1.13.2019

Joana Gama prova do seu veneno.

Ahh.. Achavam vocês que tínhamos uma engraçadinha aqui no blog que em registo de monólogo mandava umas larachas mas depois não recebia nada de volta? Não. Nem pensar. Como é óbvio que a Joana Gama teve de ser posta a teste numa mistura de roast com entrevista. 

Sabem o que é roast? Está sublinhado porque têm lá a explicação. Entrevista sabem o que é, de certeza. 

A Joana Paixão Brás foi ao Roast do Toy e toda inspirada pela onda do cenário quis averiguar se a Joana Gama também tem sentido de humor quando a piada é sobre ela. Óbvio que a Joana PB não acha que as mamas da Joana sejam horríveis (que nos tenhamos apercebido, ainda não as terá visto), mas foi tocando em vários pontos (não das mamas), para ver se a sua amiga e colega tem a boa disposição que aparenta ter... 

O que acharam vocês? Temos pessoa que levou na desportiva ou um piquinho a azedume no fim?



1.10.2019

É horrível fazer cócegas?

Ahhhh... aqui estão as bloggers a lançar mais um tema que poderá parecer tão imbecil quanto o forçar violentamente (de forma física ou não) a dar beijinhos aos avós ou a quem quer que seja. Porém, tem o seu sentido e, mais do que chegarmos a um consenso, aqui o ideal é apenas parar-se 2 minutinhos (espero não me alongar muito que ninguém tem saudades de estar sentado numa secretária a olhar para alguém falar durante 45 minutos ou 90) para termos noção de qual é a nossa opinião sobre o assunto, pondo-nos no lugar das crianças. 



Por que temos cócegas? 

Os cientistas ainda não chegaram a conclusões consensuais (haverá conclusões científicas se não forem consensuais?), mas existem várias escolas de pensamento no que toca a esta pergunta. 

Há quem diga que as cócegas são um mecanismo de defesa para mostrar submissão ao toque e, portanto para, no caso de contacto próximo com o intuito de haver uma luta, encorajar a mudança da dinâmica, alijeirando o ambiente(giro e interessante, sabe-se lá como eram as coisas há milhares de anos quando éramos peludas também na barriga toda?). Ou seja, se um macaco se aproximasse de nós para lutar e nos fizesse cócegas e nos rissemos, a luta provavelmente acabaria ou não começaria, foi o que percebi. 


Por outro lado - e esta já tinha ouvido - as cócegas podem servir para aproximar as pessoas (que já devem estar próximas o suficiente para conseguirem fazê-las, digo). 

Apesar de ainda não terem chegado a um consenso, os cientistas sabem que fazer cócegas estimula o hipotálamo - região do cérebro ligada ao controlo das emoções, ao prazer sexual e que também controla a temperatura corporal, a fome, a sede e os ritmos circadianos (sono). 

Quando nos rimos quando nos estão a fazer cócegas (não me lembro da última vez que estive numa situação desse género, ahah) pode não ser porque nos estejamos a divertir, mas sim por resposta automática do nosso corpo. 


As crianças gostam de cócegas? 


Depende. A Irene, por exemplo (minha filha), odeia cócegas. Prefere lutas. Não gosta mesmo nada e pede até encarecidamente que, de vez em quando, se relembre alguns familiares para que não lhe façam cócegas de tanto que não gosta. 

A Isabel, da Joana Paixão Brás, não só adora cócegas como provoca situações para que passem a existir. Chama pelo monstro das cócegas e adora rir-se com os pais enquanto acontecem. 

Por que não fazer cócegas? 

Isto surgiu porque comprei um workbook de parentalidade (já cito ali em baixo) para o qual ainda não tive tempo de olhar - e, ao folheá-lo parei logo na página que tinha um quadrado informativo "Why not tickle?". 

Até com este testemunho (tradução livre): 

"O meu pai costumava fazer-me cócegas quando era pequena. Eu sei que era a maneira que ele tinha de se aproximar de mim, mas odiava sentir que não tinha qualquer controlo no momento. A parte estranha era que eu ria tanto que eu nem conseguia gritar para que parasse. Isto fez com que o meu pai pensasse que eu estava a gostar quando, na verdade, me sentia entre a espada e a parede e odiava."
 Mari, mãe de uma criança de 4 anos e de um bebé de um ano. 


Ao que parece, segundo esse livro, há a possibilidade da criança sentir-se desprotegida, o que pode criar ansiedade. A resposta psicológica às cócegas parece envolver uma parte diferente do cérebro daquela que usamos quando nos rimos (que é mais uma espécie de alívio de tensão, tal como acontece quando uma criança prefere brincar "às lutas"). 

A autora afirma que o que ouve da maior parte dos pais quando começam a fazer outro tipo de brincadeiras que aliviem a tensão (como "as lutas", a autora utiliza o termo "roughhousing"), as crianças deixam de pedir cócegas. Quando uma criança pede cócegas pode ser porque provavelmente percebeu e aprendeu que é uma óptima maneira de se rirem juntos. Porém, a manter a brincadeira, segundo a autora, poder-se-á experimentar as "cócegas aéreas" em que apenas ameaçamos fazer cócegas, o que provocará riso na mesma e aliviará a tensão. 

No caso da Irene, nem por isso a deixaria muito confortável, mas é uma brincadeira que já aceita bem melhor. 


O que fazer? 

Como mãe (e como cantora pimba que um dia irei experimentar) acho que passa por observarmos as reacções dos nossos filhos quando a brincadeira surge. Se pedirem a brincadeira, também valerá a pena perceber porquê e ir variando a mesma, digo. 

Duvido muito que haja muitos pais e mães a fazerem cócegas contra a vontade dos filhos mas, nestas coisas, nunca se sabe. E escrevo este artigo com o intuito que chegue a mais pessoas que não apenas os pais para despertar a consciência de estarmos mais atentos à reciprocidade ou não neste tipo de brincadeiras. As crianças são pequeninas e fofinhas mas isso não quer dizer que possamos tocar-lhes e fazer o que quisermos com o corpo delas, mesmo em "brincadeiras".


O que acham vocês?