7.01.2019

Afinal deve ser isso: estou grávida.

Ahh pá! Qual Clearblue qual quê! Qual método de andar a medir a temperatura da vaginita (ahah acho que é o melhor nome de todos, aqui entre nós), temos é de confiar no "olhar" alheio. 

Fui a uma festa de aniversário de um amigo da Irene no sábado passado. E, depois de me fazer aos tremoços e aos refrigerantes como gente grande, lá me pus a conversar com quem conseguia. Há sempre um ou dois pais com os quais nos identificamos mais, não é? É preciso ver o copo meio-cheio nestas alturas, ahah. Eram dois ou três pais, mas a "união" faz a força até à hora dos parabéns. Já dizia aquela mãe conhecida que... não, fui mesmo eu agora.  Uma mãe e eu fizemos as contas ao cachet da empresa de animação e já sabíamos que iriam encaminhar os miúdos pelas 17h30 e assim foi - o desespero para fazermos as contas, ahah. 

Ora, estava com um vestido vermelho que até já usei para um espectáculo. Este: 

Obrigada ao Tiago Maltez da Ponte Media por esta fotografia. E, já agora, fiquem a saber que o borracho da direita é casado e tem dois filhos, não estejam aí com coisas. Além disso é também o humorista das manhãs da Rádio do Observador. É o David Cristina ;)
E o que é que aquela senhora já com mais experiência amealhada disse? Qualquer coisa como "olhe que a Coca-Cola depois põe o bebé mais agitado". Ri-me desalmadamente, abracei-a (mesmo sem a conhecer) e disse: "estou só gorda, minha senhora, mas obrigada". 

Pode ter sido das mamas muito salientes (há soutiens que fazem mais magia que outros) ou pode ter sido da barriguita de 3 meses que tenho desde os 27. Nem quis saber mais. Ela estava envergonhada e eu estava a tentar engolir o resto da auto-estima que tenho para ver se não me escapa.

Também pode ser do vestido. De ser um bocadinho mais "adoro viver" que o normal da roupa básica. Mas não. Não estou grávida. Nem faço planos para estar nos próximos séculos (quantas já não engravidaram uma semana depois disto?).

Já me aconteceu isso. Dei os parabéns a uma colega minha e ela respondeu que estava a fazer um tratamento com cortisona, se lhe estava a dar os parabéns por isso. Levou na boa, mas também poderia estar só a engolir o resto da auto-estima que ainda tinha.

Pelo sim, pelo não... Acho que mais vale passarmos por distraídas se não comentarmos a gravidez de uma conhecida (ou desconhecida) mesmo que já esteja de 9 meses ou não? Ou será que estes comentários até nos farão ter uma melhor ideia do nosso estado de saúde actual e ser aquele click para nos começarmos a mexer?



6.30.2019

As maiores vergonhas por que já passámos

Ai gente! Nós estávamos meio embaraçadas (não grávidas, pelo menos que se saiba) a gravar este vídeo mas valeu tanto a pena. Divertimo-nos! Espero que vocês também gostem.

Então... falamos de uma vez em que a Joana Paixão Brás passou uma grande vergonha num restaurante fino e uma vez que a mãe da Joana Gama a apanhou a... VEJAM, VEJAM.


Agora digam-nos: se tivessem de passar por uma destas vergonhas, qual seria?

Subscrevam o canal, façam like e comentem. Queremos saber das vossas maiores vergonhas! E sugiram tema para o próximo vídeo, já agora. O que querem saber de nós? Querem dicas para alguma coisa por que estejam a passar com os vossos filhos?

(Ah! E tentem não reparar muito no meu cabelo e apresentação no geral, tinha acabado de acordar, vá, ciau)


6.26.2019

Faz-me confusão que ela consuma vídeos na internet.

Sei que há coisas que são boas e educativas e quase em tudo na vida há “bom” e há “mau”, mas ver uma criança tão quieta durante tanto tempo faz-me imensa confusão. Claro que até pode aprender a falar inglês - como a Irene aprendeu a falar português do Brasil por ver vários vídeos no YouTube quando estava com o pai - mas acho sempre que não é o melhor. 

Se me deu jeito na viagem a Cabo Verde espetar-lhe uns episódios da Netflix de seguida? Claro que sim. Mas não consigo. Faz-me sentir que a estou a adormecer, como se estivesse a sedá-la. Acho que me encontro mesmo no polo absurdamente oposto de muitas famílias actuais. 


Na minha cabeça, as crianças estão bem a brincar, sossegadas com as suas coisas (algo que envolva destreza ou raciocínio - e até poderão ser jogos no iPad) ou então a subir às árvores ou a pendurarem-se nos baloiços do bairro. Não nego a inovação. Caramba, sou blogger e também sou apresentadora de um programa na internet. Não sou nada contra. 

Mas sinto que tem de ser uma parcela ínfima da vida dela. O mínimo possível. A não ser que descobrisse um conteúdo (como descobri em tempos os desenhos animados da Netflix do Daniel, o Tigre) que compensasse o tempo “limitado” de inoperância, vá. 

No entanto, a maior parte das coisas que vejo e pelas quais a Irene se sente atraída são... consumidores de tempo, apenas. Um bocadinho como os stories que nos caem no instagram de conteúdos instantâneos mas que não “acrescentam” nada à nossa vida, embora nos viciem. Aqueles que nos hipnotizam mas que nos fazem perder tempo de vida. Uma parvoíce continuarmos a cair nisso tanto tempo depois de já termos sido apresentadas a este fascínio. 

Já aconteceu numa noite em que dormi pessimamente ou que fiquei a discutir durante horas não conseguir lidar com ela a manhã inteira e socorrer-me desse babysitter digital, mas não faço disso nem a regra nem sequer a excepção, acho eu.  Tudo por isto. Faz-me confusão. Televisão a mesma coisa. 

Ao fim-de-semana quando me pede para ver desenhos animados, claro que sim. Ponho-me (ou tento) a ler ao mesmo tempo e aproveitamos tempo juntas de outra forma antes de nos prepararmos para sair de casa ou fazermos algo em conjunto. Bom, a verdade é que na maior parte das vezes é quando aproveito para fazer um sprint e arrumar o máximo possível em casa - sabem como é. 

Durante a semana nem vejo tempo para ligar a televisão ou para lhe dar um iPad. Senão como a vejo? Quando é que ela brinca com os brinquedos dela? Como falamos? Como sei como é que ela está? E quando ela adormecer? Vou sentir que o dia nem passou por nós? Penso muito em como dizemos uns aos outros que “o tempo passa rápido” e acho que muito tem a ver com esta falta de tempo uns para os outros e que, às vezes, poderá estar a ser usada noutras coisas menos... úteis ou que menos contribuem para a nossa felicidade. 

Contei-vos em tempos que costumo fazer um desenho para ela levar no lanche com a memória recente mais querida. Tentando sempre que tenha sido algo divertido ou querido dela que tenha acontecido no dia anterior. Sinto que se lhe entregasse o iPad que nem teria nada para lhe desenhar no dia seguinte. 

Faço isso para treinar a visão optimista dela (e a minha também, provavelmente) e é algo que levo a sério.

Não vou desenhá-la agarrada ao iPad. ;)

Posto isto e porque sei que tudo o que seja extremado há de ter mais negativos do que algo “equilibrado”, queria perguntar-vos se conhecem vídeos giros no youtube para os mais novos. Sendo que giros signifiquem ser educativos de alguma maneira. 

E, já agora, se forem das pessoas que pensam nestes assuntos, como é que justificam para vocês que eles estejam no iPad com alguma frequência?