12.10.2018

Amanhã é o dia! Acho que estou mais entusiasmada que ela!

Tenho imensa sorte de ter a Irene numa escola onde as mães - so far - têm sido muito porreiras. Adoro a mãe de uma das melhores amigas dela. Acho-a impecável, fabulosa e com óptimo sentido de humor (ela nem lê o blog, por isso nem estou a dar-lhe graxa) e a mãe da outra melhor amiga da Irene também (essa acho que já lê, por isso não quero que fique esquisito, haha, fico com vergonha). 

Já há algum tempo, a Irene foi convidada para ir a casa de uma das amigas. Foi no Verão e estiveram a brincar na piscina e até fizeram sesta juntas (fiquei louca, só me apeteceu que a mãe da amiga fizesse babysitting...). Eu nunca cheguei a convidar de volta porque, como não tenho piscina, achei que nunca seria tão divertido. Até que... a Irene começa a pedir, a pedir e a pedir. 

A Isabel da Joana Paixão Brás na esquerda e a minha Irene à direita. Ambas com um mês de vida :) 


Tem pedido muito que o A. durma com ela no quarto e o pai dele no sofá da sala (what the hell hahah), mas também quer muito ir à casa das amigas e que elas venham cá. Agora que já tenho mais cabeça para pensar nisto, porque não? Só porque é durante a semana? Siga!

Amanhã é dia da Irene ter, pela primeira vez, uma amiga da escola cá em casa e aposto que vai ser excelente. Se calhar até para mim que vou poder ler o meu livro em paz, ahah. 

Costumam fazer isto? 

E esta semana ainda deve haver encontro com a sua amiga preferida fora da escola: a Isabel da Joana Paixão Brás ;) Certo, Joana? 

12.09.2018

O Pai Natal veio cá a casa!

Não sei quem ficou mais eufórica: se eu, que sabia da surpresa e que lhes andava a a anunciar que íamos ter uma visita especial, se elas, quando viram que ele existia mesmo. 
O Pai Natal veio cá a casa... e foi a Um Dia de Magia que organizou esta grande surpresa. 


Primeiro estranharam, depois já só queriam conversar com ele e mostrarem-lhe que eram fãs. A Isabel mostrou-lhe a carta que tínhamos escrito e clarificou bem os presentes que queria, não fosse haver algum engano. A Luísa ia buscar os brinquedos preferidos dela, a Isabel tudo o que tivesse a ver com o Natal: até apareceu na sala de Rufolfo e tudo e acabou por me dizer que tínhamos de ir buscar cenouras para dar às renas. (-"onde estão as renas, Pai Natal?" -"estão lá em baixo" -"quero ir ver!" [aaaaaaaa.... pois.] -"estão num jardim um bocado longe para não se assustarem com os carros") Pelo meio, ainda se lembrou de ir buscar o livro sobre o nascimento de Jesus (que amor!). 











Foram minutos mágicos, sem a confusão de um centro comercial (nunca as tinha levado), em que se sentiram em casa e em que pudemos deixar mais uns pózinhos de perlimpimpim no ar. Tão bom!







Vestido e túnica - Phi Clothing
Se também quiserem fazer esta surpresa aos vossos filhotes, netos, sobrinhos, já sabem: a Mafalda e a Luciana da Um Dia de Magia trazem-vos o Pai Natal até à vossa porta. Vale muito a pena! 



Ah! E este Pai Natal é muito divertido e tem muito jeito para eles e eu acho que isso fez mesmo a diferença!


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12.07.2018

Pai obriga filha a ir a pé para a escola por ter praticado bullying.

Já viram aquela "notícia" do pai que, pela filha ter sido bully e, portanto, suspensa do autocarro da escola, embora em intencionado, a obrigou a fazer o caminho a pé para a escola? Está aqui no Notícias ao Minuto, se quiserem ler e ver (o vídeo...). 

Não há qualquer dúvida que o pai está a agir como acha melhor. Que não julga nem sente estar a prejudicar a filha de alguma forma e que, ainda para mais, está a contribuir para um mundo onde o bullying um dia possa não ser um assunto por estes motivos. Agiu e de acordo consigo mesmo. Não há julgamento aí. Todos temos de tomar decisões difíceis baseadas no que sentimos e pensamos e todos corremos o risco de não serem as melhores... mas ninguém é perfeito. 

Não quer isso dizer que estes casos não sirvam para discussão e talvez para uma evolução conjunta. Tal como ainda ontem propus com o post do "A mãe vai andando..."

O pai está a fazer tudo certo de acordo com as suas premissas, mas o que é o bullying? Na prática, são actos de violência física ou psicológica constantes e intencionais. É o que diz a wikipédia.  Importante discutir aqui a "intencionalidade" da coisa, porém. É intencional, mas não consciente, tal como provavelmente esta medida do pai. 

Sem ser na prática, o bullying certamente virá de alguém que tem uma imensa necessidade de se sentir aprovado pelos outros (todos precisamos). Aquela criança está a demonstrá-lo de uma forma socialmente inaceitável e magoando e traumatizando o outro. Está a ser bully. 

Sendo este alguém (o bully) uma criança, há a possibilidade de estar a imitar um comportamento que já tenham tido consigo ou que seja repetido no seu ambiente. Um pai com este grau de determinação e de firmeza já poderá ter tido atitudes, por exemplo, que tenham feito com que a criança se tenha sentido maltratada psicologicamente sem que ele se tenha apercebido. Este poderá ser um deles. 


Este "walk of shame" até à escola, à vista do seu pai (cálculo que maioritarimente por questões de segurança da filha), não deixa de ser, em si mesmo, um acto de bullying (isolado, já que não tenho conhecimento da relação entre eles). O pai que, como reparámos, é extremamente sensível ao bullying (poderia ser interessante divagar sobre os porquês), decidiu aplicar uma medida muito recta com a filha. Esta, ao frio, porque foi bully pela 2ª vez e suspensa do autocarro da escola, vai a pé até à mesma, durante 5 miles - 8 kilómetros. Vamos acreditar que, algures a meio, a atitude do pai terá mudado e que os dois terão conversado sobre o assunto, feito "as pazes" e o pai a terá levado à escola ou, pelo menos dado uma valente boleia a mais de metade do caminho... Não sabemos. 

Não deixa de ser bullying. Não intencional, mas bullying. 

A criança aprende toda uma linguagem de "seguir o que pensa que está certo" sem olhar a contextos e forma. Ou, ainda, através da tristeza e da raiva reprimida ou lidar com este tipo de autoridade e de disciplina, poderá ter que a deixar "sair" quando se sente perto de alguém que não a fará sentir-se insegura: os mais novos da turma, os mais pequenos no autocarro ou até alguém que já a tenha provocado antes mas de quem se consiga defender. 

Aprender a lidar com a raiva, com a frustração, tristeza e com a mágoa é crucial. À semelhança de qualquer coisa que introduzamos no nosso corpo, terá que sair. Ao nos agarrarmos a esses sentimentos ou ao não sabermos trabalhá-los, ficam em nós e depois saem de forma descontrolada: discutindo mecanicamente com os nossos parceiros, falta de tolerância no geral, pessimismo e violência psicológica ou física. Creio que todos ou quase todos seremos bullies nos "piores" momentos da nossa vida. 

O que se passa com esta miúda? Qual será a sua história? E a do pai? E a do pai com o bullying? 

Seja como for, é verdade que, enquanto pais não somos santos, não deixamos de ser humanos a criarem humanos e, por isso, é impossível ter uma postura drunfada e sempre calma e consciente todo o tempo. Ainda para mais quando sentimos que o que estamos a fazer é aquilo que achamos que é o melhor não só para os nossos filhos, mas também para o mundo. 

É aqui onde entra a empatia e o auto-conhecimento. 

Já tendo percebido o que me ser bully, consigo empatizar com outros bullies e perceber que algo de errado se passa ou já se passou com eles. Já tendo sido alvo de bullying também percebo e sinto as consequências de se ser a vítima óbvia numa situação desse género. 

Gostaria muito de saber que o pai, além desta consequência que lhe terá aplicado com os argumentos que sentiu necessidade de expôr (talvez também para ter aprovação alheia por algo intuitivamente lhe cheirar a esturro), também terá tentado perceber o que se passa com a sua filha e tentar ensinar-lhe ou proporcionar-lhe a oportunidade de aprender ferramentas para gerir as suas emoções ou, até, garantir que estará a ter o máximo de apoio que precisa da família, amigos e, se necessário, de um profissional. 

Os comentários a esta notícia deixam-me com o coração apertado por todas as crianças cujos comportamentos serão visto como desafiantes e não como uma incapacidade óbvia de expressar o que sentem e o que precisam. 

Tenho as minhas dúvidas que a filha tenha aprendido com esta "lição" alguma coisa que a ajude a lidar com o que sente. Talvez o medo de ir novamente a pé para a escola a motive a deixar de agir desta forma e neste contexto, mas outro comportamento irá surgir e talvez ainda menos óbvio para os adultos conseguirem ajudá-la já para não mencionar que poderá também vir a ser mais perigoso.