12.20.2017

Não quero filhas-museu

Sabem aquela expressão "casa museu"? Pois bem, eu nem casa nem filhas. A minha casa é para ser vivida. Não tenho móveis com bibelots de valor, nem espero que elas não mexam nas coisas, nem espero ter tudo sempre arrumado e limpo e pronto a receber o rei da Prússia.  [nem por isso deixo de lhes incutir o respeito pelas coisas dos outros - nunca partiram nada em casa de ninguém {ainda}]

Também não espero que as minhas filhas estejam sempre quietas, penteadas, sorridentes e prontas a ser fotografadas pelo fotógrafo oficial da família real. É o que calhar. Gosto de sentir nelas a alegria espontânea de ser criança, de não terem grandes espartilhos nem viverem cheias de regras e exigências. Não quero filhas-museu. Quero filhas-coração, filhas-fogo, filhas-emoção. Mesmo que às vezes deseje secretamente que "se portem bem", isto é, que não dêem muito trabalho. Mesmo que às vezes deseje que elas sejam como um tapete ou uma moldura. Mas, no fim do dia, vou lembrar-me mais da gracinha, do grito histérico, da gralha no carro que não parava de falar em cocó, da euforia, do que propriamente do quão direitinhas se sentaram à mesa ou se pintaram dentro das linhas.
Vão com tudo, minhas filhas. Sejam felizes. 


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2 comentários:

  1. Concordo em absoluto. Confesso que ao início cuustou-me quando se sujava, estragava roupa, riscava paredes, etc. Hoje já me habituei e guardo tudo como uma excelente memória. As suas filhas estão muito giras, só um reparo se me permitir...Acho que a Luísa já precisava de um cortezinho na franja ou então usar ganchos, acho sempre (talvez ignorância minha) que pode prejudicar a vista deles, ainda em formação. Beijinhos

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    1. Tem toda a razão. Anda quase sempre de gancho, mas aqui tinha acabado de retirar, a sacaninha eheh

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