12.14.2019

As melhores prendas para este Natal.

Oláaa! É neste fim-de-semana que vão queimá-lo? Todas sabemos que o mais importante no Natal não são as prendas que damos, mas as que recebemos, ahah. Ainda assim, depois de termos filhos, o Natal ganha novamente uns contornos mais mágicos. Honestamente, já não tenho paciência para brinquedos que os façam reagir de forma histérica mas que depois passam a lixo num instante. Gosto de brinquedos úteis, didáticos ou criativos.



Nesse sentido, claro que vos quero sugerir as "nossas" estufas da Science4you. Calma, não fechem já o artigo porque os próximos brinquedos não temos nada a ganhar com eles. Além disso, se não sabem, ficam já a saber que têm direito a 10% de desconto em todos os produtos da loja com o código AMAEEQUESABE, tanto nas lojas físicas como online, ok? Podem carregar aqui para comprar, prometem que chega a tempo do Pai Natal ;)


São estufas de mini-melancias, morangos e meloas. Adoramos esta ideia por ajudar a criar a percepção de tempo nos mais pequeninos, trabalhar a paciência e educar para a sustentabilidade. E, depois de tudo isto, ficarem com uma sensação de orgulho, de autoria quando estiverem a comer o que plantaram. Das melhores prendas de sempre. Já eram antes de nós as patrocinarmos, está bem? 




Adorei esta prancha. Acho que hoje em dia, os miúdos têm a papinha toda feita e raramente têm oportunidade para imaginar. É tudo muito concreto e depende pouco da sua criatividade. Esta balance board muda isso. 

A Irene tem uma e costuma usá-la como cadeira para ver televisão, como barco quando somos sereias, escorrega quando a apoia no sofá ou como skate ou baloiço. Além de ser uma peça muito bonita para ter em casa, o que acham? 



LIVROS DA SOPHIA DE MELLO BREYNER


Depois da Noite de Natal, estamos a ler agora A Fada Oriana. Creio que a terei lido no 5º da escola, mas já tinha feito uma experiência antes com a Irene e ela tolera muito bem livros sem tantos desenhos. Gosta das histórias (como não?) e além de ouvir a textura de tons que faço a contar a história, ficar com uma noção das várias pontuações (acaba por estar a olhar para o texto enquanto leio), também enriquece o vocabulário além da imaginação. Estou a gostar de não terminar um livro por noite como dantes. Dá uma noção maior de projecto e até de conforto. Acho que a estou a ensinar a ler. Não tecnicamente, mas não procurar acabar livros rapidamente ou desfechos de história rápidos.



INSTRUMENTOS MUSICAIS


Sou muito fã de dar instrumentos musicais às crianças. Recordo-me que duas das minhas principais companhias quando era mais pequenina - em dois momentos distintos - foram órgãos. Treinava exaustivamente as músicas que conhecia e tentava tocar de ouvido. Claro que não deveria ser a coisa mais relaxada para os meus pais ouvirem, mas ficava muito concentrada naquilo e sempre alimentava a minha tendência para o espectáculo. Ao ponto de, agora aos 33, ter começado a ter aulas de piano (e canto). Acho importante que eles treinem várias skills e que devam ser eles a escolher o que mais gostam e, para isso, nada melhor que a experimentação.

Dependendo da idade, fazem mais sentido uns instrumentos que os outros, mas o órgão é um dos meus preferidos. A Irene tem um da imaginarium que até se dobra, pelo que é bastante transportável. É este:


TORRE DE APRENDIZAGEM


Ainda que a Irene não se interesse minimamente, já tivemos bons momentos a cozinharmos juntas ou a fazermos actividades. Até determinada idade, ter-nos-ia dado imenso jeito uma torre de aprendizagem. Sabem o que é?




Há vários sites que vendem ou, neste caso, foi alguém que hackou o banco clássico do Ikea, também resulta. Eu poria uma fitinha atrás ou assim só para não ter um ataque cardíaco ;).


TELA

Há uns tempos comprei um par de telas cá para casa e pintámos as duas. À Irene saiu aquilo a que ela chamou "fungos" (uns brinquedos quaisquer horríveis, mas que, pelo menos, ensinavam os vários tipos de fungos - que útil) e a mim um auto-retrato (óoobvio, fosse eu pensar noutra coisa que não em mim, ahah). Fazem parte da decoração da nossa sala de estar, além de serem um óptimo reminder de um bom tempo que passámos juntas.



VALE DE UM DIA À ESCOLHA DELES

Já escrevi aqui que é uma técnica que todas deveríamos utilizar de vez em quando e que ajuda muito a melhor a nossa relação com eles, mas explicar que durante UM DIA vão fazer tudo o que quiserem - dentro do possível - poderá ser uma prenda espectacular e poderão descobrir coisas novas sobre eles e até sobre vocês. Além de ser um dia "de férias" da rotina e que será sempre divertido.


Querem dar mais ideias aqui em baixo? Até de negócios vossos? Estejam à vontade ;) E Boas Festas!!!


12.08.2019

Não, não gosto mais de uma filha do que da outra

Fotografia da Joaninha do The Love Project


Esta questão não surgiu por acaso. Aqui há coisa de dois meses, uma seguidora perguntou-me, no instagram, se eu gostava mais de uma filha do que da outra. Não faço ideia se foi por ela estar grávida do segundo filho e se teria esse medo (também eu tive receio de não amar tanto a segunda filha como a primeira) ou se estaria com essa sensação pelas minhas partilhas. 

Num dos nossos vídeos do Youtube, a Joana Gama também insinuou isso mesmo e eu, apesar de ter a certeza absoluta no meu coração de que isso não existe, fiquei constrangida, com dificuldade em justificar. Foi para o ar assim mesmo. 

Duas coisas (só porque também já vos pode ter passado essa ideia pela cabeça e assim fica o assunto arrumado):
- a Luísa aparece mais nos meus stories, vídeos e fotos porque a Isabel já tem momentos em que me diz que não quer (e eu respeito isso, como é óbvio)
- acho normal, nos primeiros anos de um filho, mostrar mais "gracinhas" e vibrar com tudo o que mostram e dizem e, à medida que vão crescendo, começar a reservá-los mais (digo eu)

A verdade é esta, dúvidas houvesse: amo as minhas duas filhas de forma arrebatadora e ímpar. É impossível ser de outra forma. Até me angustia pensar que algum filho possa sentir que um pai ou uma mãe gosta mais do irmão. Para mim, a escolha seria uma "Escolha de Sofia" (não sei se viram este filme duríssimo com a Meryl Streep).

Acho piada a coisas diferentes nas duas (até porque são as duas bastante diferentes), aprecio coisas diferentes nas relações que tenho com cada uma, mas AMOR? 

Não ando a medir com régua, mas daria a vida pelas duas, sem pestanejar. São as MINHAS FILHAS. São as minhas pessoas preferidas de todo o sempre. São incríveis. Adoro-as todos os dias, mesmo quando me moem o juízo. Quero que sejam as pessoas mais felizes do planeta. Tenho uma sorte do caraças. 

Não há ordem, nem escadinha, nem gráfico, nem escala para este amor. 

Não, não gosto mais de uma filha do que da outra. 


Mais um livro para a vossa biblioteca!

Houve umas férias de verão, no início da minha adolescência, em que li mais de 40 livros. Ler sempre foi importante para mim. Leio bem menos agora, mas sempre que leio - e me entusiasmo - penso na parvoíce que foi ter perdido tanto tempo nas redes sociais (dava para ler um livro por semana, à vontade). 

Os jovens, que são nativos digitais, têm ainda mais dificuldade em estar em silêncio, em se concentrarem, em viver de forma lenta. E a leitura exige isso. Havendo séries, televisão, jogos e tablets à disposição, é normal que deixem os livros, silenciosos, para o fim da lista. E é isso que eu quero tentar contrariar, dando o exemplo. Está mais que provado que o exemplo é crucial para que eles reproduzam esse modelo. Isso e continuar a criar um ambiente afectivo relacionado com os livros e a leitura - mais do que o de imposição e obrigatoriedade. Por que razão eles gostam tanto que lhes contemos histórias? Exacto: é um momento de partilha, de cumplicidade, de união. 



O mais recente livro a entrar cá em casa foi "O Protesto do Lobo Mau", que venceu o Prémio de Literatura Infantil do Pingo Doce, que já vai na 6ª edição. Acho que não nos escapou um. Primeiro porque são bons e baratos (3,99€). Depois, porque acho mesmo de louvar esta iniciativa de premiar novos autores e ilustradores (com 50 mil euros, metade metade), para que eles possam continuar a deliciar-nos com este trabalho: neste caso, a Maria Leitão e o Pedro Velho.

É uma prenda excelente para este Natal.



O Protesto do Lobo Mau
Há um dia, na história do Lobo Mau, em que nada parece fazer sentido.
Quem é aquele urso a fazer-se passar por Capuchinho Vermelho?
E o que está uma rã a fazer na sua história?
Porque será que já não se lembra do caminho para a casa da Avozinha?
E pior: porque estará ele a ser tão manso, se antes era feroz?
Nestas páginas, cheias de imprevistos, nada acontece como se imagina.
São muitos os desafios que o Lobo vai ter de ultrapassar, mas nesta caminhada irá
fazer uma grande descoberta...

Adorei esta desconstrução da história a que já estamos habituados (e que eu, por vezes, tento mudar um bocadinho - "o Lobo não é mau, está com fome!"). Neste caso, o Lobo, depois de se confrontar com a ausência da Capuchinho e de outras personagens, vê-se capaz de sair da história e de ir construir a própria história. O giro disto tudo é que, acabando o livro, temos de reservar ali uns bons minutos para conversar e para "escrever", em conjunto, a nova história do Lobo. 

Gostámos muito (a Isabel mais do que a Luísa e compreende-se, já que está quase a fazer 6 anos (como?!) e este livro é precisamente aconselhado para essa idade (até aos 12). As ilustrações estão muito giras e adorei a paleta de cores: amarelo, vermelho, preto e branco - é bem bonito.




Todos os livros das edições passadas do Prémio de Literatura Infantil <3
Mais um para a vossa lista, disponível em qualquer loja Pingo Doce. Já o viram por aí? :)