser feliz!
Tinha comido uma sobremesa maravilhosa do restaurante Di Gusto, em Santarém
(ó pra mim a ser bajuladora)
estava feliz por estar com a minha filha, com quem só passo três horas por dia, durante a semana
(ó pra mim a ser infeliz e queixinhas)
com o meu namorado, que está à espera da morte da bezerra para me pedir em casamento
(ó pra mim a lavar aqui roupa suja)
com a minha mãe, que vive longe de mim e que só pode ser avó uma ou duas vezes por mês
(ó pra mim a ser piegas).
Afinal sou feliz, mas sou também muitas outras coisas. Se acompanhasse o blogue com atenção, conheceria muitos dos meus desabafos, dos meus medos, das minhas inquietações, das minhas parvoíces. Não estou sempre feliz. Mas faço por isso. Experimente fazer também por isso.
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Tinha comido uma sobremesa maravilhosa do restaurante Di Gusto, em Santarém
(ó pra mim a ser bajuladora)
estava feliz por estar com a minha filha, com quem só passo três horas por dia, durante a semana
(ó pra mim a ser infeliz e queixinhas)
com o meu namorado, que está à espera da morte da bezerra para me pedir em casamento
(ó pra mim a lavar aqui roupa suja)
com a minha mãe, que vive longe de mim e que só pode ser avó uma ou duas vezes por mês
(ó pra mim a ser piegas).
Afinal sou feliz, mas sou também muitas outras coisas. Se acompanhasse o blogue com atenção, conheceria muitos dos meus desabafos, dos meus medos, das minhas inquietações, das minhas parvoíces. Não estou sempre feliz. Mas faço por isso. Experimente fazer também por isso.