12.20.2014

Praga ou três dias sem a minha filha

Estou em Praga e completamente apaixonada por esta cidade.
Isto seria perfeito se eu não estivesse já cheia de saudades da minha filha.
Até 2a feira vou estar longe dela.


Chorei várias vezes durante a semana passada. Passaram-me mil coisas pela cabeça. E se o avião cai? E se ela fica órfã? Não deveríamos ir em voos diferentes? E se ela adoece? Se ela chama pela  "mamamama"? E se ela precisar muito de mim? Será que vai ficar zangada?
Quando nos voltarmos a ver, vou ficar tipo lapa agarrada a ela. Não vou desgrudar nem um bocadinho.

Já devem estar a pensar, no meio de tantos receios e angústias, "mas alguém lhe apontou uma arma à cabeça para ir viajar?"
Não, eu é que sou masoquista, pelos vistos. Antes de sair de casa custou-me muito, sentia-me a abandoná-la.

Podia vir dizer aquelas frases feitas para me consolar "antes de sermos mães, somos mulheres" ou "a mãe tem de estar bem". Acredito nisso, mas há coisas que têm de ser muito bem pensadas, não é ir passear sem a filha e logo se vê.
Quantas mães conseguem deixar os filhos com terceiros e não ter dúvidas de que estão a fazer o certo? Não é "adeuzinho que eu agora preciso um tempo". Não são decisões fáceis.

Mas agora que aqui estou e que recebo os relatórios da minha mãe - a segunda melhor mãe do mundo - percebo que posso estar descansada.
Comeu bem, sorridente, calminha, dormiu bem. Ela adora a avó e sente-se segura com ela.

E agora que aqui estou, tenho de aproveitar ao máximo para namorar, passear e deixar-me encantar pelos efeites de Natal da cidade. Sempre com ela no coração.







O que faço com a miúda?

A Irene está quase a fazer 9 meses (passou tão rápido, credo!) e sinto que ela já está muito mais presente, mais "pessoa", mais interactiva! Claro que é normal visto que já ultrapassou umas dezenas de saltos de desenvolvimento (ver aqui). 

O que é que posso fazer com ela? 

Posso fazer um assado? 

Até queria ir ao Jardim Zoológico, mas será que lhe vai fazer alguma diferença ver animais ao vivo ou olhar para os mesmos peluches que vê todos os dias umas duzentas vezes? E se ela adormece no carro? Volto para casa? Será que ao entrarmos no Zoo ela vai achar mais piada às grades das jaulas do que aos bichos que estão por trás? É bem menina para ficar deliciada com as meias de cores em vez de olhar para os Gorilas e para os Ursos. 

Gostava de ir ao Oceanário, mas mesmo que ela goste, será que se lembra disso 10 minutos depois? Não vai a falar sobre isso no carro, super entusiasmada, até chegarmos a casa, de certeza. O maior manifesto de entusiasmo até casa será provavelmente um saralhoto na fralda (o que já dá para fazer uma grande festa, como vocês sabem). 

Até perceber o que posso fazer com o raio da gaiata, vamos andar de baloiço. É barato, sempre dá para a comida descer e para ela dar uns arrotinhos (para não dizer peidinhos, que seria falta de classe e não me posso esquecer que a Joana Paixão Brás assina com dois apelidos, finória ;))



O pai da minha filha está sempre a dizer "para quê? Para quê ir passear com ela se ela nem sabe o que se passa?", mas já sabe, não sabe? Pode não ter lembranças de nada, mas tudo isto contribui para um bem-estar geral dela, não é?

Senão era igual tê-la a repartir um tupperware com uma alheira ou ir passear... e não acredito!

Faz bem, sempre. Nem que seja porque a mãe fica feliz e passa isso à bebé. 

Agora, ajudem-me a convencer o marido a laurear!



a Mãe dá (#02) - Retrotagram

E eis o que a Mãe deu:

Um mini-poster personalizado com as fotografias do vosso instagram (seleccionadas por vocês, descansem que não vai aparecer aquela em que ficaram com um bocadinho de celulite a aparecer, deitadas na praia no Verão de 2013). 



A vencedora deste passatempo foi a Andreia Pereira!

Parabéns, Andreia!

Entraremos em contacto contigo por e-mail assim que possível e tivermos os dados da parte da Retrotagram!