12.16.2014

#hashtagstaograndesqueninguempercebenada

Lembram-se daquele post da Joana Paixão Brás, em que havia uma certa competição entre mães?

Pois bem, tenho-me vindo a aperceber que essa competição também existe… Nos hashtags das mães!

Um hashtag não era suposto ser como uma palavra-chave, uma identificação que queremos dar a um post ou fotografia? Para isso, bastava na descrição colocarmos um cardinal antes do que queríamos identificar. Por exemplo, se agora quisesse identificar este post colocaria #hashtag. Assim, se alguém fosse à procura de fotografias, isto no caso do Instagram, onde alguém tivesse identificado o dito #hashtag, só precisava de o colocar na busca, e apareciam todas as fotografias identificadas com esse hashtag. (nota para mim: ver se não faço descrições tão grandes à volta de uma palavra, nomeadamente hashtag)

Pois agora parece ter pegado moda entre as mães fazer hashtags que só vão ser usados uma vez, pois nunca mais ninguém vai usar aquilo na vida. No fundo, lembraram-se de, em vez de escrever uma descrição com espaços e acentos, escrever um hashtag. E ganha a que tiver o hashtag maior e mais ilegível. Senão vejamos alguns exemplos:

Bebé a dormir com o gato:
#adoramdormirenroladinhoshalacoisamaisfofaemtodoouniverso

Bebé a brincar com as folhas no jardim:
#ooutonojachegoueandamosabrincarcomasfolhasamarelas

Bebé a mandar a árvore de Natal abaixo:
#onataljachegoucaacasaeotobiasandaamandararavoredenatalabaixo

Lucas a refilar por lhe termos dito “não”:
#omeninolucasestafrescoestaagorajanaoselhepodedizernaoqueficatodoofendido

Isabel sempre linda e maravilhosa nos cenários que a Joana Paixão Brás prepara:
#aisabeljafazbolachassozinhaquerdizercomumbocadinhodeajudamasquemdecoraeela

Irene a pegar na colher para comer a fruta:
#airenejanaoeumafocacompletanaosojacomequasesozinhacomosepercebemesmoqueefilhadopai

É irritante, não é? (#eirritantenaoe)

PS: Ganhou a Joana Gama

A arte de ter 50% das coisas emprestadas

As minhas amigas já sabem: sou a mãe irritante que tem uns bons 50% do material de puericultura emprestados.

- "Onde é que compraste?"
- "Não sei, emprestaram-me."

É isto, coisa sim, coisa não. Tenho a sorte de ter amigas que já tiveram filhos e tenho a sorte de ter amigas que tiveram raparigas. Tenho a sorte de não ser esquisita e de me estar a marimbar para ter coisas novas em folha. Acho até que é um desperdício de dinheiro e que não é sustentável ecologicamente estar sempre a comprar, comprar, comprar.

Tenho a sorte de saber estimar bem as coisas que me emprestam, pelo menos desde o dia em que estava a ajudar a minha mãe a acabar um trabalho de casa do meu irmão (sim, menino Frederico!) e deixei cair cola em cima de umas calças de ganga emprestadas pela minha amiguinha Priscila. Foi remédio santo. "Emprestam-te, tens de tratar como se fosse mais importante do que as tuas próprias coisas." Assim tem sido.

Roupas dos 0 aos 2 anos já cá cantam, desde fatos de treino, a sapatos e pantufas, gorros e meias, lençóis, berço, toalhas, mantas, almofada de amamentação, máquina de tirar leite, carrinho de passeio, ovo, isofix, parque, tapete de actividades, espelho para ver a criança no carro, enfim, um sem-número de coisas que podem perfeitamente ser partilhadas se estiverem em bom estado e se a pessoa for responsável, como eu (palminhas a mim). 
Fiquem descansados, Catarina, Ângela, Raquel, tia Beta e Rui e Fred, as vossas coisinhas estão em segurança. (Bem, agora com esta lista enorme fiquei a sentir-me uma crava de primeira!)

O único senão de ter coisas emprestadas é ter de as devolver. Eu explico: o carrinho de passeio que me foi emprestado vai ter de voltar à origem.

E é aí que vocês, mães experientes, entram. Não, não vos vou cravar nada. Que carrinho me aconselham? Queria algo bom, que não custasse os olhos da cara, que durasse uns 10 anos (não, a Isabel não vai andar de carrinho até essa idade, eu é que quero ter mais prole, se é que me entendem), que andasse bem em calçada, fácil de fechar e abrir e que caiba na bagageira.

Sugestões, please! Agradecida.


12.15.2014

Gatos (^._.^)ノ e Bebés

Dá sempre em que pensar. 

Como vai ser com os gatos quando o bebé chegar? E até antes, na gravidez, há o problema da toxoplasmose, com o facto da maior parte de nós não ser imune e, por isso, muitas mães ficam assustadas e ou arranjam alguém que fique com os gatos ou, então, despacham-os com uma enorme facilidade, visto que vão ter "um brinquedo novo". 

Quanto à gravidez, se forem só gatos de casa (se não andarem a passear no jardim, a roçarem-se em cogumelos e em rameirinhas de rua) e se tiverem os cuidados de saúde em dia (vacinas e desparasitações), é apenas preciso convencer o nosso rapaz a limpar a caixa da areia dos gatos frequentemente e durante 9 meses. Frequentemente, porque o risco de contagio de toxoplasmose aumenta consoante o grau de falta de higiene da casa de banho deles e convém que seja ele até para nós não inalarmos os vapores, não termos qualquer contacto com aquilo. São umas férias de limpar cocós de gatos, até limparem cocós de pessoas. Aproveitem!

Quanto à chegada do recém nascido, nós cá em casa até tremíamos. Pensámos em fechar a porta do quarto sempre que a Irene lá estava a dormir para não corrermos o risco deles se atirarem a ela, mas eu li algures que isso podia aumentar os ciúmes e a questão territorial. Achámos que o melhor era agirmos naturalmente. Chegou a bebé (que eles já pseudo conheciam de andarem sempre a dormir encostados à minha barriga) e ela faz parte da família, por isso podem cheirá-la à vontade. Nos primeiros dias tivemos que educar os gatos para não dormirem aos pés dela na caminha, apesar de ser amoroso. Eles receberam-na com alguma distância, mas apreciavam o calorzinho e queriam deitar-se ao pé dela como gostam de se deitar ao pé de nós. Claro que ficámos para morrer. Conhecemos os nossos gatos, mas não deixam de ser gatos e poderem passar-se de um momento para o outro. A verdade é que, com os nossos gatos, os maiores riscos são agora que ela já interage com eles e, mesmo assim...






... tem sido óptimo. A bebé já brinca com o Noddy e com a Bubbles. É bonito sentir que somos uma família de dois adultos, uma bebé e dois gatinhos. Na brincadeira, referimo-nos a eles como irmãos da Irene (mas não somos maluquinhos, sabemos que não fui eu a pari-los). Eles cheiram-na, gostam de se roçar nela (para, com as feromonas, dizerem que ela lhes pertence) e ela, como ainda não percebe os riscos, gosta de lhes puxar os pêlos, bigodes, orelhas e, acima de tudo, a cauda. Aqui entra o papel de vigia. Não convém mesmo deixar a miúda sozinha ao pé dos gatos e quanto mais irritadinhos forem os gatos, pior. A Bubbles é meiga e calma, mas quando lhe tocam abaixo da cintura (pode-se dizer cintura quando se fala de um gato?) costuma dar uma mordidela. À Irene não morde quando ela lhe faz isso, o que não quer dizer que um dia não vá morder, certo? O Noddy é mais assustadiço, dá muitas mordidelas pequeninas mas, como ainda tem medo da Irene, não a provoca nesse sentido. Só se roça nela e gosta de ficar a olhar para a Irene quando ela está a brincar.

É sabido que a convivência com animais de estimação além de diminuir o risco de contrair alergias, também facilita o desenvolvimento das crianças. Não vejo por que não se manter os animais com os bebés com uma vigilância constante, claro. Há a questão dos pêlos? Claro que há. Nem toda a gente tem dinheiro para comprar gatos destes: 


Agora a sério, quanto aos pêlos, também estamos atentos, claro. Aspiramos regularmente. Temos uma swiffer para dar um jeito nos sítios onde ela possa andar a rastejar, olhamos constantemente para a chucha antes de a pormos à boca, etc. É uma coisa natural, não temos de fazer qualquer esforço. 

Compensa termos a família completa porque é mesmo isso que somos. Família, apesar de uns terem bigodes (tenho de ir fazer o meu). 







Há só um inconveniente gigante que é o facto dos gatos acordarem primeiro que o resto do pessoal e fazerem questão de acordar toda a gente. Se antes já tinham gatos a acordar-vos, agora imaginem o que é serem acordados pelo bebé, depois pelos gatos, depois pelo bebé que acorda com os gatos. 

São fases, agora os gatos não têm incomodado ninguém. Já a Irene...


Nota: Conversar sobre com o obstetra e veterinário porque poderá haver casos em que a saúde da mãe ou do bebé não deixem margem de manobra.