6.20.2018

À madrasta do meu filho

Hoje escrevo à madrasta do meu filho.
Poderia escrever sobre os obstáculos da vida, sobre pessoas que nos desiludem, nos magoam de forma tão gratuita... Daria um livro...
No meio de um ano caótico de pessoas descartáveis, de desequilíbrios e pessoas desequilibradas, de abandonos e perdas, eis que aparece a madrasta do meu filho. Mais uma. Mais uma para destabilizar a vida do meu filho, entre guerras, mudas de casas, zangas e armas de arremesso. Mais uma. Meu Deus. O que seria dos valores da família no crescimento do meu filho? Estes amores de vai-um-venha-outro. Meu Deus. Que agonia. Por algum tempo andei em modo piloto automático com tal notícia. 
Até que reparei na mudança de comportamento do meu filho. Feliz. O meu filho voltou a andar feliz. A querer ir ao pai. A querer ir à família do pai. A querer contar todas as aventuras com as suas duas novas amigas. Feliz. O meu filho voltou a andar feliz. Afinal não seria mais uma. Afinal não seria tudo igual. Afinal, estaria para conhecer A verdadeira Madrasta do meu filho. E nisto, eis que a vida me prega uma partida e me coloca no hospital. Longe. De coração nas mãos. E eis que é a madrasta do meu filho que humildemente me tranquiliza. Me acalma. Me mostra que estará lá. Que cuidará. Sem cinismos. Sem superioridades. Sem guerras. Com uma doçura que me permitiu estar em paz.
Afinal existem madrastas boas. Afinal existem pessoas capazes de amar os nossos filhos e cuidar deles. E o meu filho encontrou essa madrasta. Essa amiga. Pouco importa o futuro. Pouco importa a relação dos adultos. Apenas a gratidão que fica à madrasta do meu filho. A ti. Obrigada. Obrigada por cuidares e por me respeitares como mãe. À madrasta do meu filho. Que o possas ser para sempre. Obrigada.
Porque as palavras devem ser usadas para o bem. O tempo para a gratidão. E as pessoas para a partilha. À madrasta do meu filho. Que os nossos filhos ganhem sempre. Que os nossos filhos sejam sempre o nosso caminho. Que os nossos filhos sejam o espelho da paz e respeito que precisamos para que cresçam meninos felizes, equilibrados e com valores. E porque família é quem cuida. Este texto é para a madrasta do meu filho.

Texto da querida Sílvia Duarte, obrigada pela partilha!
(Já agora, esta Mãe (e que Mãe!) tem um Campo de Férias em Santarém, o ICE Summer )



Fotografia João Baeta


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Lavar os dentes é uma festa!

Não tenho a melhor relação do mundo com dentes e dentistas. Ou não tinha. Já vos disse aqui, fiquei quase 4 anos sem ir a um dentista. Infelizmente, fiquei um bocado traumatizada com as extrações dos dentes do siso e nunca mais lá pus os pés, nem para tirar o último que tinha de ser retirado (sim, sim…) Claro que deu asneira e estou a desvitalizar um dente.

Não quero que as minhas filhas tenham a relação que eu tive com os dentes e com os dentistas. Comecei desde cedo a lavar-lhes a boca – à Isabel ainda comprei uma daquelas dedeiras de silicone, quando lhe nasceu o primeiro dente, com 9 meses. Com a Luísa já passava compressas molhadas com água, ainda ela não tinha dentes. Assim que começaram a ter curiosidade em agarrar a escova e em imitar-nos, passei-lhes as escovas para a mão. No caso da Isabel, sempre foi fácil, no fim da lavagem, dar “uma de mão”, ou seja, lavar eu mesmo a sério. A Luísa dá um bocadinho mais de luta, mas paciência. O que tem de ser tem muita força.

Ajudou, desde sempre, ter pastas a saber a fruta (apesar de só passar o tamanho de uma unha do mindinho delas na escova ou até menos) – chegámos a tentar um sabor menta mas odiaram – e escovas coloridas. Trocamos bastante de escovas de dentes, ou porque deformam um bocado ou porque não se torna muito higiénico. Lavamos todas as manhãs e todos os dias a seguir ao jantar. Quando eu me esqueço e já estou a caminho do quarto para lhes contar a história, elas são as primeiras a lembrar-me! Até a Luísa, no seu português macarrónico, se faz perceber muito bem com “détes!”. Quando tudo isto entra na rotina, não há como falhar. Tenho de ir com elas em breve ao dentista – a Isabel foi aos 2 anos quando partiu o dente da frente; a Luísa nunca foi. Acho muito importante criar-lhes bons hábitos. Com os dentinhos não se brinca, mesmo! [Eu que o diga quando tive a minha primeira dor de dentes a sério há um mês. Credo! Apanhava-me o cérebro, mal conseguia abrir os olhos, um horror! (parecia as velhotas no autocarro a queixarem-se, agora).]




Neste momento, estamos a experimentar umas novas escovas e pasta de dentes de uma marca norueguesa, a Jordan, que tem pastas e escovas para todas as idades. Não sei se já se cruzaram com elas no Continente, são muito fixes! Gostei do design da escova dos 0-2 anos mais larga na base, bastante ergonómica, com silicone, para que agarrem com maior facilidade e não escorregue. A dos 3-5 anos já tem um formato mais convencional, mas com desenhos de animais - a Isabel tem a do hipopótamo. As pastas, além de apelativas visualmente, com animais, têm 1450 ppm (flúor) e estão totalmente livres de sulfatos, o que me tranquiliza muito.

Por enquanto, é uma festa lavar os dentes (ainda não chegaram à fase mais porquita da adolescência, graças ao senhor!) mesmo tendo um temporizador, que vem com a escova da Isabel, para assegurar que ficam ali tempo suficiente.

E vocês? Quais são as vossas rotinas dentárias? É uma luta para eles lavarem os dentes ou arranjam estratégias porreiras?











O temporizador da discórdia (irmã mais nova a boicotar)

Já está, mãe! (a mãe agora vai só espreitar para ver se ficou tudo impecável e dá mais uma de mão)

A Isabel, a ser perfeccionista (e as tatuagens “do Portugal”?! lol) 

*post escrito em parceria com a Jordan



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