12.27.2018

A Irene fingiu que acreditava no Pai Natal.

Por que escrevemos Pai Natal com letra maíscula? Será que era por ser inicialmente um santo? Ou será que é um resquício de crença no indivíduo que distribui prendas à parva pelo mundo inteiro e que tem probabilidades de vir a ter gota? 

Neste Natal decidiu-se (meio à última da hora) continuar com o meu irmão vestido de Pai Natal. Já no ano passado não tinha colado decentemente - apesar de ter deixado uns 10% de dúvida - e este ano foi "pior ainda". 



A Irene, quando chegou o "Pai Natal" (o melhor é pôr entre aspas não vão vocês pensar que, por ser blogger, tive direito ao verdadeiro Pai Natal lá em casa), fez uma festa incrível e, quando ele - sem falar (está sempre rouco o nosso Pai Natal, senão ela reconheceria a voz) - lhe pediu uma bolacha, ela foi a correr buscar.


Brincou muito a abrir os presentes. Animou o Natal da família inteira e até decidiu que queria dormir em casa da avó. Dormimos. Antes de adormecer (uma eternidade até conseguir, deve ter sido da quantidade absurda de Guylian que emborcou mais ou menos de fininho), disse-me que não acreditava no Pai Natal, que sabia que tinha sido um menino com barba a fingir, mas que tinha gostado na mesma. 

Não lhe tinha perguntado nada e tenho pena que ela já não acredite, mas foram demasiadas pistas. Nomeadamente ver um Pai Natal em cada centro comercial e ter um aspecto diferente. Começou a desconfiar. Meh. 

E os vossos? Como foi a relação deles com o Pai Natal?

Nota: Só agora reparei que... ahahah além de não falar, o Pai Natal também usa óculos escuros, ahah. Estamos mesmo a subestimar a miúda, credo. Ahah. 


12.24.2018

Neste Natal divirtam-se mas com moderação.

Hoje é dia 24 de Dezembro, o dia menos provável de lerem posts na internet ou, pelo menos, assim espero. 

Porém, tal como fazemos com os nossos filhos, é importante relembrarmos as regras antes de começar a loucura do dia de hoje. Vamos a isso: 

  • Não perguntar àquele tio que já tem 50 anos e que continua sozinho como tem estado a sua vida amorosa, a não ser que seja para lhe explicar como funciona o Tinder e para aumentar o espectro de busca e alargar até aos 90 anos e Faro. 


  • Não andar atrás das crianças a perguntar sobre namorados e namoradas porque é fixe que não fiquem com a ideia que toda a gente que é divertida e de quem gostem seja para ter um romance, mesmo que fantasioso. 


  • Não entrar na cozinha com o ar mais cansado do mundo e perguntar a quem está naquele ritmo frenético de lavar loiça e de limpar loiça se querem ajuda. Não se pergunta quando se quer ajudar, trabalha-se - sou perita nesta.

Em 2017. 

  • Evitar que nos salte a tampa se vier à baila um assunto que levemos a peito como por exemplo, literalmente, a amamentação ou, então, a "palmada na hora certa" ou se o "casados à primeira vista" é uma óptima maneira de promover o amor. 

  • Não sentir que somos responsáveis pelos silêncios que existem e não sentirmos necessidade de fazer conversa por estar esquisito. 

  • Experimentar não usar as crianças para apressar o Natal e acabar com o ambiente constrangedor. 

  • Tentar não comentar o aumento de peso ou a perda de peso ou a velhice dos familiares que já não víamos há, se calhar, um ano. 

  • Não nos passarmos quando nos disseram que "nunca te vi assim tão gorda, mesmo". 

  • Tentar não ser este o ano em que começamos a ficar loucas com papel de embrulho e a querermos dobrar tudo simetricamente para aproveitar para o ano seguinte. 

  • Ter a certeza que os chocolates de sempre já não têm tanta graça porque, como já somos adultas, já podemos comprar chocolates sempre que nos apetecer. 

  • Treinar ainda de manhã a cara do "ahh, adorei, esta terrina da Vista Alegre tem tudo a ver comigo e o quanto adoro animais, wow" e evitar mostrar a urgência em encontrarmos o talão para irmos trocar por umas calças de ganga decentes push-up. 


Mais alguma que se lembrem? Para já é isto que me apoquenta. Feliz Natal a todas e obrigada por nos seguirem :) <3