Nota: Depois de ter lido alguns comentários, achei importante frisar que a Irene já tinha tido episódios convulsivos antes e que além de já ter sido diagnosticada também já nos foi informado de qual o procedimento a ter no caso da nossa filha (no caso dos vossos, deverão falar também com os respectivos médicos). "Recusei" fazer as análises quando a médica que entrou a meio da consulta as propôs porque não tinha ouvido o historial da Irene e não sabia que já tinha sido diagnosticada, além de que ainda íamos a meio da observação clínica da Irene (tanto que quando fomos à garganta descobrimos a causa) e a Dra. também não sabia porque tinha entrado a meio com alunas do primeiro ano. Assim que a pusemos (a outra médica Sofia - estagiária ou algo do género pareceu-me - e eu, ela anuiu). Obviamente que se tivesse dito que era mesmo imperativo, para mim, as opiniões dos médicos valem sempre mais do que a minha, quanto muito como disse uma leitora "pediria uma segunda opinião". Quando digo que "argumentei" em relação a dar ou não BUR "precocemente, isso não quer dizer que me armei em esperta. Tenho é necessidade de que me expliquem o porquê das coisas e fiz uma pergunta e ambas as médicas concordaram comigo também, tendo em conta que eu não vejo as convulsões como um bicho papão. No texto abaixo só falei de BUR e Brufen por ser a terapêutica mais comum para febres e afins, não estou a recomendar nada, nem a sugerir nada. Obrigada aos vossos comentários (os menos histéricos, haha) porque fazia mesmo falta fazer algumas ressalvas à narrativa deste episódio.
A Irene tem-nos dado alguns sustos (como escrevi aqui e aqui) . Desta vez, quando a fui buscar à escola, a educadora já lhe tinha dado um Ben-u-Ron (a febre estava perto dos 38 e como estão "avisadas" sobre as convulsões, ficam mais receosas). Viemos para casa e mais nada nela indicava estar doente.
A Irene tem-nos dado alguns sustos (como escrevi aqui e aqui) . Desta vez, quando a fui buscar à escola, a educadora já lhe tinha dado um Ben-u-Ron (a febre estava perto dos 38 e como estão "avisadas" sobre as convulsões, ficam mais receosas). Viemos para casa e mais nada nela indicava estar doente.
Agora, olhando para trás, o pai bem disse que a voz dela estava diferente. "A voz dela está a mudar". Ri-me e disse que era de estar com ranho "como sempre" desde que entrou para a escola.
Umas três horas antes da convulsão. |
Fui deitá-la e imediatamente antes de ir ver como estaria da febre (duas horas depois de a deitar) ouvi uma tosse esquisita pelo intercomunicador. Seguida de um choro aflitivo. Lá cheguei e a convulsão já tinha acabado. Já estava histérica, paralisada nos membros e com espuma a sair da boca.
Esta é a parte final. O pior já tinha passado. Depois da última já sabíamos que não era preciso ligar para o 112 e que nos restava acalmar a Irene até ela relaxar. O meu instinto, depois de (desnecessariamente) lhe dar o medicamento que se deve dar nas convulsões foi tomar banho com ela. Ela adora tomar banho comigo no duche ao meu colo com as costinhas por baixo do chuveiro com água morna.
Lá fomos. Acalmou-se. Depois deixou de estar calma quando saímos. Repetimos o Ben-U-Ron depois do vómito (devíamos ter antes dado Brufen, claro). Correu tudo bem. Adormeceu, pedrada, claro.
Falamos com a nossa pediatra que é um anjo. E que apesar de não estar on call, não hesitou em ajudar-nos e alertou-nos para que ela fosse observada nas urgência para despistar outras infecções. Decidimos não ir. Já sabemos que ela tem convulsões febris, estava bem disposta com o efeito do Ben-u-Ron e queríamos muito que ela tivesse paz e sossego. Dormi com ela.
No dia seguinte fomos ao SFX. Fomos atendidos por uma médica nova, espectacularmente querida, atenciosa... A Irene adorou-a e eu também. A Dra. Sofia pôs-nos a ambas muito bem-dispostas (obrigada!). A meio da observação entrou a médica-"chefe" (não sei os termos era tipo a Bailey) que sugeriu fazermos umas análises à Irene que eu recusei (ninguém acha piada a fazer análises, claro, mas foi muito por causa disto também) por ela já estar diagnosticada (tínhamos feito análises da última vez) e pela observação ainda não ter acabado, sequer.
Tinha uns pontinhos vermelhos na garganta e as amígdalas inflamadas: amigdalite viral.
Temos estado em casa desde quarta-feira. Já está melhor, claro. Já não toma BUR para a febre, sequer, mas ainda tem dores.
Já não entrei em pânico, mas é sempre desagradável ver o filho tão assustado e descontrolado sem poder fazer grande coisa por ele.
No entanto, apesar da médica "chefe" ter dito "é dar sempre bur quando suspeitar que tenha febre", argumentei que sabia o que é a febre e para que servia. Ela disse "ahhh a mãe está bem informada, claro, se se sente confortável a esse ponto, é ir conhecendo o limite da sua filha". Não quero dar-lhe bur só porque está um pouco mais quente. A febre serve para o corpo se defender exactamente das infecções. Não vou ceder ao pânico. Até porque o mais provável é que isto dure pelo menos até aos 5 anos (ainda nos faltam 2 e meio).
O que vale é que eu não me lembro de nada disto quando era mais nova. Só de fazer muitas análises ao sangue. Reparo é que a minha mãe sofreu muito com isto (beijinhos, mãe!).
O que vale é que eu não me lembro de nada disto quando era mais nova. Só de fazer muitas análises ao sangue. Reparo é que a minha mãe sofreu muito com isto (beijinhos, mãe!).
Vestido da Irene - Vertbaudet