12.04.2015

Cabelo Solto ou Apanhado?

Ando vaidosa? Ando. Andam a levar muito com isso? Andam, mas dá sempre para ver quem escreve o post antes de abrir. Por isso, ou simpatizam minimamente aqui com a campeã ou me odeiam ao ponto de querer ler só para fazer cara de quem está a chupar um limão.

Faço-vos esta pergunta, mas a culpa é vossa! 

No outro dia contei-vos aqui que pintei o cabelo e, graças a isso, escarrapachei algumas fotos minhas de cabelo esticado (odeio, porque fico a parecer um camelo doente). Tipo isto: 



Depois disto, parece que algumas de vocês se uniram nesta causa (e que importante esta causa, principalmente agora no Natal haha) e tentaram fazer-me ver que fico melhor de cabelo solto. A minha mãe incluída (não no instagram que ela aí ainda não domina a coisa): 




Já o Frederico, diz que não. E eu também, mas talvez me façam reconsiderar se forem mesmo muitas. Ou, então, podem ser só invejosas e quererem que eu pareça um camelo doente diariamente para serem estatisticamente mais bonitas. 

Eu prefiro de cabelo apanhado por ser mais prático, não estou a comer cabelos o dia inteiro. Principalmente agora que estou de dieta, essa deve ser mais uma coisa que me dizem "comes cabelos??? não devias!". Não estou com paciência!

Vá mais uns exemplos de fotos de cabelo apanhado (ando numa de mudança pessoal, nunca tomei tanto conta de mim). E o cabelo aqui não está oleoso, ok? Tinha ido fazer o brushing no dia anterior à tarde e por ter feito rabo de cavalo ficou esquisito. Pronto. 




Apanhado? Solto? Lavado? ;)

Ando a deitar-me às 21h30.

Bem, ando numa correria. Voltei ao trabalho recentemente depois de um ano e meio em casa. E, credo, o tempo passa de uma maneira...

Passa tudo demasiado rápido, não passa?

Tenho direito a duas horas por licença de aleitamento materno (acho que é assim que se chama), mas tenho o trabalho como se tivesse horário completo e horas extra e ando sempre louca para sair o mais cedo possível para ir ter com a miúda.

E isto porquê? Porque gosto dela e tal, mas acima de tudo para ver se ainda apanhamos um bocadinho de luz do dia para ir passear. Não dá para grandes planos, mas podemos ir ver os comboios ao pé de casa ou ao jardim de Benfica. 

Sei que tenho muita sorte em, mesmo assim, conseguir apanhar a minha filha à hora do por-do-sol, mas é uma correria. Só agora estou a perceber o que é isto de ser mãe trabalhadora. Chego a casa e ainda há brinquedos por todo o lado, uma miúda para brincar, alimentar, banhar, camas para fazer, etc.

Desmaio numa hora depois de me sentar/deitar no sofá.

Vocês andam dopadas? Como aguentam isto tudo? A que horas se deitam? 

Epá, que lufa-lufa! 

Já me está a fazer desmame...

A ver os comboios... 

12.03.2015

Quando é que eu tenho o próximo?

A Joana Paixão Brás está grávida. 

Isso resultou em três coisas na minha vida pessoal: 

- Estar muito feliz por ela (tal como escrevi aqui)

- Acharem que tinha sido eu a engravidar (as mais desatentas, inclusivé um primo meu, que tristeza)

- Perguntarem-me quando é que vou ter o próximo.


Aliás, até li algures de mais que uma pessoa que até pensavam que era eu a primeira a ter o segundo. Porquê? Fico curiosa! 

Tenho muitas saudades de estar grávida, a sério que sim. A primeira gravidez vive-se com uma magia, com um esplendor, com uma áurea linda de esperança, sonho, desejo, quentinho. É como se fosse Natal durante 9 meses seguidos (mas acompanhados de algumas dores ou incómodos ou... bem, depende das mulheres). 

Já olho para os bebés com um ar guloso outra vez. Houve aí uma altura que olhava para eles e sentia pena dos pais, por estarem a passar pelas mesmas dificuldades que eu e agora só penso: "ohhhhhhnnnnn e depois ficam pessoazinhas". 

Quero muito ser mãe outra vez. Quero viver a maternidade com um andamento mais calmo, com menos solavancos, menos nervos. Quero aproveitar a fase "tubérculo" como o Frederico lhe costumava chamar, por não fazer mais nada além de chorar e dormir. Quero, em vez de passá-lo para o quarto na 2ª noite, dormir algumas noites com ele. Quero que a Irene tenha um amigo em casa e que formem uma tropa para me azucrinar. 

Quero voltar a usar as roupinhas que a Irene só usou uma vez. Quero cheirar aquele cocó só de leite materno. Quero introduzir as sopas, quero andar com ele o dia inteiro ao colo por agora, na segunda vez, já saber que não lhe faz mal, antes pelo contrário.

Quero muito. Até porque sinto que não aproveitei muito a fase de recém nascido da Irene e porque tenho dois irmãos e sei o quão bom isso é. 

Porém, sinto que não é o momento. Sinto que, só com a Irene, ainda não me consegui equilibrar, arranjar ritmo, descobrir na plenitude (ou talvez sentir-me confortável qb) neste novo papel que desempenho que é o de ser mãe e que, para "piorar" é cumulativo com todos os outros... 

Da mesma maneira que senti que precisava de ganhar alguma maturidade para ser mãe, agora sinto que preciso de ganhar algum andamento de mãe para acrescentar mais um. É como se estivesse a aprender a fazer malabarismo, estou agora com duas bolas na mão, ainda toda enrascada e não vou agravar a situação atirando-me uma terceira. Não quero que tudo caia. Não tenho pressa. Vontade sim, mas pressa não. 

Não quero ficar dividida ou sem forças para ir passar ao jardim com a Irene porque o novo bebé precisa muito de mim. Neste momento, idealmente, só terei o próximo quando sentir que a Irene tirará mais proveito disso. Tenho uma diferença de 10 anos do meu primeiro irmão e adoro a nossa ligação. Não esperarei tanto até ter o segundo filho, mas não vejo a proximidade de idades uma obrigação. 

Quero que não lhe falte nada. Dentro daquilo que eu acho que é o tudo. 

Quando já estiver muita boa neste malabarismo, vou fazê-lo, vou atirar mais uma bola e andar toda desequilibrada outra vez, mas com um sorriso a triplicar nos lábios.

Cada mãe, sua vontade. Esta é a minha.