12.16.2016

Mais uma convulsão...

Nota: Depois de ter lido alguns comentários, achei importante frisar que a Irene já tinha tido episódios convulsivos antes e que além de já ter sido diagnosticada também já nos foi informado de qual o procedimento a ter no caso da nossa filha (no caso dos vossos, deverão falar também com os respectivos médicos). "Recusei" fazer as análises quando a médica que entrou a meio da consulta as propôs porque não tinha ouvido o historial da Irene e não sabia que já tinha sido diagnosticada, além de que ainda íamos a meio da observação clínica da Irene  (tanto que quando fomos à garganta descobrimos a causa) e a Dra. também não sabia porque tinha entrado a meio com alunas do primeiro ano. Assim que a pusemos (a outra médica Sofia - estagiária ou algo do género pareceu-me - e eu, ela anuiu). Obviamente que se tivesse dito que era mesmo imperativo, para mim, as opiniões dos médicos valem sempre mais do que a minha, quanto muito como disse uma leitora "pediria uma segunda opinião". Quando digo que "argumentei" em relação a dar ou não BUR "precocemente, isso não quer dizer que me armei em esperta. Tenho é necessidade de que me expliquem o porquê das coisas e fiz uma pergunta e ambas as médicas concordaram comigo também, tendo em conta que eu não vejo as convulsões como um bicho papão. No texto abaixo só falei de BUR e Brufen por ser a terapêutica mais comum para febres e afins, não estou a recomendar nada, nem a sugerir nada. Obrigada aos vossos comentários (os menos histéricos, haha) porque fazia mesmo falta fazer algumas ressalvas à narrativa deste episódio.

A Irene tem-nos dado alguns sustos (como escrevi aqui aqui) . Desta vez, quando a fui buscar à escola, a educadora já lhe tinha dado um Ben-u-Ron (a febre estava perto dos 38 e como estão "avisadas" sobre as convulsões, ficam mais receosas). Viemos para casa e mais nada nela indicava estar doente. 

Agora, olhando para trás, o pai bem disse que a voz dela estava diferente. "A voz dela está a mudar". Ri-me e disse que era de estar com ranho "como sempre" desde que entrou para a escola.



Umas três horas antes da convulsão.


Fui deitá-la e imediatamente antes de ir ver como estaria da febre (duas horas depois de a deitar) ouvi uma tosse esquisita pelo intercomunicador. Seguida de um choro aflitivo. Lá cheguei e a convulsão já tinha acabado. Já estava histérica, paralisada nos membros e com espuma a sair da boca. 

Esta é a parte final. O pior já tinha passado. Depois da última já sabíamos que não era preciso ligar para o 112 e que nos restava acalmar a Irene até ela relaxar. O meu instinto, depois de (desnecessariamente) lhe dar o medicamento que se deve dar nas convulsões foi tomar banho com ela. Ela adora tomar banho comigo no duche ao meu colo com as costinhas por baixo do chuveiro com água morna. 

Lá fomos. Acalmou-se. Depois deixou de estar calma quando saímos. Repetimos o Ben-U-Ron depois do vómito (devíamos ter antes dado Brufen, claro). Correu tudo bem. Adormeceu, pedrada, claro. 

Falamos com a nossa pediatra que é um anjo. E que apesar de não estar on call, não hesitou em ajudar-nos e alertou-nos para que ela fosse observada nas urgência para despistar outras infecções. Decidimos não ir. Já sabemos que ela tem convulsões febris, estava bem disposta com o efeito do Ben-u-Ron e queríamos muito que ela tivesse paz e sossego. Dormi com ela. 

No dia seguinte fomos ao SFX. Fomos atendidos por uma médica nova, espectacularmente querida, atenciosa... A Irene adorou-a e eu também. A Dra. Sofia pôs-nos a ambas muito bem-dispostas (obrigada!). A meio da observação entrou a médica-"chefe" (não sei os termos era tipo a Bailey) que sugeriu fazermos umas análises à Irene que eu recusei (ninguém acha piada a fazer análises, claro, mas foi muito por causa disto também) por ela já estar diagnosticada (tínhamos feito análises da última vez) e pela observação ainda não ter acabado, sequer. 

Tinha uns pontinhos vermelhos na garganta e as amígdalas inflamadas: amigdalite viral. 

Temos estado em casa desde quarta-feira. Já está melhor, claro. Já não toma BUR para a febre, sequer, mas ainda tem dores. 

Já não entrei em pânico, mas é sempre desagradável ver o filho tão assustado e descontrolado sem poder fazer grande coisa por ele. 

No entanto, apesar da médica "chefe" ter dito "é dar sempre bur quando suspeitar que tenha febre", argumentei que sabia o que é a febre e para que servia. Ela disse "ahhh a mãe está bem informada, claro, se se sente confortável a esse ponto, é ir conhecendo o limite da sua filha". Não quero dar-lhe bur só porque está um pouco mais quente. A febre serve para o corpo se defender exactamente das infecções. Não vou ceder ao pânico.  Até porque o mais provável é que isto dure pelo menos até aos 5 anos (ainda nos faltam 2 e meio).

O que vale é que eu não me lembro de nada disto quando era mais nova. Só de fazer muitas análises ao sangue. Reparo é que a minha mãe sofreu muito com isto (beijinhos, mãe!). 



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Vestido da Irene - Vertbaudet

12.14.2016

Pai em pânico (#02) - Com muito cuidadinho...

Perto do final do primeiro trimestre de gravidez da minha namorada, tivemos um pequeno susto. Para dizer a verdade, um mini susto. Nem sei se chegou a ser um mini susto! A melhor forma que tenho de descrever é que seria o equivalente a um susto provocado por um fantasma introvertido: “Com licença… se não for transtorno… buh!”.

Não é necessário entrar em grande detalhe sobre o que se passou, mas a verdade é que “cuidado” passou a ser a palavra de ordem cá por casa. Fomos inclusivamente aconselhados a evitar qualquer espécie de relação sexual durante um mês, o que por mim não me preocupou nada. Eu sou um atadinho, introvertido, sem a autoconfiança para engatar sequer uma lima. Meses sem sexo tenho mais do que pedras no meu caminho. #castelodecastidade


Quando passou o dito mês, o médico disse que podíamos retomar as relações sexuais desde que o fizéssemos com muito cuidadinho. Uma vez mais, senti que estava a jogar em casa. Afinal as palavras “espera”, “mais devagar” e “ui ui ui” compõem todo o meu vocabulário de conversa porca na cama. Mas a verdade é que a primeira vez foi stressante. A todo o momento senti que estava a fazer algo potencialmente prejudicial. Se me permitem dar algum detalhe, eu estava tão preocupado que a cadência entre penetrações dava para ler o “Anna Karenina” de Tolstói. Por outro lado, é com muito orgulho que anuncio um novo record de endurance sexual: 57 minutos! Isto está de tal forma que aproveitamos o sexo para pôr o Game of Thrones em dia.

Felizmente, todo esse constrangimento já se encontra para trás e, ao entrar na 28ª semana, tudo está de volta ao normal, se não contarmos com aquela perturbadora ocasião em que 2 segundos depois de terminarmos, a minha namorada fez questão que me dizer que o bébé se estava a mexer imenso. Mas isso é tema para outra crónica.

A verdade por detrás da sessão.

Estão a ver a mesinha toda linda e decorada que saiu hoje na entrevista ao Save the Date? Estão a ver as minhas filhas com um ar querido? O meu sorriso 31?

A verdade é esta. 

Tinha regressado de Paris e tinha ficado com as duas no dia seguinte, feriado, pelo que tive pouco tempo para me organizar. Fazer a árvore com a Isabel (que ficou uma salganhada, mas tem graça assim), descobrir os pratos e as decorações, escolher a roupa das miúdas. Os copos de pé alto? Só três?! Como assim? (Aconteceu o fenómeno das meias que vão para a máquina de lavar, só pode). A toalha que costumamos usar está super manchada? Vai a outra, mas não fica bem. E os guardanapos de pano? Velinhas? Onde andam as caixas que trouxeram tudo há meses da outra casa? Não encontro. Tenho de ir comprar velas?... O quê? O vestido da Isabel já não serve à Luísa? Vai de arranjar outro que sirva. Tudo bem, tenho a manhã de sexta para limpar a casa, preparar o resto e ir comprar o que falta. Sexta-feira. Luísa caga o vestido todo. Há mais uma opção, não tão gira, mas é a vida. Quando estou a ir com ela à loja comprar os copos, novo cocó, cadeirinha toda porcalhota, eu atrasada, ela toda suja na loja, vestido fica com um bocadinho de amarelo, paciência, nem se nota. Não há guardanapos vermelhos? Como assim? Oh mas por que é que eu - que nem tenho grande jeito para decorações - me meto nisto?! Guardanapos de papel brancos? Ok, uso aquela máxima do less is more e está feito. Ainda tenho de ir buscar a Isabel, com azar está cheia de mau feitio e chora-me no meio da sessão. Nem me maquilhei, tenho de pôr ao menos um pó na cara, o que me safa é que as pestanas postiças de transformista do Finalmente compõem e nas fotos não ficam tão escandalosas. Ao menos podia ter uma camisa mais jeitosa vestida... esquece. Não dá tempo. Já tenho a Isabel, a cheirar a vidros embaciados e a correria, com cabelinhos oleosos na testa, mas não faz mal. Vá, Isabel, sorri para a fotografia! Anda cá, filha, olha tão giroooooo! Preciso de uma medida extrema... "a mãe não devia estar a fazer isto e vou arrepender-me tanto deste método pouco pedagógico mas... tenho ali uns ovinhos de chocolate pequeninos, anda cá. Vá, sorriiiiiiii!" :) Foi isto. A Luísa sempre na boa a lamber sapatos e tudo o que apanhasse, a Isabel a ser comprada com chocolate (felizmente nunca mais pediu, tive sorte). 
















Os meus pormenores preferidos que usei na decoração da mesa e da sala: 
- as casinhas de cartão são da Momentos com Design <3 
- o candelabro em forma de árvore de natal e as pinhas para os guardanapos da De Borla

Obrigada Save the Date pelo convite (zero jeito para isto mas adorei!) e Cláudia do I Heart You Photography pelas fotografias lindas (e paciência!).

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3 coisas que eu quero este Natal!

O Natal está quase aí, eu ainda não comprei uma única prenda (apesar de já saber o que quero oferecer às sobrinhas e aos primos das minhas filhas, menos mal), mas o mais importante já está combinado: o jantar vai ser cá em casa, com o bacalhau e magusto da minha avózinha e com a família reunida - até o meu pai vem (e o orgulho que eu sinto nestes meus pais que, apesar de divorciados, continuam a dar-se bem e a fazer isto pelos filhos é ENORME!). 

Não tenho wishlists de coisas para mim, nem gosto muito que me façam essa pergunta, porque, de facto, não há assim nada que eu queira muito (preciso de umas pecitas de roupa, mas ando meia chateada por estar com peso a mais do que gostaria e não me apetece comprar 40). Posto isto, canalizo as minhas vontades para oferecer aos outros e para ajudar quem mais precisa. Parece conversa de xaxa, mas é a mais pura das verdades. 

Por isso, só gostava de 3 coisas neste Natal:

- que me fossem fazer uma visitinha este sábado, dia 17 de dezembro, ao Palace Market em Lisboa, onde estarei na barraquinha da SNUG, que terá disponíveis as mantinhas da Campanha 1=2 (que apoia a Ajuda de Berço, de que vos falei aqui). Podem também comprar online, mas gostava mesmo mesmo de vos ver por lá. A entrada é gratuita, o mercado vai ser num palácio lindo do século XIX nos Restauradores nos dias 17 e 18 de dezembro.

- que oferecessem o nosso livrinho às grávidas ou recém-mães que vos são mais queridas :)

- que as azevias, o bolo de amêndoa e nozes e o arroz doce não tivessem nem metade das calorias mas o mesmo sabor. eheh
A colecção linda de almofadas de Natal que também vão poder encontrar por lá


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12.13.2016

a Mãe dá: 4 brinquedos fantásticos da Science4you! ♥



Claro que não vos íamos deixar assim. Escusam de deitar o olho a pensar que vão poder embrulhar isto e dar de prenda a outros porque não vai chegar a tempo do Natalinho. A não ser que queiram dar a pessoal que vejam depois de dia 25. Já sei como vocês são, achei melhor esclarecer. 

Quatro prendas maravilhosas e da Science4you, já viram? Acho que não deve haver marca mais consensual que esta. São brinquedos para também aprenderem ao mesmo tempo que brincam e que ajudam a desenvolver capacidades físicas, emocionais, cognitivas e sociais (eu acho que deveria haver um jogo para ensinar a pintar e tratar das unhas e do buço da mãe, mas pronto). 

Querem ganhar estes quatro presentes? Eu quero!

1 - Façam like nas nossas páginas:  




2 - Partilhem publicamente o post (que está mais abaixo) no vosso perfil do Facebook. 

3 - Comentem o post (está aqui em baixo) do passatempo, identificando três amigos.




4 - Só se pode participar uma vez por perfil.

5 - O vencedor será apontado aleatoriamente através de random.org e anunciado dia 23 de Dezembro, em comentário ao post do passatempo sendo identificado. Serão válidas as participações até às 23h59 do dia 22 de Dezembro.

6 - O vencedor terá de enviar e-mail com os dados pessoais (morada e número de telefone) para amaeequesabeblog@gmail.com.

7 - Só serão válidas as participações que tenham feito like nas páginas dos parceiros. O mais provável será o facebook retirar muitos dos likes ao longo do decorrer do passatempo por suspeitar de fraude (vão ser muitos e muito rapidamente), aconselhamos a que os revejam mais para o final do prazo para repor. 

8 - Exclui-se qualquer responsabilidade do Facebook por cada participante. O passatempo não é, de forma alguma, patrocinado, aprovado, administrado ou associado ao Facebook. 


Agora, se tiverem ficado com a pulga atrás da orelha (espero que não que isso é tramado para se tirar) em relação a alguns dos brinquedos apresentados, aqui vai uma descrição de cada um deles:


Química 600
Óculos e luvas de protecção: check
Copo de medição e pipetas de Pasteur na mão: check! 
Os mini-cientistas não vão querer sair do laboratório com tantas experiências divertidas! 
Com a Química 600, as crianças vão poder divertir-se a fazer uma estrondosa explosão de cores e brincar com gases até produzir uma fantástica espuma colorida! Este brinquedo também permite que os mais pequenos produzam estalactites e estalagmites com reacções químicas incríveis e podem ainda escrever mensagens secretas mega coloridas. 








Ciência Viscosa
Uma experiência muito divertida e muito…viscosa! Com este brinquedo da Science4you, as crianças vão aprender a fazer minhocas coloridas e viscosas, produzir massas malucas, criar a sua própria plasticina caseira e ainda obter fantásticos monstros viscosos. Tanta diversão não cabe num só copo de medição!  














T-Rex
Com este kit de paleontólogo, os pequenos exploradores mais destemidos vão poder descobrir tudo sobre as melhores técnicas de escavação!
As crianças vão aprender sobre o que são fósseis, qual a causa de extinção dos dinossauros e quais as características e curiosidades do temível T-Rex. 










Constrói e Pinta Massa Modelar 
Tantas cores e tão fácil de fazer! Com a massa de modelar de bambu, as crianças vão poder fazer os seus próprios porta-chaves, colares, pulseiras e objectos decorativos… Basta dar asas à imaginação e deixá-la voar! 
Como todos os brinquedos da Science4you, o Constrói e Pinta Massa Modelar vem acompanhado pelo Livro Educativo onde as crianças vão poder aprender sobre a diversidade de plantas que existe no nosso planeta, a sua importância para a nossa vida, o que é o bambu e qual o seu processo de crescimento. 

Beijinhos e boa sorte!!!




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Aquele momento em que...

Todas as noites, antes de adormecer, conto-lhe duas histórias. Ultimamente são sempre as da Patrulha Pata, que até enjoa, mas ontem ficaram em casa do avô, o que deu origem a choradeira. Muitos abraços e beijos depois, lá se acalmou e lá contámos a história do Frozen e outra mais pequenina. Como sempre, ficámos a conversar sobre o dia, sobre o que gostámos mais ou menos, como se portou, como se sentiu (um dia destes lá expressou que tinha ficado  zangada), sobre coisas que aconteceram... confesso que é uma das partes preferidas do meu dia.

Às tantas, vira-se para mim e diz: "mãe, agora vamos dormir, okay?". Aquele momento em que... te apercebes que a tua filha te está a mandar calar para poder dormir. :)

Que crescida está!... Como é possível?, pergunto-me todos os dias.



Crescida mas para sempre a minha bebé, a verdade é essa. ❤️ tanto é que adora ser transportada na mochila Boba 4G (adora ela e adoro eu). 

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10 coisas que uma futura mamã tem de saber

Se estás grávida, ainda no início, meia aluada, com mais enjoos do que se tivesses comido feijoada com ovos moles e tivesses sido enfiada numa montanha russa com 50 loopings, fascinada com cada pontapé, amedrontada com cada incerteza, assoberbada com cada novidade, cansada, pesada e já desejosa que o bebé nasça, este texto é para ti.
Há 10 coisas que uma futura mamã tem de saber.

#01- Não vai haver nada nem ninguém que vás amar mais do que o teu filho. Mesmo que esse sentimento avassalador não surja logo (como aconteceu com a Joana Gama, aqui). Mesmo que pareça que não estás a dar conta nem a dominar a arte de ser mãe. Mesmo que às vezes pareça estar tudo meio enublado e nem saibas bem o que estás a sentir, esta é uma verdade absoluta e vai acabar por revelar-se.

#02 - Nunca mais vais ver noticiários, tragédias que envolvam crianças, páginas de jornais assombrados, da mesma forma. Vais engolir em seco, sentir lágrimas a correr cara abaixo, colocar-te no lugar daqueles pais e estremecer, enfurecer-te e chorar, mesmo que por dentro. Vais tornar-te mais sensível aos problemas, aos anúncios e até comover-te com gatinhos bebés a lamber leite de copos. A pieguice vai abraçar-te, com tudo o que isso tem de bom e de mau. 

#03 - Amamentar nem sempre é fácil. Tens de confiar no teu corpo e na capacidade que ele terá de alimentar o teu bebé; informar-te bastante antes e durante; procurar ajuda a cada dificuldade, porque de certeza que o teu caso não tem um fim anunciado e haverá solução. Já escrevemos muitos textos sobre o tema, aqui (e se já ajudámos, pelo menos, quatro pessoas com eles, queremos ajudar-te também).

#04 - Todos à tua volta vão ter uma opinião a dar-te sobre tudo. Desde o peso do bebé e à "qualidade" do teu leite, à quantidade de horas que lhe dás colo, aos mimos a mais ou a menos, à temperatura, ao modo como o posicionas na cama, à comida que lhe dás, ao apego que lhe tens... Ouve (ou finge que sim), filtra e dá ouvido ao teu coração. Às vezes vai haver ruído a mais, até dentro de ti, mas as tuas escolhas - informadas - serão sempre as mais intuitivas, as mais certeiras.

#05 - Saboreia cada momento. É frase batida, repetida por tudo o que é canto, dita no supermercado por cada senhora que se vai meter contigo, mas é sábia e verdadeira. O tempo urge, passa a correr, e não vais querer olhar para trás e lembrar-te de que passaste demasiado tempo ao telemóvel, a ver programas de lixo na televisão ou a pensar nas mil coisas que tens para fazer. O teu filho está ali e daqui a uns minutos - sim, vão parecer minutos! - já vai estar a viver sozinho.

#06 - Não tenhas medo ou vergonha de pedir ajuda. Vivemos agora mais isolados do que nunca, de portas trancadas, sem conhecer os vizinhos, sem receber tanto os amigos em casa, sem ter a avozinha por perto. Pede ajuda, baixinho ou num grito bem alto. Pede para te levarem uma sopa, pede para te ficarem com o bebé uma ou duas horas para poderes tomar um banho ou até fazer cocó sozinha na casa de banho (!), ir correr vinte minutos, descarregar adrenalina, o que estiveres a precisar. Às vezes as pessoas não querem incomodar, outras vezes não sabem ou não adivinham o que estás a sentir.

#07 - A privação de sono pode enlouquecer-te (ou quase). Por isso, todas as estratégias que te pareçam saudáveis, lógicas e cheias de amor, serão boas. Se tiverem de dormir todos juntos, que o seja [com os devidos cuidados, claro], se precisares de descansar durante o dia, dorme sestas com o teu bebé (e caga nas arrumações da casa), tenta partilhar com o pai da criança as noites difíceis (mais não seja a mudar-lhe a fralda, a tentar readormecer o bebé para conseguires descansar), pede ajuda à Constança Cordeiro Ferreira, do Centro do Bebé.

#08 - O teu bebé não é um alien. Às vezes vai parecer-te que o teu bebé chora mais, dorme pior, é mais difícil do que todos os bebés à face da terra. É mentira. Isso é porque as novelas, os filmes e as colegas do trabalho douraram um bocado a pílula. O normal é um bebé chorar, o normal é um bebé acordar muitas vezes durante a noite, o normal é nós não sabermos muito bem como os acalmar, nem os percebermos logo à primeira. Nem à segunda... É um processo. Fazer contacto pele a pele (sim, mesmo no inverno é possível tê-los coladinhos à nossa pele, vestindo camisolas largas por cima), babywearing e dar muita maminha pode acalmá-los mais. A eles e a nós.

#09 - Todas as fases têm os seus "quês". A fase em que são pequeninos custa porque para eles é tudo novo, precisam imenso de nós, e porque, também nós, estamos a apalpar terreno. Custa também a fase das birras, dos gritos e dos desafios constantes, porque eles não sabem lidar com a frustração de outra forma e porque nós ficamos às avessas sem saber bem como lidar com aquilo. Outras dificuldades virão. É encarar tudo como um desafio, de peito aberto e coração a transbordar, tentando afastar a vontade de gritar e mantendo a raiva longe, porque não resolvem nada. 

#10 - Aproveita todos os segundos que te faltam da gravidez. Mima-te, toma um banho demorado, dorme, se conseguires, vai ao cinema, namora muito, faz promessas de amor, faz o ninho, arruma as roupinhas e as fraldas de pano... as semanas que faltam são como que um prefácio que te deixa com água na boca para o grande desafio que aí vem.

imagem We Heart It


Não são dez as coisas que precisamos de saber antes. Talvez não precisemos de saber nenhuma delas. Ou se calhar até serão mais, muitas mais, mas a magia da maternidade também é essa, a da descoberta.



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12.12.2016

Eu sou o Marcelo só que ninguém sabe (#06)

Sejam bem-vindos a mais um post sobre livros em que vos digo mais ou menos qual foi o feedback da moça e também o meu para não parecerem aqueles velhotes em frente às revistas a folhear demasiado tempo. Ao ponto d'A Cristina já envolver revistas em plástico, senhores! 

Claro que a idade recomendada dos livros é importante, mas tudo depende do "enquadramento". Este livro achei muito giro para responder a algumas curiosidades da Irene. Ela já me tinha perguntado o que era o cocó e eu expliquei-lhe que era comida antiga, assim pude mostrar o que se passa dentro do nosso corpo. 

Além disso, explica como apanhamos doenças, a importância da fruta, o que é o esqueleto... Não estou a tentar dar-lhe um avanço em Ciências da Natureza para responder oxiemoglobina quando a professora perguntar como se chama à hemoglobina quando transporta oxigénio dos alvéolos pulmonares (vá, venha lá daí a bitch de "ciências" para me mostrar que falhei algures :)). É mesmo para satisfazer a curiosidade dela e também porque gosto muito destas coisas, sim. 

E é um livro que fica, além de mostrar tudo o que disse acima e muito mais de uma forma extremamente criativa. Não é apenas uma indexação de conhecimentos escritos na segunda pessoa do singular. Preocuparam-se mesmo que isto fosse interessante. Ahhh! A nossa parte preferida foi quando vimos o bebé a crescer na barriga da menina até ser um rapaz ou uma rapariga. 

É um bom auxiliar para lhe explicar coisas! Agora diz que quer ter um bebé na barriga, mas daí a ter... espero que ela pelo menos largue as fraldas. Não é sexy no momento, digo eu. Nunca experimentei, um dia experimento, mas talvez use as activity que têm uns desenhos mais femininos e têm menos volume e não fica a parecer que tenho um pipi gordinho (estou a tratar disso - acho eu). 

O livro é giro e vale a pena e fica para todas as restantes perguntas! Menos, talvez, a da: "porque é que a minha mãe está nua de fralda no quarto e a dançar ao som de Fever?". 



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12.11.2016

Foi a nossa primeira vez.

Espero bem que as vossas mentes não tenham ido para badalhoquices. A minha não foi (muahah) Querem saber o que aconteceu? A escola da Irene levou os miúdos ver a peça d'O Gato das Botas. Estava com algum receio porque a peça ainda não era bem para a idade dela e noto (além da educadora também dizer) que ela é sensível. Chora quando choram, fica preocupada, etc. Empática... vejo isto como sendo positivo. Tive algum receio da peça por não a ter visto e pela sinopse ter coisas negativas que não sabia bem como é que elas iriam ser representadas. Seja como for, foi. Foi de carrinha com os amigos, ao teatro com os amigos e ADOROU. 

Disse-nos a educadora que ela só chorou por ter acabado e que queria mais. Tornou-se claro que tínhamos de começar a ir ao teatro juntos. E fomos. Fomos ver (vi no Pumpkin) as peças de teatro e escolhemos O Pinheirinho de Natal

Além de termos adorado conhecer o jardim do Museu Nacional de Teatro e Dança, o texto da peça, a representação foram muito agradáveis. 

Foi uma manhã diferente em que todos nos divertimos e rimos. É para repetir. Parabéns à equipa!! 

























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Estou tão decidida.

Estou. Esta semana continuo a estar. Não gosto de ter decisões a pairarem na minha cabeça. Odeio os "logo se vê" e o "vai correr tudo bem". Prefiro "cortar o mal pela raíz", mesmo que isso implique que mais tarde tenha de admitir perante tudo e todos que mudei de ideias. A diferença? O intervalo. No entretanto, se me decidir (ou se achar que decidi) consigo tomar umas tantas outras decisões que estariam dependentes dessa. 

Neste momento ando inclinada para não ter um segundo filho, tal como escrevi aqui. Digo inclinada mas, aos poucos, estou a acostumar-me à ideia. Porém, quando é o Frederico a dizer que, por ele, também não teria outro, fico triste e até zangada (vocês percebem?). 

É pouco provável que venha a ter. Se vier, logo se vê, mas até lá tenho visto a minha vida como apenas mãe da Irene e parece-me tudo mais resolvido menos confuso para mim, deixando-me mais feliz. Se gostava de estar grávida outra vez? Neste momento só me lembro da parte má. Se gostava de ser mãe de um recém nascido outra vez? Neste momento só me lembro da parte "má". Já devo ter feito as pazes comigo por causa do parto e dos primeiros meses e já não sinto tão urgentemente a necessidade de me mostrar que sou capaz de fazer diferente e melhor. 

Vejo a Irene a ficar cada vez mais mágica e profunda e não me apetece adicionar mais "ruído" (também literalmente que os meus bebés não são como os da outra Joana que parece que choram com algodão na boca). 




Tenho ouvido argumentos parvos (a meu ver) e outros nem tanto para ter um segundo filho mas, para já, nenhum me parece interessar. Especialmente o "é sempre melhor ter um irmão para não ter de lidar com o meu funeral quando acontecer".  

Por esta minha (não) decisão vou emprestar tudo o que era da Irene a uma amiga que está grávida. Além de me desopilar a arrecadação, sempre ajudo uma amiga a não cometer suicídio financeiro por comprarmos milhares de coisas desnecessárias só por as associarmos a maternidade: lá vai ovo e isofix, lá vai carrinho e cadeira, lá vai trocador e cadeira de alimentação, espreguiçadeira, parque, etc... (mãe, as coisas têm um v de volta, caso seja "necessário", não faças essa cara). 



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12.09.2016

Façam só isto.

Tenho uma proposta para vocês, quase em forma de movimento. Este fim-de-semana, tentem esquecer a roupa, o pó, as arrumações, a organização. Sei que nem toda a gente pode dar-se "a esse luxo" mas tentem, se puderem, esquecer tudo o resto. Imaginem que vos restam apenas dois dias de vida e estejam só com os vossos filhos, namorados, pais. Façam sessões de cinema em casa, cozinhem qualquer coisa menos difícil juntos, façam um bolo de laranja, vão ao parque, corram, sujem-se, tomem banho juntos (com a sogra não se aplica, vá), vão ver as iluminações de Natal, os presépios da aldeia, apanhem musgo, façam uma aula de ginástica em casa, construções de Legos, dancem à séria, comam uma pizza, beijem, façam cócegas, conversem, olhem olhos nos olhos, escutem.

Deixem a louça acumular, a roupa empilhar, o pó fazer novelos de lã, a roupa encher-se de vincos... ponham umas palas e aproveitem as horas, os minutos. Quantas vezes achamos que temos tudo controlado e o caos instala-se de qualquer forma? Um dia não são dias e um fim-de-semana também não :)

Uma foto publicada por Joana Paixão Brás (@joanapaixaobras) a

Também nós deixamos o blogue a descansar no fim-de-semana. <3



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E boas maneiras? Onde estão?


Este sábado vou apresentar um livro sobre boas maneiras. "Eish, a senhora que a convidou não a deve conhecer bem!". 

Sinto que hoje em dia temos muito a necessidade de complicar tudo e este livro, além de nos relembrar que boas mensagens dão para serem passadas de forma de simples, também nos relembra que mais do que impedirmos os nossos filhos de fazerem coisas que nos aborrecem, é explicar-lhes porquê e que o que está por trás são sentimentos nobres e que fazem com que todos nos sintamos mais respeitados em sociedade. 

Mais sobre o lançamento do livro de Joana Pacheco Ferreira de Carvalho, amanhã, aqui

Obrigada. Com licença. Até já. Um beijinho. Bem haja. 


12.08.2016

Pai em Pânico (#01) - Menino ou menina? Não quero saber!





27 semanas! É este o tempo total de gravidez que tenho para cobrir com esta primeira crónica do “Pai em Pânico”, para vos deixar em dia. Para ser honesto, nem sei bem por onde começar… 

Que tal com o facto que eu e a minha namorada decidimos que não queríamos saber o sexo da criança? Sim, processaste corretamente a frase anterior e por esta hora já te inseriste em uma de duas categorias: na categoria composta maioritariamente por mulheres e que se identifica com um audível “ó, que ideia tão fofa!”, ou na categoria das bestas dos meus amigos que se manifesta através de um perfurante “que estupidez!”. A verdade é que poucos temas são tão polarizantes como este. Nem “Trump versus Hillary” ou “Coca-Cola versus Pepsi” divide tanto a opinião das pessoas. Em termos da ausência de consenso, o tema “Não Queremos Saber o Sexo da Criança” fica apenas atrás do eterno “Qual o pior dos irmão Baldwin?”. (dica: não é o Alec)

Embora me sinta tentado para concordar com os seres unicelulares que são os meus amigos, uma vez que, sabendo o sexo da criança, há todo um conjunto de assuntos logísticos que se podem preparar de forma mais detalhada, a verdade é que tem sido “fixe” não saber. Primeiro, conteve o nosso impulso capitalista de uma forma que deixaria Fidel Castro orgulhoso. Em segundo, já ninguém usa o termo “fixe” porque é algo dos anos 90. Por fim, e sendo excessivamente cliché, o que importa é que seja saudável... e que seja a/o primeira/o campeã(o) de um título de Grand Slam em ténis. #baixasexpectativas

Mas só para deixar claro: nós não queremos saber o sexo da criança, até ao nascimento! Após o parto, é totalmente expectável que o sexo da criança seja distinguível para nós. Caso contrário, algo está muito errado e sou totalmente a favor de pôr a criança numa cesta e lança-la ao Tejo. Afinal de contas, funcionou com Moisés.

O motivo por trás da decisão de não saber o sexo da criança é, naturalmente, a minha namorada! Ela achou que seria giro não sabermos e eu decidi que gostava de saber, mas não ao ponto de comprar uma discussão com uma grávida, por isso decidi alinhar. Aliás, é essencialmente esse o meu papel até ao final da gravidez: “Fofinha, claro que reservar o infantário quando só estás grávida de 2 meses não é cedo de mais. Aliás, até devíamos já fazer a inscrição na faculdade. Eu estou a pensar Física Quântica no M.I.T., e tu?”.

Gosto de pensar que tenho cumprido com o papel de pai em formação. A minha namorada poderia discordar e, nesse sentido, teria de concordar com ela, mas só porque tem mesmo de ser.


12.07.2016

A primeira sopa não correu bem.

Não tinha grandes expectativas relativamente à introdução dos sólidos na vida da Luísa. Já sabia que eles podem demorar um bocado a habituar-se e novos sabores e texturas e que das primeiras vezes é normal comerem poucas colheres, puxarem o vómito, cuspirem. Há uma semana e picos deixei que me roubasse banana das mãos, estando ao meu colo, e percebi que já sabia o que fazer com a comida. Provou entretanto também batata doce e adorou. 

Com a sopa foi assim.




Achou estranho, mas ficou curiosa, experimentou e depois, passadas umas colheres, não quis mais. O expectável. Não insisti, claro.

Mas o problema não foi este. O problema foi a noite. Deita-se por volta das 19h30 e costuma dormir 12 ou 13 horas e, a acordar, acorda apenas uma vez. Duas no máximo. Desta vez, acordou de meia em meia hora, a chorar muito. Cólicas? Pico de crescimento? Salto de desenvolvimento?
No dia seguinte, mudei a sopa para a hora de almoço. Comeu três colheres. Fez cocó normalmente e esteve bem durante o dia. Nova noite de sobressalto e choro em sofrimento. Ela que é tão calminha. 
Ao terceiro dia, não dei nada. Acordou uma vez, mas dormiu lindamente. Portanto, definitivamente o corpo dela ainda não está preparado e vou ter de procurar fazer sopa com outros alimentos que não batata doce, cebola ou cenoura. Às tantas vou continuar a dar-lhe os alimentos mais inteiros para as mãos (o tal do BLW), que até me parece que come melhor do que em sopa, e não se queixou da outra vez durante a noite...

Revi o vídeo e adorei as expressões da Luisinha, oh que coisa mais fofa!


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