Estou em Praga e completamente apaixonada por esta cidade.
Isto seria perfeito se eu não estivesse já cheia de saudades da minha filha.
Até 2a feira vou estar longe dela.
Chorei várias vezes durante a semana passada. Passaram-me mil coisas pela cabeça. E se o avião cai? E se ela fica órfã? Não deveríamos ir em voos diferentes? E se ela adoece? Se ela chama pela "mamamama"? E se ela precisar muito de mim? Será que vai ficar zangada?
Quando nos voltarmos a ver, vou ficar tipo lapa agarrada a ela. Não vou desgrudar nem um bocadinho.
Já devem estar a pensar, no meio de tantos receios e angústias, "mas alguém lhe apontou uma arma à cabeça para ir viajar?"
Não, eu é que sou masoquista, pelos vistos. Antes de sair de casa custou-me muito, sentia-me a abandoná-la.
Podia vir dizer aquelas frases feitas para me consolar "antes de sermos mães, somos mulheres" ou "a mãe tem de estar bem". Acredito nisso, mas há coisas que têm de ser muito bem pensadas, não é ir passear sem a filha e logo se vê.
Quantas mães conseguem deixar os filhos com terceiros e não ter dúvidas de que estão a fazer o certo? Não é "adeuzinho que eu agora preciso um tempo". Não são decisões fáceis.
Mas agora que aqui estou e que recebo os relatórios da minha mãe - a segunda melhor mãe do mundo - percebo que posso estar descansada.
Comeu bem, sorridente, calminha, dormiu bem. Ela adora a avó e sente-se segura com ela.
E agora que aqui estou, tenho de aproveitar ao máximo para namorar, passear e deixar-me encantar pelos efeites de Natal da cidade. Sempre com ela no coração.
Isto seria perfeito se eu não estivesse já cheia de saudades da minha filha.
Até 2a feira vou estar longe dela.
Chorei várias vezes durante a semana passada. Passaram-me mil coisas pela cabeça. E se o avião cai? E se ela fica órfã? Não deveríamos ir em voos diferentes? E se ela adoece? Se ela chama pela "mamamama"? E se ela precisar muito de mim? Será que vai ficar zangada?
Quando nos voltarmos a ver, vou ficar tipo lapa agarrada a ela. Não vou desgrudar nem um bocadinho.
Já devem estar a pensar, no meio de tantos receios e angústias, "mas alguém lhe apontou uma arma à cabeça para ir viajar?"
Não, eu é que sou masoquista, pelos vistos. Antes de sair de casa custou-me muito, sentia-me a abandoná-la.
Podia vir dizer aquelas frases feitas para me consolar "antes de sermos mães, somos mulheres" ou "a mãe tem de estar bem". Acredito nisso, mas há coisas que têm de ser muito bem pensadas, não é ir passear sem a filha e logo se vê.
Quantas mães conseguem deixar os filhos com terceiros e não ter dúvidas de que estão a fazer o certo? Não é "adeuzinho que eu agora preciso um tempo". Não são decisões fáceis.
Mas agora que aqui estou e que recebo os relatórios da minha mãe - a segunda melhor mãe do mundo - percebo que posso estar descansada.
Comeu bem, sorridente, calminha, dormiu bem. Ela adora a avó e sente-se segura com ela.
E agora que aqui estou, tenho de aproveitar ao máximo para namorar, passear e deixar-me encantar pelos efeites de Natal da cidade. Sempre com ela no coração.