É que são mesmo. Não sou daquelas mulheres que odeia mulheres, mas sempre tive mais problemas com mulheres do que com homens. Agora que sou mãe, passou-me tudo. Agora perdoo tudo a todas as mães porque não sei se têm sono, se têm saudades dos filhos, se têm de fazer tudo sozinhas em casa, se são super-mulheres e, por acaso, foi neste momento que rebentaram. Agora é diferente. Eu sou das respondonas, das que diz logo, mesmo que seja de fininho. E sempre fui competitiva. Agora já não sou, com mães.
Ontem fui ao Colombo e, no elevador, a Irene disse "olá" a toda a gente. A mãe de um bebé da mesma idade que estava no elevador, disse:
Mãe anónima: Pois, aprendeu agora a dizer olá e não pára, não é?
Eu: É, é.
Não, não é. A minha filha é daqueles que aprendeu a falar cedo, mas que ainda se desloca como se tivesse meio intestino. Já aprendeu a falar há imenso tempo, mas para quê dizer-lhe isto? Tive medo que ficasse incomodada. Se calhar o filho dela ainda não diz olá.
Mãe anónima: Como não sabe dizer mais nada, diz "olá" muitas vezes, que giro.
Eu: Pois, pois.
Não, não é nada disso. Ela sabe dizer IMENSAS coisas, mas não faziam sentido para a altura (parece que a filha é mais oportuna que a mãe), acho que ficaria preocupada se ela começasse a dizer urso, cão ou carro num elevador, sem nada disso. Não lhe iria dizer isso. Que ela fala imenso. Para quê? Se calhar iria para casa e iria ficar preocupada.
Isto não é nada meu. Quer dizer, agora é. Só porque as mães são as minhas mulheres preferidas.
E porque antes de eu ver a luz e de perceber (como a Joana Paixão Brás escreveu
aqui) que cada bebé tem o seu ritmo, estava preocupada com a minha filha. Não quero que ninguém se preocupe, sem necessidade. Não preciso de exibir o que ela faz. Só em ambiente seguro. Cá em casa, em família, com amigos ou no instagram (aí não consigo evitar, c*guei) . ;)