6.09.2015

Tenho inveja das nossas filhas.

Epá, tenho. Sei que isto é feio, mas vou mesmo ver se o barro cola ou lá como se diz. Atirar o barro à parede? Pronto. Isso do barro.

Adoramos fazer cabazes e fazer passatempos. Adoramos ter marcas que queiram vestir as nossas bebés e andam sempre muito lindas (excepto, às vezes, a Irene, porque nem sempre tenho paciência para lhe vestir coisas com botões). 

... mas e nós?

(e já tinha este post preparado antes dos comentários ressabiados do anónimo no post anterior da Joana. É preciso mesmo muito ressabiamento para implicar com a outra Joana, comigo ainda percebo hehe)



Não conhecerão amigas de amigas ou uma amiga ou não serão vocês próprias donas de uma loja de roupa portuguesa linda (no Facebook ou física) que queira vestir o meu lindo corpinho e o da Joana Paixão Brás? Se possível em separado. Com este calor posso nem sempre cheirar bem e não quero incomodar a menina que assina com dois apelidos. 

Eu prometo que faço o buço quando tirar fotografias com as vossas roupas. Até posso começar a comer menos Oreo. Vá lá, vá lá. Também quero andar bonitinha, com roupinha gira para parecer que sou chic e daquelas pessoas que se desgraça nos mercados dos outros blogues.

Bom. Agora que passei por muito pobre, vou só ali chorar. 


PS - Estou a falar a sério! Vá!!!!!!!!! Sou mulher (apesar de tudo e de haver algumas leitoras que dizem que sou assim e assado) e quero roupa. Se houver por aí interessadas, enviem e-mail para amaeequesabeblog@gmail.com). 

PPS - A Joana Paixão Brás há anos que quer escrever sobre isto mas ainda não tinha tido coragem. Lá está, por ter de passar por pobre. Faz-lhe um "sei lá". 

PPPS - Para mim até podem despachar os tamanhos grandes que ninguém tenha comprado. Visto o 40/42 de calças e o L na parte de cima. 

Gritei por estar feliz!

Já é conhecido o meu gosto por passear. Acho que já o disse aqui umas vinte vezes. Durante o fim-de-semana, disse em voz alta que estava feliz umas três vezes. Gritei no carro, feita tontinha, como nos filmes. Estava mesmo. Estávamos todos. Os três.






Sair do meu terreno de conforto é sentir-me viva. Quebrar a rotina. Ver sítios e pessoas que nunca vi antes, andar de carro com as janelas abertas e sentir o cheiro a pinhal e a rio, ir por caminhos estreitos, à aventura, até alcançar um passadiço de madeira. Isto sou eu. Isto é o David. Demos as mãos no carro. Rimos muito, cantámos, namorámos. A Isabel esteve sempre bem, dormiu a noite toda, até às 6h e voltou a adormecer até às 7h. O meu único receio quando saímos é que ela estranhe o sítio, os cheiros, e durma mal, mas acho que ela já tem isto no sangue. Esta coisa meia errante. Acho que já tem as rotinas tão bem estabelecidas, que já não se assusta ao sair delas, desde que esteja connosco. Fará isto sentido? Provavelmente não. Mas também não interessa. 

Quero mostrar-lhe o país. As praias, as aldeias, os pinhais, os rios. No fim-de-semana, viu peixinhos na Lagoa de Óbidos. Apanhou pedrinhas na Praia do Bom Sucesso. Dançou na relva, quis chapinhar na piscina calçada. Comeu muito, mas muito bem, uma coisa linda de se ver, o que, como sabem, é raro cá por casa.








O pequeno incidente que nos aconteceu (aqui) não estragou nada. Aqui os meninos são muito relaxadinhos. Fomos comprar fatos de banho e escovas de dentes e siga. O que era importante estava lá. Nós. As coisas da filha.

Adorámos o fim-de-semana. Ficámos, a convite do Óbidos Lagoon Wellness Retreat, instalados numa villa (sim, sim, vejam a sorte!) com piscina privativa e ainda tive direito a uma massagem. Pumbas.

A casa é ideal para famílias, porque tem tudo. Tudo é tudo. A cozinha está toda equipada (desde micro-ondas, a fogão, a chaleira, a máquina de lavar a loiça, roupa. Tudo. Já disse? Tudo. Nós por acaso levámos sopas para a Isabel e fruta, mas podíamos ter perfeitamente cozinhado por lá. Não gostamos muito de ir jantar fora com a Isabel (ela adormece às 20h30/21h) e nessa semana já tínhamos tido um jantar em casa da cunhada, por isso, foi maravilhoso poder preparar uns petiscos por ali, beber um vinhinho e deitá-la quando nos pediu. A casa era super bonita, acolhedora, trouxeram-nos pequeno-almoço no domingo (um luxo!) e foram sempre super hospitaleiros.







Blusas Dasmanas





O único defeito a apontar é que, como as casas são todas modernas de grandes janelas, o isolamento da luz não é fantástico, apesar de ter cortinas. Tendo uma filha que gosta de dormir no escurinho, na sesta de sábado tivemos de ir dar uma volta de carro. No domingo, já adormeceu, por acaso, mas deve ter sido da "porrada" da praia.

 Ora, isto ser o único ponto contra - um pormenor de nada - é muito bom.








O episódio mais caricato, logo a seguir a termo-nos esquecido de levar mala, foi estar no restaurante na Praia do Bom Sucesso, meter-me com uma mãe com um filhote, de 8 meses, o Manel, e dessa mãe me ter dito:

"- O Manel conhece esta bebé da internet, não conhece?
- Do blogue?
- Pois, reconheci primeiro pelo carrinho."

O carrinho da Isabel é famoso. Até o pai do Manel conhecia o blogue. E gostavam ambos. A sério, isto é tudo um bocadinho surreal, mas tão, tão bom! Obrigada.



Venham mais fins-de-semana destes, a descobrir Portugal, em família!

6.08.2015

Coisas que tenho aprendido desde que sou Mãe.

Sabem aquela coisa que todas nós costumamos dizer quando alguém anda muito resmungão? Bem, dizemos duas. Uma é "anda a precisar de ..." a outra é "tem de arranjar uma vida". 

Neste último ano e meio, arranjei uma vida. E, por isso, tenho aprendido imensas coisas sobre o "eu" antes de ser mãe e o meu eu agora que durará para sempre. 




1 - Há tantas coisas mais importantes que probleminhas da trampa.

Lembro-me perfeitamente de andar irritada com aquilo que "o outro disse" ou pensou ou escreveu. Não tenho tempo para isso. De repente, não é tudo importante. O tudo passou a ser outra coisa e, por acaso, mais pequena (por enquanto) que toda a gente. 

2 - Sou mais infantil que a minha filha. 

Afinal quem faz as birras sou eu. E desde que ando mais atenta ao meu comportamento e a tentar melhorar a minha paciência, reparo que muitas das minhas atitudes são de birra. São porque "quero e quero" e não aceito esperar, nem ceder. Noto muito isto quando quero que ela adormeça rapidamente ou que coma tudo. 

3 - Ser mãe melhora-nos.

Ando na esperança de que esteja acumular novos conhecimentos personalísticos e que estes se manifestem quando deixar de estar privada de sono. Sinto que o facto de estar focada em algo que me gratifica que me torna numa pessoa melhor, mais equilibrada (atenção que não disse totalmente equilibrada que não crio ilusões ;))

4 - Temos todas o "Last-Chance-Workout"

Lembram-se do Biggest Loser? Em que a Jillian gritava sempre "Last Chance Workout" quando os tipos já se estavam a vomitar todos e ainda treinavam mais uma hora ou duas? Quando eles ficam doentes, ganhamos energias. Andei dois dias sem dormir de dia e de noite e andava mais "descansada" do que quando até dormia 3 horas de dia. 

5 - Isto é amor.

Claro, claro que amamos os nossos respectivos e os nossos animais de estimação e familiares. Para mim, isto é o que sinto. Amar é isto. Amor é isto. O resto prepara-nos aos poucos para este momento. Para não explodirmos de tanto disto.